Why Only Now? escrita por kinha-san


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal.

Como vocês estão?

Peço desculpas pela demora, mas vai ter que ser assim gente ;/

Ultimo ano de faculdade ta foooogo, mas estou fazendo de tudo para escrever no tempinho vago que tenho.

Agora fiquem com o capítulo:



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CAPÍTULO 28

 

As construções são coisas sólidas. Paredes, portas, portões foram erguidos há muitos anos. Os ancestrais ao chegarem ali foram muito específicos ao escolher aquele lugar para erguer seus domínios. O espaço da residência era maravilhoso. As colinas onde as construções menores estavam não deixavam a desejar na beleza.

 

Hiashi, em sua memória, recordava-se de todos os dias em que andava pelas ruas das residências do seu clã junto com seu avô. Lembrava que seu avô o levava para todos os locais e concentrando-se podia ouvir os passos de Hizashi logo atrás. Quando era apenas um menino não entendia o motivo daquela separação. Na sua cabeça de criança via seu irmão como igual. Os motivos de Hizashi ser tratado de forma diferente pelo resto do clã não eram compreendidos por ele. Só começou a entender o motivo das ramificações da família no dia em que viu Hizashi ser tirado da casa principal e levado para uma casa onde iria viver com líderes da família secundária.

 

Foi seu avô que o ensinou tudo que sabia. As ramificações, as leis, a rigidez, o olhar altivo e pouco tempo depois que foi separado de seu irmão mais novo Hiashi conseguia entender que ele era diferente do irmão. Que ele era o escolhido e separado para conduzir a ramificação principal enquanto a Hizashi ficaria destinado guiar os Hyugas menos importantes.

Agora aquelas paredes que estavam presentes em toda sua vida pareciam ficar cada vez mais frias. Já não havia Hizashi. Neji estava longe. Hinata traíra o clã. O que lhe restou foi a companhia de Hanabi. Por muitas vezes se perguntou o que faria caso Hanabi também resolvesse seguir algo diferente do que o clã exigia. Três anos sem ver o rosto de sua filha mais velha. Ele ainda sentia a dor que a traição dela causara, mas mesmo com esse pensamento não foram poucas as vezes que sentiu saudades dela.

Hiashi não se casara por amor, todos sabiam disso. Tomoe, mãe das meninas, também sabia, mas aceitou o casamento. Mesmo que ele tivesse uma personalidade distante e muitas vezes fria, de alguma maneira Tomoe alcançou seu coração. Quando ela faleceu após o nascimento de Hanabi a Hiashi restou a desesperança. Voltou a fechar-se em seu mundo e se dedicou a criação severa de suas meninas. Hinata fazia com que ele se lembrasse de Tomoe, por isso se afastou. Fazia de tudo para terceirizar a educação de Hinata para não se sentir impotente toda vez que olhava nos olhos de sua filha e se lembrava do amor que perdeu.

 

Amor não era uma palavra que aparecia nos livros que leu sobre os Hyugas. Seu pai dizia que o amor torna a mente fraca, que faz reconsiderar coisas que não tem espaço para isso. Com esse pensamento Hiashi cresceu, mas Tomoe era tão gentil, tão preocupada e cuidadosa com ele, que quando menos esperava passou a sentir seu coração acelerar e suas mãos tremerem ao vê-la.

 

Quando ela se foi finalmente pode entende o quanto o amor é nocivo. O quanto dói. Trancafiou todas as emoções que Tomoe despertara e retornou a viver como se nunca tivesse experimentado o amor. Hinata era a lembrança de tudo isso. Se ele fechasse os olhos ainda conseguia sentir as lágrimas que se formaram em seus olhos quando entrou no quarto e viu Tomoe segurando um frágil bebê nos braços. Hinata se tornou gentil e cuidadosa como ela. E alcançou o coração do pai, mas daquela vez Hiashi não ia permitir que sentimentos tirassem seu foco do clã. E assim Hinata foi criada com rigidez e formalidade, como se era esperado da herdeira Hyuga.

