Hackertype [HIATUS] escrita por InfinityHolic


Capítulo 5
Voltando ao Passado (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Aos que gostam de trilha sonora, sugiro esta: https://youtu.be/yLKrNQDFVjo



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— Quem foi atacado?

Os sussurros atravessavam a sala desde que os bipes das mensagens soaram, buscando com curiosidade e temor saber quem havia escapado dos ataques por mais um tempo. Pela primeira vez em dois anos que Leon estudava naquela escola, Tao saiu do lugar que habitualmente ocupava, o que contribuiu para que aquele fim de manhã fosse ainda mais incomum em relação aos outros. A garota sentou-se ao seu lado com o celular apoiado nas pernas, de forma que o professor não visse, e ficou passando as imagens que recebeu com uma mão enquanto copiava a matéria com a outra, arrumando os óculos de vez em quando para conseguir ver os prints melhor.

Ninguém pareceu reparar na cena, para a sorte dele que, de forma discreta, escreveu a mesma pergunta que todos estavam fazendo no canto da folha do caderno e deu um toque no ombro da colega de cabelos cor-de-rosa.

Alternando o olhar entre o celular e o professor, a hacker rabiscou algumas coisas no próprio caderno, empurrando-o alguns centímetros mais perto de Leon e Nino, que estava sentado do outro lado do rapaz e também demonstrava interesse. Demoraram alguns segundos até decifrar o garrancho escrito às pressas.

Nino

Kim

Outros que você não conhece

Sem professores dessa vez

20 imagens

Seu coração falhou uma batida. Encarou os olhos de Nino, que cintilavam num roxo vívido, demonstrando claramente que o rapaz não gostou de saber disso. Puxou o próprio celular no mesmo minuto para ver o que se tratava, deixando Leon ainda mais tenso, pela possibilidade de terem usado seu nome para difamar seus amigos mais uma vez.

— Tsc, é o melhor que consegue fazer, Tao? — O rapaz de cabelo laranja falou baixo, provocando-a por puro hábito, e passou a mensagem para Leon ler — Não cara, não foi você quem “mandou” essa mensagem, segundo isso aqui, foi… Eu nem conheço esse cara!

“Cheater maldito, se acha só porque desenvolve uns scripts toscos pra uns joguinhos aqui e ali, até parece que consegue uma pontuação relevante num jogo que ele mesmo não tenha programado”.

Pensou em corrigir o amigo sobre como era perigoso, até para eles, que Nino ficasse falando sobre Tao e Phantasma serem a mesma pessoa. Primeiro, porque não havia provas, segundo, porque a escola estava praticamente clamando pela cabeça de Phantasma numa bandeja e não duvidava nada de que, quando ele fosse descoberto, quem quer que andasse com ele apanharia junto, independente de ser culpado ou inocente, mas não era o melhor momento para aquilo.

“Até porque, se você realmente se importasse com isso, você não ficaria sentado ao lado dela” Sua consciência o acusou. De fato, se esforçava para ignorar alguns olhares assassinos que outros alunos lançavam na direção de Tao.

Como num estalo de epifania, um pensamento o ocorreu.

Talvez Phantasma não fosse simplesmente um agente do caos como quisesse parecer, talvez ele tivesse um alvo, ao contrário do que pensavam.

Talvez.

Decidiu que observaria com mais atenção as coisas dali para frente.

— Acha mesmo que se fosse eu por trás de tudo, eu me limitaria a insinuar que você trapaceia nos jogos? — O sussurro debochado de Tao foi seguido por um riso baixo — Faça-me um favor.

— Vocês dois, chega — Leon pediu baixo — O professor está de olho e vocês sabem como ele é chato.

Tao e Nino pareceram entrar num acordo mútuo de não-provocação e o resto da aula transcorreu em silêncio, apesar de uma tensão praticamente palpável no ambiente que atingia toda a sala. No momento da troca de professores, um burburinho explodiu enquanto a próxima professora não chegava e Leon aproveitou para puxar do bolso o próprio celular, vendo os prints por si mesmo.

