No Final do Arco-Íris escrita por Indignado Secreto de Natal, Lari Teefey


Capítulo 3
No final do Arco-íris




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Sirius amava o natal. Não pela data comemorativa, mas sim pelas pessoas. Todos eram felizes naquele dia. Quando era criança, até sua família lhe parecia agradável, tratando-o com simpatia, o que era quase nulo nos Black. Esse natal era o mais especial, perdendo apenas para o primeiro natal em que passou na casa de James. Tudo ali fora ele que organizara, não deixou ninguém ajudar, desde a comida até a decoração, que era meia caidinha, ele teve que rir.

Os convidados eram poucos, para aproveitar o máximo da festa possível, Sirius convidou apenas os mais íntimos. Iriam vir, Andrômeda, Tonks, Ted, Remus, suas filhas e seu afilhado. E mais aquele garoto a quem Anne convidou.

Quando a primeira companhia tocou, ele deu de cara com a família Tonks e todos os outros. Seu sorriso abriu como nunca em tempos. Abraçou cada um deles com toda a sua força. Deuses, como ele estava feliz!

— Jojo, onde está aquele garoto legal que você disse que iria vir?

Johanne revirou os olhos para ele.

— Não me chama de Jojo, parece nome de criança. E é Oliver, pai. E ele deve estar a caminho.

Sirius sorriu. Era a primeira vez que Anne o chamava de pai. Estava em êxtase, e provavelmente ela não notou o que disse.

— Sirius — Remus o chamou.

Eles se afastaram um pouco do tumulto (que envolvia Andrômeda dizendo que tinha que ver a mesa, já que não acreditava inteiramente no tato de Sirius para festas) e então Remus chamou Tonks com um aceno discreto. A metamorfamaga sorriu para Sirius, dando pulinhos.

— É... — Começou Remus, meio sem jeito, com uma das mãos no bolso e a outra coçando a cabeça. Sirius deu um sinal de encorajamento. — Eu sei que você deveria ser um dos primeiros a saber, mas com todo esse corre das festas de fim de ano, não deu tempo. Acontece que eu e Nymphadora...

— Tonks! — ela protestou.

— Eu já sei. — Sirius disse, com a certeza.

— Já sabe? — os dois o olharam espantados.

— Você não acha bem óbvio, Remus? — Sirius riu.

— Não. — ele olhou a companheira. — Como descobriu?

— Vocês vem se encontrando há algum tempo. Dando olhares com mais de um significado... É claro que iria dar namoro. Dou todo apoio, aluado! — ele depositou tapinhas gentis nos ombros do amigo.

Remus o encarou, com a sobrancelha arqueada.

— Sirius, eu contei sobre o relacionamento com Nympha... Tonks. Naquela vez que visitamos o bar trouxa. Provavelmente você ficou bêbado demais pra lembrar. A notícia não é essa. Eu e Tonks vamos ter um bebê.

Ele ficou parado durante um minuto. Remus e Tonks se olharam preocupados.

 — Sirius?

Ele despertou. E sorriu. Remus respirou aliviado.

— Isso é fantástico, Remus! Há! Eu não acredito nisso, realmente não. Que rapidez. Uau, meu amigo, isso é motivo de comemoração. Precisamos abrir um Whisky de fogo!

Todos já estavam reunidos quando eles se sentaram. Andrômeda estava arrumando todos os pratos e talheres, já que também se recusava a ser servida por Monstro. A campanha tocou novamente.

— Mostro, pare aí! Eu atendo. — Sirius correu para a porta.

E ficou desapontado, era apenas o garoto que foi com eles às compras em Londres.

— Ah, oi, senhor Black.

 

Sirius riu.

— Venha, garoto, sem timidez. E me chame de Sirius. Vem, entra. O namorado da Bervely chegou! — gritou.

Quando chegou na cozinha, Bervely lhe lançou um olhar furioso.

— Ah, que foi, filhota? — ele ironizou.

Todos na mesa riram, principalmente Anne e Tonks. Oliver ficou vermelho, ele fez menção de se sentar ao lado de Sirius, mas ele apontou a cadeira vazia ao lado de Bevy.

— Não, essa daqui tá reservada. Senta naquela, ao lado daquela simpática garota.

— Sirius, tem mais alguém pra vir? Já são quase meia noite.

— Sim.

Todos na mesa olharam diretamente pra ele.

— Quem? — Harry perguntou.

A campainha tocou novamente. Sirius correu mais rápido do que previa. Precisava estar apresentável quando ela chegasse.

E ela estava linda. Por Merlin, que mulher.

