Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 4
Juramento


Notas iniciais do capítulo

Marin é recebida no santuário por uma amazona de prata que a jura de morte. Enquanto isso, o rompimento de um antigo selo preocupa alguns soldados do Olimpo...



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"Eu preciso... proteger aquele senhor... Como eu não consegui proteger o velho Ryuku e meu irmão..."

Capítulo 3. Juramento.

O Monte Olimpo é a mais alta montanha da Grécia. Lar e Santuário da maioria dos Deuses Gregos, incluindo o grande Zeus. E algum lugar do monte, três homens conversavam:
— Gavriel, Índigo, com sua licensa.
— Toda, meu jovem. Traz novidades?
— Sim. O Selo foi rompido.
— Enfim esse dia chegou. Temos que nos manter alerta, não sabemos o que virá daqui pra frente.
— Não se preocupe, Índigo. Foi acordado que ele se manterá no monte Cáucaso. Não deve trazer confusões para o Olimpo por algum tempo.
— Entendo, meu jovem. O problema é o que ele fará com toda humanidade... aquele homem... ele deve guardar um imenso rancor...
— Devemos nos manter em alerta mesmo assim. Não é todo dia que o selo de um titã é rompido.. Ainda mais um como o de PROMETEU!

~~~

Longe dali, um pássaro gigante sobrevoa uma vila, com uma mulher montada em suas costas.
— Vamos, Cinturião! O Santuário não deve estar longe!
Os dois atravessaram um longo mar, e provavelmente estavam exaustos. Mas Marin estava disposta a chegar ao seu destino o quanto antes. Não demorou muito, quando eles avistaram algumas ruínas. Ambos sentem uma presença intimidadora, e o pássaro recua. Marin dá um salto, descendo de cima da ave: "Então você vai voltar... eu devo seguir em frente. Até logo mais, meu amigo!"
A ave dá duas voltas ao redor de Marin, como num gesto de despedida. Logo em seguida, levanta vôo e desaparece no céu. Marin segue seu caminho andando, quando a presença fica cada vez mais forte:
— Não é permitido a entrada de estrangeiros nessa área do santuário. Dê meia volta ou acabará morrendo. - Disse uma firme voz feminina.
— Olá.. me desculpe... eu tenho uma armadura, vim treinar aqui para...
— O quê? O que alguém como você faz com uma caixa de armadura? Entregue-me logo esta caixa! Ordenou a voz, cuja dona se revelou por entre as ruínas. Cabelos verdes pouco abaixo dos ombros. Roupa que lembrava trajes de treinamento e um estranho acessório no rosto.
— O... que é isso no seu rosto? Perguntou uma curiosa Marin.
Nesse momento, surge outra figura. Outra mulher, altíssima. Cabelos longos e pretos. Também utilizava o mesmo acessório no rosto.
— Enfim você chegou. Estive muito tempo a sua espera, Marin.
— Mas... mestra Pérola! Ela é uma estrangeira! Como ela pode ter uma armadura e não usar uma máscara? A lenda das Saintias é real?
— Shaina, não se preocupe. Ela é uma de nós. Ela treinará conosco a partir de agora. Tome, pegue isto.
Marin recebe da mão da estranha mulher uma máscara, sem saber o que está acontecendo.
— Eu.. eu tenho de usar isso?
— Sim, é a lei das amazonas! Você deve abdicar de sua feminilidade..
— Shaina, já chega. Deixe-a entrar e conhecer seus novos aposentos. Mais tarde faremos a iniciação...
Marin entrou, acompanhada das duas amazonas. Sentia um peso no ar. Sabia que a estranha Shaina não havia gostado nenhum pouco de sua presença ali. E a outra mulher misteriosa? Como ela sabia seu nome?
O santuário de Atena era um lugar enorme. Marin se recordava de ter passado por algumas vilas, depois por um caminho árduo, onde se despediu do Cinturião. Caminhou por mais um bom tempo até chegar às ruínas. Acompanhou as amazonas por uma escadaria e finalmente chegara à vila das amazonas. Haviam muitas delas. Todas usavam máscaras. Quando Marin passava, algumas ficavam assustadas, outras cochichavam entre si.
— Aproveite a estadia, invasora! Mais tarde te buscarei para fazer a iniciação. - Disse uma Shaina com voz de poucos amigos.
Marin entrou em seu aposento. Uma casinha de pedra com uma cama e alguns utensílios. Ela estava acostumada a morar na rua, em abrigos, e até em uma caverna. Ela iria se adaptar ali.
Exausta, deixou cair a máscara de sua mão e despencou na cama. Dormiu.
Algumas horas depois, desperta com o barulho de um sino.
— Intrusa, está na hora! Venha!
Marin se levantou assustada. Pôs-se de pé, pegou a máscara caída e correu para ver o que estava acontecendo. Lá fora, uma multidão de mulheres guerreiras a esperava, incluindo Shaina e Pérola. A maioria portava armaduras brilhantes.
— Irmãs, conheçam nossa nova integrante da família. Recebam Marin, a amazona de prata de águia!
A multidão fez um escândalo. Algumas gritaram, outras vaiaram. Havia um burburinho pelo ar: "Como uma amazona inexperiente possuiria uma armadura de tão alta patente?"
Marin, seja bem-vinda à tribo das amazonas. Aqui você receberá treinamento e instrução. Você recebeu uma máscara, pois a lei de Atena diz que uma mulher que queira trilhar o caminho de um cavaleiro deve abdicar de sua feminilidade. Aceita as condições? Se sim, coloque sua máscara e nunca mais a retire.