 

Três anos é muito tempo. Muitas vezes pensou em onde Hinata estava. Muito longe de casa ou perto o suficiente para que se lembrasse do pai? Ela sentia sua falta? O jinchuriki a tratava bem? Ele era pai. Ele conseguia sentir aqueles sentimentos esquecidos agora latentes. Toda vez que via Chiyo pelos corredores do clã recordava-se de que não punira o homem que tentou violentar o bebê de Tomoe. Chiyo foi afastado por um ano de toda atividade do clã e missões, prisão domiciliar. O que doía nele era saber que se não tivesse pedido a Tsunade que o julgamento fosse pelo clã Chiyo teria sido condenado a morte, ele sabia que esse era o certo.

 

—Hiashi-sama — Um mensageiro do concelho apareceu em seu escritório — A ANBU-nee acabou de relatar que Hinata Hyuga, Kushina Uzumaki e Naruto Uzumaki estão de volta a vila. Em uma nuvem de fumaça o mensageiro se foi.

 

A respiração de Hiashi saiu pesada. Aquele era um segredo apenas seu. Pedira ao concelho que uma equipe de ANBUs acompanhasse o paradeiro de Hinata durante aquela viagem. Para o concelho aquilo não era problema, e a mesma equipe designada para Naruto passou a colher e trazer informações sobre Hinata. Era a sua forma de manter a filha protegida. E tudo aquilo começou por causa das palavras de Kushina. Ele começou a se perguntar o que Tomoe faria naquela situação, então, de sua maneira, estava cuidando de Hinata mesmo que ela estivesse longe.

 

Com um movimento de mãos apertou um pequeno botão que estava acoplado em sua mesa. Poucos segundos depois Kyto, a responsável pela casa principal e educação das meninas, entrou na sala.

 

— Leve isso ao banco público e coloque na conta de Hinata.

 

 Sem uma palavra a velha senhora deixou a sala, ao sair seus lábios finos da idade mostraram um pequeno sorriso. O líder de preocupava com a menina, esse podia ser um novo começo.

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— Eu tenho algumas surpresas guardadas para você, teme. Você vai está no chão sem nem ver o que te atingiu. — Naruto ria enquanto se despedia do amigo e saía do prédio ANBU.

 

Ele já estava na vila há quatro dias e então decidiu que já era hora de voltar ao trabalho. Antes mesmo de falar com Tsunade foi até seu amigo Sasuke para entender como as coisas estavam funcionando na ANBU. Em meio a xingamentos, promessas de lutas e a costumeira amizade dele, Sasuke lhe disse que primeiro ele tinha que conseguir autorização com a Hokage para voltar as atividades na organização.

 

Naruto estava adiando o encontro com Tsunade. Algo que ele conhecia como sexto sentido começou a avisar a ele que não seria uma conversa fácil, então estava adiando o máximo que podia. Infelizmente o prazo se encerrou e para voltar a executar missões ele teria que enfrentar a quinta Hokage. Bagunçou seus cabelos e mudou sua direção para o escritório de Tsunade. Nos últimos dias passou bastante tempo conversando com Hinata e Kushina .

 

Ele queria estar preparado. Queria conciliar sua decisão com as decisões das duas mulheres que faziam parte de sua vida. E precisava manter seus planos também. Três anos longe da vila lhe deram tempo suficiente para saber o que queria dali pra frente. Não estava disposto a voltar e ser tratado pelo velho concelho como apenas uma arma de chakra massivo que pertencia a Konoha. Ele era humano. Tinha sentimentos, vontades e pessoas que acreditavam e precisavam dele. Tudo que queria era poder continuar vivendo sua vida em busca do seu maior objetivo: Ser Hokage.

