My Dear Original escrita por LittleWolf


Capítulo 32
Capítulo 32




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Ariel '

Num momento eu estava beijando o Salvatore Malvado, e no outro tudo começou a tremer e Damon foi jogado para o outro lado do quarto.

—Mas o que...?!- Damon gritou confuso.

Senti um arrepio estranho, tudo ficou extremamente escuro e silencioso. E então surgiram duas vozes, eu conheço uma delas. Maggie discutia com um homem, sobre...algum feitiço, era difícil de entender. Então uma silhueta tomou forma, o homem estava de costas para mim.

Lentamente ele se virou e sorriu. Havia algo de muito familiar nos olhos dele, eles eram...iguais aos meus.

—Ariel! Ariel!- a voz de Damon soava ao fundo.

Ele se aproximou, parou na minha frente. Senti meu corpo todo gelar, eu conhecia aquele homem.

—Ariel!- dessa vez Damon conseguiu me despertar.

Nós dois estávamos no chão, eu estava no colo dele, seus braços estavam firmes a minha volta.

—O que aconteceu?- perguntei confusa.

—Me diz você, do nada você apagou e tudo estava tremendo- ele disse me olhando preocupado.

—Eu não sei, isso nunca aconteceu antes- ele me ajudou a me levantar- eu preciso me deitar um pouco.

—Você tem certeza que não precisa de nada?- ele questionou.

Tudo bem, essa versão do Damon era até... fofa.

—Não, Salvatore bonzinho, tudo que eu preciso é de algumas horas de sono- disse saindo do quarto, olhei uma ultima vez pra ele- quem sabe um dia nós terminamos isso aqui.

Assim que entrei no meu antigo quarto, tranquei a porta. O que aconteceu foi bizarro, me deixou um pouquinho assustada.

Meu celular estava cheio de ligações perdidas, muitas delas de Elijah. Nada que ele disse poderia me fazer parar agora.

Uma memoria de Elijah contando uma história pra dormir pra mim me invadiu minha mente. Ele me falou sobre coragem, sobre como eu sempre deveria estar preparada, não importa qual fosse a situação. Que eu sempre deveria ter uma plano B. 

Bem, agora eu tinha, seria como uma reserva... caso Marcel fosse a pessoa errada.

Fui dormir com os pensamentos no homem que vi, fiquei me perguntando por que seus olhos eram tão parecidos com os meus.

...

—Porque nós estamos no meio da floresta à noite, quando eu poderia estar me divertindo?- Damon perguntou de novo.

—Você não era tão irritante assim, Damon – revirei os olhos, seguindo a trilha- eu preciso de alguém aqui a caso as coisas...saiam do controle

—Saiam do controle?

—É só um pressentimento idiota, não vão dar nada errado- garanti, mesmo sentindo o contrário.

—Quando bruxas tem pressentimentos, pirralha, significa que algo vai dar errado- ele disse sério.

—Obrigado Damon, me sinto muito melhor agora- ironizei.

—Vamos logo com isso pirralha, eu tenho mais o que fazer-ele disse, andando a minha frente.

—Ninguém mandou você vir.

—Como se eu fosse deixar você sozinha à noite na floresta, seu original arrancaria minha cabeça fora- ele resmungou.

—Primeiro, ele não é meu original, segundo, admita logo que você gosta de mim, e terceiro...nós chegamos.

Havia alguns restos do que um dia foi uma vila, agora só eram pedras e mato, com uma áurea repleta de magia.

Se eu fechasse os olhos conseguiria imaginar Elijah aqui, num versão jovem e inocente, se divertindo com seus irmãos.

—E agora?- Damon disse.

—Acenda as tochas.

Fiz tudo como estava anotado. O circulo no chão, os fracos com veneno no meio, assim como a faca com o sangue de Elijah.

Eu estava com todo o meu poder, com ingredientes, agora não haveria volta.

Tirei meu casaco e me ajoelhei no meio do circulo.

—O que você está esperando? -Damon disse, quando eu não fiz nada.

—É bem provável que eu apague depois então...não fique preocupado.

—Não vou - ele disse, sorrindo irônico- agora anda logo com isso pirralha.

Fechei meus olhos, respirei fundo. Os objetos negros que eu havia canalizado eram o suficiente pra me deixar mais forte, então apenas deixei fluir.

Somno retium per dax, Onu pavaduz sorce ridax...

Antes o que era um brisa leve, se tornou uma ventania forte. Mas o vento não entrava no circulo, nem foi capaz de apagar as chamas das tochas, que agora estavam mais fortes e brilhantes.

Nas ex ut victas, dissasustos vom guémi...

Os frascos começaram a brilhar, os venenos, o sangue, tudo estava se unindo, ganhando uma cor escura.

Eu podia sentir a vertigem me atingindo, minha força sendo drenada.

Confusa, assisti Maggie e o homem entrarem no círculo, ambos sorriam.

Falta pouco querida, termine o feitiço— Maggie disse.

—Como você...

Os dois tocaram meu ombro, cada um de um lado, tornando tudo ainda mais estranho. Grunhi quando o pequeno corte se abriu na minha mão, meu sangue se unindo com aquela mistura escura.

Termine o feitiço— o homem ordenou.

O sentimento de que algo muito errado estava acontecendo me tomou, mas já era tarde demais. Como se contra minha vontade, as palavras saíram da minha boca, finalizando o feitiço.

Veram vatas, cadaram hors!

Senti meu rosto contra as folhas secas, podia ouvir Damon me chamando. Mas era como se eu tivesse perdido o controle do meu corpo. E por mais que eu tivesse de olhos fechados, o sorriso sombrio daquele homem ainda me aterrorizava.

Mas ele estava com Maggie afinal, ela nunca faria nada pra me machucar.


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