A garota relutou por um instante. Como ela iria respirar com uma máscara metálica que cobre todo o rosto? E enxergar? Mas para ela continuar ali ela deveria fazer isso. Nesse momento, ela jurou para si: "Irmão, esta é minha promessa por você. Ninguém verá meu rosto, até que eu me encontre com você. Quero sentir novamente a brisa e enxergar o colorido das flores Sakura somente quando estiver com você". E vestiu a máscara. Uma brisa leve passou, e por um momento ela pensou que estava encontrando seu irmão. Ela abriu os olhos e se assustou: Conseguia enxergar perfeitamente. E também respirar. Era como uma bêncão de Atena fizesse a máscara quase não existir.
Um segundo depois, sentiu uma grande dor no estômago. Também sentiu chutes e socos. Alguém gritou "Garras do trovão!" E uma enorme corrente elétrica passava pelo seu corpo. Caiu semidesmaiada, no chão. Acordou um tempo depois, enfaixada em sua casa.
— Desculpe por isso! Elas têm um temperamento difícil.
Abriu os olhos e enxergou - através da máscara - a saudosa Pérola. Parecia uma mulher muito experiente. Sua máscara tinha feição bastante rígida e seu corpo era musculoso. Já devia ter passado por muitas batalhas.
— Não se preocupe comigo. Como sabia meu nome? Quem é você?
— Deixe-me apresentar. Sou Pérola, a amazona de prata de Ave do Paraíso. Sou a chefe da vila das amazonas e quem ministra treinamento aqui.
— Você conheceu.. Ryuku?
— Alguas coisas não precisam ser explicadas. Ryuku era um bom homem... o Santuário já não é mais o mesmo... Mas o que importa é que você está aqui, não é mesmo?
— Sim. Eu me tornei uma amazona a pedido dele. Vou protegê-lo e... encontrar... espere... o que mais eu preciso fazer?
— Suas memórias estão começando a desaparecer. Ao colocar a máscara, suas lembranças enquanto mulher serão perdidas... para que abandone seu lado feminino.
— Senhorita Pérola! Eu não posso esquecer da minha missão de... encontrar meu irmão!
— Não se preocupe, algumas memórias continuam a existir... mesmo remotamente. Olha! Parece que tem visita!
Na porta, aparece Shaina. Trajando uma armadura roxo escura, reluzente.
— Marin, não fomos apresentadas direito. Eu me chamo Shaina. Sou a amazona de prata de Ofiúco. Gostaria da permissão de você, senhora Pérola, para levar Marin a um passeio pelo Coliseu.
— Mas é claro, Shaina. Mostre o santuário a Marin.
Marin hesitou por um momento, mas cumpriu o pedido de Shaina. As duas caminharam juntas por algum tempo, até que:
— Intrusa, acha que eu a deixarei em paz aqui?
— Por que me odeia tanto? Não te fiz mal nenhum.
— Poucos estrangeiros são permitidos aqui no Santuário. Ainda mais um tipo como você, que já chega esbanjando uma armadura de prata. Vamos, vista sua armadura! Quero te mostrar o que é uma verdadeira amazona de prata! Garras do Trovão!
Shaina lança seu ataque estendendo uma das mãos. Uma corrente elétrica atravessa o corpo de Marin, que cai novamente.
— Vamos, se levante!
Armadura de Águia! - Grita Marin. Mas nada acontece.
— Hahahaha, não sabe sequer usar sua armadura. Não consegue nem queimar seu cosmo? Aposto que essa armadura foi roubada. Venha, Cobra!
Shaina ataca novamente a colega, que novamente cai ferida.
— Shaina, não me provoque! Você não sabe o que passei para chegar aqui! Meteoros!
Marin ataca Shaina, que se desvia facilmente do golpe.
— Oras, então sabe dar algum golpe. Pena que seus meteoros são fracos. Eu não deveria estar perdendo meu tempo com uma pobre coitada como você. Então vou te dar logo um fim. Garras do Trovão!
Shaina ataca novamente, mas agora com toda sua força, visando nocautear Marin. A amazona de águia então reage:
— Meteoros!
Dessa vez os ataques se anulam. Shaina fica nervosa:
— Como uma novata intrusa pode anular o ataque meu? Receba novamente! Venha Cobra!
Marin dessa vez é atingida e cai novamente no chão. Ela se levanta, e diz à amazona de Ofiúco:
— Você não entende! Eu preciso... Preciso...
— Hahahaha, você nãos e lembra, não é mesmo? É apenas uma casca vazia agora. Assim como todas nós.
— Não. Eu sei bem o que preciso fazer. Eu quero reencontrar meu irmão. Mesmo que pra isso tenha que passar por cima de você! LAMPEJO DA ÁGUIA!
A armadura de águia reage e cobre o corpo de Marin. Ela dispara o ataque contra Shaina, que recebe o rápido golpe antes de conseguir se defender. Shaina é derrubada.
— Maldita! Como se atreve! Vou te deixar viver por enquanto. Mas isso não vai ficar assim. Haverá um treinamento onde amazonas se enfrentarão. Vou deixar para te matar em frente a todas as outras!
Shaina se retira do local. Marin se questiona:
— Será que foi a melhor coisa a se fazer? Estou perdendo minhas memórias pouco a pouco... eu não posso me esquecer do meu objetivo principal! Senhor Ryuku... Eu não posso me esquecer...


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, um segredo do santuário será revelado a Marin. E também o início do torneio das amazonas!



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