Elena andava as pressas pelo corredor com a cabeça baixa. Estava indo em direção da escada para subir para os quartos e encontrar Stefan. Mas estava tão distraída que nem percebeu que Damon estava saindo de seu quarto logo quando ela estava pisando no último degrau. Então, ela finalmente notou sua presença e aparentemente esqueceu de ter alguma reação. Elena ficou totalmente estática, quase mal respirava.

— Sabia que é muito inconveniente ficar andando pela casa só de toalha?
— Sabia que é muito inconveniente pessoas que nem moram nessa casa ficar entrando e saindo quando bem entende?
— Hunf... – Elena revirou os olhos e acelerou o passo.
— Espera... – Ele a segurou fortemente pelo braço, sem machucar é claro. Deslisou a mão pela sua pele macia.
— Damon... – Seu olhar para ele era intensamente leve, ela mal respirava novamente. Estava sendo totalmente seduzida.
— Elena! – Damon afastou as mãos rapidamente. Stefan andava na direção dos dois e logo abraçou Elena, que ficou com o rosto virado para Damon e o olhou com cara de pensamentos duvidosos.
— Stefan!

Os dois sairam de mãos dadas, e ainda sim Elena voltou a cabeça para olhar para Damon ainda sem entender a situação. Stefan parecia meio confuso também. O rosto de Elena transmitia totalmente um rosto que estava flutuando nos pensamentos.

— Aconteceu alguma coisa? – Stefan a olhava, erguendo a sobrancelha.
— Não... Não aconteceu nada – Sorrindo, olhando nos olhos dele.
— Já falei para o Damon parar de andar de toalha pela casa... Sei que é constrangedor, me desculpe.
— Ah, relaxa. Afinal é o Damon... E ele está na casa dele. Não quero incomodar. – Elena sentou na cama, sentando em cima de uma das pernas.
— Por que você tem que ser tão graciosa assim? – Stefan apoiou o joelho esquerdo na cama e segurou o rosto dela, beijando-a.
— Você que tem como exemplo o Damon e acha que eu sou tão graciosa assim. Porque eu sei ser bem diferente disso... – Ela abriu um sorriso malicioso.
— Ah é? – Deu um sorriso de leve.
— Aham... – Ela puxou discretamente uma almofada e tacou no rosto dele.
— Ah! É assim? – E ele velozmente a derrubou na cama e os dois começaram a rir.

Damon escutava os dois do lado de fora do quarto. Ele estava confuso também. Passou a mão pelo cabelo molhado, respirou fundo e saiu do lado da porta. Não demorou muito e logo ele voltou para o lado da porta na intenção de interromper os dois. Agora já vestido, como “sempre” usando aquela jaqueta de couro, bateu na porta e pediu licensa.

— Eu estou saindo e não devo demorar muito... – Ele evitava olhar para Elena, mas era quase impossível.
— E desde quando você se preocupa em avisar? – Stefan sentou-se na cama.
— Pra tudo existe uma primeira vez, não é mesmo? – Deu uma risadinha ironica.
— Por mim tudo bem, vá pela sombra. – Retribuiu a risada ironica.

Era totalmente óbvio que ele iria para o bar, típico de Damon. Sentou-se no bar e pediu uma dose de whisky e uma mulher que estava do lado dele pediu a mesma dose. Ele a olhou de canto analisando.

— Afundando as lágrimas? – Ela se apoio no balcão fazendo cara de cínica.
— Pode se dizer que sim... – Balançou o copo e depois deu um belo de um gole.
— Hm... Adoro homens de coração partido – Damon se virou para ela.
— Acho que você vai me odiar então... – Ele deu um sorriso totalmente tirando com a cara dela.
— Deveria ao menos dar uma chance – Ela passou o dedo pelo cabelo, enrolando-o com a ponta do mesmo.
— Hm... Acho que não. Mais uma dose, por favor! – Virou-se para o balcão.
— Também adoro homens dificeis – Ela deu uma risada provocativa.
— Mas será possível que você ainda não entendeu que eu não quero nada com você? – Exaltou a voz, nervoso e a mulher simplesmente levantou do balcão e saiu do bar – Mulheres... É preciso ser rude com elas pra elas entenderem?
— Bom, você normalmente sempre sai com alguma mulher que te interessa ou que da em cima de você aqui no bar... Está tudo bem com você? – O garçom deu um sorriso sarcastico.
— Tks...

