Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 15
Exorcismo


Notas iniciais do capítulo

Mayura trava uma batalha com Devi, a entidade que se auto-intitula reencarnação de Atena. Durante a luta, Mayura têm uma chocante revelação de seu futuro, ao mesmo tempo que precisa lidar com questões do seu passado.



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"Não se preocupe, irmãzinha... Você ficará bem.. este é o meu destino..."

 

 

 

Capítulo 14. Exorcismo.

 

 

A cidade-natal de Mayura havia caído sob os pés de Devi, uma falsa divindade que julgava ser a reencarnação de Atena. Ao presenciar abusos e torturas aos pacatos cidadãos da cidade, Mayura - tomada em ira - decide convidar Devi à batalha.

— Liberte já os cidadãos dessa cidade, falsa Atena! - Grita Mayura.
— Você não deveria levantar a voz assim a uma divindade, sua tola! - Responde Devi.
A pequena Alma, a garotinha que havia seguido Mayura, se esconde atrás de uma carroça, se protegendo da batalha que viria. Mayura percebe que Devi também tinha faixas enroladas pelo corpo. Ela reflete se seria pelo mesmo motivo:
— Você possui as bandagens de aprisionamento. Esta é uma técnica milenar. Quem afinal é você, Devi?
— Não deveria se preocupar com isso, agora que sua vida está em jogo. Dança do vento sombrio!
Devi faz um movimento com os lenços de sua tenda, invocando ventos destruidores e liberando-os em Mayura.
— Isso não vai funcionar comigo. - Diz Mayura, se esquivando rapidamente dos ventos e dando um chute na direção de Devi, que queima seu cosmo e lança a amazona para longe.
— Que poder devastador! Você é mesmo uma divindade, Devi?
— Eu já te disse quem eu sou. Mas você ainda não se apresentou. Deixarei que revele seu nome para servir de exemplo para os rebeldes dessa vila.
Mayura recupera o fôlego e se levanta, agora menos irritada e assumindo uma postura mais suave e pensativa:
— Eu me chamo Mayura de Pavão. Sou uma amazona de Atena, a verdadeira Atena. Irei derrotá-la para livrar meu povo do sofrimento que você têm causado, e por usar o nome de Atena.
— Brilhante. Nossos destinos estavam cruzados! Você é uma amazona a meu serviço! Curve-se diante de sua Atena, amazona!
Mayura ignora as provocaçõs de Devi e direciona mais um chute à sua inimiga:
— Morra, falsa Atena!
Devi novamente se defende utilizando o ar ao seu redor. Dessa vez, ela lança um ataque mais poderoso, lançando Mayura a uma distância maior.
— Mayura! - Grita Alma.
— Não se preocupe, Alma. Estou bem. - Diz Mayura, levantando-se.
— Amazona, você é fraca, mas me deixou curiosa. Você questionou sobre o uso das bandagens de aprosionamento, sendo que você também as usa. Você tem um motivo especial para isso?
— Eu não devo satisfações a você, Devi.
— Eu utilizo as bandagens desde que nasci. Minha família me tomava como um demônio e me aprisionavam dentro das bandagens. Tolos, eles não sabiam que tinham a rencarnação de uma deusa entre eles! Por isso, tive que matar todos eles... Hoje, utilizo as bandagens para privar-me do tato e acumular cosmo. Porém, algo me deixa extremamente intrigada nas bandagens que você usa...
— O quê? O que quer dizer com...
— Mayura, eu consigo sentir dentro de você... Você usa as bandagens pelo mesmo motivo que minha família utilizou em mim. Há um demônio dentro de você, não é mesmo? - Diz calmamente Devi, lançando um provocativo sorriso. Alma ouve a revelação e se assusta, lançando um amedrontado olhar a Mayura.
— Maldita....
— Não se preocupe com isso, amazona. Eu terei piedade e destruirei você e o demônio que habita seu corpo. Passo da poeira de penas!
Devi faz um movimento de dança, lançando os tecidos para o alto e girando-os, formando um tufão de penas em direção a Mayura.
— Eu não irei ser derrotada aqui, Devi. O demônio que habita meu corpo está muito bem controlado. Irei te derrotar agora!
Mayura prepara novamente um chute, dessa vez utilizando bastante de seu cosmo. Porém, por um momento, ela percebe o assustado rosto de Alma e se recorda de sua irmã, em seu leito de morte...

