My Dear Original escrita por LittleWolf


Capítulo 8
Capítulo 7




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Ariel'

—Acho que essas vão servir- Bonnie me entregou uma muda de roupas.

Se alguém me dissesse que algum dia eu estaria tomando banho na casa dos  vampiros Salvatore, aprendendo magia com Bonnie Bennet, eu internaria o maluco num manicômio.

—Obrigada, eu já estava mesmo precisando de um banho- agradeci, secando meus cabelos com a toalha.

—Você está a muito tempo na estrada?- ela disse, se sentando ao meu lado na cama.

—Na verdade não, mas eu sinto como se tivesse passado uma eternidade- disse, por algum motivo, me sentia bem ao lado da morena- fazer magia é muito difícil?

—Você só precisa de um pouco de pratica- ela sorriu- mesmo agora, eu consigo sentir, seu poder é antigo.

Bonnie é uma bruxa, então era possível que ela soubesse algo sobre minha família biológica.

—Eu não sabia sobre meu poder até pouco tempo atrás, e também não faço ideia de quem seja meus pais biológicos, as coisas ainda estão meio confusas pra mim.

—Eu acho que posso ajudar nisso, me de sua mão. 

Ela segurou minhas mão, e fechou os olhos. Esperei que ver algo, mas nada aconteceu. 

Bonnie se levantou rápido, e me encarou assustada.

—O que? É tão ruim assim?

—Uma Mikaelson

—Tecnicamente...

—Eu sinto muito Ariel - ela disse séria.

—O que você viu?

—O passado, e um pouco do que ainda vai acontecer no seu futuro -seus olhar carregado me deixava cada vez mais preocupada.

—Você pode me dizer?- sussurrei.

—Foi uma visão, você será a causa da queda dos Mikaelson's.

—Tá legal, agora você tá me deixando assustada- sorri nervosa.

—Eu vou pegar o meu grimório, preciso começar a te ensinar o feitiço- ela disse, quase correndo do quarto.

A queda dos Mikaelson's? O único Mikaelson que eu conheço é Elijah, e eu posso garantir que nunca faria nada que o machucasse, eu o amo.

Bonnie voltou ao quarto, e começou a me ensinar o feitiço. Por mais que ela disfarçasse, eu sabia que ela estava nervosa, e sabia que era por minha causa.

Passei algumas horas decorando algumas palavras estranhas. Fazer magia era algo natural pra mim, tudo que eu precisava era me concentrar. Se eu soubesse que era uma bruxa antes, minha vida seria muito mais fácil, imagina que maravilha ter esses poderes no colégio.

—Você esta pronta- Bonnie me parabenizou

—Você vai me contar?

—Visões mudam, Ariel. O futuro não está decidido ainda - ela tentou me tranquilizar-  saber só complicaria as coisas.

Eu queria discordar, e descobrir sua visão, mas deu pra entender que ela não diria mais nada.

Mas tarde, agora com Luke e Mia no quarto, eu já me sentia melhor. Era divertido assistir os dois discutirem.

—Você poderia muito bem ter me dito por telefone...

—E então você iria pra uma cidade cheia de vampiros e bruxas loucas...

—Você acreditou mesmo que me faria  mudar de ideia? É do meu irmão que estamos falando.

—Só estava tentando te livrar de uma decepção, e é claro, do perigo.

—Até onde eu sei, era você que estava presa aqui, não eu.

—Foi um erro de cálculos, eu não planejei quebrar o pescoço de Damon, nem atropelar sua namorada- Mia deu de ombros.

—Porque é que isso não me surpreende ? !- Luke riu.

—E então, você já sabe pra onde vai?- perguntei 

—Você não vai se livrar de mim assim tão cedo, bruxinha - ele sorriu- Nova Orleans.

—Isso sim é uma boa noticia- comemorei, pelo menos minha carona estava garantida.

—E eu aqui pensando que você era inteligente- Mia fingiu estar decepcionada- vocês estão falando da cidade dos vampiros originais.

Eu e Luke nos olhamos, então sorrimos. Aquilo não parecia fazer diferença pra ele, e pra mim era mais uma confirmação de onde encontraria Elijah.

—Tudo bem, mas eu dirijo - Mia disse, se rendendo.

—Você com a gente então?

—Eu devo uma pra bruxinha, e não perderia por nada você apanhando de vampiros- ela disse, jogando um travesseiro em Luke, que facilmente desviou.

Eu nunca fui muito de fazer amigos, é claro que tinha meus parceiros na hora de fazer umas pegadinhas com os professores,e com alguns idiotas que estudavam comigo, mais era só isso. 

Talvez a viagem até Nova Orleans seja mais divertida do que imaginei.

—Espero que vocês estejam com fome - uma garota de cabelos longos entrou no quarto com uma bandeja nas mãos, Damon estava logo atrás dela.

—Faminto -Luke disse, pegando a bandeja de suas mãos- obrigado, Elena.

—Então você é a namorada do Damon?- deduzi só pela forma que eles se olhavam- você deve ser uma santa , pra aturar ele.

Eu estava tentando fazer uma piada, ma percebi que tinha dado errado, quando os dois se encararam desconfortáveis.

—Errou pirralha-  Damon sorriu sarcástico.

—Stefan, eu namoro o Stefan- Elena corrigiu- vou ver como as coisas estão lá em baixo.

...

Stefan e Elena seriam as iscas, e atrairiam Eddie pra floresta. E eu e Damon, ficaríamos esperando a hora certa de atacar.

Ficar numa floresta, a noite, com o Salvatore malvado não me deixava nem um pouco tranquila.

