A filha de Juventas - A escolhida de Urano escrita por Luana Cajui


Capítulo 13
Interferência em Pompéia


Notas iniciais do capítulo

Depois de um bloqueio é sempre bom estar de volta, principalmente quando as ideias voltam a fluir como um rio.

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723244/chapter/13

Não era qualquer um que sabia usar bem um florete mas Mirage se demonstrou bem habilidosa com tal arma o que o levou a constatar que ela não era uma iniciante. Ninguém inexperiente cortaria Lêmures como se fosse um açougueiro profissional mas ela fez isso, e muito bem por sinal, os reflexos delas foram rápidos cobrindo os "pontos fracos" enquanto ele se concentrava em mandar de volta para o tártaro os incomodos maiores.

Onde Daiana a tinha encontrado e onde ele poderia encontrar uma dessas para o seu chalé?

Ah!

Ainda tinha a questão do Latim, coerentemente ela não sabia Latim e não seria surpresa que ela não entendesse absolutamente nada do que aqueles dois cretinos estavam dizendo então digasse de passagem, COMO ELA TINHA RESPONDIDO EM UMA PERFEITA PRONÚNCIA UMA LÍNGUA QUE HOJE EM DIA SÓ ERA USADA EM NOVA ROMA ENTRE OS SEMIDEUSES E LEGADOS E AS VEZES POR PROFESSORES DE HISTÓRIA E QUIRON? A própria Mirage parecia não ter percebido isso o que era mais bizarro ainda pela cara assustada que ela tinha feito quando disse que eles tinham a entendido perfeitamente.

—A Daiana te trouxe de onde? —Pergunto de maneira despretensiosa, já sabia bem de onde ela era.

—Westover Hall. —ela respondeu indo direto ao ponto sem acrescentar nada.

Westover Hall, escola militar, perto da região costeira, conhecida no acampamento por ter abrigado os filhos de Hades, Bianca e Nico di Ângelo, não seria surpresa para se ela conhecesse os irmãos, mas também não seria surpresa nenhuma se Mirage praticasse esgrima, escolas militares tem ânsia por ter bons atletas, mesmo que não se importassem com as notas em matérias como história, essas escolas queriam mais soldados e menos pensadores era quase um Acampamento Meio Sangue mas sem os professores chatos e autoritários, nós já tinhamos os deuses fazendo esse papel.

—Vamos ter que evitar a cidade, então dar a volta é a melhor escolha —afirmou ela de mau humor. —Mas vai levar mais tempo!

Aquela frase o fez arquear uma sobrancelha e lançar um olhar questinador para aquela pequena figura.

—Você parece se incomodar mais com o fato de dar a volta e perder mais tempo do que se preocupar de sermos atacados se formos cortar caminho pela cidade.

Mirage deu de ombros.

—Os Lêmures da Cidade serão um problema bem pequeno se compararmos com o principal... —Ela parou por alguns instantes para respirar fundo —...a porra do Vesúvio vai entrar em ERUPÇÃO se a gente não for rápido e mesmo que seja uma ilusão que nem esse dia ensolarado eu não tô afim de ficar aqui para descobrir.

O nervosismo na mais nova estava se mostrando evidente ao contrário de horas atrás quando o grupo estava reunido, Mirage mexia um dos pés de modo ansioso e não parava de olhar para os lados como se a qualquer momento ela fosse ser surpreendida por algo.

—Bom, certamente ficar aqui conversando não vai fazer a gente encontrar os outros mais rápido e comigo você não tem o poder de escolha.

O filho de Ares segurou uma das mãos de Mirage e contra a vontade da garota a arrastou junto consigo para que juntos eles dessem a volta na cidade.

Ele não era Daiana para se preocupar com a mais nova, pelo menos não naquele momento em que ele tinha alguém mais importante para se preocupar.

