Contramão escrita por Lua Reyna


Capítulo 2
Capítulo 1 - Summer


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, um capitulo bem maior que o prólogo hsuahs



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Um vento frio invadia o apartamento que eu dividia com Noah, meu melhor amigo. As manhãs em Newquay eram os piores momentos para fazer qualquer coisa senão ficar na cama em baixo de milhões de cobertores, mas, infelizmente, meu chefe não concordava nem um pouco com isso. Então eu teria que me deslocar do subúrbio até uma das áreas mais áreas mais movimentadas para ficar o resto do dia atrás de um balcão vendendo, ou arrumando os livros.

Eu realmente gostava do trabalho na livraria, afinal, quem não gostaria de passar o dia rodeada por palavras eternizadas em textos que serão lidos por quase todo o mundo? Era simplesmente mágico. E tirando o fato de não ter dinheiro para comprar todos eles, era o trabalho dos sonhos. Apesar de esse não ser o meu plano original.

— Noelle, você vai acabar perdendo o ônibus! — gritou Noah da cozinha — E o café da  manhã! Vou comer tudo!

Revirei os olhos. Ele tinha a irritante mania de fazer de tudo para me provocar.

— Você comeria tudo mesmo se eu estivesse acordada. — comentei assim que cheguei a cozinha. — A propósito, tem uma mancha na sua camisa.

Noah olhou para a camisa, procurando a tal mancha da qual eu estava falando, e fez uma careta ao encontrá-la. Seus cabelos castanhos estavam extremamente bagunçados, apesar de molhados por conta do banho. Ele vestia uma camiseta de manga comprida azul que não deixava amostra a tatuagem de guitarra que ele havia feito alguns anos atrás e uma calça com o tecido bastante grosso.

— Vai trabalhar. — disse ele, tentando parecer zangado.

— Alguém tem que fazer isso não é? Você quem devia estar por ai procurando emprego. Não vou te sustentar para sempre. — respondi.

— Só fazem dois meses que estou desempregado, Noelle. E sim, vou fazer uma entrevista depois do almoço. — respondeu, mostrando a língua.

Se tinha uma coisa que Noah era péssimo era fazer qualquer tipo de entrevista de emprego. Geralmente ele passava a semana inteira ensaiando falas do tipo “Olá, meu nome é Noah Roberts. Gostaria de trabalhar nesta empresa para fazer bom uso dos meus conhecimentos e aprofundar meu currículo com boas experiências”, e quando chegava no dia ele dizia “Olá, meu currículo é nome, e aprofundar eu gostaria de gostar as experiências da empresa”.

— Vê se não da mancada, precisamos pagar o aluguel.

Nossa situação financeira não estava nada boa. Estávamos devendo parte do aluguel e eu temia não conseguir pagar todas as contas sozinha.  

— Ei, eu não estou desempregado porque quero, ok? E anda logo porque também não temos um carro, e você não pode perder o emprego também. — Isso era verdade. A última coisa que eu precisava no momento era perder o emprego. E chegar atrasada realmente não era a melhor forma de evitar que isso acontecesse.

— Não esquece de lavar a roupa e arrumar a casa hoje, isso aqui está parecendo um chiqueiro. — Se Noah tinha a manhã inteira livre podia muito bem cuidar da casa. Afinal, ele tinha duas mãos em perfeito estado.

— Tudo bem, madame. Vá se arrumar logo.

Corri para o banheiro, tomando um banho extremamente rápido. Não daria tempo de lavar o cabelo, muito menos de secá-los, apesar do fato de que meus cabelos eram extremamente curtos, sair na Inglaterra com eles molhados era pedir para ficar doente.

A água quente provocou uma sensação relaxante no meu corpo, mas logo tive que sair do banho e pegar uma roupa qualquer para o trabalho. Optei pelo maior e mais quente casaco que eu encontrei no meu guarda-roupa, junto com calças e luvas. O dia estava realmente frio.

