Conseqüências de Uma Traição escrita por NelianeMalfoy


Capítulo 14
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Logo após a saída de seu afilhado, Snape, parou de corrigir as provas e suspirou colocando as mãos na cabeça e fechando os olhos. Não sabia mais o que fazer para proteger sua filha, pelo menos quando ela estivesse dormindo ao lado do quarto dele, saberia que estava segura, mas 24 horas por dia, já seria impossível protegê-la teria que ao menos confiar nem que fosse um pouco em Draco, mas mesmo assim não se sentia calmo. Muitas idéias passaram por sua cabeça naquele instante, por mais que doesse, teria que chamar Molly para conversar sobre Gina. Impulsivamente mais do que depressa pegou um pergaminho e começou a escrever e depois se aproximou de seu mocho amarrando o pedaço de papel na perninha dele e mandando entregar a carta a Molly Prewett, pois esta não estava mais usando o nome de casada. Provavelmente sua ex-amante só responderia amanhã de manhã.

 

Não muito longe dali, no dormitório do sétimo ano da sonserina, Virginia conversava com sua amiga Helen sobre a decisão de seu pai e do porque ser provocada por Pansy.

 

– Nossa amiga! Agora entendo a reação daquela maluca – A loira exclamou não tão surpresa.

 

– Tenho um forte pressentimento que me diz que a Pansy deve estar matutando algo contra mim – Confidenciou a ruiva.

 

– Acho que a decisão que seu pai tomou, foi pensando nisso, em proteger você pelo menos a noite, daquela doida – Barsky afirmou séria.

 

– Creio que seja mais do que isso, meu pai também quer me afastar do Draco – Gina falou meio-chorosa.

 

– Isso não impede vocês de se verem durante o dia – A loira argumentou tentando animar a amiga.

 

– Acho que você está certa – Murmurou colocando a última peça de roupa na mala.

 

– Gina, eu vou sentir sua falta aqui no dormitório, você é minha melhor amiga – Disse a loira emocionada.

 

– Você pode ir me visitar quando quiser, creio que o meu pai não vai se opor se você for dormir lá no meu quarto de vez enquanto – A ruiva alegremente abraçou a amiga.

 

– Jura que vou poder escolher o dia? Que máximo! – Helen falou contente.

 

– Sim, mas antes me avise, pois tenho que comunicar o meu pai – Explicou a herdeira dos Snape, sentando-se em sua antiga cama.

 

De repente, a conversa entre as duas amigas é interrompida por Draco, que adentra no dormitório sem se anunciar.

 

– Gina, já está pronta? – Inquiriu o loiro.

 

– Sim, mas não quero ir ainda até o meu novo quarto – Falou a ruiva manhosa se aproximando de seu namorado.

 

– Podemos namorar um pouquinho aqui, antes de irmos – Malfoy sugeriu.

 

– Já entendi o recado, vou deixá-los a sós, até amanhã – Despediu-se a loira, saindo do recinto e indo até o salão comunal.

 

– A sua amiga sabe quando está sobrando, gostei – Draco comentou envolvendo sua amada pela cintura, para em seguida a beijar apaixonadamente.

 

Enquanto isso, longe do colégio de Hogwarts, um mocho cinza escuro adentrava pela janela feita especialmente para o correio coruja do conceituado Restaurante Sundray em Hogsmead, que servia comida tradicional bruxa. Naquele estabelecimento se encontrava Molly Prewett, mãe de Gina, que trabalhava lá desde que se separou do marido. No inicio a ruiva começou como cozinheira e com o passar de alguns anos, foi ganhando confiança e simpatia de seus patrões, que ao verem o seu esforço, deram uma oportunidade dela subir de cargo, a colocando de Gerente do restaurante. Como morava na casa de campo que fora deixado de herança por seus pais, Molly conseguiu poupar um dinheiro todo mês por três anos e dar de entrada para comprar um apartamento de dois dormitórios num bairro em Hosgmead. Ela tinha mudado sua aparência, agora um pouco mais magra e usando roupas boas de primeira mão, era cobiçada por vários homens. A única coisa que faltava para Molly se sentir completa novamente era ser perdoada pelos seus filhos gêmeos, que pareciam ainda lutar para perdoá-la, ao contrário de Rony que a perdoou depois de alguns meses e logo após sempre escrevia para ela, contanto as novidades. Gina não costumava escrever com freqüência e não contava muitas coisas, só dizia que estava bem e feliz, isso a deixava intrigada, se pudesse iria até Hogwarts visitá-la.

 

Bem no momento que a ruiva pensava na filha caçula, um rapaz moreno e franzino, a interrompeu.

 

– Senhora Prewett, tem uma coruja lá na outra sala querendo lhe entregar uma carta – Avisou David, o supervisor do restaurante.

