Rua Lillgston escrita por SmileLove


Capítulo 4
Adeus, cachorro-quente.....!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/720931/chapter/4

cada passo meu pelo corredor da faculdade, uma pequena poça de água se formava. Meus cabelos pintavam, minhas roupas pintavam grudadas e eu tinha certeza que meu resfriado havia piorado. Quanto mais andava pelo corredor, mais olhares eu atraia. E aquilo era horrível.

Me enfiei no banheiro, encarando a imagem refletida no espelho, e pude chegar a conclusão que estava horrível. Senti uma vergonha tremenda só de imaginar alguém me vendo assim.

O lápis de olho que entes estava perfeito em baixo dos meus olhos castanho/ Mel agora se encontravam completamente desfigurados na pele exageradamente branca. Como já disse, estava ensopada da cabeça aos pés e aquilo só piorava tudo.

Lavei o rosto o mais rápido possível e antes que pudesse tentar secar o cabelo nem que fosse com papel higiênico, olhei a hora no relógio. Tinha me esquecido completamente dela. Estava sete minutos atrasada.

Entrei em um desespero profundo, correndo para a primeira aula. Assim que cheguei, nem me dei ao trabalho de bater na porta, tamanho era o pânico. A abri e assim que todos os olhares da sala viraram em minha direção, me arrependi desesperadamente do ato.

Srt.a Jarandia me encarou com seus olhos de coruja assassinos. Engoli em seco. Ela me dava medo, muito medo.

— Senhorita Sllen, posso saber o motivo da petulância de chegar atrasada em minha aula? - disse, enquanto dava passos cautelosos na minha direção e apertava com força o objeto de plástico entre as suas mãos.

Arregalei levemente os olhos enquanto os abaixava na direção da régua que a mulher segurava. Será que ela iria tacar aquilo na minha cabeça?

Por um mísero segundo cogitei a hipótese de não contar nada do que realmente aconteceu a ela. Resolvi que não acreditaria, então simplesmente disse algo que era verdade, omitindo certo fatos desnecessários:

— Eu cai na caixa de água do meu prédio. - e assim que proferi aquelas palavras, a sala explodiu em gargalhadas.

Srt.a Jarandia me fuzilou com os olhos, e depois disse, irônica:

— Claro que caiu. Sente - se.

Aquilo soou mais como uma ordem.
Me sentei na cadeira, colocando a bolsa de lado e tirando de lá uma caneta vermelha e o caderno.

Tive a sensação de estar a ser observada e em algum momento que virei a cabeça, avistei um par de olhos negros e uma touca cinza inconfundível.

O garoto Rock Star - vou chama-lo assim até descobrir seu nome - deu mais um de seus sorrisos, mas dessa vez um bem mais leve e casual. Para depois virar o típico sorriso divertido. Ficamos nos encarando por uns seis segundos até que a vergonha me deu um cutucão no estômago e eu desviei os olhos, começando a escrever.

*******************************

Assim que as aulas terminaram sai da faculdade, trilhando meu caminho direito para a mini cantina que havia no pátio. Estava faminta! Comeria qualquer coisa que aparecesse na minha frente - Não malíciem essa frase- .

Paguei meu lindo cachorro-quente, o encarando com puro amor e lambendo os lábios, pronta para devora - lo, quando um ser humano nada abençoado e sim perturbado, esbarrou nas minhas costas, fazendo meu cachorro-quente voar pelos ares espalhando Ketchup na minha blusa e se espatifar em pedaços no chão.

Enquanto eu encarava com pura dor o meu lanche espatifado, o sorriso foi sumindo lentamente da minha face.
Acho que o sofrimento em meus olhos era tanto que até o ser responsável por aquela brutalidade percebeu, soltando uma gargalhada gostosa. Não vi graça.

Levantei os olhos, pronta para assassinar quem quer que fosse aquele abutre, mas desisti quando vi quem era. Marina me encarava, divertida.

— Desculpa, não quis matar o amor da sua vida. - brincou, me lançando um sorriso e me arrastando para a lanchonete mais uma vez. - Vem, eu compro outro.

— Não precisa - A parei no meio do caminho. Ela se virou, pronta para protestar, mas eu continuei - Tenho que ir para o trabalho, compro algo no meio da caminho se der tempo.

Ela não pareceu muito satisfeita, mas deu de ombros, concordando.

— Está trabalhando onde? - perguntou, fazendo um coque no cabelo com uma piranha roxa.

Antes que pudesse responder, os autofalantes da escola anunciaram:

— Queridos alunos e alunas! Aqui é o diretor Bumer - Que tipo de pessoa se chama Bumer? - Estou aqui para informa-los que, devido a volta as aulas das férias, nós dá direção resolvemos fazer uma pequena e simples festinha de comemoração, por mais que o ano já esteja acabando. A festa será dirigida e supervisionada pelo professor Carlos Lenister. Esperamos que compareçam.

Várias pessoas adoraram a idéia, até eu gostei. Carlos Lenister era a pessoa mais doida que já conheci - Acho que essa frase não é tão verdade igual era semestre passado - . Ele permitia tudo e suas aulas eram as melhores.

Consigo até imaginar como vai ser essa festa. Respondi Marina:

—No Mystery ballosagna, eu começo hoje! - falei, olhando a hora. Mais um choque. Se não corresse, chegaria atrasada. - Tenho que ir mari, Tchau!
Dei um beijo na bochecha dela, saindo de lá as pressas.

♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤

Quando cheguei lá, não pude conter a felicidade ao perceber que consegui chegar dois minutos adiantada.

Mal tive tempo de respirar e um homem alto, com óculos e barba me apertou num abraço.

— Seja bem vinda, niña! - ele disse, com um sotaque que não identifiquei direito. O que era Niña?

O olhei, confusa e desconfiada:

— Desculpe......Mas eu te conheço?

O homem riu, estalando os dedos:

— No, no, no!! - negou com a cabeça - Desculpe - me no apresentar - me, que falta de educación a minha! - Estendeu a mão:

— Soy Pablo, dono daqui. - e sorriu.

Prendi a respiração. Aquele era meu chefe. Sorri, o mais simpática que consegui:

— Olá senhor! É um prazer! - apertei sua mão - Sou Lia!

— Lia! O placer a meu! Venha, vou te mostrar o lugar onde trabajará. - Saiu, falando sem parar.

O segui, rindo do seu sotaque que percebi ser espanhol.

A cozinha era um cômodo grande e espaçoso. Me lembrava cozinhas antigas. Pablo pegou um bolinho, comendo - o, e disse:

— Lia, ustad é boa com bolos?

Não.

— Sim! - Menti.

Ele se entusiasmou mais.

— Oh, que Buenos! - deu saltinhos. - used cuidará do Balcón, ajudará Cristina com tortas e levará algumas coisas nas tablas! No se preocuparse, No fará tudo ao mismo tiempo. - foi até a dispensa e me trouxe um avental. Era azul, com um balão de pizza escrito em bege: "Mystery ballosagna".

O peguei com a testa franzida. Onde ele teve essa idéia? Resolvi não perguntar e coloquei o avental. Quando levantei os olhos, Pablo já estava saindo pela porta da cozinha.

Entrei em pânico e gritei para ele, antes que saísse:

— O que eu faço agora?

Ele parou no batente da porta, e disse:

— Cuide do Balcón! - saiu. Ouvi seu grito do outro lado. - Buenas surtes!

Respirei fundo e contei até três, saindo da cozinha pela mini porta e me ajeitando atrás do balcão.

Fiz um coque no cabelo assim que vi uma pessoa passando pela porta.

Mãos à obra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rua Lillgston" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.