DanganRonpa: Death and Despair escrita por DarkAndrew


Capítulo 1
Prólogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/720242/chapter/1

A passos apressados aquela jovem garota se aproximava do seu destino. Um grande sonho de infância se realizaria a partir do momento em que ela colocaria os pés naquela escola. O maior colégio dos Estados Unidos onde somente jovens com grandes talentos poderiam entrar. Somente os melhores no que fazem. Aquela menina com seus longos cabelos loiros escuro caminhava contente desfilando sua camisa verde e gravata preta com um toque especial da sua jaqueta rosa.

Seu short branco rasgado chamava atenção. Ela sentia que foi sorte ter sido escolhida pra entrar naquele colégio pois entre tantas pessoas com o mesmo talento que ela, somente ela foi escolhida, ela era a melhor naquilo que fazia. Mas agora precisava correr, estava atrasada para o seu primeiro dia.

Ao chegar com um grande sorriso no rosto, se deparou com duas pessoas. Era um menino alto com uma camisa vermelha, cabelo estilo will.i.am. Uma outra menina loira de farmácia com uma blusa roxa e uma meia-calça roxa que chegou a dar arrepios na menina que acabara de chegar de tão feia que era.

Após examinar todo o local, a menina disse:

— Quanto tempo eles acham que vão nos fazer ficar esperando? – Cruzou os braços e fez cara de emburrada enquanto revirava os olhos esperando alguma resposta dos outros.

— Esse colégio é enorme... – O menino que estava ali disse isso. Simplesmente. E então a menina loira falou com um tom de sarcasmo:

— Óbvio que é enorme! – Ela colocou as mãos na cintura – É o colégio mais cobiçado dos Estados Unidos! Não faria sentido ser pequeno...

Lentamente, dando passos vagarosos, observando toda a situação, um menino de cabelo nos ombros trajando uma roupa completamente branca com uma gravata cinza apareceu, virando a esquina do prédio na direção dos três. A roupa do tal homem deu ainda mais arrepios na menina.

— Com licença – Ele falou assim que se aproximou mais com um gesto com as mãos – Vocês também vão estudar aqui?

— Vamos sim – A loira virou-se bruscamente e transformou seu olhar num olhar apaixonado de flerte – Porque, gato? – Ela passou a mão no pescoço enquanto exibia seus dentes, sorrindo.

— Nada, é que eu só queria dizer que essa não é entrada do colégio... – Ele falou cruzando os braços e o outro menino de camisa vermelha olhou ao redor.

— Como assim? – A menina de longos cabelos loiros escuro perguntou – O endereço aponta exatamente para esse edifício!

— Você ainda não percebeu, certo? – O menino de camisa vermelhou se virou pra ela – Não há nenhuma porta aqui, realmente não pode ser aqui!

— Então nos deram endereços errados, é isso? – A outra loira indagou – Onde é?

— Não, não... – O menino de branco deu uma risadinha – Nada disso, não deram endereços errados. Sigam-me e eu vos explicarei tudo! – Ele começou a andar e os três os seguiram - Aliás, meu nome é Colin...

Colin Eddward

Representante de Turma de Nível Super Colegial

POV Colin

Eu guiei os outros três enquanto os explicava a situação:

— Todos viemos parar nesse lugar até que uma de nossas colegas descobriu pra onde devemos ir, precisamos apenas rodear o prédio – E então viramos a esquina em direção a uma grande porta de vidro fumê – A porta estava desse lado do prédio, viram?

— E ninguém teve a ideia de ver desse lado – A menina loira com rabo de cavalo falou.        

 - Mas tem algo que me incomoda bastante... - A outra menina de cabelo longo disse.

— O que? – Perguntei, tentando ser simpático.

— A roupa meio fora de moda dele aqui... – A menina apontou pra um cara com uma camisa vermelha e uma gravata preta.

— Meu nome é Bruce – Ele falou parecendo irritado – E eu não quero saber dos seus conselhos de moda.

Bruce Brigger

Jogador de Basquete de Nível Super Colegial

— Ah, eu não posso fazer nada se eu sou a Florence, estilista de Nível Super Colegial. – A menina de cabelos longos sorriu.

