Conseqüências de Uma Traição escrita por NelianeMalfoy


Capítulo 3
Amigos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Pai e filha somente voltaram a Mansão Snape perto de meio-dia. Ao cruzarem a porta principal da moradia, os pacotes que carregavam foram pegos pelos elfos-domésticos, que seguiam as ordens de Jenny. Os servos foram instruídos a levarem todas as sacolas para o dormitório da mais nova integrante da família.

 

– Me contem como foi o passeio? – Inquiriu curiosa.

 

– Foi muito bom, vovó – Respondeu à ruivinha sentando-se no sofá.

 

– Fico feliz que tenha gostado, filha. Agora vá até seu quarto, tome um banho e coloque uma das roupas novas. Depois desça para o almoço – Ordenou Severus contente.

 

– Licença, eu já volto! – A garota esboçou um meio-sorriso e em seguida deu um beijo no rosto de seu pai, para logo subir saltitante a escadaria.

 

– Nossa! Você já conquistou sua filha! Fico impressionada – Comentou surpresa.

 

– Eu prometi para mim mesmo que seria um bom pai.

 

– Vejo que está conseguindo cumprir sua promessa – Falou meio sarcástica.

 

– Tem uma coisa que preciso lhe contar. Hoje nós vamos jantar com os Malfoys, encontrei Lucius no ministério e ele nos convidou – O professor de poções relatou sem emoção alguma o fato ocorrido.

 

– Interessante! Creio que ele quer saber sobre Virgínia, não é?

 

– Exatamente, porém terei que omitir algumas coisas. Você sabe muito bem porque – Sibilou friamente.

 

– Entendo! Você tem que tomar cuidado – Colocou a mão sobre a do filho.

 

Enquanto isso, Gina adentrava no banheiro para tomar um banho relaxante. Depois de vinte minutos, a garota saiu embrulhada em uma toalha verde-musgo e se aproximou do armário. Escolheu um vestido azul que tinha comprado naquela manhã para usar, suspirou feliz pela eficiência dos elfos em guardar as coisas tão rapidamente. Seus devaneios foram interrompidos por pequenas batidas na janela, se virou e deu de cara com uma coruja cinza. Vestiu-se ligeiramente, abriu a vidraça e pegou a carta, o mocho foi embora, sem esperar uma resposta.

Estava ansiosa para saber quem era o remetente, torcia que fosse sua mãe, com as novidades sobre a conversa que tivera com seus irmãos. Abriu a correspondência.

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Olá, Gininha!


Espero que você esteja bem. Acredito que Severus está se esforçando para ser um bom pai, se caso ele não estiver, me escreva. Você deve estar curiosa sobre a conversa que tive com seus irmãos, o que posso lhe contar é que, Rony, Fred e Jorge ficaram indignados com a notícia. Percy, Gui e Carlinhos, foram mais compreensivos comigo, apesar de ficarem decepcionados. Sobre a decisão de seu pai de me expulsar de casa, contei a seus irmãos, infelizmente Rony, Fred e Jorge apoiaram Arthur, deram razão a ele. Seus outros irmãos prometeram falar com Arthur, para reverter a decisão dele, mesmo achando quase impossível. A cabana que meus pais me deixaram até que é confortável, mesmo sendo pequena. Amanhã sairei à procura de emprego, fiquei sabendo pelo profeta diário, que foi inaugurado um novo restaurante no beco diagonal e que precisam de duas cozinheiras. Disputarei uma das vagas, parece que eles pagam razoavelmente bem. Acho que é só, vê se me escreve contanto as novidades!


Beijos! Com amor, Mamãe.

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Nesse mesmo instante, na sala de estar onde Severo e a mãe estavam conversando, apareceu de repente uma elfa-doméstica, avisando que a comida estava pronta.

 

– Nós já iremos! Winkizy chame a Gina, ela está demorando – A elfa encarou um pouco seu patrão, para em seguida sair na corrida para chamar a garota.

 

Durante o almoço, Jenny debateu com a neta sobre a roupa que iriam usar para o jantar na casa dos Malfoys. Não deixando de fazer várias recomendações a sua sucessora e como ela deveria se portar diante daquela ocasião.

 

Enquanto Severus observava a conversa das duas mulheres mais importantes de sua vida, uma pequena preocupação crescia dentro dele. Temia se irritar com as perguntas incômodas que certamente Lucius faria. Teria que ter muito cuidado, pois os dois eram comensais da morte na época em que ele teve o caso com Molly.

 

O dia passou rapidamente para Snape que já estava ensinando poções do primeiro ano para sua filha. Ela o surpreendeu muito, porque demonstrava habilidade e agilidade quando preparava as três poções que fizeram, prestava atenção e não precisava repetir as explicações, todas as poções a garota acertou, o deixando muito orgulhoso. Gina era muito inteligente. Terminaram de estudar no momento em que notaram a lua já aparecendo no céu. Cada um rumou para sua suíte para se arrumarem para o jantar.

