três de bastões escrita por themuggleriddle


Capítulo 3
Casa dos Riddle, Casa dos Gaunt


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, feliz ano novo. Que 2017 seja um ano tranquilo, que dê para se recuperar de 2016 (especialmente se o seu ano foi tão tumultuado e chatinho quanto o meu) e que vocês possam criar memórias boas nesse ano que vai chegando.



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A casa dos Riddle era grande, elegante e silenciosa. Frank disse que o silêncio não era um resultado direto do fato da família estar morta: o local nunca fora muito barulhento, mesmo quando todos estavam vivos.

“O piano era o que mais se ouvia aqui,” o jardineiro explicou enquanto observava Feliks andar pela sala de visitas.

O piano de cauda perto da janela foi o que chamou a atenção do médico em primeiro lugar. Ele se aproximou do instrumento, abriu a tampa deste e olhou as teclas com cuidado enquanto um pequenino sorriso repuxava os cantos dos seus lábios ao ver a mancha azulada já conhecida, dessa vez nas teclas. A cor era fraca e quase sumiu quando Feliks passou os dedos sobre ela, de vez em quando apertando uma tecla, fazendo as notas ecoarem pela sala.

Mas, por mais que ele gostasse da mancha azul que parecia tinta molhada, não era isso que ele procurava. Depois de alguns anos trabalhando com patologia e ciências forenses, Ravenwood sabia que ele devia sempre trabalhar com evidências bem fundamentadas. O seu diagnóstico dependia do que via no microscópio e a causa da morta era o que ele encontrava nos cadáveres, nada disso era um instinto. Mas, naquele momento, ele estava se permitindo confiar em algo que vinha do fundo de si, algo que estava lhe falando que aquela coisa azul que vira na mão de Riddle não era ruim... Não, o que ele tinha que procurar era a geada que não derretia no verão. Aquilo parecia deslocado, fora do padrão das cores que agora associava à família, e aquela era a sua pista.

O médico olhou a sala com calma, lembrando-se das fotos que vira do assassinato. Perto de onde estava, o corpo de Tom Riddle havia sido encontrado. Ele se agachou no local e inspecionou o chão de madeira, consciente do olhar de Frank sobre si, mas não havia nada ali. Fez a mesma coisa com o local onde Mary e Thomas Riddle foram encontrados, mas não adiantou de nada.

“O que está procurando?” perguntou Bryce, encostando-se no batente da porta. Ele não entrou na sala de visitas, nem para mostrar o local para o outro.

“Algo que vi no corpo de Tom Riddle,” ele respondeu, olhando em volta com cuidado.

“A coisa que não dava para registrar porque você era o único que podia ver?”

“Aye.” Ele viu os lábios de Frank se pressionarem um contra o outro, formando uma linha fina, mas logo o jardineiro pareceu relaxar de novo. “Sei que parece loucura, mas acredite em mim: eu não teria contado para outra pessoa se não tivesse certeza do que vi.”

“Você não pode me julgar por achar esquisito,” Bryce resmungou. “Geralmente quando alguém vê coisas que os outros não veem, eles acabam recebendo algum tratamento médico.”

Feliks queria lembrá-lo que a maioria desses tratamentos consistia em ser enfiado em um manicômio e, talvez, ser submetido à algum procedimento como eletrochoque, terapia com insulina ou lobotomia. Ravenwood também queria falar que Tom Riddle provavelmente fora um bom candidato a esses tratamentos e Frank não parecia incomodado com o comportamento de seu falecido patrão.

“Pode repetir o que foi que viu?” perguntou Frank.

“A mão de Riddle estava manchada de azul, como as flores lá fora e o piano,” ele falou, apontando para o instrumento. “A princípio, achei que fosse tinta, mas não tinha a textura de tinta molhada e nem seca, além de ter ficado na minha mão por horas. Depois vi a mesma coisa nas flores e agora... Eu acho que era algo que pertencia à ele? Porque está nas coisas com as quais ele tinha mais contato, pelo que você está falando.”