Florence Emily

Estilista de Nível Super Colegial

— Ei! Parem de confusão vocês dois! – Parei na frente da porta – Ah, é aqui, chegamos.

De repente senti uma forte pancada na cabeça e senti minha visão escurecendo, todos os outros gritaram, parecia que levaram uma pancada forte na cabeça também. De repente eu não aguentei e caí de vez no chão. Dormi profundamente.

POV Florence

Aquele sono estava tão bom... Claro que a minha cabeça ainda doía mas isso só me dava forças pra continuar dormindo. Para minha revolta, fui acordada a gritos, e quando me recuperei do susto eu juro que havia virado potencialmente uma assassina de tanto ódio de quem me acordou.

— ACORDEM! – Era aquele tal de Colin, representante de não sei o que. Tentando não aparecer agressiva, abri os olhos devagar e olhei pra ele com cara de inocente.  

— Onde eu tô? – Só consegui dizer isso.

— Alagoinha? – A loira de farmácia com rabo de cavalo acordou também olhando pros lados.

Quando eu percebi o ambiente onde eu estava, me apavorei. Uma ilha! E eu estava na praia da ilha, com coqueiros, areia, mar com água salgada, era a praia de uma ilha!

— Nós vamos nos dividir em grupos e explorar o local. – Colin falou em tom de autoridade como se fôssemos seus escravos particulares.

Tentando conter minha raiva, ainda com um olhar inocente perguntei.

— Mas o que está acontecendo? – Percebi que minha cabeça estava encostada no pé de um coqueiro e os outros estavam jogados na areia da praia. Eu era a única com um mínimo de conforto.

— Acordei há meia hora nessa praia nessa ilha deserta e não faço ideia de como sair daqui... – Colin falou.

— A gente estava entrando na escola... – Bruce começou a falar – Que ilha é essa?

— Um momento... – A loira de rabo de cavalo disse – Eu lembro que nós fomos nocauteados na cabeça...

— Assim que nos trouxeram pra cá... – Concluí.

— Mas quem? E porque? – A outra menina falou.

— Não importa! – Colin gritou – Vamos sair daqui!

— Como assim não importa? É óbvio que importa! – Bruce disse se levantando e se sentando na areia – Aliás... Que colares são esses? – Ele passou a mão no pescoço mostrando um colar de metal com um símbolo vermelho.

Imediatamente todos nós outros passamos a mão no pescoço e sentimos o colar.

— O que vocês ainda estão fazendo aí? – Uma voz surgiu entre os coqueiros e uma menina loira com uma fitinha na cabeça apareceu.

— Iana? – Colin indagou.

— Tá todo mundo esperando por vocês! – Eu olhei o pescoço dela e ela também tinha um colar daquele.

— Como assim? Todo mundo? – Bruce questionou.

— Ah, sim, me desculpem... É que nós, assim como vocês, fomos nocauteados na cabeça e trazidos para essa mesma praia. Mas saímos e decidimos explorar o local.

— Ok, vai direto ao ponto. – Disse irritada, ainda encostada no coqueiro – O que vocês encontraram?

— Veja lá o que fala comigo ou eu deixo vocês plantados aqui! – A menina loirinha falou – Ai, enfim... Encontramos algumas coisas legais... Levantem e eu vou mostrar a todos vocês. – Ela deu meia-volta e antes de prosseguir se virou novamente – Meu nome é Iana, prazer.

Iana Lewis

Domadora de Nível Super Colegial

POV Iana

— Vamos, vamos! – Falei animada dando meia-volta de novo enquanto Colin me seguia.

— Essa árvore estava servindo de um ótimo travesseiro... – Uma menina de cabelos longos falou.

— Bem, parece que não tem jeito, né? – Um menino de camisa vermelha suspirou após dizer isso.

— Ok... Eu vou levantar em um... – A menina loira de rabo de cavalo começou a contar – Dois... – Todos os outros três na areia começaram a fazer força pra levantar – Três! – Eles levantaram numa extrema preguiça.      