 

Após quarenta e cinco minutos se arrumando, a família Snape trajava trajes muito elegantes. Jenny usava um vestido longo preto, com um casaquinho, e um coque alto prendia seu cabelo prateado. Virgínia descia a escada vestindo um vestido de alçinha prateado na altura do joelho, prendendo as madeixas num coque baixo e uma gargantilha de pequenos brilhantes enfeitava seu delicado pescoço. Severus por sua vez, trajava sua longa capa preta, combinando com a camisa e calça social da mesma cor.

 

A família saiu da mansão andando elegantemente até a carruagem que os esperava, adentraram rapidamente, seguindo assim até a Mansão Malfoy.

 

Nesse mesmo momento, Lucius dava instruções para seu filho na biblioteca de como ele deveria se portar com a filha de Snape. O dono da moradia e seu herdeiro estavam curiosos com a novidade, pois nunca imaginaram que o professor de poções poderia ter uma descendente.

 

Draco estava muito curioso para conhecer a filha de seu padrinho. Desde que soube da novidade ficava imaginando um rosto para ela. Somente desejava que a garota não tivesse o nariz do mestre de poções. Sentou no sofá de couro preto que ficava na sala de visitas e ficou aguardando os convidados, juntamente com sua mãe, que apesar de não transparecer estava mais curiosa que ele.

 

Não demorou muito para um dos elfos da casa vir até os patrões, quase tropeçando em seus próprios pés.

 

– Os convidados chegar, Senhora Malfoy!

 

– Dotily, traga-os aqui! Agora! Sua incompetente – Rosnou Lucius se aproximando da elfa e lhe dando um chute.

 

– Perdão, sim! Eu trazer eles aqui – Levantou-se cambaleante a serva e aparatou.

 

– Calma, querido, não fique nervoso com pequenas coisas – Narcisa aconselhou.

 

O homem de madeixas loiras apenas cruzou os braços, impaciente, e encostou-se ao batente da porta. Só se desencostou quando pôde avistar a família Snape quase se aproximando do local aonde se encontrava.

 

– Olá, amigo! Que damas mais bonitas, queiram se sentar – Indicou o sofá onde sua esposa e filho estava.

 

– Ah! Lucius, sempre galanteador – Falou Jenny sorrindo.

 

– Draco, essa é Vigínia, minha filha – Apresentou Severus.

 

– Olá, Virgínia! Pode me chamar de Draco! – O Sonserino apertou a mão da menina.

 

– Pode me chamar de Gina – Murmurou corando.

 

– Quer jogar xadrez bruxo? Ganhei um novo do meu pai! – Convidou o rapaz.

 

– Vamos! – Respondeu entusiasmada – Posso ir? – Pediu ao pai.

– Claro que pode.

 

– Podem ir, quando a comida estiver pronta mando um dos elfos ir chamar vocês – O dono da casa tranqüilizou as crianças.

 

Draco pegou na mão da convidada e a conduziu até a escada, onde subiram em direção ao quarto dele. Quando já estavam dentro da imensa suíte, Malfoy sentou-se em uma mesinha próxima a janela e tirou o jogo da gaveta. Fez sinal para ela sentar de fronte a ele.

 

A ruivinha ainda estava pasma com a elegante decoração do local, tudo tinha uma tonalidade de verde, as paredes, os lençóis da cama e cortinas, mas tudo combinava muito bem. De repente lembrou-se que diferente de seus irmãos ele era sonserino e deveria amar essa cor. Uma dúvida cruel a assolou de modo repentino, será que ela iria ser uma sonserina também? Quando o chapéu seletor a selecionasse para uma das casas.

 

– Aconteceu alguma coisa? Você parece distante – Perguntou o garoto levantando uma sobrancelha.

 

– Nada não, só estava pensando em algumas coisas – Disse sentando-se.

 

– Posso parecer um pouco curioso, porém preciso saber! Quem é sua mãe?

 

– Molly Weasley – Sussurrou.

 

– Mas como pode isso? Então quer dizer que sua mãe chifrou o marido! – Arregalou os olhos.

 

– Minha mãe foi uma adultera, não tenho nada mais a dizer, não gosto de lembrar isso. A coisa boa é que meu pai biológico é uma boa pessoa e estou começando a gostar muito dele – Suspirou.

 

– Veja pelo lado bom, agora morando com meu padrinho, você vai ter tudo o que quiser. Não irá passar mais necessidades! Sua mãe pelo menos acertou uma coisa na vida! – Calou-se logo em seguida percebendo o semblante dela.

 

– Meus meio-irmãos odeiam meu pai, quando eu saí de casa eles ainda não sabiam que eu era filha do Snape.

 

– Não ligue, para reação deles. Acho que seus irmãos vão é ter inveja de você ter um pai como o Snape – Assegurou o loiro.

 

– Não creio, mas o que é importa é minha opinião sobre ele.

 

– Pode contar comigo! – Falou terminado de colocar as peças no tabuleiro.

 

– Obrigado, tomara que eu fique na mesma casa que você.

 

– Você é uma Snape, com certeza ficará na sonserina – Garantiu o afiliado do professor de poções.

 

– Agora vamos jogar, senão não vai dar tempo!