 

Algumas coisas mudaram desde o encontro que ele teve com seus amigos ao chegar à vila. Kushina era sua mãe, mas ele queria ter uma família. Vendo Hinata com o pequeno Hizashi um novo sentimento começou a se formar dentro dele. Ele e Hinata estavam juntos há quase três anos e não havia dúvida nenhuma que pretendiam continuar assim por toda vida. Naqueles dias ele começou a pensar que talvez fosse a hora certa de conversar com Hinata sobre isso. Ele não queria abrir mão de nada. Seu desejo era acordar todas as manhãs e poder ver o rosto de quem amava ao seu lado.

 

Ao entrar no escritório da Hokage ela estava sozinha, como se já soubesse que ele viria. Ele sabia que provavelmente isso era verdade, pois a ANBU parecia não querer sair de perto dele.

 

— Pensei que você viria assim que colocasse o pé na vila, Naruto. — Mesmo sem olhar para ele Tsunade conseguia sentir que não seria uma conversa fácil.

 

— Prioridades mudam, baa-chan.

 

—Antes de qualquer coisa, — Tsunade se levantou e foi em direção ao ninja — Você faz falta, e eu tive saudades.

 

Naruto recebeu com surpresa o abraço que Tsunade lhe deu, algo parecido com um esmaga ossos, mas que ele pode sentir transmitido ali muitos sentimentos bons. Ficou tão surpreso que não soube ao menos o que falar, apenas a abraçou de volta. Ele sabia o quanto era importante para ela. Jiraiya e ele eram uma espécie de família para a Quinta Hokage.

—Eu estou de volta.

 

—Agora vamos ao que interessa. O treinamento deu resultados?

 

— Eu consigo controlar a transformação. Uso o chakra sem perder a consciência. Tenho poder para fazer uma esfera capaz de acabar com todo terreno da vila.

 

—Acho que não poderei te testar dessa vez. — Tsunade riu — Não quero que a vila suma.

 

— Então, quando posso voltar a receber missões da ANBU? Não quero ficar parado muito tempo.

 

—Naruto, o concelho não quer que você saia da vila. Eles querem te manter perto, muitas ameaças apareceram nesses três anos que você esteve fora. Eles acreditam que te mantendo aqui a vila estará segura.

 

— Faça com que eles mudem de ideia.

 

 — Não é tão simples assim, garoto. —Tsunade desejava saber como fazer Naruto entender aquilo. —Alguns boatos vindos da vila do som dizem que Kabuto está aumentando sua força. O concelho quer usar você caso ele ponha os olhos em Konoha.

 

— Baa-chan, eu passei esses dois últimos anos treinando a partir do nascer do sol e caindo de exaustão quando a noite chegava. Diga ao concelho que estou pronto para ajudar a vila no que seja, mas eu não vou ficar preso aqui. Assine logo essa autorização para eu levar ao Sasuke.

— Uma condição, Naruto. — Tsunade levantou a mão antes que ele pudesse interrompê-la e continuou — Sem missões que durem mais que uma semana, estamos entendidos? Não estou fazendo isso por você ser uma arma para vila, quero você por perto porque eles vão te caçar Naruto. Não posso perder mais ninguém, você está autorizado a integrar um time ANBU desde que suas missões não durem mais de uma semana e você esteja acompanhado pelo Sasuke.

 

Naruto queria protestar, mas entendia Tsunade. O concelho da vila sabia ser intolerante quando queria, por isso, mesmo achando que não havia necessidade de Sasuke (e seu bom-humor matinal), ele resolveu aceitar aquilo. Um passo de cada vez, era o que tinha decidido fazer.

 

— Entendido. — Naruto concordou e estava pronto para levar a informação a Sasuke quando se lembrou de algo muito importante. - Hum, baa-chan, como é realizado um casamento?

 

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O teste jounnin acontecia uma vez ao ano durante a estação de verão. Quem não se inscrevesse ou fosse desclassificado só teria uma nova oportunidade doze meses depois. Hinata passou dois dias pensando se deveria ou não participar. Saiu de casa pela manhã no último dia da inscrição e quando percebeu havia mudado seu trajeto. Ela deveria encontrar com Tsunade para resolver sua situação naquele dia, mas quando percebeu estava em frente à sede jounnin pronta para assinar a lista de participantes.