— Deixem de moleza, vamos! – Colin falou e então eu comecei a andar enquanto todos me seguiam.

Após andarmos um pouco saímos da praia e chegamos numa parte de grama, então comecei a falar:

— Nós ficamos dando umas voltinhas pra ver se achávamos algo interessante, e acabamos achando.

— Interessante? Aqui? – A garota de cabelos longos havia ficado pra trás e precisava gritar pra a ouvirmos – Esse lugar está cheio de insetos! – Ela abanava as mãos perto do rosto para afastar os mosquitos.

— Com certeza... É uma ilha. Queria que tivessem bichos de pelúcia? – Eu falei sendo irônica.

— Seria melhor do que esses bichos nojentos! – Após perceber que já estava bem distante, gritou para que a esperássemos e veio correndo atrás de nós.

Esperei que ela se aproximasse pra ouvir e então continuei:     

— Nós também achamos cabanas! Cada cabana tem o rosto de um de nós. Estranho, né? Venham ver! – Andei um pouco mais rápido para chegar às cabanas.

— Cabanas com nossos rostos? – O menino de camisa vermelha indagou – Então não viemos parar aqui por engano, realmente fomos colocados aqui.

Quando os outros chegaram mais perto de mim, ou seja, nas cabanas eu os disse:      

— Só isso. Nada de anormal. - Falei sorrindo tentando acalmá-los.

— Com anormal você inclui sermos golpeados enquanto entrávamos numa escola, sermos trazidos para uma ilha deserta no meio do nada com várias cabanas com os nossos rostos? – O menino de camisa vermelha questionou sarcasticamente.

— As cabanas eu estou vendo! – A menina de cabelos longos chega – Só não tô vendo conforto e luxo!

— Então, como eu dizia – Continuei – Cada um tem uma cabana... – Fui interrompida subitamente.

— Olá, olá! São vocês que acabaram de chegar? – Uma menina com um cabelo meio loiro platinado apareceu. Suas roupas eram uma mistura de preto e branco.

— Sophia! Porque não está junto do pessoal? – Perguntei quando a vi.

— Ah, sério? O local estava tão deprê que eu não aguentei e tive que sair pra dar uma volta... Ver como vocês estavam. - Ela disse piscando pra mim. 

— Volta pra onde você estava que a gente não acabou, cria! – Eu falei.

— Mas credo! Saí de lá pra desestressar e aparece você de mal humor. Tá de TPM, mon amour?

— Não tô a fim de responder!

— Então fica quietinha aí que eu vou me apresentar para o pessoal! Oi, pessoal! Sou a Sophia! Blogger de nível super colegial!

Sophia Kelly

Blogger de Nível Super Colegial

— Ah – A menina com rabo de cavalo fala – Lembrei que ainda não falei quem sou – Prazer, Amy.

Amy Larwence

Dançarina de Nível Super Colegial

— Florence.

— Bruce.

Os outros se apresentaram.

— Que perfeito! Já sabemos os nossos nomes! – Sophia deu um pulinho de animação – Aliás, tem um lago lindo aqui! Bem melhor que essas cabana clichês... Vamos lá ver? – Ela saiu andando.

— Espera aí! Falta falar que as cabanas tem camas e um armário com as coisas de todo mundo. – Falei.

— Hum... Acho que acabou de falar, fofa. – Colin, Florence, Amy e Bruce a acompanharam e me deixaram sozinha.

— Argh! Vou voltar pra encontrar o resto do povo... – Saí dali. 

POV Bruce

— É logo ali em frente! Não se preocupem! – Sophia gritou após caminharmos um pouco mais pra longe das cabanas – Justin! Você tá aqui! – Ela correu até um menino alto com um corte de cabelo curto trajando uma camisa verde e uma calça branca, ele usa óculos. Estava em pé na margem do rio de olhos fechados, como se aproveitasse a paisagem. Ao ouvir Sophia, abriu os olhos e direcionou o olhar a nós.

— Claro! – Ele disse – Não percebe como esse lugar é ótimo para inspiração? – Ele parou por um tempo e nos observou – Quem são esses, Sophia?       