“O piano e as gardênias.”

“Exato. Mas também havia algo que parecia ser gelo no rosto dele. Nas sobrancelhas, cílios e cabelo. Isso não pareceu certo.“

“Agora você está procurando... Essa coisa de gelo?”

“Sim. O piano não tem nada, assim como o local onde os corpos foram- oh”

Ravenwood parou na frente da lareira, olhando para os enfeites que ficavam em cima do aparador: fotografias, bonecas russas, pequenas caixinhas prateadas... Seriam coisas ordinárias se o vidro dos porta-retratos não estivesse parecendo ter sido deixado do lado de fora durante uma noite de inverno para congelar. Ele ainda conseguia ver as fotos por detrás dos vidros (uma tinha os três Riddle juntos e as outras duas molduras tinham o Sr e a Sra Riddles jovens, além de um Tom Riddle com não mais de vinte anos de idade), mas era possível ver que este estava congelado, principalmente nas laterais.

“Viu alguma coisa?” perguntou Bryce, esticando o pescoço para tentar ver algo.

“Aye,” disse Feliks, deslizando um dedo sobre o vidro que cobria a foto de Tom Riddle e franzindo o cenho de leve ao perceber que, aqui e ali, as rachaduras provocadas pelo gelo pareciam levemente escurecidas. “Vi.”

***

Depois de uma inspeção mais detalhada, Feliks encontrou o mesmo padrão congelado na maçaneta da porta dos fundos e, em menor quantidade, ao longo das paredes do corredor e no próprio aparador sobre a lareira. Mas, como Frank fez a gentileza de lembrar, aquilo não era evidência de muita coisa.

“Por favor, não faça isso,” o jardineiro pediu, fazendo Ravenwood acordar de mais um devaneio.

“Fazer o que?” ele perguntou, piscando e encarando o outro homem sentado na sua frente, dentro do chalé de Bryce.

“Essa coisa que você faz de ficar olhando para o nada e parecendo louco. Já é esquisito quando qualquer pessoa faz isso, mas você com esses olhos azuis deixa ainda mais esquisito. Você parece maníaco,” ele falou, tomando um gole do whiskey que havia servido para os dois. “Era estranho quando achava o Sr Tom fazendo isso. Ele tinha os mesmos olhos azuis e fazia isso o tempo todo.”

O médico olhou para o whiskey dentro do copo, girando-o devagar para ver o movimento do líquido ali dentro.

“O que vai ser da casa?” perguntou Feliks.

“Um casal que era amigo dos Riddle ficou com ela. Eles são de Londres. O Sr Campbell estudou com o Sr Tom quando eram meninos e trabalhou para eles,” o homem explicou. “A Sra Campbell disse que eu posso ficar e cuidar do jardim, eles vão me pagar.” Frank relaxou na cadeira e cruzou os braços em frente ao peito. “E você, doutor? O que vai fazer agora que... Encontrou o que queria?”

Feliks encarou o outro por um momento, tentando pensar em uma boa resposta, mas aparentemente não havia nenhuma. Naquele momento, o pensamento de que havia um necrotério cheio de cadáveres e talvez muitas lâminas esperando a sua analise voltou à sua mente e, de repente, aquela pequena aventura de ir em busca de algum tipo de evidência mágica pareceu um tanto inútil.

“Não sei,” ele falou, vendo Bryce arquear uma sobrancelha.

O jardineiro respirou fundo e se inclinou na direção do outro, apoiando um cotovelo na mesa.

“Eu provavelmente devia dizer para você voltar para Londres, para o seu trabalho e sua família,” disse Frank, suspirando. “Mas acho que tem um outro lugar onde você pode procurar mais dessas suas pistas... Peculiares.”

