No dia seguinte que aconteceu uma coisa totalmente inesperada. Barbie passou o intervalo comigo!

Jenny faltara à aula por motivo de febre (SIM, DE NOVO, VOU MATAR ELA). O professor de química pediu para fazermos duplas para um trabalho, e, quando viu que eu iria fazer sozinha, pediu para que Barbie sentasse comigo, já que ela ia mal nesta matéria e eu não.

Ela não gostou muito da idéia, revirou os olhos ao me ver, mas aceitou. Eu expliquei o que ela deveria fazer, Barbie se divertiu fazendo os “líquidos coloridos trocarem de cor nos tubinhos” e acabou indo com a minha cara. No recreio, quando percebeu que eu estava sozinha, me chamou para ficar junto com um grupinho de populares que estava sentado em um dos bancos do pátio (entre eles Andrew e Raquel).

Depois de um tempo acabou que somente nós duas ficamos ali, uma olhando para a outra. Começamos a conversar. E o papo caiu em Andrew:

-E... vocês já ficaram? – Perguntou ela.

-Não não. Bem, sim. Foi por causa de uma aposta boba que ele e os amigos fizeram.

-Nossa, e vocês continuam amigos depois disso?

-Bem... mais ou menos...

-E você gosta dele?

-Não, claro que não!!

-E ele já tentou ficar contigo outra vez?

-Não.

-Ah, então ta bom!

Ela ficou alegre ao saber disso, e se antes só ia com a minha cara, agora ela até que gostava de mim. Raquel que não gostou muito de ver isso. Nos olhava com raiva.

Passou a manhã, e lá estávamos eu e Andrew indo para casa. Ele ficou suuuper feliz quando eu disse que a Barbie gostou da minha companhia. Não parava de falar em como seria divertido ter nós três como amigas.

-Já penso? Seria quase como naquele filme, “meninas malvadas”! Só imagino vocês andando pelo colégio, todo mundo olhando, garotas com inveja, homens excitados. Ia ser muuuito legal se tivesse no fim do ano aquela dança que elas fazem de natal, vocês iam ficar muuuito gatas naqueles vestidinhos curtinhos! Nossa, imagine depois vocês três na... – Ele então parou de falar.

-Que foi, Andrew?

-Nada.

-Fale!

-Eu prometi que não diria mais coisas pervertidas.

-Obrigada – Eu disse sincera.

-Não tem por onde, minha Sasá! - Ele me beijou na bochecha. – E é Dedé, não Andrew.

-Tá bem, Dedé.

-Assim está melhor. – E continuamos nosso caminho.