Tarde de Autógrafos! escrita por Bruhth


Capítulo 1
Único




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            Era a primeira vez que estávamos no Brasil, e aquela seria uma tarde de autógrafos completamente nova para nós, pois ainda não conhecíamos as fãs brasileiras, esse seria o nosso momento perto delas.

            Eu sempre gostava de pensar isso em relação a essas tardes de autógrafos, que era o nosso momento com as fãs, o momento de sabermos se estamos agradando ou não, se estamos sendo os ídolos que elas merecem.

            Tom sempre me dizia para apenas prestar mais atenção nas fãs que passavam por nós, eu não tinha o costume de olhá-las nos olhos, muito menos encará-las, apenas dava uma olhadinha e perguntava seu nome já de cabeça baixa no papel a ser escrito. Ele dizia que isso as magoava, mas elas nunca reclamaram, e eu não gostava de ficar as encarando, parecia que eu estava querendo passar algo a mais do que simplesmente carinho por elas serem fãs tão dedicadas.

            Lógico que no fundo eu me sentia mal por isso, pois no final eu sempre pensava nas fãs que estavam naquele momento chorando por eu não ter-lhes dado à atenção merecida, mas eu não conseguia mudar, não conseguia olhá-las, era algo imutável em mim.

 

            Faltavam cinco minutos pra entrarmos no local dos autógrafos, iríamos bater algumas fotos de divulgação, e então poderíamos nos sentar e preparar as canetas que à tarde realmente seria longa.

            Muitas coisas me impressionaram desde que a primeira fã entrou e me entregou um pôster pra assinar, ela disse seu nome e disse que era apaixonada por mim e pela banda. Outra menina tinha uma bela tatuagem com o nome de todos os integrantes da banda no braço, no mesmo formato que a minha tatuagem.

            Varias meninas usavam camisetas com fotos nossas, muitas choravam, e mal conseguiam dizer seus nomes, muitas gaguejavam e perdiam a oportunidade de dizer algo. Eu ficava imaginando como que elas deviam se culpar depois pelo nervosismo que não as permitiram falar.

            Aquilo era divertido, ouvi-las, elas diziam nossos nomes repetidas vezes, diziam coisas que as vezes eu nem entendia, talvez o inglês que elas haviam treinado semanas pra falar havia sido vencido pelo nervosismo. Muitas até falavam alemão e isso me impressionou bastante.

            Tom, sempre ao meu lado, ria como se tudo fosse piada, mas por incrível que pareça nenhuma fã reclama dele rir delas, no fundo elas amavam nos fazer sorrir, e saber que o Tom ria delas já as deixavam felizes.

            Cada menina com seu jeito peculiar de ser, não era porque eu não conseguia encará-las que não prestava atenção em seu estilo, bastava a minha olhada rápida e eu já sabia qual era seu estilo.

            Já havia se passado duas horas desde que começamos a assinar papeis e pôsteres, CD’s e DVD’s, tudo que aquelas meninas tinham direito, e meninos também, sempre tinha um perdido no meio de tantas meninas. Mas o lugar mais impróprio que uma fã pediu um autógrafo do Tom, naquela tarde, foi no decote, Tom demorou mais ou menos uns cinco minutos assinado seu nome, que nem tem tantas letras, não é mesmo?

            Havia apenas mais quatro meninas na fila, uma a uma foram passando e eu apenas assinava meu nome, minha mão já estava doendo, pelas minhas contas particulares era a centésima quadragésima nona vez que eu assinava meu nome.

            Foi então que eu ouvi uma voz calma, suave, em um inglês perfeito.

            - Bill, você pode me olhar nos olhos? – eu terminei de assinar meu nome e automaticamente levantei minha cabeça encontrando os lindos olhos castanhos mel da menina, seus olhos brilhavam, ela levantou uma sombrancelha, igual a mim e depois sorriu, nossos olhos não perderam o contato por todo esse tempo e eu me impressionei. – Obrigada.

            Ela abaixou a cabeça, mas eu continuei a olhando, ela pegou o papel com meu nome de minha mão e passou pro Tom, ela não o olhou. Eu estranhei, queria saber o porquê daquilo.

            - Hey, porque me pediu isto? – ela me olhou novamente, seus olhos escorriam algumas lagrimas, ela sorriu novamente.

            - Porque por um momento seus olhos foram meus... – ela disse calmamente, aquilo me atingiu fundo, atropelou meu coração e atingiu em cheio minha alma, eu não tinha mais palavras. Apenas a via pegar seu papel autografado pela banda e me olhar uma última vez antes de sumir no meio da multidão.

            Se antes eu não conseguia encarar uma fã, agora eu não conseguia era deixar de olhá-las fundo nos seus olhos, e procurar dentro de cada uma a inspiração que está fã me deu, pois aquelas poucas palavras me inspiraram a compor uma musica linda, e eu dediquei a ela, aquela musica era somente dela e pra ela.


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Notas finais do capítulo

E ai'?
hum eu pensei nessa one shot a algum tempo atras..
quando estava vendo as videos do meet e greet de Portugal..'
han será que mereço reviews?"
xD

bjINhos'! xD