Preço do Amanhã escrita por Cristabel Fraser, Sany
Notas iniciais do capítulo
Boa noite tributos ebaaaa consegui voltar dentro de quinze dias!!!! Gente adorei os comentários e desde já agradeço, vcs arrasam!!!!!!! Foi uma verdadeira injeção de ânimo dada a semana que tive. Fui fazer um exame e descobri que não estou bem, chorei muito no início da semana, mas recebi tantas boas energias que estou conseguindo lidar um pouco, agora vou torcer pra ter um bom tratamento e sarar. Torçam aí por mim galera e enquanto isso espero de coração que curtam o novo capítulo no pov do Peeta eeeeeh e consegui escrever um pouco a mais. Sugiro que escutem a música que linkei antes da letra, essa música SURRENDER em azul, como todas claro, me inspiraram a escrever e é intensa pra este capítulo. No final tem uma surpresinha... boa leitura!
Verificando meu coração novamente
Ainda está batendo
Mais cinzento do que dias de inverno
As nuvens na minha cabeça
Toda a minha vida
Mudando de faixa
Estou tão entediado de correr o risco
De cometer erros
Agora eu preciso me render
Oh, eu quero me render
(Surrender - IAMX)
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Pov. Peeta
Hope?
É tudo que consigo entender. Esse nome me é familiar. Sim, bem familiar. No entanto, a raiva que me consome faz com que eu aperte ainda mais meus dedos em seu pescoço. Seus olhos estão estáticos e tudo o que mais desejo é matá-la.
— Comandante Mellark, solte-a! – É a voz de Barth que ecoa no ar. Sinto um aperto em meus ombros e, é isso que me faz afastar dela. — Não acha melhor leva-la para o Centro dos Tributos e a usarmos como isca?
A chuva continua a cair intensamente. Ainda sinto por toda a extensão do meu corpo a adrenalina e com isso acabo por esmurrar uma parede.
— Não! – Mal reconheço a voz que sai dos meus lábios. — Vou levá-la para outro lugar – declaro.
— Mas o senhor não acha melhor nós...
— Acho melhor o quê, soldado? – digo o segurando pelo pescoço e o encurralando contra a parede. — Está mesmo questionando uma ordem de seu superior?
— Não, senhor. Sinto muito.
Os outros soldados se aproximam.
— Lipp, procure imediatamente um local vazio. – Olho para o lado e a vejo tossir e esfregar as mãos sobre o pescoço. Me aproximo dela tentando não a estrangular novamente. — Nós ainda não terminamos. – Ela não responde, mas noto as lágrimas escorrerem livremente por suas bochechas. Por um segundo tenho vontade de segurá-la em meus braços. Porém, seguro pelas algemas e começo a caminhar para fora do beco.
— Comandante encontrei um apartamento desocupado, a três metros ao leste daqui – diz Lipp, olhando para o painel projetado em seu comunipulso.
— Vamos para lá imediatamente. – Caminho a puxando. Logo atrás de Lipp estão Barth, Gray, Diggs e o Baird.
Chegamos ao prédio, pegamos o elevador e subimos até o sétimo andar. Assim que nos deparamos com o apartamento 75, Lipp digita alguns códigos em seu tablet e a porta se abre.
— Desativei o alarme e a fechadura – informa Lipp.
— Gray e Diggs chequem os cômodos. – Os dois começam a vasculhar enquanto o resto de nós adentramos a sala principal que fica logo na entrada.
— Podemos nos divertir com ela... – Baird se aproxima puxando o capuz da cabeça dela e como um mecanismo de defesa imobilizo seu braço traiçoeiro atrás de suas costas.
— Não toque nela, está me entendendo? – O som que solto é como um rugido.
— E o que o comandante Mellark pretende com ela? – Ele me encara com descrença.
— Não é da sua conta. – Ele vem para cima de mim e saco minha arma apontando diretamente para sua cabeça. — Acha que sou idiota, Baird? – ele nega com um leve balanço de cabeça. — Apenas acate minhas ordens. Seu trabalho é me obedecer e não questionar o que faço ou deixo de fazer.
— Quais são suas ordens, comandante? – pergunta Barth.
