Por Toda Minha Vida escrita por kryyys


Capítulo 8
Capítulo 8 - Ponto pra Mim




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Capítulo 8 - "Ponto pra Mim"


Carlisle constatou que eu não havia quebrado o braço por muito pouco e, graças a Deus, tive apenas uma lesão, ou seja, nada de agulhas para minha felicidade. Por fim uma enfermeira passou uma coisa nojenta no meu braço e o enfaixou sem prestar muita atenção, pois, estava ocupada demais dando constantes olhares desejosos para Carlisle.



Logo ele disse que nós poderíamos ir embora, e saímos do hospital. Alice permanecia em silêncio enquanto caminhava ao meu lado e sua expressão não era nada boa. Era lógico que ela estava magoada comigo pelo meu comportamento anterior, e tudo por causa dele. Isso atiçou ainda mais minha raiva e me fez querer socá-lo até a morte. Eu nunca havia brigado com Alice, e Edward Cullen estragou minha vida a tal ponto.



Entramos no carro e imediatamente eu a bombardeei com pedidos de perdão - apesar de ter ocultado o fato que ocorreu a pouco tempo atrás -, ela aceitou após me fazer prometer que jamais faria isso novamente, e para minha própria surpresa, o prometo saiu muito mais intenso do que eu esperava.



Então Alice voltou a ser Alice e passou a tagarelar sobre Jasper e como havia sido bom ele pedir para ser o par dela no trabalho de Biologia, o que me deixou feliz por ela. Porém não conseguia prestar realmente atenção nas suas palavras.



Irritantemente, eu só conseguia lembrar os lábios macios dele esmagando os meus, de minhas mãos trançando entre seus sedosos cabelos, de suas mãos explorando com fervor meu corpo...



– “ISABELLA!” – gritou Alice me chacoalhando.


– “O que é?” – perguntei atordoada, girando a cabeça para todos os lados, procurando alguma possível catástrofe. Ela gargalhou.

– “Eu estava te chamando faz um bom tempo...” – ela deu um tapinha na minha testa. – “Onde estavam esses pensamentos?”


Senti meu rosto ruborizar e, imediatamente, os flashes do que eu não deveria estar pensando voltaram. Tive vontade de me chutar por seu tão idiota, tão besta, tão... apaixonada.



Um suspiro de frustração escapou por meus lábios. Esse era exatamente o x da questão. Por que eu fui me apaixonar justamente por ele? Por que raios nós não podemos mandar no coração? Por que eu tinha que amar um idiota que parece não ter sentimentos? Por que, meu Deus?



Mandei meus devaneios para longe, já estava ficando com dor de cabeça. Vi que estávamos na frente de casa e tentei sorrir para Alice que me olhava atentamente.



– “Ah, já chegou.”


– “É isso que eu estou falando há horas!” – passei a mão no rosto tentando não perder a calma.


E por que diabos quando eu começava a pensar nele tudo em volta desaparecia?



– “Desculpe, eu estava pensando em... coisas.”


– “Eu vou fingir que não sei que coisas são essas, ok?”

– “Não viaja, Alice.” – murmurei antes de sair do carro e bater a porta com força. Andei em direção da minha casa, mas parei quando percebi que Alice não me seguia.

– “Você não vem?” – uni minhas sobrancelhas. Ir aonde? Ela bufou. - “Você não prestou atenção em nada mesmo?”

– “Me desculpe.” – pedi novamente, abaixando minha cabeça constrangida.

– “Tudo bem, apenas esqueça.” – ela sorriu de canto. – “Eu não vou entrar, combinei com as garotas para irmos ao Ville's, como eu disse, e eu te convidei, mas parece que você não está muito afim de ir...”

– “Definitivamente, não.” – murmurei, sabendo que tudo o que eu queria agora era minha cama. – “Quem sabe outra vez?”

– “É.” – ela sorriu. – “Amanhã eu passo aqui te buscar.” – fiz careta ao lembrar que era um encosto pra Alice. Mesmo sabendo que ela negaria e que eu não tinha como ir a escola, não custava tentar:

– “Não precisa passar aqui mais, Allie. Eu não quero incomodar mais você do que eu faço.” – ela revirou os olhos.

– “Sabe, às vezes você calada é melhor.” – ela sorriu. – “Eu gosto da sua companhia e você não é um incomodo. Enfie isso na sua cabecinha grande e dura.”

– “Ei, eu não tenho cabeça grande!” – nós duas rimos. Fiquei feliz por o bom humor de Alice me contagiar. – “De qualquer forma eu não quero te atrasar. Divirta-se, então!”

– “Tem certeza de que não quer ir?” – neguei com a cabeça.

– “O dia foi bastante cansativo hoje.” – murmurei suspirando. Ela fez o mesmo e depois sorriu.

– “Tchau, Bella.”

– “Tchau.” – falei vendo o carro desaparecer na rua.


Notei que tudo a minha volta ainda estava claro e, perguntei-me que horas eram. Defini que eram horas o suficiente para eles ainda estarem no treino. Fiquei feliz por confirmar isso ao não detectar nenhum carro a minha volta. Abri a porta de casa e apoiei-me na porta para retirar os sapatos de salto que me incomodavam, e... AH NÃO!