—____________________________________


Leon sabia que ainda era de noite, podia sentir isso em cada poro de sua pele, afinal ele era filho do Deus do Sol e sabia reconhecer muito bem quando era a luz de sua mãe que dominava sob ele , mas só não entendia como toda aquela cena tinha se desenrolado ao seu redor.

Veja bem, Leon podia ter a pele mais bronzeada pelo sol mas ele ainda sim conseguia emitir luz própria e foi isso que fez os Lêmures em sua maioria correrem atrás dele como mariposas atraídas pela luz, ele estava sozinho e tinha sido cercado.

Tudo pareceu perdido e ele estava quase cogitando fazer uma mini Super Nova quando o tremor de terra veio e logo em seguida o fenômeno que ele chamou de "Interferência".

Sabe quando você está assistindo Tv e o sinal começa a falhar e vários riscos começam a tomar conta da tela? Digamos que foi isso que aconteceu, tudo ao redor de Leon começou a falhar e ele se viu cercado por Lêmures para que no instante seguinte a "Tv" voltasse a sua programação "normal" no canal do History Channel, o único detalhe era que antes ele estava em outro canal assistindo um filme de terror num sítio arqueológico e não em uma cidade populada por Romanos no século "não sei o que antes de cristo" e pareceu até mesmo que a figurinista tinha mudado seus trajes o colocando para se vestir novamente como um príncipe grego.

"O que?!" —pensou ele confuso.

Agora as pessoas ao redor dele o olhavam de maneira intrigada, se perguntando quando aquele jovem príncipe tinha entrado na cidade tão bem vestido sem ser notado, o loiro pode ouvir vários murmúrios em Latim e com isso uma palavra que ele conhecia muito bem dita de modo pejorativo "Grego", o filho do Sol fechou a cara assim que ouviu essas palavras e como não era idiota nem nada decidiu que sair dali era a melhor escolha afinal, quanto tempo aquilo poderia durar?

Determinado e confiante o loiro deu alguns passos em meio a multidão que o cercava e as pessoas ao seu redor recuaram alguns passos, percebendo isso ele acelerou o passo e logo as pessoas ao seu redor abriram o caminho como se ele fosse algum tipo de leproso pois nem mesmo eles tinham a coragem de olhar para seu rosto, outra vantagem se ele não estivesse vestido como um imperador, mas até que sair da cidade não foi uma tarefa tão difícil, difícil seria se a notícia de que um "príncipe grego" estava em Pompeia não se espalhasse pela cidade inteira.

A preocupação de muitos nessas horas seria entender o que estava acontecendo, mas isso era o que menos importava para o loiro naquele momento, ele poderia estar fazendo parte de alguma travessura de algum deus desocupado ou até mesmo estar sob algum efeito de algum feitiço mas o que realmente importava agora era se reunir com seu grupo, se reunir com Thomaz e as outras duas.

"Por quê raios ele não me seguiu? Os filhos de Ares são tão orgulhosos assim ao ponto de não seguir nem mesmo um filho do deus do Sol?" —pensou ele consigo mesmo enquanto se distanciava da cidade por precaução, mas logo em seguida outro pensamento lhe ocorreu. — "A maioria dos Lêmures correram atrás de mim é óbvio que ele não seria estúpido suficiente de me acompanhar, nem aquela projeto da Daiana fez o mesmo, nem a própria Daiana...DAIANA!"

Ele se lembrava vagamente da hora da separação, Daiana que liderava o grupo estava mais a frente e quando correram Leon a viu pelo canto de olho, incrivelmente os cabelos da ruiva pareceram refletir a luz o possibilitando de ver a figura vermelha correr com vultos muito maiores ao seu encalço e considerando a "Interferência" que aconteceu ela deveria estar cercada mas fora da cidade e mais próximo do vulcão, considerando isso, deveria ser mais prático ir na direção em que ela estaria certo?

1+1 =2 e seria muito melhor do que ficar sozinho em um lugar estranho sem alguém para cobrir suas costas.

