The Prince Slayer escrita por AliceFelton


Capítulo 22
Capítulo 22




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Andei pelos corredores do castelo de Hogwarts tendo em mente que aquela seria uma das últimas vezes em que entraria nele. Eu provavelmente seria banida do reino de Hogwarts, entrar no castelo novamente estava fora de cogitação.

Eu sabia que Voldemort não iria simplesmente pular de trás de uma coluna e nos matar. Ele era um ditador – e, como a maioria deles, se importava demais com sua performance. Ele estaria em um dos lugares mais importantes do castelo, esperando por mim.

— Você sabe onde ele pode estar? - perguntou Sirius, quebrando o silêncio.

— Ele deve estar no grande salão. - eu disse - Ele gosta de fazer discursos dramáticos em locais com boa acústica.

Sirius me encarou.

— Você soa como se o conhecesse. - ele disse

Dei de ombros.

— Lily, eu sinto muito. Por Snape. - ele disse - Eu sei como é quando alguém importante se revela um traidor. Eu conheço os sentimentos confusos após sua morte: você sabe que foi melhor assim, mas não consegue ficar satisfeito com isso.

Olhei para ele e assenti.

— Obrigada, Sirius. - eu disse, com sinceridade. - Mas você não deveria se preocupar tanto comigo. Eu causei tudo isso. Eu matei meu melhor amigo. E o seu.

— Você não é uma pessoa ruim, Lily. - ele disse - Você cometeu muitos erros, você quebrou nossa confiança, mas não fez isso por mal.

Ri e parei de andar.

— É, eu fiz por dinheiro. - eu disse, o encarando nos olhos. - Eu fiz por quinhentos mil galeões.

Voltei a andar, disposta a não encarar mais Sirius.

Eu sabia que estava sendo muito dura com ele, mas eu não podia deixar que eles se afeiçoassem por mim de novo. Eu não conseguiria ter que lidar com eles, depois que Voldemort estivesse morto. Isso se eu conseguisse matá-lo.

Parei em frente às portas do grande salão e olhei para Sirius, com um olhar firme.

— Está pronto? - perguntei

— É agora ou nunca. - ele assentiu

Abri a porta com força e me joguei para dentro.

Voldemort estava do jeitinho que eu havia imaginado. No centro do salão, sentado no trono. Ele estava com sua armadura completa e sua espada negra pendia do seu cinto. Eu tinha pesadelos com aquela espada.

Abaixei a guarda por um segundo e escutei barulho de passos correndo atrás de nós. Os comensais restantes haviam nos cercado.

Lily Evans.— disse Voldemort, sorrindo. - É impressionante como as pessoas decentes são previsíveis. Ninguém iria esperar que a mocinha viria, com sua espada e seu escudo reluzente, para salvar o dia.

Me aproximei lentamente do trono. Eu estava me sentindo nauseada com a visão de Voldemort sentado onde o pobre Fleamont costumava se sentar.

— Se eu salvar o dia, não importa o quanto eu fui previsível. - eu disse

Voldemort deu de ombros.

— De fato. - ele concordou - Mas sua previsibilidade dificulta as coisas para vocês.

— Por que você me contratou? - perguntei - Por que me procurar sendo que você, aparentemente, sabe o quão decente eu sou.

— O amor nos faz fracos. - ele disse, sorrindo. - Você já deveria ter aprendido isso.

O encarei.

— Eu sabia que a única pessoa que conseguiria me impedir de dominar Hogwarts seria você.— ele disse - Eu tinha que pensar em um plano para fazer com que você ficasse fraca.

— Como você poderia imaginar que eu iria me apaixonar por James? - perguntei

— Não poderia. - ele disse - Mas eu sabia que você iria se afeiçoar às pessoas do castelo. Eu sabia que, se você tivesse contato com pessoas carinhosas e calorosas, você iria derreter por trás dessa sua máscara de gelo.

Ele sorriu.

— Você se apaixonando por James foi muito melhor do que eu esperava. - ele disse - Embora as coisas teriam sido muito mais fáceis se eu soubesse do seu avô antes dessa confusão toda.

Desembainhei minha espada devagar e olhei para Sirius. Ele era um ótimo lutador, mas eu consegui contar vinte comensais.

— Lily, nem mesmo você consegue me matar ao mesmo tempo em que luta com vinte comensais da morte. - ele disse - Vocês dois estão sozinhos.

— Não, eles não estão. - ouvi uma voz dizer.

Olhei para a porta e vi James e Remus, com suas espadas em punho.

Voldemort se levantou e girou sua espada em sua mão.

— Rei James! - ele sorriu

James apertou a mão em volta no cabo de sua espada. Ninguém o havia chamado de Rei James, até aquele momento.