— É – Ela disse e foi em direção ao Colin e pegou em seu ombro – Esse é o Colin – Ela foi em direção a mim – Bruce – De onde estava apontou pra Amy que cochichava alguma coisa com Florence – Amy – Apontou pra Florence – E aquela é Florence. São os que faltavam chegar aqui...

— Oh... Prazer. Sou Justin, o escritor de Nível Super Colegial. – Ele falou ajeitando a gravata como se se gabasse.

Justin Everson

Escritor de Nível Super Colegial

— Acho que não resta mais nenhum lugar pra conhecer... – Sophia falou olhando para nós.

— Bem... Falta a cabana principal... – Justin falou cruzando os braços.

— É onde o pessoal está reunido, não? – Sophia perguntou a ele.

— É sim, e eu acho que já vou indo, gente... Vamos? – Justin falou indo na direção contrária dali.

— Vamos sim! Antes eu quero mostrar algo pra eles, tudo bem? – Sophia falou e ficou acenando com a mão pra Justin até ele se afastar bastante.

— O que você quer mostrar pra gente? – Perguntei rapidamente.

— Hum... Não é nada demais – Ela deu uma risadinha – Calma, calma! É sim alguma coisa! Percebi que todos se entreolharam, provavelmente pensando “essa menina é doida” – Quero postar algo no meu blog, mas eu não sei se a matéria está boa o suficiente.

Nos entreolhamos outra vez.

— Eu posso começar a ler? – Ela pegou o seu smartphone com capinha rosa e o ligou.

— Ok, amiga... – Florence falou – Como pretende postar sem internet?

— Que sorte a minha, não? – Sophia mostrou o celular para nós – Tem uma rede de wi-fi pública nessa ilha que se chama Carnac_301 (cárnaque - underline - trezentos e um).

Em seguida ela virou o celular para ela mesma e fez uma terrível cara de desapontamento.

— O que? – Ela falou chateada – Essa rede de wi-fi não existe mais?

— O que é Carnac? – Colin perguntou.

— Do que adianta? – Sophia ainda falou chateada – A rede sumiu! Meu blog vai ficar desatualizado! Se todas as pessoas que me seguem me abandonarem por inatividade eu vou matar os diretores da escola que me colocaram aqui – Sua expressão mudou para irritada rapidamente.

— Não acho que foram os diretores que nos trouxeram pra cá... – Florence falou gesticulando com as mãos.

— Carnac pode ser uma pista de onde estamos – Amy concluiu.

— Que pista? A gente não vive em Scooby-Doo não. – Sophia falou desligando o smartphone e o guardando de volta.

— É, mas não podemos ignorar que tudo isso é um mistério, “turma”. – Eu falei passando a mão no pescoço.

— Porque a gente não vai logo ver os outros estudantes? Além de eu estar doida para conhecê-los, é bom falar sobre a rede de wi-fi com eles.

— Ah, se vocês preferem assim, vamos... – Sophia começou a andar sem falar mais nada e nós a seguimos. Após um tempo de caminhada, atrás das cabanas havia uma pequena casa. Nós entramos.

POV Justin

— Eu não acredito nisso! Vocês deixaram a Sophia mostrando os lugares para ele? – Eu e Iana recebíamos reclamações de Bessee, uma menina negra e alta, bem valentona e forte, ela tinha um penteado meio estranho, mas bonito. E usava roupas cinzas – Do jeito que aquela menina é doida, agora eles devem estar falando sobre blogs!

— Oh, surprise bitch! – Sophia entrou repentinamente na sala de jantar – Pois eu estava falando com os outros sobre algo muito importante e não era o meu blog... – Ela ficou quieta por um instante e depois falou – Bem, tinha a ver um pouco...

— Tipo o que? – Bessee perguntou.

— Carnac. – Sophia disse apenas isso e cruzou os braços.

— É o nome do seu blog? – Bessee disse também cruzando os braços.

— Carnac_301 não é o nome de um blog! – Amy entrou na sala junto com os outros e logo falou isso.

— Você é uma das que ainda não havia chegado, né? – Bessee perguntou – A Sophia já modificou o cérebro?

