A Sobrinha do Riddle escrita por Kathrina


Capítulo 4
Chapter three - Memories


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a vocês que estão acompanhando!
Obrigada pelo comentário no capítulo anterior ♥
Melhor deixa-los ler, vejo vocês lá em baixo ♥



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1976

Um grito de medo ecoou pelo corredor do terceiro andar de Hogwarts. Ninguém sabia do que se tratava, e também não via nada. Há quem dizia que estava alucinando e foi proibida caminhar por aquelas bandas.

Ninguém poderia sonhar no que acontecia naquele local, quer dizer, sonhar não é a palavra. Apenas não acredita. Hogwarts era completamente segura! Nunca poderia ser invadida.

— É uma palavra simples, e uma bela decisão. Vai ver! - A voz correu pelo lugar, aterrorizando algumas pessoas que estavam no local, principalmente a que estava amarrada.

Era uma mulher, que tinha os cabelos negros lisos e olhos incrivelmente verdes-água. Seu rosto era angelical, e tinha umas marcas de machucados sangrando

— Foi você! - A voz da garota saiu falhada, mas a exclamação saiu firme - Mortes e mais mortes. Em 1950, e agora. Apenas me explica, qual é o sentido?

Ficou um silencio, alguns não sabiam mesmo o porquê daquilo tudo, não era apenas por sangue e por poder.

— Querida maninha, - O homem foi se aproximando cada vez mais dela - não seja tola. Não será feliz, não existe felicidade sem poder.

A mulher olhou ao redor, não tinha como ver os rostos de ninguém e não havia visto um pingo de poder no rosto do seu irmão.

— Está enganado, maninho!

O homem pareceu ter ficado irritado, e um grito saiu da sua voz e ele levou a varinha em direção da mulher, que deu um sorriso, mesmo com dor.

— Se for fazer, faça o mais rápido possível. - Eles se olhavam freneticamente, dava para perceber por causa do raio que formavam nos olhos dos dois - Agora, para ser exata.

A morte dela não traria benefícios, mas qual trouxe? Bem a pergunta não se passava na cabeça do homem. Não era porque sentia algum tipo de sentimento pela irmã. Ele apenas achou que não fosse a hora, precisaria dela ainda.

— Eu posso fazer isso, isso se o senhor me permitir

O homem olhou para a pessoa de capa ao seu lado, mesmo não a vendo, sabia que estava a se divertir. Talvez fosse a hora e estaria desperdiçando. Ele pensou por um segundo. Não, apenas não poderia ser isso.

— Você acha mesmo que irei obedecer uma decisão tua, - Ele fez uma pausa, e a mulher revirou os olhos - simplesmente tola. Decidi que não é a sua hora... Não ainda, mas quero lhe dar um aviso.

Mais um grito, desta vez prolongado. A cara de dor da mulher não dava prazer para todos presentes, na verdade a única pessoa de capa que sentia prazer, abriu um pequeno sorriso. De um minuto para o outro, a mulher sumiu.

— Desgraçada! A varinha. Ela também é boa com feitiços... Ficam de olho nela.

O homem saiu rápido, da mesma maneira que entrou.

Fora de Hogwarts, nevava. Tinha sido uma péssima escolha ter parado um de seus projetos para ir de volta para Grã-Bretanha, ela logo percebeu isso. Agora estava no frio, com a roupa toda rasgada e sangrando. Tinha como piorar? Sempre tem. Estava desta maneira, em um lugar desconhecido.

— Tem alguém aí? - Um pequeno feixe de luz seguiu em direção de onde a garota estava - Se for você saiba que está morto, Lestrange!

A mulher viu um rosto masculino que pareceu surpreso, como se não acreditasse. Ele murmurou um "Acho que estava redondamente enganado". Depois de uns minutos observando a mulher, reconheceu-a de uma foto. Só não lembrava de onde

— Por favor... Me aju.de

O garoto tomou uma decisão, rápida. Afinal não poderia deixar lá morrer, quando ficasse melhor, ela explicaria. Não queria ser causador de mortes, não por enquanto. Ele a carregou até um lugar que sabia que sua família ficava distante. Uma antiga casa de empregados

— Mestre o que faz por aqui? - Ele olhou para o braço de seu senhor - Por Merlin.

— Mantenha ela aqui, e cuide dela.

Assim foi feito.

1992

Uma vez eu li um conjunto de frases do Salvador Dali, esse também não era trouxa. Ele era famoso onde lecionou, em Uagadou. Uma em especial, sobre lembranças: " A diferença entre as lembranças falsas e as verdadeiras é a mesma que existe entre as joias: as falsas sempre parecem mais brilhantes e reais."