Então o filho do Sol seguiu caminho na direção do Vesúvio por quase meia hora, as vezes estranhava a fumaça negra que saia da boca do vulcão, pensando que talvez ela fizesse parte da "Interferência" já que o vento não trazia traços de cheiro de enxofre ou mesmo de queimado mas isso foi deixado de lado rapidamente quando ele ouviu um grito de criança.

"MAMÃE VAMOS PRA CASA, ELES NÃO VALEM NEM UMA VELA!"

Um alerta soou na cabeça de Leon que nem pensou duas vezes em correr na direção daquela voz e ela não estava muito longe quando encontrou grupo cercando uma mulher e uma criança.

A criança que havia gritado não deveria ter mais do que cinco anos, tinha os cabelos cor de ferrugem, pele salpicada cheia de sardas e olhos muito pretos, com suas mãos pequenas ela segurava com firmeza as roupas brancas da mulher mais velha, está por sua vez parecia estar na casa dos 27 anos, tinha um corpo fardo e vestia vestes brancas completamente sujas com rastros de terra e lama, seus cabelos que era bem ruivos estranhamente parecidos com os de Daiana estavam presos em um coque por algo muito parecido com um Diadema, os olhos da mulher eram laranjas quase fosforescente e neles habitava um ar feroz quase selvagem.

"Eles não vão valer nem mesmo o chão em que pisam se não sairem daqui a agora!" —avisou a mulher apontando um dedo para um de seus perseguidores.

Os homens que os cercavam tinham expressões risonhas em seus rosto, como se não temessem as palavras daquela mulher ou ao menos compreendessem ela, eles estavam armados com arcos e espadas e pareciam com caçadores e aquela mulher era caça.


[A Bruxa disse alguma coisa, rapazes?] —falou uma das figuras em tom de deboche como se não temesse a mulher a sua frente.

[Essa selvagem está nos ameaçando ou é impressão minha?] — um dos homens que estava armado com uma lança falou raivoso em um Latim mais bruto como se essa não fosse sua língua materna.

A mulher ruiva que parecia entender tudo que estava sendo dito ao seu respeito bufou irritada e apenas estalou os dedos fazendo fagulhas voarem pelos ares e só o vislumbre de tal façanha fizeram aqueles homens e o próprio Leon que observava aquela cena paralizarem.

[Suponho que vossas roupas são do mais fino linho, certo? —Ela disse em latim com um sorriso malicioso se formando em seus lábios —Grande erro, grande, grande erro!]

Após as suas palavras a cena que veio a seguir deixou Leon bem assustado pois ele sabia muito bem que Linho e fogo eram duas coisas não deveriam entrar em contato mas mesmo assim ele não estava preparado para isso.

O ruiva desconhecida teve os olhos tomados pela cor alaranjada e em poucos instantes as roupas daqueles homens estavam em chamas.

Os gritos de terror foram altos o suficiente para serem ouvidos de longe mas o mais aterrorizante eram as risadas altas vindas da ruiva que parecia se divertir bastante vendo aqueles homens rolarem desesperados no chão ou mesmo os que tentavam se despir e fugir correndo montanha abaixo.

Leon assistiu aquela cena em completo silêncio quando três corpos caíram aos pés daquela mulher enquanto os outros ainda fugiram. Ela com certo desdém se aproximou de um dos homens caídos e com um dos pés esmagou o crânio carbonizado contra o chão.

—Bom, quem sabe assim eles não começam a me levar a sério, não é mesmo garotinho?

Um arrepio cruzou todo o corpo do filho do Sol ao ouvir a voz da mulher falar ao pé de seu ouvido mesmo com ela permanecendo no mesmo lugar.

—Está bem longe de casa não acha? A Grécia fica na outra direção. —ela continuou a falar de onde estava mas sua voz parecia vir de todas as direções ao mesmo tempo.