— Não esquece de pegar a toca e sua bolsa. — gritou Noah quando eu estava prestes a sair do apartamento.

— Agora que você avisa? — reclamei, pegando os dois itens de forma rápida e colocando a toca na cabeça antes de fechar a porta. — A propósito, pode fazer o favor de consertar essa porta? Não aguento mais esse barulho infernal toda vez que eu tento fechar essa porcaria.

— Por que você não conserta, madame? — questionou, provocando-me.

Ignorei seu comentário e fui correndo para o ponto de ônibus, passando pela escadaria do prédio e pelas ruas movimentadas da cidade. Do lado de fora estava ainda mais frio, e pouca quantidade de neve cobria parte das ruas.

Infelizmente, ainda assim não consegui chegar a tempo. O ônibus já havia partido. Aproveitei para entrar em uma cafeteria próxima e comprar um café para a viagem. O tempo estava realmente ruim naquele dia e tudo o que precisava era de algo quente.

Quando voltei para o ponto, sentei-me no banco ao lado de um senhor que lia o jornal da manhã. Havia uma matéria sobre um dos empresários mais famosos da cidade logo na primeira página, Cristian Hilt. Algo sobre uma nova cede de uma de suas empresas ter sido inaugurada no Brasil.

— Este homem é bastante poderoso. — comentou o senhor, quando percebeu que encarava seu jornal. — O ruim das pessoas poderosas é que elas só fazem coisas para pessoas poderosas.

— O senhor tem razão. — respondi, refletindo por um tempo. — Mas talvez seja tarefa de cada um encontrar o próprio poder.

— Você é uma menina muito inteligente. — disse ele, fechando o jornal e virando-se para mim. — Chamo-me Anthony, mocinha. Mora por aqui?

— Ah, chamo-me Noelle. Moro em um dos apartamento aqui perto. — respondi, tentando parecer educada. A súbita curiosidade daquele homem sobre mim me assustou um pouco, mas preferi ignorar.

Ficamos conversando por longos trinta minutos, e Anthony provou ser uma pessoa bastante inteligente. Ele comentava coisas sobre política, economia, clássicos... Em grande parte da conversa eu tive que pensar antes de responde-lo. Foi bom descontrair um pouco aquela manhã que já havia começado com o pé errado.

— Acho que seu ônibus chegou, senhorita. — disse ele.

—Obrigada. — respondi, despedindo-me.

Assim que entrei no ônibus procurei um lugar no fundo para sentar-me. Por sorte, haviam vários lugares disponíveis. A pouca movimentação do lugar se fez bem agradável, já que grande parte das pessoas já haviam ido para seus empregos no ônibus que eu havia perdido. Afinal, eu estava bastante atrasada.

Peguei o café que havia comprado e bebi longos goles. O líquido quente fez meu corpo relaxar ainda mais, trazendo uma sensação anestesiante. As ruas cobertas de neve e o céu, apesar de cinzento, bonito, formavam uma paisagem agradável pelo caminho.

Logo chegamos no ponto em que eu iria descer. A livraria ficava do outro lado da rua, então ainda precisei atravessar a rodovia. Os carros não pareciam querer parar, o que me fazia ficar ainda mais atrasada. Eu encarava  semáforo com expectativa, esperando um sinal para correr para o meu emprego. Se é que ainda tinha um.

Vermelho. Finalmente.

Atravessei as duas pistas de carros que haviam parado por conta do sinal. Entrei na livraria correndo, despejando minha bolsa atrás do balcão e dando de cara com o meu chefe me encarando com uma expressão nem um pouco agradável.

— Atrasada. — disse ele, sem muita cerimônia. — de novo.

— Desculpe. — respondi, tentando amenizar a situação. — Eu perdi um ônibus.

—Você precisa de um carro urgentemente, Noelle.