Eram assustadores, como esperado. O conteúdo não era muito diferente dos da mensagem anterior: Segredos e mais segredos revelados, como Tao havia lhe dito, sem professores ou qualquer funcionário dessa vez, deveria se sentir aliviado com isso?

— Quantas são verdadeiras, Tao?

— Excelente pergunta. Duas eu sei que são falsas, mas as outras… Vou ter que procurar mais sobre.

— E esta sobre a Kim? — A voz grave de Nino indagou — Sabe se Íris realmente disse isso sobre ela?

Bem lembrado, ainda havia Kim! Quase bateu na própria testa, sentindo-se culpado por esquecer da garota tão repentinamente e olhou pelo canto do olho para Ian, que estava sentado no outro lado da sala. Pela cara dele, já havia visto as mensagens.

Seu coração se apertou. Procurou o que Phantasma dizia sobre Kim, percebendo que ele atribuiu a fala à Íris, uma das garotas com quem a amiga montou um grupo de dança.

“Kim Arch… Não sei qual é a dela, sabe? Ela sempre teve aquela coisa de se dedicar 100% a dança e tal, mas as vezes me pergunto se não faz isso só pra conseguir atenção dos garotos. Ela é bonita, sabe que é bonita e vive se cuidando, não sei… Acho que esse amor pela dança dela é apenas fachada, no fim, o que ela quer é um monte de garotos em cima dela, só acho”.

“Isso foi cruel” Pensou com desgosto, imaginando como Kim estaria. Queria falar com a garota, estava preocupado e percebeu que Ian não estava numa situação muito diferente. O garoto nunca deixava transparecer o que estava pensando, mas para Leon, vê-lo consultando nervosamente o relógio várias vezes em menos de um minuto era um sinal visível de que queria falar com Kim tanto quanto ele.

A medida em que o tempo passava, Leon pôde comprovar em primeira mão a verdade contida na frase “O tempo é relativo”, quanto mais rápido queria que as horas passassem para falar com Kim, mais devagar o ponteiro parecia se arrastar no relógio. Quando as aulas da manhã acabaram, foi como se uma eternidade tivesse chego ao fim, viu Ian jogar as coisas na bolsa e sair praticamente correndo e suspirou, chegariam ao mesmo lugar, mas não sabia se o amigo iria querer vê-lo.

O celular vibrou em sua perna e ele arregalou os olhos pensando se tratar de outra mensagem do Phantasma, porém era apenas Kim. Tao e Nino se aproximaram para ler.

“Íris realmente disse isso?”

— Eu amaria saber a lógica que existe em Íris falar mal da sua dança quando ela faz a mesma coisa, mas vou procurar saber sobre — Tao falou baixo e Leon deu um suspiro de alívio, enviando a resposta da garota para Kim na mesma hora.

— Vamos — Nino chamou assim que terminou de arrumar suas coisas — Quer falar com ela, certo?

— Sim, mas Ian provavelmente já está lá, então talvez seja melhor esperarmos — Falou incerto.

— Ah, faça-me um favor! — Tao jogou a mochila nos ombros e ajeitou os óculos — Você ainda está esperando que ele venha falar com você sobre aquilo? É você quem tem que ir atrás dele para se explicar, a reconciliação não vai cair do céu.

Leon se encolheu, de fato, era mais fácil para ele esperar Ian vir puxar o assunto, porém conhecendo-o pelo pouco que conhecia, aquilo podia demorar para acontecer.

— Nunca pensei que diria isso, mas ela está certa — Nino admitiu a contragosto — Você devia aproveitar essa chance para tentar falar com ele.

Leon respirou fundo, o receio de levar outro soco ainda estava ali, mas a vontade de ter um amigo de volta era maior.

— Ok, vamos.