Assim que aquelas palavras saíram de sua boca a figura ruiva apareceu diante de si como se tivesse se teleportado. Leon quase teve um mau súbito ao ver aqueles olhos alaranjados de tão perto, a mulher o avaliou enquanto via seu corpo tremendo, algo muito forte envolvia o corpo dela, quase como uma aura divina era quente e naquele momento era bastante intimidadora, o suficiente para mantê-lo com o arco abaixado.

—Me pergunto o que um príncipe estaria fazendo aqui sozinho na tão isolada Pompeia, veio em uma jornada de redenção?

Leon não respondeu, permanecendo em completo silêncio, algo que pareceu irritar a mulher a sua frente.

—Algum abutre comeu a sua língua criança? RESPONDA! — gritou ela nervosa.

O corpo de Leon se arrepiou por inteiro e algo em sua cabeça gritou:

"PELO AMOR DAS ESTRELAS MOLEQUE RESPONDE LOGO ANTES QUE ELA ACABE COM A GENTE !"

—peregrinação minha senhora...—sussurrou ele nervoso

—Como? Eu não ouvi, repita.

—Peregrinação, minha senhora.

Ao ouvir essa resposta, a ruiva pareceu se acalmar por alguns instantes antes de questionar:

—E a que divindade você serve?

Aquela pergunta tinha pegado o loiro de surpresa, o que ele poderia responder?

"Ora vamos lá, você segue a medicina garoto estúpido, Asclepio é aquele a quem você serve!" — concluiu o óbvio no entanto antes que ele pudesse responder esse pensamento foi interrompido por um outro, era como se o vento estivesse a sussurrar em seus ouvidos. — "Você serve aquela transforma, aquela que cria..."


—Eu sirvo a deusa Fênix, aquela que renasce das cinzas.

As palavras sairam de sua boca de maneira tão natural que até mesmo Leon quase acreditou em suas palavras, quase pois ele nunca se quer ouviu falar de uma divindade Fênix, elas não eram e não tinham uma deusa, mas estranhamente isso pareceu afetar a mulher a sua frente.

Ela se afastou dele e olhou ao redor de maneira intrigada como se tivesse ouvido mais alguém se aproximando,mas logo a ruiva voltou a encara-ló com certa desconfiança.

—Eu nunca pensei que encontraría alguém que se desse ao trabalho de vir até aqui ainda mais um príncipe...

Ah sim, Leon ainda estava vestido como um príncipe, talvez tenha sido essa a razão pela qual ele não ter se juntado aos outros corpos no chão.

—Não são muitos os que se dedicam a uma jornada de peregrinação tão longa.—concordou ele com um pouco de nervosismo em sua voz, afinal já que ele já tinha iniciado aquela teatrinho era melhor continuar seguindo ele. — Não foi fácil chegar até aqui, ainda mais com parte do império Romano determinado a impedir qualquer Grego.

A mulher ruiva se afastou ligeiramente dele, mantendo uma expressão séria mas menos desconfiada em seu rosto.

—Bom, suponho que depois de toda essa perseguição, você encontre o que procura.

Assim que essas simples palavras saíram da boca daquela adulta a mesma se virou de costas e seguiu seu caminho, subindo o monte, ignorando completamente os cadáveres no chão e o próprio Leon.

No entanto, a única exceção ali foi a criança, Leon podia jurar que em algum momento ela tinha sumido e não estava mais agarrada a mulher ruiva mas agora ela estava ali a alguns passos a sua frente lhe encarando, Leon a encarou de volta.

A Criança sardenta de olhos negros lhe encarou em silêncio por alguns instantes, suas roupas estavam em verdadeiros trapos e ela parecia inexistente para o resto do cenário.

—Foi você que sussurrou aquelas palavras ao vento? —Leon tomou coragem para perguntar. Em resposta a criança lhe sorriu.

—Olha só, ele percebeu.