***

Atrás da casa dos Riddle, entre os campos de Yorkshire, cercas vivas e alguns pequenos bosques, havia uma estrada que, de acordo com Frank Bryce, levava até a cidade litorânea de Hornsea. Ao lado da estrada, enfiaoa no meio de um bosque, estava o que o pessoal de Little Hangleton chamava de ‘o casebre dos Gaunt’.

“Os Riddle não eram os únicos considerados estranhos,” disse Frank enquanto eles andavam ao longo da estrada de terra.

Ravenwood se lembrava do nome Gaunt: era o nome da garota com quem Tom Riddle fugiu quando era mais novo. Bryce lhe explicou que a família era esquisita, que os habitantes da vila diziam que os Gaunt moravam por ali desde sempre, escondidos entre as árvores, vivendo em um casebre imundo e nunca se misturando com o restante de Little Hangleton.  O Gaunt mais velho se chamava Marvolo, já morto, e ele tinha dois filhos: Morfin e Merope.

“E se Morfin estiver em casa?” perguntou Feliks enquanto eles se aproximavam da cerca viva, com o jardineiro na sua frente, apartando os galhos com a sua bengala.

“Então vou dizer que estava ajudando o bom doutor à encontrar alguma... planta medicinal que achei ter visto por aqui,” disse Frank, dando de ombros, logo antes de entrar na cerca. “Olha esse lugar. É ótimo para procurar por plantas.”

Ravenwood foi logo atrás dele. Por detrás da cerca de galhos e folhas, havia um bosque cheio de árvores sombrias e cheiro de terra molhada. Havia um caminho há muito apagado no chão, onde a vegetação não crescia e Feliks imaginou que ali, há muito tempo, devia haver algo parecido com o caminho de cascalhos da casa dos Riddle.

“Esse lugar deve ser propriedade privada,” disse Feliks. “A gente não devia entrar aqui para procurar plantas.”

“A casa dos Riddle é propriedade privada e eu não o ataquei por bater na minha porta depois de entrar sem permissão,” disse Bryce, antes de parar abruptamente.

Na frente deles havia uma casa, quase escondida entre troncos e vegetação que subia pelas paredes. As janelas estavam encardidas e havia urtigas que cresciam ao redor da construção que quase às alcançavam. O telhado parecia remendado em vários lugares e ainda havia um ponto onde era possível ver as vigas deste. Feliks se lembrou de um assistente do necrotério que constantemente reclamava da umidade do local: “Faz meu nariz escorrer o dia inteiro,” ele falava... Agora, o médico só podia pensar no estrago que aquela casa faria ao nariz caprichoso do seu colega de trabalho.

Pela expressão de Frank, era a primeira vez que ele via a casa também.

“Aquilo é uma cobra?” perguntou Ravenwood, estreitando os olhos pare tentar enxergar melhor.

“Eu acho que sim...” o outro respondeu, se aproximando do casebre com cautela.

“Wow,” o médico murmurou, inspecionando a coisa que estava pregada ¡a porta e que já estava começando a apodrecer, tendo várias borboletas alaranjadas se deliciando na carne podre e soltando um cheiro forte e acre.

“Eu disse que eles eram esquisitos,” disse Bryce, batendo na porta com a sua bengala. “Acredito que saiba dar um soco?”

“Como é?”

“Se Gaunt ficar agressivo.” O jardineiro o encarou por um momento, antes de sacudir a cabeça. “Você sabe como matar pessoas, mas não sabe socar alguém?”

“Eu nunca precisei,” murmurou Feliks, olhando para a cobra podre outra vez.

Eles ficaram ali por três minutos, antes de Bryce ficar impaciente e bater novamente. Depois da terceira tentativa, o homem decidiu que aquilo significava que Gaunt não estava em casa e simplesmente forçou a porta.

“A madeira está tão podre que não faz diferença estar trancada ou não,” ele falou, entrando.

Assim que pisou dentro da casa, a visão de Ravenwood ficou enevoada quando as lentes de seus óculos embaçaram com o ar quente e úmido dentro do casebre.  O médico xingou baixinho e tirou os óculos para limpá-los na barra de seu colete.