 

– Obrigado, senhor Trinch – Agradeceu Molly antes de ir ao recinto que recebia as correspondências do restaurante e dos funcionários com cargo mais elevado.

 

Chegando ao local, a mãe de Gina, avistou o mocho cinza, a aguardando, se aproximou da ave, e pegou o pergaminho, o lendo em seguida.

 

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Cara Molly,


Sei que já faz um tempo que não nos falamos, espero que esteja bem. Precisamos conversar muito seriamente sobre nossa filha, então gostaria que você viesse até Hogwarts amanhã ás 16hrs, não se preocupe deixarei avisada a sua visita ao castelo, me encontre na minha sala de diretor da sonserina nas masmorras. Deixarei você conversar com a Gina depois.


Atenciosamente,

Severus Snape – Diretor da Sonserina


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Depois de ler e reler aquelas poucas linhas, Molly sentia-se feliz, por poder rever sua filha novamente, porém algo a intrigava. O que poderia Snape querer depois de todos aqueles anos, sem se manifestar, logo após Virginia ter ido morar com ele? Nunca tinha pedido a ela para ajudar na educação da filha deles e agora estava pedindo para conversa com ela sobre Gina, qual seria o problema que o poderoso mestre poções não estava conseguindo resolver sozinho, pensou a ruiva preocupada. Impulsionada por seu instinto materno, aproximou-se da escrivaninha, e abriu uma das gavetas, onde tirou um pergaminho e começou a escrever sua resposta, que não demorou mais de dez minutos e mandou a coruja levar a correspondência ao seu dono.

 

Nesse mesmo momento, em Hogwarts, Draco e Gina, beijavam-se calorosamente, sem nenhum pudor, pois o quarto estava vazio, apesar de ser o dormitório feminino do sétimo ano. Tinha se passado algum tempo desde que o casal fiou a sós e as coisas já estavam começando a esquentar. O loiro vagueava com sua mão pelas pernas da garota, subindo um pouco a saia, enquanto a ruiva brincava com os cabelos dele. Os dois estavam tão envolvidos naquele momento, que o sonserino começava a beijar o pescoço alvo de Virginia arrancando gemidos dela, quando de repente todo aquele amasso fora interrompido por duas vozes conhecidas vindas do corredor, que fizeram Virginia se soltar de Malfoy e arrumar a roupa amarrotada, sendo imitada por ele.

 

– Barsky, eu quero entrar no dormitório, saí da frente – Pansy exigiu furiosa.

 

– Mas eu não quero lhe deixar passar, isso não é óbvio?– Helen cruzou os braços e encarou a morena ficando na frente da porta, bloqueando a passagem.

 

– Era só o que me faltava! – Parkinson ralhou e tentou empurrar a loira para o lado.

 

– Não teime comigo, já disse que não vai entrar aí – Helen agarrou o braço de Pansy antes que ela abrisse a porta e adentrasse no dormitório.

 

– Já sei o motivo de você não querer que eu entre, só agora que me dei conta, o Draco e aquela sua amiguinha devem estar se amassando ai dentro – Deduziu a morena com o olhar faiscante e com uma força triplicada conseguindo adentrar no quarto.

 

Pansy pensava em flagrar seu ex-namorado e sua rival completamente despidos e na cama, mas a cena que presenciou era totalmente diferente do que imaginou. Porque o loiro estava com duas malas da herdeira dos Snape na mão e Gina carregava outros pertences.

 

– Decepcionada com algo Parkinson? – Malfoy perguntou com desdém.

 

– Com você – Respondeu seca.

 

– Que pena, pois estou pouco me importando com isso - O loiro retrucou friamente.

 

– Vamos Draco, antes que meu pai venha até aqui, deve estar preocupado com minha demora – A ruiva interrompeu a discussão, porque não queria mais brigas.

 

– Não me diga, então é verdade, seu pai mandou você se mudar para um dos quartos ao lado do dele. É bom saber, que você não poderá mais ficar se esfregando com esse aí a noite pelos corredores – Parkinson falou debochada, tentando irritar a filha do mestre de poções.

 

– Calada, sua cretina, senão vou me esquecer dos bons modos que minha avó me ensinou e vou acabar com você – Gina ameaçou aparentemente já perdendo a calma.

 

– Amiga calma! Não vá sujar suas mãos com pouca coisa, ela não merece a sua preocupação – Intrometeu-se Helen.

 

– Você tem razão, vamos Draco – Convidou à ruiva, já saindo do dormitório, sendo seguida pelo loiro.

