My Dear Original escrita por LittleWolf


Capítulo 10
Capítulo 9




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Ariel '

—Porque ele não está aqui?-perguntei, assim que nos sentamos no banco.

—Ele queria vir, mas lobinha é bem convincente quando quer- ela negou com a cabeça- Elijah prometeu proteger Hayley e o bebê, é por isso que ele não esta aqui.

Passei por segundos de puro panico, imaginando que Elijah seria pai.

—O bebê é...

—Não, vampiros não podem ter filhos- ela pareceu momentaneamente triste com isso- o filho é de Nik, mas ele não é melhor pessoa no mundo pra ser pai. As bruxas querem o bebê morto, Nik quer a cidade de volta, e ainda tem aqueles lobos idiotas complicando as coisas.

—Eu preciso encontra-lo - pedi, soou quase desesperado.

—Uma bruxa teve uma visão, com você...

—Que eu traria a queda dos Mikaelson's, já sei disso - disse, aquilo era loucura- não vai acontecer.

—Nik acredita que sim, foi por isso que ele mandou aqueles vampiros para te matar- ela me olhava atentamente, esperando minha reação.

—O irmão de Elijah mando me matar - repeti em voz alta, tentando dar sentido aquilo - eu só descobri esse lance de bruxa agora, não sou uma ameaça, isso é loucura.

—Seu poder e grande, posso senti-lo daqui - ela disse séria - não acredito que você vai acabar com nossa família, você é uma de nós agora, tenho certeza que Elijah vai convencer Nik disso.

—Nenhum de vocês sabia de mim?

—Não, eu meio toda aquela escuridão, você representa o lado bom de Elijah- ela sorriu carinhosa- como ele era quando estava com você?

—Carinhoso, divertido - sorri com as lembranças- ele lia história pra mim dormir, e é um ótimo professo de piano.

— Isso parece surreal . Ser uma Mikaelson pode acabar com toda sua inocência - ela disse, fitando o bar, que agora estava em chamas-  não deixe que ninguém tire isso de você.

—Não vou - disse, mesmo que meio confusa- você vai me levar até Elijah?

—Tem um lugar seguro, perto da cidade, Hayley esta escondida lá por enquanto - ela disse, mesmo sem conhece-la, já não gostava dessa loba- você fica com ela por uns dias, então Elijah irá te ver.

—Dias?

—Você já enfrentou coisa pior, uns dias  não são nada - ela deu de ombros- acho que você vai querer se despedir dos seus amigos, então estou esperando no carro, não demore.

Assenti, caminhei até Mia e Luke, que assistiam as chamas queimarem. Senti um aperto no peito, não queria me perder dos meus amigos.

—Você veio se despedir, não é?- Luke adivinhou.

—Você estão irritados comigo por não ter contado?- perguntei, sem desviar o olhar das chamas.

—Definitivamente -Mia disse direta- mas eu supero.

— Mia não gosta de ser pega de surpresa- Luke disse, passando os braços por cima dos meus ombros- mas nós estamos indo pra mesma cidade, podemos nos encontrar lá, não é?

—E tomar o Burboun que eu roubei do Damon - Mia completou.

—Parece bom pra mim - sorri, puxando Mia para um abraço coletivo- se cuidem.

—Eu até te diria pra ficar longe de encrenca, mas sei é impossível pra você - Luke sorriu - se cuida príncipe.

—O mesmo serve pra você, princesa- ele beijou minha testa.

...

Deixar Luke e Mia me afetou mais do que eu imaginava. Foi pouco tempo que passamos juntos, mas já importava muito com eles. Daria o meu melhor pra encontrá-los outra vez.

E ainda tinha Hayley, como é que eu suportaria passar alguns dias com ela? Pelo que Rebeka me disse, ela e Elijah estão 'envolvidos' um com o outro, isso era motivo o suficiente pra não gostar dela. 

Talvez eu seja um pouco possessiva, mas quando se trata de Elijah é meio de difícil não ser. 

Rebeka estacionou o carro na frente de uma linda casa, bem, pelo menos eu estaria num lugar confortável.

—Vou comprar algumas roupas pra você- ela disse empolgada- sei que esta precisando.

—Contando que você não me transforme numa Barbie cor de rosa - brinquei, roupas novas eram bem vindas.

—Confie em mim, meu senso de moda nunca falha - ela se gabou.

—Tudo bem- concordei, encarando a casa.

—Não se preocupe, você vai ficar bem- ela garantiu- Hayley saiu, mas não demora.

—Que maravilha- forcei um sorriso- obrigada por...tudo.

—Nós garotas, temos que nos unir- ela sorriu-até logo.

—Até logo- me despedi, e segui pra casa.

Uma mulher baixinha, e já com certa idade me recebeu.  Ela me mostrou meu quarto, e me entregou uma troca de roupas.

Tomei um banho demorado, relaxando aos poucos. As roupas ficaram grandes em mim, mas eu não estava reclamando.