Um barulho estrondoso interrompe o término da fala de Damon. As pessoas começaram a olhar pela janela tentando entender o que aconteceu. Damon saiu as pressas. Chegando lá fora havia um carro parado com as portas abertas e um corpo estirado no chão. Damon correu na direção do corpo e agaixou no chão. Colocou o dedo no pescoço da vítima, conferindo se tinha pulso. Ela ainda estava viva. Ele virou o rosto dela para ver quem era e descobriu que era a mulher que havia saído do bar depois do fora dele. Ela estava com alguns ferimentos. As pessoas que estavam dentro do carro, simplesmente haviam sumido. A mulher estava sem documentos, sem nada que pudesse identificar quem era ela. Somente Damon havia saído do bar para olhar o que aconteceu. Sem querer ele tocou no sangue da mulher e aquilo o excitou. Estava com tantos pensamentos confusos na cabeça que nem estava pensando direito e simplesmente resolveu levar a garota para casa.

Stefan e Elena, ainda estavam no quarto conversando quando Damon chegou. Eles perceberam que ele havia voltado e Stefan sentiu o cheiro de sangue e resolveu descer para averiguar se estava tudo bem. Stefan ficou surpreso ao ver o corpo e perguntou o que aconteceu.

— Ela sofreu um acidente em frente ao bar e resolvi traze-la para cá – Falou, colocando o corpo no sofá.
— Ao invez de chamar uma ambulância, preferiu trazer um corpo para dentro de casa sem nem conhecer a pessoa... Isso me soa tão... – Foi interrompido.
— Tão com cara de refeição? Pois é, o que eu posso dizer... É o meu instinto – Damon soltou uma risada sarcástica.
— Damon, chame uma ambulância e pare de gracinha. – Cruzou os braços.
— Ou então o que? – Damon o olhou desafiando.
— O que está acontecendo? Ah meu deus! Ela está bem? – Elena desceu as escadas correndo e parou ao lado de Stefan se apoiando nele.
— Sim, ela está bem. Daqui um tempo vai estar se sentindo melhor ainda... – O corpo começou a se mexer.
— Ela está acordando – disse Elina preocupada.
— Damon... Não me diga que...
— Mas é claro. Acha que eu ia perder a oportunidade? – Damon sentou a mulher no sofá e olhou fixamente nos olhos dela.
— O-onde eu estou? ... Argh. Você... – Ela revirou os olhos quando viu o rosto de Damon.
— É, parece que ela gosta muito de você – Stefan olhou para Elena dando risada.
— Você vai me desejar mais do que qualquer pessoa que você já tenha desejado na vida – Ele olhava ainda fixamente nos olhos dela, enquanto ela olhava fixamente nos dele.
— Sim, eu te desejo mais que tudo... – Ela respondeu somente e se aproximou dos lábios dele, beijando-o e ele a beijou olhando para a cara de Stefan e Elena, que acabara de cruzar os braços e bufou olhando para o lado oposto de onde Stefan se encontrava. Damon acabou por se empolgar no beijo.
— Argh, vão pra um quarto – Puxou Stefan pela mão e foi em direção a escada – Eu vou pegar água... Vai subindo, tá bom?
— Tudo bem – Ele deu um sorriso pra ela.

Elena passou pela sala e viu Damon agarrando e mordendo o pescoço da mulher e ela gemia de prazer. Elena não resistiu e ao invez de ir para a cozinha se escondeu em um vão e ficou espiando. Ela olhava com um olhar de desejo, inveja, confusão, amor... talvez? Não sei, mas aí tem coisa.