— Vocês não conseguem explicar nada direito, é? – Colin tomou a frente falando conosco e depois se virou para Bessee – Nós encontramos uma rede de wi-fi com o nome Carnac_301.

— Rede? De vôlei? – Bessee tentou raciocinar – Porque o wi-fi tem uma?

— É sério? Eu não sei se você é tonta ou se faz – Agatha começou falando – Rede de wi-fi é a mesma coisa que sinal de internet, pronto! – Agatha era uma menina com longos cabelos ruivos, usava uma roupa completamente preta e uma jaqueta rosa que era seu charme.

— Ah... – Bessee falou lentamente – Vamos continuar então, depois discutimos sobre isso. Se apresentem.

— Eu sou Colin! – Colin colocou a mão no peito – O representante de turma de nível...

Colin foi interrompido de repente.

— Ok, a gente já te conhece, eu estava falando com os outros. – Bessee disse friamente.

— Eu sou Amy – Amy falou – Sou uma dançarina.

— Florence, estilista de nível vocês sabem qual é. – Florence revirou os olhos.

— E eu sou o Bruce – Bruce falou sorrindo – Sou jogador de basquete.

Bessee abriu a boca para se apresentar, mas Agatha falou logo.

— Meu nome é Agatha, jornalista de nível super colegial!

Agatha Green

Jornalista de Nível Super Colegial

— Não me interrompe! – Bessee transferiu um olhar ameaçador pra Agatha.

— Eu tô te interrompendo? Larga de loucura! Eu, hein! – Agatha cruzou os braços.

— Hum... Meu nome é Bessee. Sou Lutadora de Nível Super Colegial.

Bessee Allen

Lutadora de Nível Super Colegial

— Eu sou o Toby – Toby, um menino com um topete super lambido de gel, camisa amarela e gravata vermelha disse – Nadador de Nível Super Colegial.

Toby Jackwell

Nadador de Nível Super Colegial

— Precisamos mesmo falar nossas habilidades? – Um menino quieto com o cabelo bagunçado e a camisa marrom perguntou.

— Porque não quer falar a sua? – Outra menina que parecia ser de descendência japonesa de camisa num tom amarelo escuro perguntou.

— A minha é tão... Simples. – Ele revirou os olhos, parecia envergonhado.

— E daí? Isso não importa se você é o melhor de todos nisso! – A menina sorriu e em seguida se apresentou – Sou Mishonni, turista de Nível Super Colegial.

Mishonni Nawoko

Turista de Nível Super Colegial

Ah, eu gostei dessa Mishonni, ela foi muito legal em falar aqui pro... Outro cara que eu não sei o nome.

— Vendo por esse lado, eu sou o Murillo – Ele disse – Sou pescador de nível super colegial...

Murillo Rocks

Pescador de Nível Super Colegial

— Meu nome é Taylor, eu sou programador de Nível Super Colegial. – Um garoto de físico magro com uma camisa azul escura e olhos verdes se apresentou.

Taylor Hurteck

Programador de Nível Super Colegial

— Como assim programador? – Um menino de rosa com o cabelo vermelho espetado pra cima perguntou.

— É, eu mexo com programas e sistemas de computadores... Coisas desse tipo – Taylor sorriu – Você tem algum talento?

— Claro que sim, só entra na escola quem tem algum talento, não? – O menino falou – Eu sou geógrafo e me chamo Louis.

Louis Carter

Geógrafo de Nível Super Colegial

— Todo mundo já me conhece, né? – Sophia falou arrumando o penteado.

— É, mas ainda faltam pessoas falarem seus nomes – Bessee deu um pigarro e apontou para um menino que estava quieto desde que havíamos chegado. Ele usava a camisa preta com uma gravata borboleta branca e tinham olhos azuis de dar inveja – Qual o seu nome? – Bessee teve de perguntar já que o menino estava de cabeça abaixada e não a viu apontando para ele.

— William. – Ele respondeu, friamente, sem mais nenhuma palavra.

— E o seu talento? – Bessee perguntou em seguida, como se já fosse óbvio.