O que o aquele idiota pensa que está fazendo sentado no meu sofá?



– “O que você está fazendo aqui?” – esbravejei, cogitando a possibilidade de atirar o sapato nele.


– “Amigos visitam amigos, Bella”

– “E desde quando eu sou sua amiga?

– “Gosta mesmo de me maltratar?”

– “É, eu gosto.”

– “É bom descobrir outra forma de te dar prazer.” – ele sorriu de canto e meu coração acelerou. Senti meu rosto ruborizar, e isso me irritou ainda mais.

– “Saia daqui” – falei autoritária, apontando para a porta. Ele fitou meu braço parecendo preocupado.

– “O que aconteceu com seu braço?” – ok, eu não iria cair nessa de preocupação novamente.

– “Nada que seja do seu interesse.” – ele suspirou, não tirando os olhos da faixa. - “Saia daqui!” – disse ainda mais alto esperando o idiota ir embora.

– “Não antes de você me dar o que eu quero.”

– “E o que você quer?” – perguntei exasperada. Ele levantou do sofá, jogando de qualquer jeito o controle no chão e se aproximou de mim.

– “Não é óbvio?” – ele disse com um dedo vacilante tocando as minhas bochechas. “Eu quero você.”


[Edward]



– “Por quê?” – ela falou, sua voz já mais controlada. Eu sorri, puxando minha mão de volta.


– “Não preciso de um motivo, eu te desejo.” – disse verdadeiramente. Eu sei que com qualquer outra garota a verdade simplesmente não funcionaria, mas ela era diferente de qualquer uma que eu já havia conhecido.


Senti meu baixo ventre se apertar em desejo ao tocar sua coxa torneada, exporta pela saia extremamente curta e tentadora que usava. Para minha surpresa, ela não me estapeou ou coisa parecida, apenas sorriu, o que qualquer garota – menos ela – faria. Isso me assustou um pouco.



– “Você me quer?” – sussurrou. Fiquei confuso, era um sinal verde? Fitei seus lábios entreabertos e controlei, momentaneamente, meus instintos animalescos que me ordenavam por possuí-la aqui e agora.


– “Não imagina o quanto...” aproximei meu rosto do seu, deixando-os a pouquíssimos centímetros de distância, só esperando outro sinal verde para avançar e a levar a loucura. – “Eu quero transar com você, Isabella...” confessei mais uma vez, sentindo meu baixo ventre se contrair ainda mais. Deus, essa garota me enlouqueceria! Ela sorriu outra vez. Acompanhei-a, e antes que meus lábios grudassem nos seus, ela se afastou, me deixando bestificado.

– “Mas eu não vou transar com você hoje.” – murmurou enquanto ia em direção da cozinha.


Passei a mão frustradamente pelo meu rosto e cabelos. Eu tinha ouvido direito? Ela voltou para meu campo de visão, segurando um copo d’água com braço enfaixado. Mais uma vez me perguntei o que aconteceu.



– “Você é completamente absurda!”- exasperei, caminhando até ela e tomando a água de suas mãos. Estava a ponto de esvaziar o copo, quando ela o tomou de minhas mãos rindo.


– “Acho melhor você ir...” – murmurou. Ela estava me expulsando?

– “Por quê?”

– “Porque é tarde e você não vai conseguir nada. Aliás, onde está Emmett?”

– “No treino.” – dei ombros.

– “E... como você entrou aqui?” – sorri em ultraje.

– “Nunca saberá.” – ela revirou os olhos apontando para a porta. Reprimi um suspiro e desejei passar mais tempo com ela. – “No que está pensando?” – perguntei subitamente. Ela sorriu.

– “Em como eu estou com fome.”


Bingo.



– “Ótimo!” – exultei sorrindo. – “Vamos sair pra comer.”


– “Aonde você vai me levar?” – perguntou desconfiada. Ergui minhas mãos em rendição.

– “Você escolhe o lugar.”

– “E quais são suas intenções?” – ela arqueou uma sobrancelha, eu sorri.

– “Minhas intenções não podem ser somente desfrutar da sua companhia?”

– “Não sabia que você tinha intenções não–sexuais.” – eu ri sem humor.

– “Não necessariamente.” – havia um pouco de verdade quando eu dizia que me sentia bem ao seu lado. Eu me sentia. 

– “Eu vou, mas sem gracinhas e nada de ficar me atirando camisinhas.” – ela falou e em seguida eu vi o arrependimento passar por seu rosto e suas bochechas ficarem vermelhas, apesar de ela se virar rapidamente para dentro. Mordi meu lábio, prendendo o riso.


Então, isso significava que ela tinha guardado meu presentinho? Ponto pra mim.



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Notas finais do capítulo

*Roberto Carlos ON* Eu voltei, agora pra ficar. Porque aqui, aqui é meu lugaaaar! *Roberto Carlos OFF*
Oi pessoas. Sim, eu voltei para Por Toda Minha Vida E ainda com um capítulo novo para vocês!
Agradeço muito ao apoio, aos reviews, as recomendações... aaa, eu agradeço por tudo! Por que vocês fazem o dia de Bia&Kryss mais feliz Muito obrigada, gente!

E ai, gostaram? Odiaram?
Gritem por aqui!
Beijos,
Bia.