Era como Leon tinha imaginado, aquela criança tinha a mesma "voz" que ele ouviu em sua cabeça.

—Como você é diferente dos outros eu achei que você perceberia, eu até tentei disfarçar bem minha voz em sua mente mas...

—Quando ela olhou ao redor eu pude perceber que não era a voz da minha cabeça. —afirmou ele.

—...ela percebeu também.

A criança se próximou de Leon e este por sua vez, longe da presença daquela mulher ruiva conseguiu retomar o controle de seu próprio corpo, podendo se abaixar na altura da criança que agora sorria mostrando os dentes.

—Quem é você? —perguntou ele —E quem era aquela mulher?

—Ah, bom meus irmãos me chamam de "Euroisa, mas minha mãe me chamava por "Euro".

Leon não estava muito confiante sobre aquela crianca, era estranho ele estava a sua altura, ele deveria pelo menos sentir a respiração dela enquanto falava mas nem isso ele era capaz de sentir, ele tinha uma suspeita mas não era concreta naquele momento.

—A mulher ruiva era sua mãe? —perguntou mais uma vez.

A crianca pareceu não gostar muito da pergunta.

—Deuses, por quê todos os adultos perguntam sempre as mesmas coisas? —Resmungou ela descontente. —Você parece aquele moço de terno que vem me visitar, ele também me faz muitas perguntas e tenta me levar, mas eu não deixo.

Leon assentiu concordando.

—Realmente, quando um estranho lhe pede para ir com ele é de se desconfiar, mas você ainda não me respondeu.

Euroisa revirou os olhos entediada.

—É, a ruiva é a minha mãe, mais alguma pergunta chata?

Leon riu.

—Só mais uma, sim? —ele começou, tentando escolher bem as palavras que viriam a seguir. — Eu sei que não está de dia mas tudo parece que sim e tudo parece ter...

Leon se deteve no meio da frase, como ele explicaria para aquela criança que tudo em volta dela era uma ilusão e que eles deveriam estar num sítio Arqueológico e não em uma cidade populada por Romanos? E pior e se aquela pequena criança fosse parte da ilusão? Tudo era muito suspeito.

—Ah sim, eu suponho que seja por causa da cristal.

!!!!

—Oi!? Cristal


Euro fez uma careta.

—É, cristal. Eu estava em casa quando de repente um cristal vermelho caiu do nada nas chamas da forja. —ela começou a explicar —Foi muito estranho, mas ele não fez nada a princípio, quer dizer até a uma hora atrás...

"Ah não, isso é muita coincidência pra ser verdade."

—...Pompeia parece ter voltado ao seu último dia de vida.

O filho do deus do Sol olhou para aquela criança incrédulo por alguns instantes.

—Wou wou wou, calma ai repete a última parte por favor.

Euro, que como todo criança não parecia ter toda essa paciência, revirou os olhos e respondeu de maneira impaciente e pausada.

—Eu. Disse. Que. Pompéia. Voltou. Ao. Seu. Último. Dia. De. Vida. Antes. De. Ser. Engolida. Por. Cinzas. !!!! Ouviu agora?

Leon assentiu, tentando manter a paciência, ele não era conhecido por ser paciênte com crianças, quem era conhecido por isso era o seu namorado e ele não estava ali agora então era quase inevitável que ele tivesse voltade de dar uma bela de uma resposta aquela criança, mas ele se conteve precisava tirar o máximo de informações possíveis daquela criança.

—Então era que eu pareço estar vestido como um príncipe grego? Para me adaptar ao cenário ao redor?

—Náh, eu acho que não, se fosse para você passar despercebido aos olhos dos outros tu deveria vestir os trapos que todos os desafortunados da cidade vestem, como os sem teto e escravos e não estar vestido como alguém da realeza.

—Pra uma criança você fala como uma adulta.

—E para um titã o senhor age muito como um mortal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!