— Oi — ela sorriu sem jeito, passando a mão no vestido azul.

— Você... tá maravilhosa.

Ela riu. — Você vai desviar minha atenção dos convidados. Vai me deixar entrar?

Sirius abriu a porta e segurou sua mão, a conduzindo para a cozinha.

— Pessoal, essa é a Hestia Jones, minha namorada.

Ele agradeceu por segurar a risada, porque todos tiveram uma quase idêntica reação. Bocas abertas e olhos arregalados. Andrômeda deixou a colher cair no chão e Harry se engasgou com o suco.

— Tita, essa é a minha família. Suas bochechas coraram e ela deu um aceno com a mão delicada.

— Olá.

Todos responderam o cumprimento e Sirius puxou a cadeira para que ela pudesse sentar.

Sentou-se de frente para Bervely. Ele logo percebeu que o choque inicial não ficou. Tonks já a conhecia do curso de aurores, e então começaram a conversar animadamente. Andrômeda elogiou seu estilo e pareceu aprovar a moça. Remus trocou um olhar malandro com o melhor amigo, e ambos sorriram. Harry prestava atenção em cada palavra dita na mesa, também sorrindo. E o que mais me surpreendeu foi ouvir Bervely dizer:

— Você vai precisar ter paciência com ele. É preguiço e não gosta de lavar suas cuecas.

Sirius sentiu o rosto esquentar de vergonha, e todos na mesa gargalharam.

— Olha, Sirius se amarrou. — Tonks fez a piada.

Mas então ele percebeu que Anne não estava mexendo no jantar direito. E quando ele foi perguntar se estava bem, ela saiu correndo da mesa. Remus lhe lançou um olhar de "vá atras dela", mas não foi preciso, porque Sirius já havia se levantado e seguiu a pequena.

Anne estava no seu antigo quarto, que já foi reformado, assim como toda a casa dos Black. Ela estava com a cabeça baixa.

— Hey, Jojô, não fica assim. Vem cá, me dá um abraço. E ela caiu em seus braços, soluçando.

— Eu... — Sirius não sabia o que dizer.

— Não. — ela se afastou gentilmente, limpando as lágrimas. — Eu não devia ter saído daquele jeito. Deve ter sido bem desagradável com a Hestia, me desculpe. Eu só... eu só lembro de mamãe. Sabe, tem vezes em que vejo seu rosto, mas nunca consigo memorizar. Não consigo superar. Mas eu tenho, eu tenho que deixar pra trás.

— Eu também me lembro, Jojô. — Siris abaixou a cabeça, evitando as lágrimas.

— Ela era uma mulher incrível, maravilhosa, uma bruxa extraordinária, e me fez muito feliz. Eu a amo, e sempre amarei. Ela sempre vai existir pra nós dois. Você tem que ter o seu tempo.

Bervely bateu na porta encostada.

— Estou entrando. Ela sentou ao lado dos dois abraçados, e então olhou para suas unhas.

— Já resolvemos. — Anne sorriu.

— Que bom. — Bevy suspirou aliviada.

— Então quer dizer que você resolveu reatar com o garoto? — Sirius começou.

Bervely olhou para Anne, suspeita.

— Então Anne te contou.

Eles riram.

— Não era muito difícil adivinhar. O que fez você ter essa vontade?

Ela olhou o teto, como se ele a lembrasse de algo, e entrou soltou o ar, feliz.

— Quando eu e Oliver... ficávamos, eu tinha muita coisa na cabeça. Toda aquela história da rosa — ela massageou o braço esquerdo. —, de Voldemort prestes a estourar, e ainda tinha a perseguição com Thor... Nós não íamos conseguir. Ele tentou, mesmo conhecendo meus problemas, mas eu não quis. Mas, agora, eu não tenho mais nada. Estou livre. Sou livre. E estou com minha família. Estamos tentando, nos conhecendo novamente. Está sendo uma experiência boa.

— Depois de todo arco-íris há um pote de ouro, não? — Sirius abraçou a mais velha também.

— O quê? — Perguntaram em uníssono.

— Uma lenda trouxa. — ele explicou. — Basicamente significa que depois de todo sofrimento vem a recompensa. É bem difícil seguir a vida depois de tantas tragédias, mas cada um faz da maneira que se sentir melhor. Estamos conseguindo. Todos nós!

— Tudo bem! — Bevy levantou, energética. — Vamos voltar então. Hestia está esperando.

 

E então os três seguiram, juntos, como um família. Uma família realizada.


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Notas finais do capítulo

Espero queremos gostado! ;)
Feliz natal!



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