Era um passo enorme em sua vida se submeter aquela avaliação. Ela nunca teve confiança em seus ninjutsus. Durante toda sua vida ela estava sempre atrás, o tempo todo tentando alcançar alguém. Encontrou sua motivação no desejo de estar ao lado de Naruto. Tornou-se chunnin e aquilo para ela estava bom. Nunca gostou de tirar vidas, ou usar violência durante as missões a que era designada. Por isso o trabalho como sensei na academia preenchera um espaço que antes era vazio dentro dela, ela parecia ter encontrado seu lugar.

 

Daquela vez o sentimento era outro. Ela não queria prestar aquela prova na tentativa de alcançar alguém, o que ela queria era provar sua força a si. Queria sentir que era capaz de ter a vitória usando sua força de vontade e o trabalho duro que teve durante os últimos anos no treino com Naruto e Kushina. A patente jounnin também a garantiria melhor posição na academia ninja e provavelmente um grupo de gennins para treino.

 

Quando ela finalmente assinou a ficha após ter preenchido todos os dados sentiu seu coração acelerar e suas mãos suaram de ansiedade. Em duas semanas ela deveria estar ali para cumprir a prova e lutar para ser aprovada. Se tudo desse certo e o treinamento tivesse dado resultado muito em breve ela seria a mais nova Jounnin da Folha. Naruto ficaria orgulhoso dela. Aquilo era uma surpresa, pretendia contar a ele apenas quando tivesse o colete e a promoção em mãos.

 

Tudo parecia completo ao pensar nele. A vontade de sorrir esgueirava-se pelo seu coração e quando se dava conta já estava sorrindo e feliz ao se lembrar dele. Naruto completava seu mundo, tornou-se o forte que precisava. Ela sabia que em qualquer situação ele estaria ali para apoia-la, e da mesma forma  estava pra ele. Dois anos perto dele fizeram Hinata se dar conta de algo que não pode perceber em seus anos de sofrimento no clã. Ela era uma pessoa especial e possível de ser amada. Naruto confirmava isso a cada gesto com ela. Desde os beijos roubados até os dados entrelaçados durante as noites frias, tudo era uma mostra do que ele sentia.

 

Com o coração cheio de esperanças por um futuro feliz ela entrou no escritório da Hokage quando foi autorizada.

 

—Hoje é o dia das visitas dos viajantes. — Tsunade sorriu enquanto encarava Hinata . Kushina estava na sala com a Hokage.

 

— Me desculpe Tsunade-sama, não queria interromper.

 

 — Não está interrompendo nada, Hinata. — Kushina sorriu para nora — Só estamos fofocando como boas velhinhas.

 

Hinata sorriu do gracejo, se existia algo que aquelas duas mulheres não pareciam eram velhinhas.

 

— Kushina está implorando para que eu a ensine meu jutsu de juventude. — Tsunade riu com vontade — Mas, junte-se a nós, em que posso te ajudar?

 

— Queria saber quais os planos que a senhora tem pra mim, agora que voltei à vila.

 

— O que você quer fazer, Hinata? Eu pensei em colocar você na academia novamente. Seu trabalho lá foi muito bom e estamos em falta de professores.

 

— Isso é o que mais quero, amo trabalhar com as crianças, mas antes de retornar gostaria de informar que me inscrevi para para prova Jounnin.

— Ora, isso sim é uma boa notícia. — Kushina comemorou batendo palmas e apertando delicadamente o ombro de Hinata.

 

— Você tem potencial para isso, Hinata. — Tsunade sorriu — Tenho certeza que em breve vou passar para você um colete jounnin.

 

—Obrigada, Tsunade-sama. — Hinata sorriu enquanto controlava as lágrimas de emoção, era gratificante saber que existiam pessoas que acreditavam nela — Por favor, não contem nada ao Naruto-kun, é uma surpresa.

 

As duas mulheres concordaram em manter segredo. Naquela mesma manhã Hinata foi até ao encarregado da academia para informar de seu retorno e saber de seus novos horários e turmas.

