B&W

2016

Midgard [Sede dos Vingadores]

01:55 P.M.

Hayley tinha acabado de sair do banho. Vestiu a calça jeans escura e a camiseta do AC/DC, Stark tinha lhe arranjado aquelas roupas. Revirou os olhos, somente Tony para dar uma camiseta daquela mesmo.

A marca em seu braço direito — que tinha o formato de um triângulo dentro de um círculo — ficou visível. Ela se encarou no espelho e rumou para a sala, onde os Vingadores estavam reunidos.

Chegando lá, a Barnes encontrou todos, como o esperado.

— Podemos começar? — perguntou, com as duas sobrancelhas erguidas.

— Espera! — a voz de Steve saiu firme, chamando a atenção de todos. — Você tem uma tatuagem? Eu não tinha prestado atenção nisso ontem.

— E não é que é verdade. — Stark se surpreendeu, assim que percebeu o "desenho" no braço direito da garota. — Ela tem uma tatuagem, que é muito interessante, por sinal.

— Parece que ninguém percebeu. — Hayley afirmou, dando de ombros. Todos a encaravam com o cenho franzido. — Acho que vocês não prestaram atenção, por conta da surpresa em me ver.

— Seus pais deixaram você fazer isso? — Bruce perguntou, de forma calma, como sempre.

— Não é uma tatuagem. — Loki afirmou, com convicção. Bucky encarou o deus, confuso. — Parece ser um simbolo mágico.

— É uma marca... um selo mágico, por assim dizer. — a garota do futuro revelou. — Tanto eu, como o Clark temos, e, o Steve também terá. Mamãe que nos dá essa marca.

— Por quê? — Wanda ficou curiosa.

— Contém uma pequena quantidade de poder da senhora aqui. Se o libertamos, é claro. Nossa força aumentaria significadamente. — explicava, lentamente. — Também serve para nos proteger. Como explicado ontem, a senhora é a Maga Suprema, seus inimigos são poderosos demais, a maioria deles são seres mágicos de outras dimensões. Quando eu tinha 8 anos, fui possuída por desses inimigos e para evitar que isso voltasse a acontecer, a senhora nos deu essa marca. Ela evita possessão. É duas em uma. É um selo de poder e uma marca de proteção ao mesmo tempo.

— Deu para entender. — Natasha disse, compreendendo o significado da marca.

— Isso é muito interessante. — comentou o deus do trovão, coçando a barba.

— E como você liberta o poder desse selo? — Loki estava interessado naquele assunto.

— Não sei. — a morena foi sincera. — Nunca cheguei a ponto de liberar. Mamãe disse que na hora certa isso iria acontecer. Está ligado aos meus sentimentos, de alguma forma.

— Interessante. — o deus da trapaça ficou pensativo.

— E você acha que Clark o libertou? — Visão questionou, encarando-a nos olhos.

— Tenho certeza que não. — garantiu. — Como eu disse, está ligado aos sentimentos, meu irmão não tem muito isso.

— Poderíamos usar essa marca ao nosso favor. — Stark caminhou até a garota, tocando em seu braço e analisando melhor. — Apenas precisamos saber como funciona.

— Não temos tempo para isso. — ela lembrou, seriamente. — Precisamos montar uma estratégia de defesa.

— Hayley está certa. — Bucky concordou.

— Vamos começar de uma vez então. — pediu Clint, bufando. Todos concordaram com um breve aceno de cabeça.

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03:44 P.M.

A reunião ocorria tranquilamente. A estratégia estava pronta e todos á aprovaram. Seria simples: Eles seriam divididos em três equipes, cada uma com quatro membros.

— Como iremos escolher as equipes? — Falcão franziu o cenho, pensativo.

— Bem... Como já estamos acostumados a lutar juntos, a minha equipe será: Nat, Sam e Thor. — anunciou Steve. O loiro encarou a todos rapidamente. — Alguém contra?

Ninguém disse nada.

— Mamãe e papai ficam comigo. — Hayley afirmou, se aproximando dos dois.

— Você completa o time, Vizh? — Feiticeira Escarlate perguntou, gentilmente, ao sintozóide.

— Com todo o prazer. — de forma tranquila ele concordou.

— Vizh? — o Soldado Invernal sussurrou, fazendo uma careta.

Wanda o ouviu, mas não disse nada a respeito. Apenas o encarou brevemente.

— Então a minha equipe é: Legolas, a rena e o irritadinho. — conclui Stark, com um sorriso divertido nos lábios. — Ótima mistura.

Bruce, Clint e Loki o fuzilaram com os olhos. Sam segurou o riso, assim como Hayley.

As formações estavam prontas e todos satisfeitos com seu grupo. Agora era só esperar pela chegada do inimigo, que, segundo a Barnes, chegaria no dia seguinte.

