Aquilo que se Chama de Irritante escrita por ally_albarn
Notas iniciais do capítulo
Não reclamem que está curta ò.ó -qq
Estava com David, sentada em uma mesa no shopping. Eu tomava um Milk-shake, enquanto ele tomava um sorvete, dando algumas colheradas na minha boca. Super romântico, era o que eu pensava. E super errado. Percebi que sempre que estava com David, pensava em Andrew, e sempre que estava com Andrew, pensava em David. O que era totalmente irritante, pois eu não tinha paciência pra esse tipo de coisa. Coisas de... adolescentes.
-Larissa, eu preciso lembrar pra você qual é a sua idade? – Disse-me Jenny quando contei minha angustia.
-Mesmo assim Jenny. Até minha mãe disse que penso como se fosse mais velha do que ela.
-Sim, você parece uma mulher de 60 anos que canso de viver!
-Exagerada.
-Bem eu a exagerada aqui!
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-Até parece que isso é coisa só de adolescente. – Disse minha mãe na cozinha, quando eu estava ajudando a preparar a janta e comentei o que passava na minha cabeça.
-Só adolescentes tem esses namoricos toscos. – Eu expliquei.
-Você é que pensa. – Ela parou de cortar cebola, esfregou os olhos com as costas da mão e me olhou. – Quantas amigas eu tenho que ainda são solteiras, ou pior, divorciadas e com filhos, que ainda procuram o amor da vida delas em plenos 30, 40 anos!
-Mas é diferente, vocês procuram alguém pra casar.
-Mas se for pra escolher alguém só pra levar para cama uma noite, acha que seria tão difícil assim?
-Mãe!! – Eu ficava apavorada com as coisas que ela dizia as vezes pra mim, como se eu fizesse esse tipo de coisa! E ela sabe muito bem que eu nunca fiz!!
-Que foi? Não posso ter uma conversa de mulher pra mulher com você?
-Se eu já tivesse feito esse tipo de coisa.
-Mas você não está namorando?
-Mas não tempo suficiente pra sair dando!
-Está certa. E vai estar mais ainda se quando fizer...
-Mãe, esse papo de novo não –Ela seeempre repetia a mesma coisa cada vez que a conversa chegava nesse ponto.
-Era só pra você lembrar.
-Voltando ao assunto...
-Ah sim, os namoricos.
-Não chame de namorico.
-Como quiser. O que vai fazer então?
-Eu não faço a mínima idéia.
-Quer um conselho?
-Sim.
-Qual o seu maior exemplo? Qual a pessoa que você mais se inspira?
-Bem... acho que na Jenny... e... em você. – Nesse momento eu ruborizei, e quando olhei para minha mãe, ela também estava assim. Para disfarçar, voltou a cortar legumes.
-O-obrigada. Eu... nunca pensei que fosse motivo pra inspiração de alguém... M-mas o que eu ia dizendo, é que você deveria pensar no que essas pessoas fariam no seu lugar, pensar no que seria o certo de se fazer, e o mais importante, se você mesmo tivesse no lugar deles, como você se sentiria sabendo de tudo. Assim fica mais fácil de resolver esse tipo de problema.
-Você tem razão...
-Agora vá chamar seu pai para botar a mesa e vamos comer.
Durante a janta, fiquei pensando. Minha mãe foi sempre do tipo alegre, mas meio desastrada e lenta. Talvez por isso me considere mais adulta do que ela própria. Não fazia idéia que ela se sentia tão estabanada a ponto de não ser uma boa mãe, ou qualquer coisa que não seja digna de meu orgulho. Quando terminamos de comer, eu tirei a mesa, e quando ela foi lavar louça, eu a abracei e disse que ela era uma ótima mãe. Ela sorriu e me abraçou mais forte, feliz, e disse que eu também era uma ótima filha.
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E comecei a pensar nos conselhos da minha mãe. No que ela e Jenny fariam? Para Jenny perguntei milhões de vezes, mas resolvi perguntar para minha mãe, afinal, era ela que tinha dado o conselho.
-Não posso dizer, você tem que pensar nisso.
-Como assim? Não era pra eu saber o que vocês fariam no meu lugar?
-Não, é pra você imaginar.
-Porque? É mais fácil perguntar oras!
-Filha, eu não estou no momento como você está, então não sei o que eu mesma faria. Você que está, você que sabe como tudo tá acontecendo. Só você pode saber o que eu faria. E também tem o psicológico.
-Psicológico?
-É meio difícil de explicar. Aquela pessoa te inspira, é mais ou menos como o “herói” de um fã de histórias de quadrinhos que faz sempre o certo, o heróico. Facilita a fazer o que tem de ser feito. Me entendeu.
-Acho que sim. Mas mesmo assim, não vai me dizer o que você faria?
-Não.
-Por favor!
-Não.
Como minha mãe era teimosa! E o pior era que todo mundo dizia que foi a única coisa que herdei dela.
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No dia seguinte que eu cheguei à triste conclusão. Estava sendo cruel com David. Deveria contá-lo o que estava acontecendo. Era isso que minha mãe faria. Jenny acho que faria algo assim também, mas o principal é que eu já sabia o que deveria fazer. E, pra ser mais justa ainda, deveria terminar com ele.
Depois da aula, só dei uma passada em casa pra trocar de roupa e fui para casa de David. Ele estava em casa sozinho, me levou para o quarto e pegou seu violão que estava no canto. Julguei que antes de abrir a porta já estava tocando. Após ouvi-lo um pouco, eu disse:
-David, na verdade eu vim aqui por um motivo.
-Diga.
-Nós precisamos conversar.
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hihi parei na melhor parte *cara de menina levada*
Não me matem! É só pra dar um gostinho de quero-mais xD
bjõns