— Está acabado. - disse James - A maioria dos seus comensais estão mortos. Mensagens foram mandadas para todos os reinos e, logo, eles irão marchar até aqui, se necessário.

Voldemort assentiu.

— E você está prestes a duelar com a melhor assassina dos onze reinos. - continuou James - Como pode ter alguma esperança ainda?

Voldemort me encarou, pronto para sua última cartada.

— Porque fui eu quem ensinou a ela tudo o que ela sabe. - ele disse

Os queixos de James, Remus e Sirius caíram.

Ele se aproximou de mim e segurou minhas bochechas.

— Vocês imaginam a pequena Lily, com doze anos de idade, começando a aprender a segurar uma espada? - ele disse - Eu fui o pai que ela nunca teve. O pai que não a abandonou.

— Já chega. - eu murmurei

Ele segurou o meu braço assim que eu fiz a primeira menção de atingí-lo com o meu escudo. Dei uma joelhada no seu abdome e me desvencilhei do golpe de sua espada, que bateu com força no chão ao meu lado.

Os comensais gritaram e investiram contra os meninos, que se juntaram com as costas um para o outro para lutarem em conjunto. Se eu pudesse parar no tempo, eu iria para só para ver os três lutando. Eu, que sempre havia lutado sozinha, fiquei emocionada com a confiança que eles botavam uns aos outros.

Bati com meu escudo na cabeça de Voldemort e escorreguei pelo mármore liso até ficar atrás dele. Peguei uma das cordas do meu cinto e puxei sua perna, fazendo o cair no chão. Ele se levantou depressa e brandiu sua espada contra mim, que me arranhou na coxa.

Levantei em um pulo e chutei seu peitoral, caindo no chão mais uma vez e rolando para não ser esmagada por ele. Voldemort, assim como eu, havia melhorado muito na luta.

Era interessante ver como nossos movimentos, que eram exatamente iguais há alguns anos, conseguiam ter ficado tão diferente depois do tempo em que ficamos separados. Éramos como dois galhos de uma mesma árvore, com um tronco em comum.

Voldemort fez um corte no meu pé, que me fez perder o equilíbrio. Ele segurou minha perna e me bateu com força no chão, me deixando zonza por alguns instantes.

Levantei correndo e bati com o cabo da minha espada na sua têmpora. Olhei para James, que estava se saindo muito bem. Restavam poucos Comensais da Morte lutando contra eles. Sem que eu o visse levantar, Voldemort fincou uma adaga no meu ombro.

Gritei de dor e a arranquei, arremessando-a contra sua perna.

— É isso que eu quero dizer quando digo que o amor nos faz fracos. - ele deu uma gargalhada.

O encarei.

— Você está errado. - eu disse

Me lancei contra ele e bati meu escudo repetidamente contra seu rosto. Ele me empurrou contra a parede, mas consegui chutá-lo no abdome e empurrá-lo contra a parede eu mesma. Fiz um corte profundo em sua perna, e cortei sua bochecha rapidamente.

— Você está muito errado. - murmurei

Enfiei minha espada no seu peitoral com força, mas ele apenas riu.

— Você lembra da regra número quinze? - ele perguntou, com a voz entrecortada.

Assenti e gemi, sentindo sua espada entrar na minha barriga.

— Nunca baixe a guarda se seu inimigo ainda estiver com sua arma. - murmurei - Mesmo se a luta já estiver ganha.

Ele assentiu.

— A aluna superou o mestre.

Eu caí no chão. Ele escorregou pela parede em uma poça de sangue e pendeu para o lado. O barulho de espadas no salão parou.

Engatinhei e cuspi sangue no chão. Tirei a espada de Voldemort de mim e a arremessei contra ele – mesmo não existindo a menor chance de que ele sobrevivesse ao meu golpe final.

Apertei meus ferimentos e deitei no chão, já perdendo os sentidos.

Senti braços me segurarem, enquanto ouvia um distante som de vozes conhecidas que gritavam meu nome.


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Notas finais do capítulo

1 - Vocês vacilaram mais uma vez, deixando pouquíssimas reviews e ficaram sem capítulo grande.
2 - To demorando a postar pq to bem desmotivada, gente, foi mal. Eu sinto que eu escrevo por horas mas não consigo dar profundidade nenhuma pra história. Na minha cabeça a fanfic é muito bem construída mas eu sinto que na hora de escrever ela fica muito muito simples, não sei... O que vocês acham? Por favor gente, me façam críticas verdadeiras – não adianta só falar "ai amo a fanfic" pq isso não me ajuda muito, embora eu ame mt receber carinho de vcs.
3 - Obrigada por lerem, de verdade ♥



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