O celular de Tony tocou, ele rapidamente o tirou do bolso, atendendo em seguida.

— Tony Stark falando.

— Chefe, sou eu. — era Happy, era possível ouvir a respiração ofegante do outro lado da linha.

— Aconteceu alguma coisa com a Pepper, Happy? — o Vingador dourado se preocupou.

Todos na sala estavam em silêncio, apenas observando a cena.

— Não, não. — o homem rechonchudo garantiu. — É algo mais preocupante.

— Mais preocupante? — o playboy fez uma careta confusa. — Então diga de uma vez.

— Tem um garotinho destruindo o centro da cidade.

— Tem certeza? — perguntou, elevando a voz.

— Não, não, chefe. Estou aqui, vendo a cena ao vivo, mas não tenho certeza. Vai ver ele está só brincando de destruir as coisas — Happy foi irônico. — Óbvio que tenho certeza! Tem como o senhor vim logo?

— Estamos a caminho. — não esperou uma resposta e desligou o aparelho.

— O que houve? — Rogers estava com os braços cruzados e sério.

— Acho que o nosso convidado chegou.

— O Clark? — Hayley, assustadamente, perguntou.

— Não, não. O Michael Jackson. — respondeu, sarcasticamente. — Claro que é o Clark.

— Todos para o Quinjet, agora. — Capitão América ordenou, saindo apressadamente. Os outros foram logo atrás.

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Centro da Cidade

04:40 P.M.

No caminho, Os Vingadores colocaram seus uniformes — já que sempre havia uma peça dentro da nave —. Todos estavam sérios e preparados para enfrentar o inimigo.

O Quinjet sobrevoava o local onde Happy havia informado. Havia um pequeno rastro de destruição. Carros — tanto da policia, como dos normais — destruídos e alguns de cabeça para baixo, prédios com os vidros quebrados e uma pequena rachadura no chão.

No centro disso tudo, estava um garoto sentado — como um índio — na rua. Pequenos feixes de energia negra em seus dedos, mandando de uma mão para a outra.

Assim que o Quinjet pousou, o garoto parou o que estava fazendo e se colocou de pé lentamente. A porta se abriu, e os maiores heróis da Terra saíram.

Clark permaneceu imóvel, não se importando nenhum pouco com a aproximação do grupo.

Bucky e Wanda analisavam o filho atentamente. Ele usava uma camiseta social branca, uma gravata preta, calça moletom preta e um tênis baixo branco. Seu cabelo era longo e castanho — idêntico ao do pai —, sua franja é prendida por clipes formando o número 13 em romano. Seus olhos azuis eram frios, totalmente sem vida. Ele tinha um pingente de uma estrela vermelha — mesmo que o da irmã — e um com a letra C. A marca em seu braço direito estava amostra.

Um sorriso maligno surgiu em seus lábios, ele fitava a mãe com fascinação. A Maximoff sentiu um arrepio em sua espinha.

— Mamãe... — sua voz saiu baixa, quase inaudível. O Barnes sentiu seu corpo tremer, uma sensação de medo e raiva preencheu seu ser. O sorriso continuo ali, estampado em seu rosto de maneira assustadora. — Eu vou matar você lentamente, vou torturar você, te fazer sofrer. Mas antes irei te ver implorando por isso, acabarei com todos que são importante para você... na sua frente.

Os heróis ficaram em choque. Wanda sentiu suas pernas ficarem bambas e seu coração acelerado.

— Só por cima do meu cadáver! — Hayley se colocou na frente da mãe. Encarava o irmão com determinação.

— Vai ser, não se preocupe. — a frieza na voz de Clark assustava a garota. — Eu sabia que você viria, Hay. Isso é perfeito! Agora nossa família está reunida novamente. — ele fitou Bucky, mexendo o pescoço para o lado. — Papai, eu não queria te matar, porque você é o único que entende o que passei. Mas você precisa morrer, infelizmente.

Em um piscar de olhos o garoto sumiu, deixando todos confusos. Segundos depois reapareceu, na frente de Sam. Sua mão estava com energia negra envolta, um sorriso de canto surgiu em seus lábios. Com um movimento rápido, Clark atravessou sua mão direita na barriga do Wilson. Todos arregalaram os olhos, surpresos. Falcão sentiu uma dor tremenda em todo seu corpo, o sangue escorreu pelo canto de sua boca.

— Isso foi tão fácil. — Clark comentou, retirando a mão. Com a mão esquerda lançou uma pequena rajada de energia, jogando o herói a poucos metros de distância.

— Ora, seu... — Rogers sentiu raiva atravessar seu corpo.

Steve arremessou seu escudo contra o Barnes, que com facilidade segurou o objeto.

— A brincadeira vai começar. — afirmou Clark, soltando uma gargalhada divertida logo em seguida. — Quem vai ser o próximo morrer?