— Sou músico... De nível super colegial.

William Barney

Músico de Nível Super Colegial

— Ele parece ser daqueles que não falam muito, sabe? – Agatha cochichou para Bessee, ou pelo menos tentou, apenas fez o gesto de cochicho, mas falou alto o suficiente para todos ouvirem – Tipo aquela ali atrás. Ela ainda não falou nada também – Agatha apontou para uma menina que estava em pé ali o tempo todo.

— Ela me parece estranha. – Bessee fez o mesmo que Agatha, tentou cochichar mas falou alto demais. A menina da qual falavam tinha o cabelo tingido de laranja longo e uma longa franja que cobriam os olhos. Sua roupa era toda laranja de um só tom, a única cor diferente nela era sua pele e seus olhos castanhos.

— Sim, mas é bom sabermos quem ela é, não? – Agatha falou alto de novo encarando a menina.

— Você de laranja! – Bessee bateu a mão na mesa e gritou – Se apresente!

— Meu nome é Funy e eu sou Cabeleireira de nível super colegial. – Ela falou, sem dizer mais nada. Nem mexeu os olhos.

Funy Rath

Cabelereira de Nível Super Colegial

POV Bessee

— Que bom que já se conheceram. – Uma voz claramente modificada por algum aparelho de modificador de voz ecoou de repente. Todos estávamos juntos, então não sabíamos quem havia dito aquilo, o que causou o alarme geral. A voz foi alta, o que implicou que a pessoa estava usando um microfone ou algo parecido.

— Isso foi a sua voz de jogador de basquete, né? – Amy olhou para Bruce com um olhar claramente desesperado.

— E desde quando jogador de basquete tem voz específica? – Bruce cruzou os braços e logo a voz se repetiu:

— O que estão esperando? Me encontrem aqui fora. – Todos se entreolharam.

— Meu Deus! O que a gente vai fazer? – Florence fechou os olhos com medo.

— Larga de choramingar, soldado! – Me levantei num pique e encarei todos – Nós vamos lá ver o que é isso – Ergui meu punho.

— Olha pra mim – Florence falou num tom irônico – E vê se eu tenho cara de soldado. Por favor, mais respeito.

— Não tô nem aí! – A respondi friamente – Vamos lá agora ver o que é isso! – Saí do local e fui andando esperando que todos estivessem me seguindo. Quando cheguei ao local me deparei com uma senhora velha de cabelos grisalhos.

Ela era magra e usava uma jaqueta azul escura, o resto de sua roupa era preta. Ela também usava um óculos de sol, o que era realmente estranho.

— Finalmente vieram... – Ela disse, sem a voz grossa modificada antes e baixo, sem microfone. Nenhum dos aparelhos estavam por perto – Quer dizer... Finalmente veio. Está sozinha...

— E onde estão os outros? – Me virei bruscamente e não havia ninguém atrás de mim. Após alguns segundos, Florence e Murillo saíram da sala de jantar.

— Ninguém ia vim não. Murillo que convenceu todo mundo que era errado deixar você morrer sozinha aqui fora. – Florence falou revirando os olhos. Logo em seguida, todos os outros saíram da cozinha e foram se aproximando daquela velha.

— Eu gostara de falar... Posso ter silêncio? – Ela abriu um sorriso.

— Gente, quem é aquela velha de noventa anos parada ali? – Iana apontou para a velha na nossa frente.

— Sessenta e quatro. – Ela desfez o sorriso rapidamente.

— Foi você quem colocou a gente aqui? – Agatha falou logo irritada.

— Parabéns, Agatha! Já era de se esperar isso da Jornalista de nível super colegial. – Ela abriu um sorriso novamente e cruzou os braços.

— Como você sabe meu nome? – Agatha se deteve e abaixou o dedo que apontava para a mulher.

— Eu conheço vocês muito bem... E vocês não podem fugir daqui. – Ela falou, séria.

— Besteira. – Louis começou falando – Estamos numa ilha, logo eu calculo o local exato em que estamos, construímos uma jangada e fugimos daqui rapidinho.