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Depois de resolverem tudo que era necessário no dia Hinata e Naruto se encontraram como haviam combinado no apartamento dela. Hinata queria saber como estavam às coisas e limpar tudo se necessário. O apartamento estava melhor do que ela imaginou. Sakura fizera um bom trabalho ao cobrir todos os móveis com lençóis e plásticos. A poeira estava apenas no chão e nas janelas. Um pouco de água e sabão e tudo ficaria brilhando como novo.

 

Fazer a limpeza com alguém como Naruto tornava tudo mais divertido e bagunçado. Ele conseguiu derrubar o balde com água e sabão quatro vezes. No final do dia eles terminaram a limpeza, mas estavam molhados e sujos até o fio do cabelo. Hinata sorria enquanto via o namorado tentar amenizar a sujeira do rosto usando as mãos cobertas de poeira.

 

— Está rindo, é? Ria com isso. — Naruto ergueu os dedos cheios de poeira e pintou dois traços de poeira no rosto de Hinata. — Você precisa de um banho agora, Hina.

 

— Nós dois precisamos, Naruto-kun.

 

— O que eu tenho que fazer para você desistir da ideia de vir morar aqui só? — Naruto colocou a cabeça sobre o ombro de Hinata e puxou a mão dela para um entrelaçar delicado.

 

— Naruto-kun, — Hinata suspirou, sua vontade era passar todo tempo do mundo com ele, mas entendia que Naruto e sua mãe precisavam de espaço. — Você e Kushina-san precisam de espaço, não quero tirar a oportunidade de você conviver com sua mãe.

 

— Eu posso fazer isso com você por perto.

 

—Ela é sua família, Naruto-kun.

 

— E você é minha vida, Hinata. — Naruto posicionou-se em frente a garota. Estavam com os olhos um no outro, as mãos entrelaçadas enquanto descansavam no chão da sala — Eu não tenho dúvidas que é com você que estarei daqui a dez, vinte, trinta anos. —Ele procurou algo no bolso e colocou nas mãos dela. — Eu encontrei esse potinho hoje. Lembra-se dele?

 

Claro que ela se lembrava. Ainda sentia suas mãos tremendos ao se recordar que ofereceu a pomada a Naruto logo após a vitória dele sobre Kiba. Lembrava-se de ter colocado todo seu carinho ali na esperança de que o sentimento atingisse Naruto.

 

— Eu não sei porque guardei na época. Você foi a primeira pessoa que se preocupou comigo. Eu quero isso pra sempre. Hinata, eu não tenho nada a te oferecer. Sou um ninja com um demônio no corpo e com você no meu coração. Se você aceitar o que vou te pedir eu não poderei garantir que tudo vai ser apenas felicidade. O que eu te garanto é que meu amor sempre será seu e minha vida será pra te proteger e fazer feliz.

 

—Você está me...?

 

— Sim, Hinata, eu quero construir uma família com você, por isso, estou pedindo que você se case comigo e n saia da minha vida nunca.

 

Hinata ficou calada. Tentava falar algo, mas parecia que as palavras se congelaram em sua boca e nenhum som era produzido por ela. A única coisa que conseguiu fazer foi jogar-se contra o corpo de Naruto e abraça-lo o mais forte possível. Queria gritar, berrar, um belo sim, mas a emoção era tanta que começou a chorar e apertar-se a Naruto o máximo que podia.

 

—Acho que isso é um, sim. — Naruto sorriu enquanto retribuía o abraço e via Hinata concordar com um acenar de cabeça.

 

Ele estava tão emocionado quanto ela. Parecia que finalmente as coisas estavam se acertando para os dois. Compartilhar a vida com alguém era um sonho que Naruto nunca imaginou alcançar. Três anos antes se lembrava de estar em cima do monte Hokage lamentando não ter alguém para dividir as noites frias. Hinata entrou em sua vida pareceu preencher de cor todas as partes que estavam vazias na alma dele.