— Vou interrogá-la. Sei que ela sabe sobre o plano rebelde e onde estão localizados. – Enquanto falo caminho ao redor dela. Seus olhos me vigiam apreensivos.
— Tudo certo, comandante. – Gray e Diggs retornam. — O apartamento está abastecido. Os civis que moravam aqui se foram deixando tudo para trás.
— Barth, Gray e Diggs podem retornar para a base. – Eles se entreolham rapidamente, em seguida acenam deixando o local. Encaro o restante que ficou e digo: — Lipp revista ela e tire tudo o que puder ser usado contra nós. Baird, venha comigo, vamos fazer uma ronda. – Ele hesita no primeiro instante, mas logo me segue. — Lipp de forma alguma a deixe escapar – ordeno antes de sair.
— Não entendo suas atitudes, Mellark.
— Logo, logo, irá entender. – Ao invés de apertar o botão do térreo pressiono o subsolo. Assim que as portas metálicas se abrem imobilizo os braços de Baird que fica sem ação por ter sido surpreendido. — Acha que não percebi seu olhar depravado em minha mulher?
— Mas que merda você... – Dou uma chave de braço em seu pescoço, ele se mexe e tenta revidar, mas sou mais ágil.
— Ninguém toca nela— falo ríspido, quebrando o pescoço dele que cai morto no chão.
Alongo meu corpo, subo pelas escadas de emergência até alcançar a saída e corro em direção às ruas. A chuva cessou um pouco, apesar disso, puxo o capuz do meu traje militar. Corro o quanto consigo até alcançar os três soldados que acabei de dispensar. Antes que percebam minha presença, atiro simultaneamente na direção do córtex dos três que caem no chão.
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Retorno para o apartamento e encontro Lipp de pé com a arma apontada para Katniss que está sentada em uma cadeira aveludada em vermelho.
— Eu não ia atirar nela sem sua ordem, comandante – diz com certo temor na voz.
— Você é o único que confio nessa unidade. – Afasto o capuz da cabeça e passo as mãos em meus cabelos molhados. — Pode descansar, soldado. – Ele parece relaxar. — Procure um estojo de primeiros socorros. Geralmente ficam nos armários do banheiro – ele assenti e vai em busca do que pedi. Me aproximo dela e com as mãos afasto a capa que usa. Ela tenta se afastar do meu toque, no entanto, a encaro profundamente nos olhos. — Não compreendo o que está acontecendo comigo, mas só quero ver o que eu fiz. – Sua respiração está ofegante, mas inclina a cabeça para que eu veja as marcas avermelhadas que com certeza estarão roxas pela manhã. — Sinto muito.
— Aqui está, comandante. – Lipp me estende a caixa de primeiros socorros.
— Pode me chamar pelo meu nome, Lipp. Você é um bom rapaz. – Lipp parece um garoto, porém, tem vinte anos. Quando nos conhecemos me disse que a família residia no Distrito 3 e seu avô nunca foi a favor da violência que se instalou entre a Capital e os distritos. — Preciso da sua ajuda.
— No que precisar – assegura.
— Sou péssimo com ferimentos. Será que você pode...
— Claro. – Ele entende e já dá uma analisada no pescoço da Katniss. — Por favor, tente falar algo – pede para ela.
— O que está acontecendo, Peeta? – Apenas a pronúncia do meu nome sair de seus lábios me estremece. Sua voz, um pouco fraca, soa rouca.
— Vou até a cozinha preparar uma compressa. – Lipp se levanta nos deixando a sós.
Me aproximo dela e fico de joelhos. Seguro seu queixo e seus olhos são preenchidos por lágrimas.
— Nem eu sei exatamente o que está acontecendo – desabafo, me sentindo exausto por tudo isso. Deixo Lipp cuidar dela e logo mais conto para ele o que eu fiz. — Eles podiam relatar meu comportamento à base e preciso saber Lipp... – indago ao prosseguir. — Preciso que acesse meus dados. Mas antes, entre nas câmeras de segurança do prédio e das ruas e delete as imagens em que eu apareço. – Lipp é especialista em tecnologia. É o mais próximo que tenho como amigo. Depois de nós três bebermos água e comermos o que eu e o Lipp encontramos nos armários e geladeira retiro as algemas de Katniss e nos encaminho até o quarto, enquanto Lipp entra no sistema de vigilância e faz o que pedi. — É melhor descansar um pouco. Vou montar guarda com o Lipp.