— Você está realmente pensando em fugir? – Ela deu uma risadinha curta.

— E porque a gente não ia pensar? Eu tenho mais coisa pra fazer da vida, sabia? – Florence revirou os olhos, talvez pela milésima vez hoje.

— Muito bem Florence... Sabia que quem tentar fugir vai morrer? Sem pena. – Ela riu novamente.

— Você é louca! Não pode nos matar! – Eu dei um passo pra frente para encará-la.

— Eu não quero dar um exemplo, Bessee. – Após ela falar isso, recuei, contendo minha raiva – Esses colares no pescoço de vocês. – Todos passaram as mãos nos seus pescoços pra sentir o colar, mesmo que todos já haviam percebido antes – Se algum de vocês tentar fugir da ilha, tentar me atacar ou tentar fazer qualquer outra coisa que quebre as regras... O colar vai apitar e então vai explodir – Ela riu.

Todos ficaram assustados e se entreolharam.

— Eu preciso ficar com isso? Não combina em nada com minha roupa. – Florence tentou tirar o colar.

— Não faça isso, querida Florence. – A senhora a interviu – O colar detecta qualquer tentativa de ser desencaixado do pescoço de vocês e entra num processo de auto explosão... – Ela riu de novo – Junto da cabeça de vocês!

— Sério? – Florence tirou as mãos do colar e cruzou os braços, revirando os olhos novamente.

— Deixe-me vos explicar algumas coisas pra vocês. Eu sou a Diretora e eu que os prendi aqui. – Ela apontou o dedo pra cima como se quisesse dizer “um” – Apenas uma pessoa poderá sair daqui.

— E quem vai ser? – Amy, apressada, questionou-a.

— Como assim? – Justin perguntou com medo.

— Caso um de vocês sinta a necessidade de sair daqui, escolherá no máximo dois de seus colegas e o assassinará. – Todos abriram as bocas assustados e ficaram cochichando entre si – Se algum de vocês matar três ou mais pessoas. – Ela aponta pro próprio pescoço – Boom! O colar explode.

Ela deu uma curta risada enquanto todos ficavam assustados e suando frio.

— Após o assassinato, ocorrerá o conselho de classe. Vocês precisarão discutir entre si para descobrir quem foi o assassino. – Ela abriu um sorriso, antes de continuar – Essa é a minha parte favorita. Se acertarem, o assassino será executado e pagará pelos seus crimes. Mas se errarem... – Ela riu novamente – Todos vocês serão executados, menos o assassino, que sairá impune daqui.

Houve uma pausa no discurso da diretora. Provavelmente para que engolíssemos toda aquela história. E admito que eu estava chocada, foi difícil assimilar tudo e cair a ficha de que não era um sonho. Era realidade.

— Dúvidas? – Ela perguntou por fim, após um tempo e então nos observou quietos – Sophia, você parece um pouco nervosa... Mais do que o normal.

— Você... – Sophia falou um pouco baixo, mas alto o suficiente para que todos escutassem já que o silêncio predominava naquela ilha – Você é um monstro, sua ridícula! – Sophia saiu correndo dali, chorando, desmanchando toda aquela maquiagem de blogger.

— Coitada. Tão jovem e já com tantos problemas emocionais. – Seu sorriso se desfez e ela voltou a ficar séria – Acho que são os hormônios.

— Nenhum de nós vai matar outra pessoa, sua demente! – Eu gritei e mostrei meu punho cerrado para ela.

— Não mesmo? Que pena. – Ela deu de ombros e virou as costas – Se contentem em viver nessa ilha podre pelo resto de suas vidas. Ah, eu quase ia esquecendo! Deixei seus materiais escolares na cabana de cada um! – Ela ajeita o óculos de sol na cara enquanto caminha pro meio da floresta, que como era densa, cheia de árvores, acabou logo se perdendo de nossa vista. Nós acompanhávamos seus passos de longe com os olhares, traumatizados.

— Ninguém vai matar ninguém! – Gritei antes que qualquer pessoa se manifestasse.