Por causa desta frase, descartei todas memórias que minha mente simplesmente criou uma presença inexistente. Não podia simplesmente ter visto meu pai, nos meus dois primeiros aniversários. Nem sabia como ele era.

— Filha, esta hora acordada?

Alguém explica a minha mãe que pessoas como eu não costuma dormir muito. O cérebro não aceita descansar e simplesmente procura coisa para me fazer pensar e questionar.

— Sabe o que me recordei - Minha mãe negou, um tanto sonolenta - nunca conversamos sobre meu pai direito... - Minha mãe se assustou - Calma, eu só quero saber como se conheceram, de que casa era, com que ele trabalhava, coisas do tipo

Minha mãe suspirou, enquanto se sentava de frente para mim.

— Querida, daqui a umas horas, terá uma intensa viagem até Hogwarts! - Eu bufei, e ela relaxou, sabia que não iria desistir - Ok, só uma coisa. Conheci seu pai em um momento difícil, e ele aceitou me ajudar sem perguntas. Pronto, já pode ir dormir?

Minha mãe e suas manias de perguntar coisas que já sabe a resposta.

— Uma última coisa. - Eu tentei, juro que tentei, procurar uma maneira de não machucar minha mão - Você estava noiva do papai, quando tudo ocorreu. Ele tinha quantos anos?

Achei que ela perguntaria como eu descobri que ela estava noiva, que me daria uma bronca pois assim saberia que eu mexi nas suas coisas e blábláblá

— Quando ele me pediu em noivado? Era no aniversário de 17 anos dele. - Sim, pelo menos descobri algo, mas sinto que ela percebeu que não falava disso - Agora, trata de d0rmir! 

Por tudo que é mais sagrado, eu juro que eu tentei dormir... Mas não tive muito sucesso, passei desde a hora que minha mãe saiu do meu quarto, rodando de um lado para o outro.

Escutei uns barulhos, passos de pessoas andando

— Amor... Ué, você está acordada? - A voz da minha mãe pareceu surpresa

Era como se eu tivesse dormido. Assenti, e me levantei.

— Ótimo, se arrume e poderemos tomar um belo café!

Ela saiu, e fui para o banheiro. Tomei um banho demorado. Me arrumei e fui para a sala de jantar. Minha mãe acabava de colocar a comida na mesa, dei um sorriso a ela, e me sentei.

Comemos normalmente, ela falava sobre algumas coisas que eu não deveria esquecer, tipo de escrever para ela.

— Vamos? - Concordei me levantando - Tenho que passar em alguns lugares depois de te deixar na estação

Fomos para a estação, assuntos aleatórios. Andamos pelas plataformas

— Mãe, como iremos para a plataforma 9 3/4?

Essa pergunta foi feita quando nos aproximávamos da nona plataforma. 

— Verá 

Depois disso ela riu, bufei e continuamos a andar. Vi algumas pessoas atravessando a parede... Espera aí, atravessando a parede? Não acredito que seja isso. Como nenhum trouxa viu isso?

— Eu vou ter que atravessar uma pilastra? - Minha mãe riu com minha exclamação/Pergunta - Como seria em Uagadou? - Minha mãe deu uma pequena revirada de olhos, enquanto me puxava para atravessar a pilastra.

Não sei bem o que senti, já que estava pensando como os trouxas não percebem que tem vários seres humaninhos atravessando uma pilastra?

— Seja bem-vinda a plataforma 9 3/4

Vi muitas crianças correndo para um trem Maria-fumaça, algumas chorando e sendo esmagadas em abraços. Com toda certeza essa seria uma boa lembrança para guarda, mesmo não gostando de admitir.

— Gostou? - Olhei para minha mãe e ela abriu um sorriso - Conquiste a todos, sei que consegue!

Isso se todos não me odiarem de cara, abracei ela. Isso a surpreendeu.

— Escreverei, e hoje mesmo mandarei uma carta para você!

Comecei a empurrar o carrinho para o trem.

— Divirta-se! - Estava entrando quando ela murmurou algo, e eu ouvi - e cuidado, ele pode querer atacar.

Será que nem em Hogwarts terei paz? Quem, além dos alunos, irá me atacar? Já quero descer daqui, e ir para casa. Depois de alguns segundos, o trem começou a se locomover.

Hogwarts, aí vou eu!


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Notas finais do capítulo

Como já perceberam, no ano de 1976 não foi a Meridith que narrou. Afinal, ela não era nem nascida.
Mais a frente, entenderam o porque está presente agora a narração de 76.
Modifiquei algumas coisas, e o certo é que a Marie é 14 anos mais nova que o tio Voldy ♥
ESPERO MESMO QUE TENHAM GOSTADO.
Também espero críticas e opiniões.
Apenas isso. Tchau ♥



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