— Não quero dormir. – Ela se aproxima de mim e segura minha mão. — Você está diferente e teve uma outra reação quando eu disse o nome da nossa filha?
— Nossa filha? – repito angustiado.
— Sim, nossa filha... Ela pergunta por você todos os dias. – Katniss começa a soluçar. — Deixei de inventar desculpas sobre sua ausência.
— Eu fui deixado pra trás, se esqueceu?
— Nunca permiti que isso acontecesse – diz ela entredentes. — Eu odiei todos eles. Odiei cada dia naquele lugar sem você.
— Mas você tinha os braços do Gale, não tinha? – Me afasto dela, porque tenho receio de avançar, já que, só em pensar nela com aquele babaca me causa repulsa.
— Jamais! – Ela se coloca de frente para mim e olha profundamente em meus olhos. — Nunca deixei de te amar... Estava me sentindo morta sem você. Por isso vim te buscar. Eu e os nossos filhos precisamos de você... eu preciso de você... eu preciso...— Ela chora compulsivamente. Tudo que consigo é tomá-la em meus braços e abraçá-la com força.
A primeira atitude que tive ao reconhecê-la foi matá-la. Nunca havia sentido algo como isso antes. Durante todo o processo que passei aqui na Capital me preparando para enfrentar os rebeldes, pensei em diversas formas de matá-la. No entanto, algo fez com que escondesse em minha memória mais profunda que ela sempre foi alguém especial e importante.
— Espere, você disse, nossos filhos? - A afasto de mim e nos encaramos enquanto a seguro pelos ombros.
— Você não se lembra que eu estava grávida no Legendary Quell?
— Eu já não sei mais o que é real e o que não é – confesso.
— Bem, passei por muita coisa, mas conseguiram salvar nosso filho. É um menino... um lindo menino o qual chamei por Benjem. – É muita informação pra eu processar, mas meu coração dispara ao escutar seu relato.
— Be-bejem? – gaguejo me afastando dela. Sinto meu corpo começar a tremer. Ela tenta se aproximar. — Por favor... não, não... Tenho medo de te machucar mais.
— Você não vai me machucar... – insiste ela.
— Eu não tenho controle sobre mim, Katniss! – grito com ela. — Fizeram alguma coisa comigo. Me transformaram em um monstro... Um bestante e a Capital me controla. – Sinto meus olhos molhados pelas insistentes lágrimas. — Eu matei pessoas, Katniss... eu-eu... quase matei você. – Ela continua tentando se aproximar de mim e me esquivo do seu toque e acabo por esmurrar a parede atrás de mim e com isso, consigo passar a tempo pela porta e pedir ajuda para o Lipp. — Sedativo... sedativo... por favor!
Ele parece entender e junto ao kit de socorros encontra morfináceo.
— Tente se acalmar, Peeta. – Sinto a picada da agulha em meu ombro direito e as ondas morfináceas vêm de encontro comigo.
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Quando acordo o dia está quase amanhecendo pergunto ao Lipp sobre a Katniss e ele diz que se encontra dormindo. Caminho em direção ao quarto e me aproximo dela e começo a observar seu rosto. Acabo por afastar uma mecha de seu cabelo e ela se sobressalta.
— Não quero machucá-la – sussurro com meu rosto próximo ao seu. Consigo identificar algo em seu olhar, mas não sei ao certo o que significa até ela beijar meus lábios. Tento me afastar, todavia, ela puxa meu rosto e acabo por deitar sobre seu corpo. Faço mais uma tentativa de me retirar, mas agora faz com que eu caia sobre a cama e ela fica por cima de mim.
— O que temos é mais forte – afirma ela, sua voz me causa um forte arrepio e temendo algo, consigo tirá-la de cima e saio do cômodo.
— Lipp, alguma novidade? – Reúno forças para disfarçar meu desconforto.
— Consegui apagar qualquer vestígio da noite passada.
— Algo mais?
— Bem, consegui derrubar alguns firewalls e acessei a pasta confidencial do projeto secreto, ao qual foi submetido.
— E o que descobriu?
— Além do soro que injetaram em você, implantaram um microchip frontal que rastreia sua localização e também é explosiva.