 

Virginia estava tão possessa de raiva que precisava sair do salão comunal o mais breve possível, pois não sabia até quando iria segurar sua fúria de pular naquela safada e dá-lhe uma surra bem merecida, porque pelo jeito a primeira não serviu de nada, até parecia que a Parkinson gostava de apanhar. Estava caminhando tão apressada que nem observou que tinha se distanciado consideravelmente de seu namorado, somente notou quando saiu do salão comunal e encontrava-se no corredor que levava ao seu novo quarto, parou subitamente por alguns segundos e olhou para trás, enxergando Draco dando passadas longas para alcançá-la.

 

– Fique calma, Gina – Falou o loiro se aproximando de sua amada.

 

–Ela me deixa furiosa – Afirmou a ruiva.

 

– Pansy, já nasceu irritável, nem sei como fui me envolver com ela – Comentou sincero o sonserino.

 

– É que agora você está analisando de um ângulo diferente a situação e pensando com a cabeça de cima e com o coração – Sorriu irônica a ruiva, ao ver ele um pouco constrangido.

 

– Em partes você tem razão – Concordou meio-contrariado o loiro.

 

–Sei que você não gosta que eu fale assim, mas é verdade. Agora vamos, antes que fique tarde e eu leve um sermão do meu pai – Disse preocupada.

 

E assim o casal caminhou até o dormitório que ficava ao lado dos aposentos particulares do diretor da sonserina, ao chegarem ao local perto do novo quarto de Gina, eles encontram a porta semi-aberta. Ao ver isso a ruiva, ficou temerosa, pois já imaginava quem poderia estar a esperando, suspirou amedrontada e entrou no recinto sendo acompanhada por Draco que resolveu ficar em silêncio, visto que observou a tensão da namorada. A primeira coisa que observaram, foi o requinte do lugar, muito distante da simplicidade dos dormitórios coletivos das quatro casas, um tapete esverdeado cobria o chão indo até a cama, possuindo alguns poucos detalhes em prata, um sofá duplo ficava de fronte a uma pequena lareira. No canto esquerdo uma escrivaninha, uma cadeira, e um pequeno armário de livros e uma outra porta que levava ao banheiro, puderam deduzir ao verem Snape sair de lá.

 

– Já arrumei os encanamentos da banheira de hidromassagem que estavam com problema – Explicou o mestre de poções.

 

– É bom saber, assim não tomarei banho frio – Respondeu Gina, estranhando seu pai não questionar sua demora, deixando Malfoy um pouco surpreso também.

 

– Draco, obrigado por trazer as coisas de Virginia, agora deixe aí no canto e pode ir. Já está tarde – Gesticulou com a mão o professor de poções.

 

– Eu gostaria de ficar a sós com o meu namorado para nos despedirmos, prometo que não demoro mais de cinco minutos – Pediu a herdeira dos Snape, olhando seu amado colocando as malas num canto.

 

– Cinco minutos! Qualquer problema eu estarei em meu escritório – Severus cedeu aquele tempo contrariado, porém resolveu ser um pouco flexível, antes de sair do local encarou a filha e depois seu afilhado.

 

Vendo que seu pai já tinha os deixando a sós, Gina correu até Draco e se pendurou em seu pescoço para dar um longo beijo nele, que a enlaçou pela cintura a encostando mais perto de seu corpo e aprofundando o beijo. Somente se separaram quando estavam quase sem ar.

 

– Pensei que o padrinho iria dizer que não iria nos deixar sozinhos, eu acho isso tudo muito estranho – Confidenciou o loiro desconfiado.

 

– Talvez ele tenha aceitado o nosso namoro – A ruiva sussurrou esperançosa.

 

– Não sei, não coloco muita fé nisso – Malfoy disse sério e beijou Gina, para logo se afastar dela.

 

– Já vai? – Perguntou triste a sonserina.

 

– Vou, senão seu pai entra aqui e me tira a força – Murmurou o loiro antes de sair do quarto.

 

Enquanto isso, Snape adentrava em seu escritório muito desgostoso por ter cedido à vontade de sua filha. Encaminhou-se para a escrivaninha, cheia de pergaminhos de seus alunos, mas antes de sentar-se avistou sua coruja no poleiro muito inquieta, com um pergaminho amarrado na patinha. Aproximou-se e pegou o pedaço de papel e começou a ler a resposta de Molly.

 

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Caro Snape,


Estou muito bem, obrigado. Você me deixou muito preocupada com essa carta, espero que a Gina esteja bem, senão você vai ser ver comigo.. Irei até Hogwarts amanhã no horário combinado. Fico muito feliz, em poder conversar com minha filha.


Atenciosamente,

Molly Prewett – Mãe de Virginia

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Severus terminou de ler a correspondência e foi sentar-se, imaginando como Molly estaria depois de tantos anos sem ter contato com ela. Tinha que se preparar para o encontro e matutar estrategicamente o que falaria para a mãe de sua filha.

 

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Continua

 


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por estarem acompanhando a minha fic! Por favor, continuem comentando e me dizendo o que estão achando da minha fic. Beijos!!



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