~X~

O terreno do colégio era enorme e dividido em vários prédios. O principal, onde as turmas tinham as aulas durante a manhã, era de longe o maior deles, comportando também alguns dos laboratórios de informática presentes, o refeitório e salas administrativas como a secretaria e sala do diretor. A biblioteca ocupava um prédio inteiro mais ao fundo, do outro lado, havia o ginásio de esportes e a piscina de natação; para completar o conjunto, existiam mais dois grandes prédios onde os alunos assistiam as aulas complementares pelo período da tarde, dependendo da matéria que escolhessem.

Esse era o principal atrativo do Da Vinci's Heirship Academy: a possibilidade de o próprio aluno escolher parte das matérias de sua grade curricular, o que possibilitava uma ótima chance dos estudantes desenvolverem suas habilidades. No período da manhã, aprendiam as matérias obrigatórias por lei, durante a tarde, tinham suas aulas de acordo com o horário que montaram; o regulamento não definia número máximo de matérias opcionais, mas deixava claro que cada aluno deveria escolher no mínimo duas.

Não precisaram chegar à sala de Kim para encontrá-la. A garota vinha acompanhada de Ian e, apesar da expressão decidida, seu estado cortou o coração de Leon: o longo cabelo azul, sempre preso num rabo-de-cavalo firme e alto, estava solto para esconder o rosto da garota, que enxugava suas últimas lágrimas. Um dos braços de Ian estava sobre seus ombros, num gesto protetor, e o rapaz hesitou ao ver o trio na direção deles, mas Kim apertou de leve sua blusa, pedindo para que ficasse.

— Kim… — Leon começou incerto, mas a garota o interrompeu.

— Eu estou bem — Terminou de secar as lágrimas com a manga da blusa — Só não quero que isso seja verdade e… Digamos que tive que escutar umas coisas não muito legais na sala, ao que parece, a opinião de que eu sou uma vadia que no fundo quer pegar todos da escola é bem recorrente, acredita pediram até nudes?

As reações foram diversas: Leon e Nino arregalaram os olhos, Ian encarou-a nitidamente implorando pelo nome da pessoa e até mesmo Tao pareceu desconfortável com o assunto.

— Por curiosidade — Os olhos vermelhos cintilaram — Quem foi?

— Pietro. Mas não se preocupem, não é como se isso me afetasse — Respirou fundo — Só sinto pena da namorada dele, me pergunto como alguém tão legal quanto a Diane aguenta um cara tão chato quanto ele.

— Ex-namorada — Tao corrigiu — Terminaram no último fim de semana.

— Como você sabe? — Ian ergueu uma sobrancelha, praticamente adivinhando a situação ao ver o sorriso de canto da mais baixa — Foi você, não foi?

— Diane desconfiava que estava sendo traída e me pagou para verificar se as suspeitas eram infundadas. Não me olhem desse jeito, se vocês estivessem no lugar dela, prefeririam ser enganados por alguém que diz amar vocês e passa a mão no primeiro rabo de saia que aparece? — Silêncio — Foi o que eu imaginei.

— Falando em enganar — Leon respirou fundo, era a hora — Posso falar com você, Ian?

O moreno encarou os olhos amarelados e pareceu considerar a proposta. Era visível que ainda estava desconfiado e Leon simplesmente não conseguia entender a razão de tudo aquilo, quando foi que havia minimamente dado motivos para Ian duvidar dele?

— Acho uma excelente ideia — Kim falou, puxando Tao e Nino pelos braços — Por sinal, lembrei de um conveniente compromisso inadiável e vocês dois vem comigo.

Antes que pudessem protestar, ela os arrastou, deixando os dois rapazes a sós.

— Ela não sabe ser discreta — Leon riu baixo, nervoso.

— Pois é — Ian observou os cabelos azuis de Kim com um sorriso sutil antes de recuperar a seriedade — Antes de você começar, Leon, posso fazer uma pergunta?

— O quê? — Leon piscou, surpreso — Oh, claro que pode.

— Como descobriu sobre o acidente?

Os olhos amarelos de Leon perderam um pouco do brilho.

— Você não acredita mesmo em mim, não é?

— Talvez acredite, se você me der uma explicação convincente, mas não aqui — Olhou ao redor, o pátio estava cheio de estudantes em horário de almoço — Vamos para outro lugar.