—Você tem mesmo que beber numa hora dessas  ?- disse, encarando a garrafa em suas mãos.

—Relaxa, pirralha- ele revirou os olhos- eu até te oferecia, mais sabe, acho que você não tem idade pra beber.

—A claro, tenho idade pra matar e fazer magia - usei todo o meu sarcasmo- mas não pra beber.

—Eu não faço as regras, pirralha- ele deu de ombros.

—Você não gosta de mim, não é?- perguntei, me encolhendo na minha jaqueta, estava esfriando.

—Eu não gosto de muitas pessoas, não se sinta especial -ele disse, irônico como sempre.

—Eu vou matar alguém- disse, pra mim mesma.

—Você não parece muito preocupada com isso- ele me analisou.

—Eu deveria?

—Uma pessoa normal se preocuparia, mas obviamente você não é uma delas- ele disse, então me ofereceu a garrafa.

Eu estava prestes a matar alguém, numa floresta escura, com Damon Salvatore, um gole de bebida não ia fazer mal. O liquido tinha um gosto amargo, desceu queimando na minha garganta.

—Assim que se faz, pirralha- ele riu da minha careta.

—Lá no quarto, com Elena, não foi de propósito- disse, olhando o céu.

—Você pensou bastando nisso, uh?- ele riu - você é mais idiota do que eu pensava.

—Mas idiota do que se apaixonar pela namorada do irmão?- sorri, pegando ele de surpresa.

—Eu consigo pensar em algo mais idiota - ele me encarou- como se apaixonar por um original, que alias, é quase seu pai.

Fui pega de surpresa. Como é que ele sabia disso?  

De todas as pessoas no mundo, não queria que Damon fosse a primeira pessoa que eu falaria sobre isso.

—Como você...?

—Posso ter ouvido, por acidente, uma conversa de Bonnie com Elena- ele sorriu presunçoso.

—Se você contar a alguém, eu juro que ...

—Seu segredo está seguro comigo - ele disse, e pela primeira vez, ele não estava sendo um completo idiota.

Talvez ele não fosse uma pessoa tao ruim, talvez lá fundo, bem lá no fundo, ele fosse legal.

—Então, você não acha isso....

—Estranho? Bizarro? Perturbador? - ele sugeriu- e dai ? Todos querem algo que não podem ter, você ainda é jovem e ignorante, mas vai superar.

—Conselhos de Damon Salvatore, como viver sem - ironizei. 

Ele apenas deu de ombros, e continuou a beber.

—Sabe, você não é tão ruim como pesei que fosse.

—O álcool faz milagres, pirralha- ele sorriu.

Estava um silencio agradável. Eu estava começando a me sentir menos estranha pelas coisas que sentia por Elijah. Quem diria que, o Salvatore malvado me faria sentir melhor.

 Damon soltou a garrafa, e olho pro lado, atento, foi então que eu ouvi o rosnado.

— Tem alguma coisa errada- ele disse, em alerta- Eddie trouxe companhia

Eu nunca pensei que veria um lobisomem assim tão de perto, nem mesmo uma luta entre dois deles e um vampiro, mas aconteceu.

—Corre- Damon ordenou.

Tudo que eu fiz, foi ficar parada feito uma idiota, hipnotizada pela luta. 

Um terceiro lobo apareceu, e eu era o alvo, foi ai que comecei a correr.

 Ele me alcançou facilmente, eu até me defenderia, mas eu estava com nervosa demais pra fazer magia. Eu não ia chorar, não mesmo, talvez um pouquinho...

Deus, eu vou morrer...

Ele surgiu entre as arvores, pelos claros, olhos azuis escuros, parecia tão...familiar.

 Luke.

Ele me encarou por um momento, então agilmente, atacou o outro lobo. Dessa vez eu aprendi a lição, e sai correndo em direção onde Eddie deveria estar.

Stefan lutava contra um cara estranho, deduzi  que aquele era Eddie. Elena estava no chão, com um olhar assustado.

Respirei fundo, me acalmando, e fixei meu olhar em Eddie. Podia ouvir meu coração pulsando nos meus ouvidos, podia sentir aquela energia começando  fluir.

Fis matos omhnis,  onu pavadus ponemus — sussurrei, Eddie estava paralisado, me encarava com raiva- nalvas raddiam etrinox..... 

—Eu vou matar você, criança insolente - ele disse ameaçador, apenas sorri.

Podia sentir o quanto aquele feitiço usava  minha magia. Comecei a enfraquecer, mas permaneci firme.

— Sorce dox divinitum! Sorce dox divinitum!

Eddie queimou, em chamas azuis brilhantes. Eu sabia que aquilo me assombraria em pesadelos. Seus gritos aos pouco foram diminuindo, então ele se tonou cinzas.

—Você conseguiu, afinal -Damon disse, se postando ao meu lado.

Ele estava desgrenhado, sua camisa rasgada com marcas de garras, mas no geral parecia bem.

—Você me deve um pedido de desculpas- suspirei, me sentindo exausta.

—Me desculpe, pirralha - ele revirou os olhos- satisfeita ?

—Você não imagina o quanto- sorri.

Assisti Elena correr até Stefan, o abraçar, e então eles se beijaram. Encarei Damon, que apenas fez careta, e desviou o olhar.

—Eu vi como ela olha pra você - murmurei, pra que o casal não me ouvisse- você ainda tem chances.

—Vamos, pirralha - Damon sorriu- temos uma garrafa de Bourbon pra abrir.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho um amor tão grande pelo Damon, é

meio impossível resistir a aqueles olhos azuis

:-)



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