Foi naquele momento, quando os dois estavam se beijando sob a chuva, que tudo se tornara mais claro do que nunca para Queenie Goldstein. Ela estava completamente apaixonada por Jacob Kowalski, um no-maj.
Desde o início, ela não tinha ligado para o fato de que ele não era bruxo e que mais cedo ou mais tarde, teria que ser obliviado a respeito de toda a bruxidade e consequentemente dela. Deixou deliberadamente que o trouxa a encantasse com magias que lhe eram desconhecidas. A curiosidade de Queenie falava mais alto que o bom senso. Ela queria conhecer aquele intrigante homem, o primeiro no-maj que conhecia. Ela acabou dando uma de Dorcus, pois se deixou fazer de boba pelo amor. No fundo, ela sabia que eles não podiam ficar juntos.
Aqueles dois eram os únicos que desafiavam abertamente a Lei de Rappaport, que proibia bruxos e no-majs de confraternizarem. Se juntaram, pois sabiam que somente assim poderiam superar as adversidades, seja dos Animais Fantásticos, do MACUSA, ou do Obscurus.
Queenie lembrava nitidamente que quando estavam conversando no bar, ele assegurara que era único. Naquela ocasião, Jacob devia ter esquecido que a mulher com quem falava era legilimente, pois logo depois pensou em como Queenie com certeza também era única, mesmo entre as bruxas.
Mais tarde, sob a chuva do esquecimento que concretizaria a obliviação e a separação entre aqueles dois indivíduos e mundos diferentes, tudo era muito claro. A feiticeira soube que valia a pena lutar por aquele amor. Ele valia mais dragots do que poderia gastar em uma vida inteira. E era único.