Leon e Ian foram até uma das belas áreas verdes que cercavam os prédios, aproveitando a sombra de uma árvore, sentaram-se a seus pés e o rapaz de cabelos castanhos de repente achou seus sapatos muito interessantes. Era mais fácil ficar encarando-os em vez de olhar para a expressão reprovadora de Ian, mas apesar da insegurança, juntou forças e o observou com a consciência limpa de que não havia feito nada de errado.

— Ian, eu não sei o que aconteceu com você. De verdade, eu não sei — Começou, fazendo questão de olhar o rapaz nos olhos, ainda que nervoso — Muito menos sei como o Phantasma descobriu isso, mas eu te garanto que não fui eu! Poxa, eu já dei motivos para algum de vocês desconfiar de mim em algum momento?

— Não – Ian se viu obrigado a concordar — Mas é justamente isso o que me preocupa.

Leon parou por um minuto, sem acreditar no que estava ouvindo.

— Você está desconfiando de mim porque eu nunca te dei motivo para desconfiar? — Ergueu uma sobrancelha, a tensão dando lugar a uma perplexidade sincera — Ian, se for assim, essa paranoia não é normal! — Encarou-o genuinamente preocupado — Desculpa se eu estiver me metendo onde não devo, mas tem a ver com o acidente que o Phantasma mencionou, não é?

Em pouco mais de um ano de convivência, era a primeira vez que via esse lado do rapaz. Obviamente havia notado que Ian era um pouco mais arisco e calado que a média, mas jamais imaginou algo nesse nível. Os olhos verdes se estreitaram e Leon viu um pouco de dúvida surgir antes do amigo respirar fundo.

— Você é capaz de jurar que não sabia de nada?

— Juro quantas vezes for preciso — Reafirmou — O que aconteceu, Ian?

— Você tem sonhos, Leon?

“É o quê?!” Surpreendeu-se, sem saber como lidar com a brusca mudança de assunto.

— Sim, tenho — Respondeu depois de alguns segundos — Quero ser professor de biologia.

— Sério? Que inesperado — Ian sorriu um pouco — Eu pretendo ser médico.

Ok, agora era a vez dele achar inesperado e, com certeza, algo em sua expressão denunciou isso, porque Ian riu baixo. Um riso curto e triste.

— O que foi? É tão estranho assim?

— Hum… Um pouco, mas faz sentido se parar para observar suas matérias extras, eu é que sou lerdo — Admitiu. Ian era um dos alunos mais inteligentes da classe, se não do colégio, mas, talvez com exceção da camisa social que sempre usava, nem de longe fazia o estereótipo de nerd: Era alto, com músculos razoavelmente definidos, olhos verdes num tom escuro, cabelo platinado e liso que chegava a altura dos ombros e contrastava com a pele morena, um pequeno brinco em uma das orelhas completava o visual.

Se fosse mais carismático seria incrivelmente popular, embora a personalidade fechada não impedisse que algumas garotas suspirassem quando ele passava nos corredores.

— Não se preocupe, você não é a pior reação que eu vi — Respondeu Ian, entrelaçando os dedos.

— Mas eu ainda não entendo o que isso tem a ver com a mensagem do Phantasma — Leon insistiu, encolhendo os ombros.

— Vai entender quando eu terminar de contar — Ian continuou — Aconteceu no ano passado: Eu estudava numa escola que fica no outro lado da cidade, não sei se você a conhece, mas isso não importa. Não era muito diferente daqui, eu sempre me destaquei nas notas porque desde criança sempre quis ser um médico, um geriatra, mais especificamente

— Geriatra?! — Leon o interrompeu antes que percebesse, ambos os olhos arregalados, estava tendo surpresas demais em menos de uma hora — Desculpe.