“Como diabos eles viviam aqui?” Ele ouviu Frank perguntar e ergueu a cabeça para olhar o homem, vendo-o apenas como um borrão antes de colocar os óculos e ver o local com clareza.

Era imundo e escuro. Havia uma mesa de madeira e uma cadeira de um lado, junto com um fogão e um armário cheio de garrafas, panelas e potes, todos sujos; a lareira estava vazia, assim como a velha poltrona na frente desta. Havia duas portas que saíam do cômodo principal, mas Feliks não sabia se queria arriscar entrar em uma delas e encontrar um Morfin Gaunt irado por ter sido acordado de seu cochilo por dois estranhos.

“Relaxe, doutor,” disse Frank, dando um tapinha no ombro do outro e rindo. “Gaunt não está. Nós saberíamos se ele estivesse... Agora, fique a vontade para explorar.”

Então ele foi explorar. Assim que a surpresa de imaginar que alguém poderia viver naquelas condições passou, Ravenwood começou a perceber vários detalhes aqui e ali. Havia um brilho cor-de-musgo na poltrona e em uma faca ensanguentada que estava no topo da lareira; uma mancha esverdeada mais escura borrava as janelas; o que parecia quase uma gosma cor-de-rosa se grudava às bordas de um caldeirão escuro enfiado embaixo da pia encardida. O médico perguntou a Bryce se ele conseguia ver qualquer uma dessas coisas, mas a resposta negativa dela apenas confirmou que sim, tudo aquilo era visível apenas aos seus olhos.

“Você vê essas coisas desde sempre?” perguntou Frank, encostando na parede de pedras, pois não parecia confiar muito nas cadeiras (“Aposto que a madeira está toda podre”) e nem na poltrona (“Aposto que está cheia de pulgas e outras coisinhas nojentas”).

“Aye...” disse Feliks enquanto voltava para a sala principal, depois de olhar os outros dois quartos (um tinha duas camas de solteiro e o outro, uma de casal, sem nenhum sinal de Morfin). “É só que nunca prestei muita atenção nisso. Pensei que fosse só sinestesia ou algo assim.”

“Achou que era o que?”

 

“Sinestesia. É quando o cérebro interpreta os sinais de um estímulo da forma errada... Sabe, quando alguém ouve um som e vê cores ou pessoas que veem letras ou números com cores diferentes.”

“E qual sentido que estimula você a ver essas coisas?”

“Essa é uma boa pergunta.”

Ravenwood franziu o cenho ao ver uma lamparina jogada perto da porta. O objeto não parecia totalmente fora de contexto em um quarto cheio de móveis imundos, garrafas vazias e pratos com restos do que devia ser comida, mas o vidro congelado dele sim.

“Você achou algo,” disse Frank, parecendo estar se divertindo.

“Achei?” perguntou Feliks, cruzando a sala para alcançar a lamparina. O vidro estava rachado e embaçado por conta da umidade, mas a geada neste era tão clara quanto nos porta-retratos dos Riddle.

“Você faz uma cara engraçada quando percebe alguma coisa,” disse Bryce, aproximando-se dele. “Parece que acabou de ver uma mocinha linda. Espero que ninguém o pegue fazendo essa cara para os seus cadáveres, caso contrário vão te achar biruta.”

“Você acha que Morfin Gaunt pode ter matado os Riddle?” perguntou Ravenwood, se levantando e trazendo consigo a lamparina em suas mãos.

“Sim,” disse Frank. “Mas não do jeito que eles foram encontrados.”

“Como assim?”