Resolvi ficar no quarto, pra não correr o risco de encontrar Hayley.

 E estava tudo indo bem, até meu estomago começar a roncar. Talvez Luke tivesse razão, eu estava sempre com fome.

Desci as escadas devagar, tendo certeza que estava sozinha. Entrei na cozinha e comecei a vasculhar a geladeira. Assim que encontrei sorvete, fechei a porta, dando de cara com ela.

—Olá, eu sou Hayley - ela sorriu simpática.

Me senti em um daqueles filmes de terror, eu estava pronta pra correr. Mas eu não podia ser covarde, não quando tanto estava em jogo. Coloquei o sorvete na bancada, e me preparei mentalmente para aquela conversa.

—A garota grávida, que manteve Elijah aqui -encarei ela, nem um pouco amigável.

—Elijah se importa muito com você, se as coisas não tivessem ficado... -ela estava tentando ser legal, mas eu não ia cair nessa.

—Você vai mesmo tentar ser legal? Não vai funcionar- disse, deixando ela sozinha, me acomodei na sala.

—Porque eu tenho a impressão  que você não gosta de mim?- ela disse, me seguindo.

—Eu nunca disse isso - comprimi os lábios, prendendo o sorriso.

—Eu não sou burra, Ariel.

—Não, isso você não é, afinal, você pediu, e ele ficou ao seu lado - meu tom era natural, mas no fundo eu estava com inveja - Isso é muito mais do que eu consegui em todos esses anos.

—Você está com ciúmes - ela sorriu, como se compreendesse tudo- eu entendo, ele te criou, é seu pai. Eu nunca tiraria isso de você.

—Ele é...minha família, eu o amo. E não vou perde-lo de novo - declarei convicta.

—Eu também não - ela concordou.

—Você o ama?

—É complicado...- ela fez careta, desviando seu olhar do meu.

—Elijah é uma das pessoas mais incríveis que eu já conheci, ele é único. Protege aqueles que ama, com a própria vida se for preciso - disse, não precisava saber da vida dele aqui, pra saber que isso continuava igual.

—Eu sei.

—Ele merece alguém que o ame intensamente, alguém que o faça feliz..., alguém como...

As palavras quase saíram da minha boca, por um momento, me imaginei confrontando Hayley, e lutando por Elih, mas logo disfarcei. Ela me encarou confusa, tentando compreender.

Só de olhar pra ela, eu sabia. Ela descobriu em segundos, algo que eu escondia a anos. Me encolhi diante do seu olhar, aquilo estava sendo pior do que eu imaginei.

—Alguém como você — ela disse surpresa.

—Eu não sei do que você esta falando- disse indiferente, tentando afastá-la daquela ideia.

—Todos esses anos, enquanto ele te via apenas como uma filha... – ela me olhava com pena- você o ama, mesmo sabendo que esse amor não é correspondido.

—Você não sabe de nada - disse, tentando me manter impassível, mas estava falhando.

—Você não entende, ele te ama, mas apenas ....amor paternal, eu vi nos olhos dele- ela me lançou um olhar superior -Nunca será nada além disso.

—Cala a boca!- tentei gritar, mas saiu num sussurro.

Ela estava sendo cruel, o veneno de suas palavras estava machucando. E o pior de tudo, havia a possibilidade dela estar certa.

—Não faça isso com você mesmo, Ariel. Você sabe que eu posso fazê-lo feliz, do jeito certo— ela sorriu.

—Não tem nada de errado, é apenas...amor- murmurei, me esforçando para não ceder as lagrimas.

—Ele prometeu te proteger e te amar -ela disse, fitei meu pés - sempre e para sempre, como um pai ama e protege sua filha.

—Não – as primeira lagrima caiu, e logo as outras a seguiram.

—Então conte a ele - ela estava cada vez mais confiante, e eu estava  prestes a desmoronar.

—Eu ...- me encolhi, me sentindo exposta.

—Você não consegue. Porque sabe, que se por algum momento ele descobrir o que você realmente sente, você pode perde-lo para sempre. E essa possibilidade é ...insuportável.

—Isso não é verdade - minha voz saiu rouca - eu consigo, posso contar a ele.

—Vá em frente então,  quebre seu coração...

—Ele pode me amar- disse, minha convicção estava se desfazendo aos poucos.

—Não do modo que ele me ama, ele nunca te beijaria como me beija. Você sabe disso, apenas não quer acreditar -seu olhar sobre mim me fazia sentir cada vez mais pequena.

 Minhas mãos estavam geladas, meu peito doía. Eu só queria que ela parasse de falar, mas já era tarde demais, o estrago estava feito.

—Não...

—Amar um Mikaelson é uma maldição – ela disse, numa tentativa falha de melhorar as coisas.

—Então serei eternamente amaldiçoada...


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Notas finais do capítulo

To meio decepcionada, então acabei descontando

um pouquinho aqui...logo melhora :-)
Leitores fantasmas, algo a dizer?



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