 

Nesse mesmo minuto, na biblioteca do casarão, dois amigos conversavam e tomavam vinho. Lucius, como o esperado, fazia perguntas relacionadas à Virgínia para Severus, este respondeu tudo com muito cuidado. Quando o mestre de poções revelou o nome da mãe para o compadre. Ele teve um ataque de risos.

 

– O Arthur Weasley é corno, há, há, há, há, há!

 

– A prova viva desse fato está lá em cima jogando xadrez com seu filho.

 

– Ele deve ter ficado muito furioso, para expulsar a mulher de casa desse jeito – Comentou sarcástico.

 

– O bom é que agora, Virgínia tem meu sobrenome e será criada por mim!

 

– Pelo menos isso! Você dará uma vida melhor para ela.

 

A conversa seguiu esse ritmo até a janta ficar pronta. Minutos depois quando o banquete já estava servido na mesa, todos se reuniram para cear. Conversas paralelas foram raras, apenas algumas palavras trocadas na hora que se serviam da sobremesa. Depois da refeição os convidados acompanharam os anfitriões, para um das seis salas que a mansão possuía e ficaram conversando trivialidades. O tempo passou que eles nem notaram, só se tocaram do fato quando ouviram as badaladas do relógio que ficava no hall, indicando meia-noite.

 

– Já é meia-noite, está na hora de irmos – Informou Snape se levantando do sofá.

 

– Tudo bem, então em outra ocasião nós nos reuniremos em sua mansão – Sugeriu Lucius entusiasmado.

 

– Ficaremos felizes em recebê-los, em breve mandarei um convite pela coruja – Jenny falou alegremente.

 

Num canto ali próximo dois jovens conversavam.

 

– Espero poder lhe ver mais vezes, Draco! – A ruivinha comentou.

 

– Não esquenta se não nos vermos durante esses três meses. Mandarei-lhe uma coruja ou nos vemos no expresso de hogwarts.

 

– Essa seleção no colégio me deixa tensa, queria tanto cair na Sonserina ou na Grifinória.

 

– Fique tranqüila, você irá para a Sonserina!– Sorriu confiante.

 

– Meus irmãos que não vão gostar disso e nem minha mãe.

 

– Apenas não se importe.

 

Severus acompanhado de seu amigo se aproximou da sua herdeira e afiliado. Comunicando a ela que iriam retornar para casa, se despediram cordialmente dos donos da residência e seguiram até a carruagem.

 

No dia seguinte, Snape retomou as aulas particulares que estava dando a sua filha, com o intuito dela poder cursar o segundo ano, pulando o primeiro. Virgínia não reclamou da rotina pesada e cansativa que ele a impôs, pois queria provar a todos que era capaz. Principalmente não desejava decepcionar seu pai, que acreditava em seu potencial.

 

Algumas semanas se passaram, indicando a aproximação do início das aulas em Hogwarts.

 

A evolução da aprendizagem de Gina, durante esse tempo fez com que Severus mandasse uma coruja a Dumbledore. Contando todo o ocorrido e pedindo um teste para sua filha sobre todo o conteúdo do primeiro ano. Não demorou muito para a resposta do diretor do colégio chegar. Foi numa tarde chuvosa que um mocho da instituição de ensino apareceu, bicou a janela chamando a atenção do mestre de poções, que a abriu e pegou a carta. No início ele ficou em dúvida se abria ou não a correspondência, mas a curiosidade o fez ler o pergaminho sem chamar sua herdeira para acompanhá-lo nesse momento.

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Caro, Professor Snape,


Fico feliz que tenha uma filha, só fiquei triste de saber quem é a mãe dela, acho que você entende meu ponto de vista, porém isso agora não interessa. Quero lhe informar que aceitarei fazer o teste com Virgínia, cairá toda a matéria do primeiro ano. Se ela acertar 80% da prova poderá cursar o segundo ano. A realização desta será quarta-feira que vem, no período vespertino, a partir das duas da tarde. Desejo-lhes sorte!

Até semana que vem!


Alvo Dumbledore – Diretor de Hogwarts.

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O mestre de poções dobrou o bilhete e seguiu até o laboratório onde Gina estava terminando de estudar feitiços e transfiguração. Ao abrir a porta, se deparou com a ruivinha guardando a varinha e pegando um livro de história da magia, porque já tinha terminado de fazer o que ele tinha pedido nas duas matérias anteriores.

 

Gina ao perceber a presença de seu pai no local, parou de estudar o livro e o encarou interrogativa.

 

– Olhe, o diretor vai fazer a prova, quarta que vem – Entregou a carta para a menina, que sorriu e leu rapidamente.

 

– Que legal, acho que vou conseguir. Não se preocupe pai – Tentou tranqüilizá-lo.

 

– Só para garantir, amanhã faremos uma prova para testar os seus conhecimentos – Gesticulou sério.

 

Virgínia apenas assentiu e voltou a ler o livro que estava em suas mãos, sentia-se entusiasmada com o tal teste.

 

Na manhã seguinte como o prometido, ela fez a prova que seu pai lhe deu, e para surpresa dele, acertou 99% do conteúdo de todas as matérias.

 

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Continua

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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por ler a minha, por favor, deixe seu comentário me dizendo o que está achando da minha fic.



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