— Tudo bem, acho que explicar esse detalhe vai ajudar: Eu descobri ainda criança que queria ser geriatra por causa de uma visita que fiz a um abrigo de idosos. Você se surpreenderia em ver como é lá dentro, o espaço físico pode até ser impecavelmente limpo e tudo o mais, só que é um espaço bonito cheio de pessoas tristes. Muitos deles se isolam e vivem infelizes porque foram praticamente abandonados pela família sem cuidado nenhum. Eu quero fazer algo por essas pessoas, ninguém merece viver para ser esquecido no fim.

Leon assentiu com a cabeça, sem saber o que dizer. O Ian que estava diante de si de repente parecia alguém completamente diferente do rapaz que conheceu no primeiro dia de aula e com o qual a professora havia lhe colocado para fazer um trabalho em dupla. Era a primeira vez que falavam sobre futuro, carreira, motivações e assuntos semelhantes, até o olhar de Ian parecia outro por conta daquilo, a maioria das conversas que tinham geralmente era sobre os trabalhos da semana e notícias do momento, temas superficiais com comentários igualmente superficiais.

— Entendo — O rapaz de cabelos castanhos assentiu — Continue.

— Voltando à história principal: Eu sempre me esforcei nas notas porque sabia que, se quisesse ser um bom médico, o melhor lugar para isso tem um nome: Hippocrates Institute of Modern Medicine, conhece? É uma das faculdades de medicina mais conceituadas do país, porém o processo de seleção é extremamente meticuloso. Como se não bastasse a prova num nível extremamente alto, ainda há uma entrevista depois em que eles avaliam tudo sobre você: Histórico escolar, ficha, reputação, antecedentes criminais… E só então o veredicto.

— Oh — Leon inclinou a cabeça — Eu ouvi falar, mas não sabia de toda essa parte burocrática, achei que era só uma prova — Comentou baixo — Mas até aí, seu histórico é impecável e cheio de notas altas, qual o problema?

— O problema… — Ian falou depois de um profundo suspiro — É que apesar das notas altas, minha ficha não é tão limpa quanto parece.

Leon o observou em silêncio. Seu amigo parecia profundamente triste revirando toda aquela história e um lado de si mesmo dizia que deveria deixar o assunto para lá e lhe dar paz, só que a curiosidade era maior, a parte que queria saber detalhes sobre a história e qual o dano que tudo aquilo havia causado a Ian para que este lhe desse um soco no rosto sem pensar duas vezes por causa da acusação gritava por respostas.

Fez um sinal para ele continuar.

— Eu dei tudo de mim a partir do momento em que decidi passar naquela faculdade. Noites e mais noites estudando desde criança, porque não bastavam notas apenas boas: Elas precisavam ser perfeitas. Além disso, estudei assuntos de classes bem mais avançadas que a minha por conta própria para garantir que, quando o momento finalmente chegasse, teria tudo na ponta da língua. Reprovar para mim nunca foi uma opção, eu tinha que me assegurar ao máximo de que passaria na prova custe o que custar.

Os olhos amarelos o observavam com uma estranha mistura de espanto, admiração e até um pouco de medo. Entendia perfeitamente a determinação de Ian em passar na faculdade que tanto queria, mas de alguma forma aquilo não parecia muito saudável, não naquele nível. Podia entender que muitos jovens na idade deles fizessem esse tipo de coisa, achava até natural, mas pelo que Ian lhe contava, ele havia começado aquela rotina louca quando ainda era um pré-adolescente.

— Hã… E o que aconteceu então?

O rapaz de olhos verdes o encarou com pesar.

— Tudo foi tirado de mim por causa de um erro e um esteriótipo estúpido. Foi isso o que aconteceu.


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Notas finais do capítulo

NÃO. ME. MATEM, por favor -q
Tudo o que eu queria colocar no capítulo o deixaria com o dobro desse, então dividi em duas partes, mas não poderei postar hoje. Enquanto isso, me digam: O que acharam do Ian? O que será que aconteceu com ele de forma tão súbita? Admito que meu amor por ele cresceu nesse capítulo, ainda que tivesse a história dele toda pronta, escrevê-la pelo ponto de vista dele foi... Diferente, sei lá, só sei que estou inlove ♥



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