“O homem era louco. Não louco como as pessoas diziam que o Sr Tom era... Não, ele era o louco do tipo violento. Era raro, mas às vezes ele aparecia na vila, arrumava uma briga ou duas, começava a sacudir um graveto na cara das pessoas e aí recebia um soco no nariz que o fazia correr de volta para casa com o rabo entre as pernas,” o homem explicou. “Eu não ficaria surpreso se um dia abrisse o jornal e lesse que ele matou alguém de alguma forma bem desastrada e doentia... Sabe, tipo Jack Estripador. Não... Do jeito que os Riddle foram encontrados. Inferno!” Bryce praguejou, empurrando com a bengala uma garrafa suja que rolou para longe deles. “Acho que nem eu mesmo conseguiria matar alguém e não deixar nada para contar a história.”

“É por isso que não pudemos fechar isso como assassinato,” disse Feliks, colocando a lamparina debaixo do braço e passando os dedos por debaixo dos óculos, secando o suor ali. “Deus, vamos sair logo desse calor. Acho que já fizemos o suficiente por hoje.”

***

Quando chegou a hora de Ravenwood voltar para O Enforcado, Frank o avisou de que os aldeões iriam bombardeá-lo com perguntas.

“Na cabeça deles, você passou o dia com um assassino,” disse Bryce, rindo. Feliks não conseguia não pensar que todas as risadas que ouvira do homem durante o dia foram usadas para esconder algo.

E, do jeito que fora avisado, o dono do bar, a filha do dono do bar, o leiteiro, a florista, o filho do dono do mercado e Dot (seja lá o que ela fazia na vila) ficaram muito animados quando o viram entrar no pub. Eles perguntaram sobre Frank e sobre a casa dos Riddle e questionaram a razão da polícia tê-lo enviado até ali se as investigações já haviam sido dadas como encerradas.

Ele lhes deu repostas desfalcadas (a polícia não o enviou para nenhuma investigação, apenas para informar o resultado das necropsias ao jardineiro) e não tardou a voltar ao seu quarto.

Feliks voltaria para Londres no dia seguinte, ele e Bryce haviam chegado à essa conclusão. Enquanto estivesse na capital, ele tentaria encontrar mais informações sobre os Gaunt, já que ele achava que a visita ao casebre acrescentou algo à história (novamente, aquele instinto que ele queria conseguir ignorar). Frank, por outro lado, iria permanecer em Little Hangleton, cuidando do jardim dos Riddle como se a Sra Riddle ainda estivesse viva para ver o seu trabalho, ao mesmo tempo que ficava de olho para ver se Morfin aparecia no vilarejo ou no casebre abandonado.

Enquanto o médico arrumava a sua mala para finalmente voltar para casa, ele conseguiu fazer espaço suficiente para enfiar, entre as roupas e os cadernos, a lamparina que encontrara na casa de Gaunt. O homem não tinha ideia de como aquilo poderia ajuda-lo, mas ele queria ter o objeto por perto, nem que fosse apenas para poder olhar o vidro congelado sempre que começasse a achar que estava fazendo alguma coisa idiota por estar investigando aquele assassinato.


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Notas finais do capítulo

Meus filhos estão ficando menos temerosos um com o outro.

Informação inútil que ninguém pediu, mas hoje, dando uma passada pelo meu perfil do Nyah, reencontrei uma fic que escrevi em Abril de 2011 (Erudito Ex Silenti) que era sobre uma legista que fazia a autopsia dos Riddle e ficava encucada com a ausência de qualquer sinal do que podia ter acontecido. É engraçado pensar naquela fic enquanto escrevo e traduzo Três de Bastões, que é aquela mesma ideia, mas muito mais aperfeiçoada.

Como sempre, espero que tenham gostado. Por favor, digam ai o que estão achando, quem favoritou ou está acompanhando, isso é sempre muito importante para saber o que pode ser melhorado (por exemplo, eu não sei se a tradução está ficando boa, pra mim soa bem diferente do inglês e é estranho, mas ao mesmo tempo estou tentando ao máximo adaptar o português aos personagens) e também para ter um feedback legal, dar uma motivação para fazer esse trabalho chatinho que é a tradução (e a escrita também né).