...

— Asuka, você não pode me deixar. Quem eu seria sem você, minha irmãzinha? - Diz a pequena Mayura, em lágrimas, segurando a pequena mão de sua irmã menor, deitada em uma cama.
— Não se preocupe, irmãzinha... Você ficará bem.. este é o meu destino... Diz Asuka, a irmã menor de Mayura, com um leve sorriso de conformação no rosto.
— Não, eu farei alguma coisa para te salvar. Você não pode morrer de jeito nenhum!
Neste momento, os olhos de Mayura ficam vermelhos e as bandagens em seu corpo começam a se romper.
— Não Mayura! Não liberte ele! Por favor não faça isso! - Asuka agora toma uma feição assustada, como se estivesse com medo de sua própria irmã.

...

— Asuka, você... você está com medo de mim? - Mayura volta à realidade, em sua luta contra Devi. Vendo o semblante de Alma, ela se recorda de como sua irmã Asuka tinha pavor do demônio habitante do corpo de Mayura. Neste momento, Mayura é atacada pelo tufão de Devi, e cai ferida no chão.
— Ora, você se distraiu com essa garotinha? Você é realmente fraca. Quer saber? Eu sou uma deusa muito generosa. Quero te mostrar uma coisinha. VÉU DA POSSIBILIDADE.
Devi lança um véu no rosto de Mayura, que cobre toda sua cabeça. Neste momento, Mayura tem uma visão de si mesma, em uma cadeira de rodas, ainda enfaixada e vendada, imóvel. Há vários pássaros ao seu redor e algum rapaz empurrando sua cadeira de rodas. Em poucos instantes, ela volta a si.
— O que... o que foi isso?
— O Véu da Possibilidade mostra o futuro individual. Esse é seu futuro, Mayura. - Devi dá um leve sorriso de canto.
— Não pode ser... eu... eu não posso ficar daquele jeito!
— O Véu da Possibilidade nunca mente. Mas esse futuro pode mudar, se você morrer agora por minhas mãos. Vamos Mayura, decida-se! Você quer seguir seu futuro ou vai me deixar matá-la e aliviar todo seu sofrimento?
Mayura recompõe-se:
— Devi, obrigado por me esclarecer as coisas. Todos nós neste mundo temos uma missão. Durante nossa luta eu me recordei de minha irmã, e das palavras dela. Não importa o que o destino me reserva, eu preciso me manter forte para controlar meu demônio interior. Além disso, preciso ter força para derrotar você e livrar meu povo desse sofrimento!
Alma, que ainda estava escondida atrás de uma carroça, muda seu semblante de assustada para confiante. Devi se enfurece com as palavras de Mayura e se prepara para atacá-la com tudo.
— Devi, você nasceu como eu. Porém, ao invés de aceitar seu destino e lutar contra seu demônio, você o libertou, matou sua família, escravizou esse vilarejo e pronuncia palavras profanas contra a Deusa protetora desse planeta. Eu irei remover esse espírito maligno de você. Prepare-se. TÉCNICA OCULTA: EXORCISMO DO ROMPIMENTO!
Concentrando seu cosmo em sua mão, Mayura canaliza sua energia em direção a Devi. Esta, após o ataque de Mayura, cai em posição fetal, como se as intenções malignas estivessem sendo arrancadas de sua alma. Em instantes, ela entra em combustão instantânea e se torna cinzas.
Em alguns segundos, um estranho ramo surge das cinzas de Devi, florescendo numa rosa cristalizada.

— É o risco de Hera! - Gagueja Mayura, caindo ferida.
— Mayura, Mayura, você está bem? - A pequena Alma corre para socorrê-la.
— Estou bem, querida. Apenas preciso de uma noite de sono.
— Você conseguiu! Libertou seu povo de Devi. A senhora é muito forte!
— Hihi, obrigada, Alma...


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, Marin, Eve e Hope continuam sua jornada pela Grécia em busca do próximo Risco. Marin se encontra com um rapaz de cabelos ruivos, que a deixa com uma sensação intrigante de que os dois já se conheciam...



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