— Preciso de um aumento urgentemente, Patrick. — Mal estava conseguindo manter o apartamento, como ele pensava que eu iria arrumar um carro?

— Quando começar a chegar na hora terá um.

— Só vou conseguir chegar na hora quando conseguir um carro, e só vou conseguir um carro quando tiver um aumento. — reclamei, tentando fazê-lo entender.

— Tudo bem, bonitinha. É você quem precisa do emprego, não eu. Faça por merecer. — respondeu ele finalmente tirando aquela expressão séria do rosto e esboçando um sorriso sedutor. — Trate de deixar as festas de lado e dormir cedo, acordar cedo. Suas  namoradas podem esperar.

Patrick era um rapaz novo e extremamente charmoso. Possuía cabelos loiros que se estendiam por uma barba rala, mas que demarcava bem seu rosto. Ele havia assumido a livraria da família depois que seu irmão mais velho – Ian – se mudou para o Canadá. Ao longo dos últimos anos havíamos cultivado uma amizade, diferente de como havia sido com Ian.

— Eu não namoro. — respondi, tentando mudar de assunto.

— Mas trabalha. Há muitos livros ali no canto para serem arrumados. Trate de começar. Vou ficar no balcão, qualquer coisa te chamo.

Passei boa parte da manhã empilhando e retirando livros e mais livros. Realmente haviam muitos. Alguns clientes aqui e ali e um Patrick com fome foram as únicas coisas que me despertaram do meu transe temporário. Eu realmente viajava no meio daquela pilha de livros.

Quando já estávamos perto do horário de encerramento de expediente, uma cliente adentrou a loja trajando elegantes roupas cor de rosa e um cachorro dentro de um tipo estranho de bolsa. Me segurei para não gargalhar, era um típica patricinha daqueles filmes adolescentes americanos. Seu cabelos ruivos estavam soltos, chegando a bater na cintura, que, por acaso, pareciam combinar com as roupas.

Na verdade, tudo nela parecia combinar, até mesmo a cor da sombra com o tom da pele... Era como se aquela menina tivesse pulado em um lago de perfeição e decorado tudo com diferentes tons de cor-de-rosa.

— Posso ajudar? — perguntei, dirigindo-me a ela.

— Ah, olá. — respondeu com um sorriso imenso exibindo seus dentes brancos e perfeitamente alinhados. — Estou procurando um exemplar de Charles Bokouwski.

— Sabe como se chama? — questionei. Quantos exemplares de Bukowski ela pensava que existiam no mundo?

— “O amor é um cão dos diabos” — respondeu ela. Agora sim está bem melhor. Obrigada pela informação. Pensei. Por que as pessoas tinham a irritante mania de dificultar as coisas?

— Tudo bem. Espere um segundo. — disse, virando-me para as prateleiras de livros. Pelo menos ela tinha um bom gosto.

— Trabalha aqui há muito tempo? — questionou ela, como se estivesse tentando puxar assunto.

— Bastante. — respondi. Onde raios estava aquele livro?

— Sabe me dizer se precisam de mais funcionários? — disse ela, tentando parecer casual.

— Talvez... Está procurando emprego? — Me segurei para não rir. Por que motivos uma menina como ela estaria tentando arrumar um emprego? Pelo que eu havia observado ela tinha dinheiro o suficiente para comprar aquela livraria inteira. — Aqui está seu livro.

— Hm... Estou pensando nas possibilidades. Preciso de alguma coisa que não precise de nenhuma experiência. — comentou, pegando o livro.

Uma ajudinha ali não iria ser nada mal, contando o fato de que os únicos funcionários da livraria eram eu, Patrick e Dorothy — uma senhora que ficava encarregada da pequena lanchonete em uma parte um tanto afastada dos livros.

— Tá vendo aquele cara atrás do balcão? Ele é o dono. Conversa com ele... Acho que pode ser uma boa para você começar. — disse, tentando parecer o mais simpática possível com a minha possível futura colega de trabalho.