— Não mesmo! – Florence fez um punho com a mão direita para olhar as próprias unhas – Acha que eu vou estragar as minhas unhas perfeitas com sangue? – Ela abriu um sorriso.

— Já que eu sou a líder de vocês, eu ordeno que não haverão mortes! – Gritei.

— Ok, mas quem disse que você é nossa líder? – Agatha colocou as mãos na cintura – Você se autonomeia e já dá ordens?

— Alguém precisa assumir esse papel. Tem alguém mais qualificado que eu? – Falei.

— O Colin... – Justin falou fazendo alguns gestos com as mãos – É meio que a habilidade dele ser representante de turma.

— Seria uma honra... – Colin falou ajeitando a gravata.

— Mas a gente não tá numa turma! – Abri os braços furiosa – Estamos num terrível jogo de matança, não precisamos de representante nenhum e sim de um líder.

— Não sei pra que ficar discutindo sobre liderança, ninguém vai matar ninguém mesmo. – Florence falou agora verificando as unhas de sua mão esquerda, sem olhar para o rosto de ninguém.

— Façam o que quiserem então de suas vidas... Eu me cuido por mim mesma! – Saí com os punhos cerrados em direção a algum lugar qualquer longe dali.

— Acho que ela ficou com raiva – Escutei Iana falando um pouco baixo enquanto eu me afastava.

— Não tô nem aí! Quem ela pensa que é pra dar ordens na gente? – Agatha falou e eu quase tive vontade de voltar lá e arrebentar a cara dela, mas preferi ignorar – Me deem licença, eu tenho mais o que fazer do que lamentar por uma lutadora qualquer... – Ouvi passos, provavelmente Agatha se afastando.

Então, eu ouvi mais conversas, porém eu já estava longe demais para escutar qualquer coisa.

POV Iana

Após ouvir Agatha eu estava pronta para ir para a minha cabana quando escutei uma voz me chamando.

— Iana... – Me virei e Taylor estava atrás de mim.

— Olá! – Fui simpática.

— Eu queria que você fosse na minha cabana, eu quero te mostrar uma coisa... – Ele me falou.

— Mas... Mostrar o que? – Perguntei um pouco assustada.

— Eu vou tentar hackear o sistema de computador daqui e descobrir onde estamos. – Ele explicou.   

— Ah... E eu entro onde nisso? – Questionei.

— Eu também chamei o Colin, a Florence e a Amy. Pra mim, até agora, vocês são os mais normais daqui.

— Obrigada, eu acho...

— Mas não conte nada a ninguém – Ele me advertiu – Não quero que a diretora saiba, tenho medo do que ela possa fazer se descobrir...

— Provavelmente sua cabeça explodiria... Mas tudo bem! Eu vou sim.

— Combinado! – Ele saiu andando e eu comecei a andar também, na direção de minha cabana. No caminho, vi Florence e Amy discutindo. Não pude deixar de ouvir a conversa delas, estou desconfiando de todos, estou com medo.

— Você confia nele? – Amy perguntou, parecia preocupada.

— Eu não tô nem aí! Ele que ouse me matar, quem vai sair de assassina sou eu no final. – Florence falou.

— Puxa... Eu ainda estou um pouco cismada com essa história... – Amy ainda parecia preocupada.

— Não vai resultar em nada, eu já vi filmes parecidos com isso, as pessoas simplesmente fogem.

— Fogem? Não podemos fugir e isso não é um filme, Florence! – Amy disse com os olhos semicerrados, a pálpebra de baixo estava pra cima, indicando medo.

— Ai, não tô nem aí... Eu vou passar na tua cabana e você vai comigo, não vou sozinha não, vai que ele é um estuprador! – Ao ouvir isso fiquei com medo também, ainda bem que não vou sozinha – Te jogo na frente dele e saio correndo, fim.

— Você não é nem louca! – Amy falou, ainda assustada.

Logo, não ouvi mais o que ela falou pois eu já havia me afastado o bastante. Entrei na minha cabana, deitei na minha cama. Eu precisava pensar em tudo... Em tudo que estava acontecendo. Porque isso foi acontecer comigo? Porque?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "DanganRonpa: Death and Despair" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.