Ariel '

—Essa foi uma idéia genial - Mia riu- se bem que fazer isso com Luke...

Nós duas estávamos na sala, comendo e colocando as coisas em dia.

—Não é como se eu conhecesse muitos caras –dei de ombros- Luke é...fofo,bonito, meu amigo, então...

—Não se engane não, Ariel –ela sorriu maliciosa - Luke pode ser fofo com você, mas quando se trata de sexo, com lobisomens jovens especialmente, as coisas ficam...selvagens.

—Você tem muita experiência, uh? – brinquei.

—Luke te contou – ela disse com as bochechas um pouco coradas- Oliver é...diferente, ele não se importa com o meu jeito louco, ele gosta de mim do jeitinho que eu sou.

—Sinto cheiro de paixão no ar...- cantarolei.

—É só a poeira desses seus livros velhos –ela jogou uma almofada em mim - aliás, como você está?

Por um momento eu tinha me esquecido, mas então tudo voltou com força.

—Bem –fitei minhas mãos - vou ficar bem.

—Você sabe que eu sou fã de uma boa briga, mesmo sendo contra os vampiros mais poderosos do mundo –ela segurou minha mão - se isso é disso que você precisa pra seguir em frente...apenas termine logo isso. Estarei aqui para o que você precisar.

—Por um momento pensei que você fosse falar o mesmo que Luke – disse aliviada- obrigada por isso Mia.

—Sempre que precisar, gata .

...

Fiz um feitiço de ocultamento, assim ninguém poderia me ver entrando no loft de Marcel.

Ajeitei meu capuz, e entrei silenciosamente no lugar. Ele estava de costas , com um copo de uísque, observando a noite lá fora.

—Marcel Gerard – disse, quebrando o silencio.

—Ariel Mikaelson – ele não está surpreso por me ver.

Fiz careta, será que essas pessoas não entendem que eu não sou uma Mikaelson?

—Eu não sou uma Mikaelson – disse ríspida.

—Tudo bem –ele sorriu - eu te oferecia uma bebida, mas acho que você não tem idade pra isso.

Reprimi minha reação, me esforçando pra continuar calma.

—Acho que idade não significa nada quando se está preso a toda essa complicação do mundo sobrenatural – encarei ele - mas eu não vim aqui pra beber.

—Eu sei –ele disse, se sentando, fiz o mesmo - Davina me contou a proposta que fez a ela.

—É mesmo –sorri, as coisas estariam mais fáceis agora - e o que você acha de tudo isso?

—Você não é a primeira a se rebelar contra os Mikaelson's , muitos já tentaram, e todos estão mortos.

—Você continua vivo – observei.

—E Klaus também – seu tom era amargo- eu já estive no seu lugar, Ariel, seio que você está sentindo, e...

—É diferente...

—Klaus me libertou, me ensinou a ser o que sou, por um bom tempo, ele foi como um pai pra mim. E então ele fez o que sempre faz, tirou o que eu mais amava de mim.

Bem, pelo menos você não se apaixonou por. Acho que esse é um erro que só uma adolescente idiota como eu comete.

—Eu tentei vencê-lo, tomar tudo que era meu de volta... – seu olhar ficou distante- se tem uma coisa que aprendi, é que desfiar um Mikaelson nunca termina bem.

—Mas você continua tentando – disse, ele sorriu -ou você é louco, ou muito dedicado.

—Um pouco dos dois.

—Você pode ter tudo que era seu de volta - soei o mais convicta que consegui - eu posso te dar o que você precisa para acabar com todos eles.

—É difícil de acreditar - ele me olhou indiferente -vingança é algo sério .

—Eu não pareço séria pra você – adivinhei.

—Você parece uma garota magoada, ressentida, assustada – ele me analisou de cima á baixo - você tem essa ilusão de que matando Elijah se sentirá melhor, mas não vai.

—Você não é o primeiro idiota que me subestima – me alterei, já perdendo a paciência - não me importo com o que você acha. Eu tenho poder, tenho uma maldita profecia ao meu lado, e um modo de matar meu inimigo. Se você não quer me ajudar, posso encontrar quem queira. Vampiros querendo a morte dos originais é o que não falta.

Ele ergueu as mãos em sinal de rendição, surpreso com minha reação.

—Você pode até dizer que não uma Mikaelson, mas fala como uma – ele sorriu.

—Vou fingir que isso foi um elogio- disse irônica.

—Eu quero acabar com eles tanto quanto você, Ariel.

Maravilhoso. Tudo bem, um item a menos na minha lista.

—Você está pronto para mata-los? – perguntei.

—Você está? –ele disparou.

—Você acha que eu estaria aqui se não estivesse?

—Quando se é um deles uma vez, é difícil desligar essa...ligação –ele disse, me fazendo lembrar dos sentimentos confusos dentro de mim - e não é preciso muito pra ver que sua ligação com Elijah ainda é forte.

—Não mais -de certa forma era verdade - eu farei o que tiver de fazer, sem hesitar.

—Acredito em você – ele disse, me entregando um copo com uísque- agora, Klaus, Elijah e Kol, não são um problema pra mim, mas não vou permitir que Rebeka....

—Não quero matá-la, ela nunca me fez mal – já tinha escolhido o feitiço que usaria nela- tenho outros planos para ela. Assim como para Hayley e Hope, se tudo der certo, elas vão pra bem longe daqui.

—Você já tem tudo planejado- ele disse satisfeito .

—Então, temos um acordo?

—Temos um acordo.