— Obrigada. — agradeceu, se dirigindo ao balcão.

Observei-a enquanto conversava com Patrick e pagava pelo livro — que eu duvidava bastante que ela iria ler. Provavelmente havia sido somente um álibi para falar sobre o emprego. Ela parecia surpreendentemente animada com o que quer que fosse que Patrick houvesse dito. Pelo visto, uma certa patricinha havia conseguido um emprego...

Talvez fosse um bom lugar para Noah trabalhar, se ele e Patrick não cultivassem uma briga idiota pelos longos três anos que eu havia trabalhado na livraria.

Assim que o projeto Sharpay foi embora, corri para coletar as informações com Patrick.

— Então... — comecei, esperando que ele entendesse a deixa e me contasse tudo.

— Por que diabos todas as mulheres são fofoqueiras desse jeito? — questionou ele, com um sorriso brincalhão no rosto.

— Ei! Não é nada disso! Eu só estava querendo saber se teremos uma funcionaria nova por aqui. E isso foi extremamente sexista.

— Sei... — disse ele, mexendo nas planilhas do computador. — Sim, Noelle. Ela vai trabalhar aqui.

— E posso saber qual o nome dela? — questionei, enquanto Patrick ria de um jeito um tanto escandaloso.

— Summer Hilt. — respondeu ele, sem dar muita importância. — Deus! Você não leva jeito mesmo.

Aquele nome me pareceu familiar. Talvez fosse coisa da minha cabeça, mas eu tinha a estranha sensação de dejá-vu ao ouvir o nome dela.

— Para com isso! — repreendi. — Você é o pervertido aqui, não eu.

— Tudo bem, mas eu ainda sou o seu chefe. — respondeu com um sorriso brincalhão. — Anda logo, vai embora. A não ser que queira fazer hora extra de graça.

— Tenho direito a uma última pergunta?

— Fala logo. — respondeu ele, revirando os olhos.

— Quando ela começa? — perguntei, quando um sorriso irônico surgiu nos lábios de Patrick.

— Amanhã. Já pode ficar animada.

O resto do dia não havia sido nem um pouco animado, tirando o fato de que Dorothy havia feito panquecas com calda de chocolate. Ela era realente a melhor cozinheira do universo, e considerando o fato de que eu e Noah sobrevivíamos de comida instantânea, aquilo era simplesmente maravilhoso.

Assim que cheguei no apartamento, Noah não estava em casa. Havia um bilhete em cima da mesa escrito “Me deseje sorte.”, e sim, ele realmente precisava de sorte.

Por incrível que pareça ele havia dado um jeito naquele lugar. A pilha de roupas sujas estava perfeitamente sobrada em cima do sofá. Não havia louça na pia, nem copos espalhados pela casa. Ele também havia pedido uma pizza que se encontrava em cima da mesa da cozinha, e a porta da frente não fazia mais aquele barulho insuportável.

Tudo bem, tenho que admitir: Noah é uma das melhores coisas que já me aconteceu.

Havíamos feito o ensino médio juntos e nos aproximamos bastante. No fim do terceiro ano eu já o considerava meu melhor amigo e tínhamos um futuro planejado juntos. Claro que nem metade do que planejamos deu certo, mas pelo menos morávamos juntos e podíamos confiar um no outro em qualquer momento.

— Certo. — disse para mim mesma, me jogando na parte do sofá que não estava empilhada com roupas. — É um trabalho em equipe.

Assim que decidimos nos mudar — quer dizer, assim que Noah decidiu me acompanhar na minha inexplorável aventura de adulta depois de tecnicamente ser expulsa de casa — combinamos que tudo naquele lugar seria um trabalho em equipe. Então, por honra à nossa promessa, comecei a separar as roupas que eram minhas nas gavetas do meu guarda-roupas e as de Noah no dele.