Sua última fala faz meu coração disparar.
— Isso não pode ser verdade? Tire isso dele agora! – Katniss grita e vejo o pavor tomar conta dela. Nem tinha percebido sua presença. — Nada de ruim pode acontecer com ele, entendeu? – Ela segura Lipp pelo colarinho e ele assustado com a reação direciona os olhos para mim.
— O que eu consigo fazer é continuar invadindo o sistema deles com vírus, mas não posso garantir mais nada.
— Pode remover esse chip de mim, Lipp? – pergunto.
— Eu teria que saber a localização exata dele, Peeta.
Somos surpreendidos quando a TV é ligada e a insígnia da Capital surge na abertura do noticiário.
— Olá, muito bom dia— saúda Caesar mais seriamente. — Trago as últimas notícias vindas diretamente da fronteira da Capital com o Distrito 1.— Me aproximo da tela atentando para o que ele diz. — As câmeras de vigilância capturaram imagens de um grupo peculiar de rebeldes.
— Finnick... – sussurra Katniss se aproximando também da tela.
O grupo veste um tipo de uniforme padrão de combate. Conto treze soldados. E então, quando um deles, segurando o arco composto, se vira, reconheço o rosto. Como se fosse um ato normal, pego o primeiro objeto que encontro (um jarro com flores artificiais) e lanço em direção a TV. Katniss se assusta e se afasta de mim. Felizmente o jarro atravessou o holograma das imagens e se estilhaçou na parede.
— Lipp, tente localizar esse grupo. Preciso de um tempo sozinho... – Antes de ouvir sua resposta, saio caminhando em direção ao quarto.
Me sinto exausto e com dor nas minhas mãos. Retiro as luvas de couro e vejo que estão machucadas. Arranco as roupas que parecem pesar uma tonelada e me dirijo ao banheiro. Regulo a ducha e deixo a água fria cair sobre meu corpo. De repente, imagens desconexas começam a invadir meus pensamentos. Posso ver Gale se apoderando de Katniss com beijos quentes e indecentes. Meus dedos tremem insistentemente. Logo cerro os punhos e esmurro as paredes do banheiro várias vezes até escutá-la.
— Peeta... – Nem lembro que tinha os olhos fechados até abri-los e notar o seu olhar encontrar o meu. Ela caminha lentamente e passeia seus olhos em mim.
— Não devia estar aqui... – Minha voz não sai tão firme como gostaria.
— E onde acha que eu devia estar, Peeta? – Ela está bem perto e sua mão direita vem em direção ao meu rosto.
— Eu-eu me sinto uma bomba de dor reprimida.
— Você é meu, Peeta Mellark – fala aproximando seu rosto do meu.
Seus lábios quentes cobrem os meus em um beijo que me arde por dentro. Sinto uma mistura de enlouquecido desejo por ela.
— O Snow me disse que tudo que sai da sua boca é mentira.
— Ele não sabe nem a metade do que passamos. O que temos tornou-se verdadeiro.
— Estou me deteriorando... – Tento me afastar, mas ela se impulsiona para frente e acabo por ficar debaixo da ducha. A vejo retirar rapidamente as roupas.
— Não os deixem que te controlem. Você é meu.
É então que sou tomado pelo desejo de seu toque. Ela está nua e seu corpo, mesmo magro, é firme. A ergo e ela rodeia as pernas em minha cintura. Sinto um choque quando nossas virilhas se encontram, mas é incontrolável o que estou prestes a fazer. Seus dedos se enroscam em meus cabelos enquanto meus lábios mordiscam seu queixo e boca.
Cometi graves erros e mesmo não estando totalmente no controle dos meus atos, preciso me render. Sei que não resisti ao que quer que a Capital obrigou minha mente a fazer contra ela. A redenção que sinto enquanto estamos conectados é inigualável a qualquer soro que esteja correndo em minhas veias.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bem, espero que tenham gostado do capítulo apesar do Peeta estar bem bipolar rss... me digam nos comentários o que estão achando do Peeta assim e as devidas mudanças quanto a invasão da Capital e o que esperam dos próximos capítulos. Quero fazer um milagre de natal, então comentem e façam seus pedidos!!! Beijos meus amores e até o próximo capítulo.