 

Ele queria muito fazê-la tão feliz quanto ela o fazia. Tornar a vida dela repleta de amor e felicidade, compensar todo o tempo de tristeza e angustia que ela teve no clã, era seu objetivo. Naruto sabia que não tinha o poder de controlar tudo. Os Hyugas podiam causar muitos problemas para Hinata, ele próprio poderia causar sofrimento a ela, o fato dele ser um jinchurike tornava as coisas mais complicadas do que já eram.

 

Por mais que tudo fosse tão difícil ele se tranquilizava com a certeza de que daria o seu melhor, como havia feito em tantas outras vezes em que a vida lhe impusera situações consideradas impossíveis para todos que o olhavam. Ele cresceu sem família, formou-se na academia, fez amigos, salvou amigos, amadureceu, ficou forte e conseguira um amor. Por mais que não fosse um cara inteligente como Shikamaru ou com uma linhagem sanguínea ancestral como Sasuke, ele era alguém que sabia transmitir amor e confiança, tudo que ele achava necessário e importante para ser feliz com Hinata. 

 

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Algumas pessoas nascem com a sorte dele. Outras precisam lutar muito para alcançarem metade do que ele já tinha sem ter movido um único dedo. Nascer dentro de uma importante família no clã fora algo que a vida dera de presente a ele, por isso nunca desperdiçou nada que aquela posição lhe oferecia. Ainda criança confidenciou ao pai sua vontade de se tornar um dos Hyugas mais importantes que já passaram pelo mundo. Com esse foco moldou a sua vida com treinamentos e ações que finalmente o fizeram chegar em um dos patamares mais altos no clã Hyuga: o concelho.

 

Seu pai e avô foram conselheiros Hyugas. E agora , com a morte do seu pai, Chiyo  estava preste a assumir seu lugar por direito e herança. Aquele era só mais um passo dentro de seu objetivo principal: a casa da liderança do clã. Ele se lembrava de todas as vezes que caminhou em frente a mansão e viu o atual líder Hiashi acompanhado de sua esposas nos jardins. Chiyo queria aquilo. Queria fazer parte daquela casa, desfrutar dos belos jardins e receber reverências de todo o clã quando passasse pelas residências.

 

Hinata havia sido uma tentativa. Casar-se com ela o colocaria dentro da família líder. Um pouco de manejo após o casamento o tornaria líder absoluto, já que como mulher Hinata poderia abrir mão da liderança para o marido a fim de cuidar da descendência do clã. Aquele era um plano fracassado. Hinata não era tão apagada como ele imaginava. O aparecimento do jinchurike da kyuuby naquela história também tornou tudo mais complicado, e seu plano foi adiado por alguns anos. Hanabi deixou de ser possibilidade quando Chiyo percebeu que a filha mais nova tinha uma personalidade forte demais para que ele conseguisse manipular facilmente.

 

Agora, com a morte de seu pai, outra porta se abrira. Ele estaria diretamente ligado ao concelho do clã. Saberia de todas as coisas que estavam dentro da organização da família e teria acesso mais fácil aos outros conselheiros. Ser escolhido líder do concelho e fazer os demais perceberem que a família de Hiashi não era mais apta para a sucessão do clã tornava-se apenas questão de tempo.  

 

Enquanto caminhava para a cerimônia de funeral do seu pai, Chiyo tentava lidar com a informação que recebera há poucos minutos. Hinata estava de volta a vila. Ele sabia que não havia nada em que ela pudesse ajuda-lo em seus planos, mas no seu peito crescia uma enorme vontade de voltar a vê-la em quem sabe tocá-la.  O destino havia sido ruim quando ele estava prestes a tê-la e aquilo fora adiado da pior maneira possível. Quem sabe agora uma reaproximação fosse possível. Talvez ainda estivesse em tempo de Hinata perceber que estar com ele seria a melhor coisa que aconteceria na vida dela.  

 


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Notas finais do capítulo

Pretendo postar o proximo em quinze dias, se a minha criatividade, e minha orientadora de tcc permitirem,

Beijinhos pessoal.



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