Eu juro que não sabia que existiam tantas roupas assim naquela casa! Deus do céu! Aquilo parecia mais infinito que as pilhas da livraria.

Aproveitei para arrumar as roupas de cama e a zona que Noah havia transformado seu quarto. Ele tinha a péssima mania de não conseguir manter nada daquele quarto no lugar, era como a área proibida da casa. Principalmente pelo fato de que nenhum ser humano na face dessa terra poderia tocar na preciosa guitarra dele sem começar a terceira guerra mundial.

Assim que terminei, joguei-me no sofá novamente, suspirando. Noah chegou um tempo depois, com um sorriso de orelha a orelha.

— Cheguei! — anunciou, batendo a porta. Tomei um enorme susto com o barulho repentino. — Minha querida, hoje vamos comer como reis.

— O que? — questionei, tentando entender de onde vinha toda aquela animação.

— Ah, não é nada. Eu sempre quis dizer isso. — respondeu rindo, jogando a mochila e um canto qualquer. — Mas sim, tenho uma notícia supostamente muito boa.

— Fala logo!

— Talvez, eu disse, Talvez... — ele fez uma pausa me deixando ainda mais curiosa. — Talvez tenha a possibilidade de eu ter conseguido um bom emprego.

— Jura? — perguntei, animada. — O que está esperando par  contar todos os mínimos detalhes do que aconteceu hoje?

— Calma, senta ai que a história é longa — disse ele rindo.

Sentei-me no sofá novamente, e ele fez o mesmo.

— Então... Tudo começou quando eu fui tentar fazer uma entrevista de emprego em uma empresa perto da livraria, naquele bairro chato de gente metida — começou ele, com os olhos brilhantes e a voz transbordando ansiedade. — Então, um senhor sentou do meu lado no ônibus e começamos a conversar... Foi bem estranho. O cara era inteligente demais, e ficava citando frases de livros, filmes... Parecia que eu estava conversando com você. Mas enfim, isso não importa agora. Ele viu a minha tatuagem de guitarra e perguntou se eu sabia tocar, então eu disse que sim e que pretendia seguir uma carreira com isso.

— Continua. — disse, quando ele parou para olhar o celular que havia vibrado em seu bolso.

—Tudo bem. O velho disse que tinha um pub na do outro lado do centro, e perguntou se eu aceitava ir até lá com ele fazer uma espécie de teste. Foi assim que eu acabei perdendo a entrevista de emprego naquela tal empresa. Mas, antes que você me chame de irresponsável, tenha em mente as minhas últimas entrevistas e pense que eu não iria conseguir essa. — ele riu e parou alguns segundos para recuperar o fôlego. — Continuando. Eu fui até o pub do velho e fiz o tal teste. Ele pareceu bastante animado com o que eu fiz e pediu para que eu tocasse lá hoje para ele ver como eu lidava com o público. Eles tem uma banda e tudo mais... Aparentemente estavam precisando de um guitarrista. E o melhor: Ele pareceu bastante interessado em mim e disse que me ligaria até amanhã!

— Isso é incrível, Noah! — exclamei, pulando em cima do meu melhor amigo. — Eu to tão feliz por você!

— Ei! Calma ai, madame. Assim você vai quebrar meus ossos e eu não vou mais conseguir tocar nada.

Nós passamos o resto da noite comendo a pizza requentada que Noah havia trago mais cedo e fazendo maratona de várias séries na tv. Não poderia haver notícia melhor do que essa, afinal, iriamos sobreviver.

Noah parecia bastante animado com tudo aquilo. Ele finalmente iria trabalhar com algo que ele gostava bastante, o que diminuía as chances de ele ser demitido... Eu acho.

As coisas estavam começando a melhorar, e eu não tinha dúvida de que aquilo era apenas o começo de tudo que ainda viria.

Julia,

                Talvez você esteja certa. As coisas estão realmente melhorando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥



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