Harry Potter e o último vestígio de amor escrita por escritoraativa


Capítulo 8
SÉTimo


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeey!
Aí está o capítulo oito prontinho pra vcs!
Sinceramente espero que gostem e caso seja assim comentem, pf!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/717257/chapter/8

“Quantos vivem toda a vida sem descobrir o que sabem e amam?
Tantos.
Não ser um desses é essa a tua missão.”

Richard Bach

Hoje acredito que a maior satisfação na vida de um filho é surpreender os pais, e a notícia de Lílian não foi uma exceção.

Na verdade, tudo associado ao fato de ter filhos foi uma surpresa. Todo mundo reclama que o primeiro ano de casamento é o mais difícil, mas conosco não foi assim. Tampouco o sétimo ano, o suposto ano da crise, foi o mais difícil.

Não. Para nós o período mais difícil – talvez tirando os últimos tempos – foi o que se seguiu ao nascimento de nossos filhos. Parece haver uma falsa crença, sobretudo entre casais que ainda não são pais, de que o primeiro ano de vida de uma criança é igual a um comercial de fraldas descartáveis, cheio de bebês e pais tranquilo e sorridentes.

Minha mulher, ao contrário, ainda se refere aquela época como “a era do ódio”. É claro que fala assim de brincadeiras, mas duvido muito que ela queira reviver aqueles anos, como eu também não quero.

O “ódio” a que Gina se refere é o seguinte: havia ocasiões em que ela odiava praticamente tudo. Odiava a própria aparência e a forma como se sentia. Odiava mulheres cujos seios não doíam e as que ainda cabiam nas roupas. Odiava o fato de sua pele ter ficado oleosa e odiava as espinhas que surgiam pela primeira vez desde a adolescência. Mas o que mais a enfurecia era a privação de sono e, consequentemente, nada a deixava mais irritada do que ouvir as histórias de outras mães cujos filhos dormiam a noite inteira semanas depois de sair do hospital. Na verdade, ela odiava qualquer pessoa que conseguisse dormir mais de três horas seguidas,e parecia haver ocasiões em que detestava até a mim por meu papel nisso tudo. Afinal de contas, eu não era capaz de amamentar e, por causa das longas horas de trabalho, não tinha outra escolha senão dormir no quarto de hóspedes de vez em quando para poder ser alguém no Ministério no dia seguintes. Embora eu tivesse certeza de que ela compreendia a situação de um ponto de vista lógico, muitas vezes era como se não entendesse.

— Bom dia – eu ás vezes dizia ao vê-la entrar cambaleando na cozinha. – O bebê dormiu bem?

Em vez de responder, ela dava um suspiro de impaciência enquanto se encaminhava para a cafeteira.

— Teve que levantar muitas vezes? – perguntava eu, hesitante.

— Você não iria aguentar nem uma semana.

Bem nessa hora, o bebê começava a chorar. Ginny cerrava os dentes, batia com o copo de suco de abóbora na bancada e fazia uma cara de quem estava se perguntando por que Merlin parecia odiá-la tanto.

Com o tempo, aprendi que era mais sensato ficar quieto.

Há também, é claro, o fato de que ter um filho modifica o relacionamento matrimonial básico. O casal deixa de ser apenas marido e mulher e vira também pai e mãe, e toda e qualquer espontaneidade desaparece na hora. Jantar fora? Antes precisamos ver se os pais dela podem ficar com o bebê ou se conseguimos uma babá. Um filme novo estreou? Faz mais de um ano que não vamos ao cinema, programa trouxa de casais que compartilhamos e apreciamos ou caldeirão furado. Viagenzinha de fim de semana? Nem pensar!

Não estou querendo dizer que o primeiro ano foi totalmente horrível.

Quando as pessoas me perguntam como é ter filhos, respondo que é uma das coisas mais difíceis que se pode fazer na vida, mas que, em troca, ensina o que é um amor de incondicional. Aos olhos de um pai ou de uma mãe, lembrar para sempre do primeiro dia em que cada um dos meus filhos sorriu para mim. Lembro-me de bater palmas e de ver lágrimas escorrendo pelo rosto de Gina quando eles deram os primeiros passos, e não há nada no conforto de seu colo e pensar como é possível amar tanto alguém. São esses os momentos que hoje relembro com mais detalhes. As dificuldades – embora consiga falar sobre elas de forma objetiva – não passam de imagens distantes e nebulosas, mais parecidas com um sonho do que com a realidade.

Não, não existe nenhuma experiência que se compare a ter filhos. Apesar dos desafios que tivemos de enfrentar, considero-me abençoado pela família que criamos.

Só que, como eu disse, é preciso estar preparado para surpresas.

///////////////////////////////////////

Ao ouvir o que Lílian tinha dito, Ginny deu um pulo do sofá soltando um gritinho e foi direto abraçá-la. Tanto ela quanto eu gostávamos muito de John. Quando dei os parabéns e abracei minha filha, ela reagiu com um sorriso indecifrável.

— Ah, querida – repetiu Gina – Que maravilha... Como foi o pedido? Quando foi?Quero saber tudo... Deixe-me ver o anel...

Depois da muitas e curiosas perguntas, pude ver a expressão de alegria de minha mulher se desfazer quando Gina começou a balançar a cabeça.

— Não vai ser esse tipo de casamento, mãe. Já estamos morando juntos e nenhum dos dois quer fazer muito alarde. Não precisamos de liquidificador, saladeira ou qualquer coisa do tipo.

Isso não me surpreendeu. Como já disse, Gina sempre fez as coisas do seu jeito.

— Ah... – disse Gina. Antes que ela conseguisse dizer qualquer outra coisa, porém, Gina segurou sua mão.

— Tem mais uma coisa, mãe. É importante.

Lílian tornou a olhar com cautela para mim e depois para Ginny.

— É que... bom – Ela fez uma pausa – Vocês sabem que ano letivo está prestes a retornar e John terá que retornar ao castelo e as idas para nosso apartamento diminuíram por conta do fim do ano e as provas finais e como também iremos nos mudar para uma casa maior, bom estávamos pensando o que vocês achariam de...

Ela parou de falar e seu olhar por fim se fixou em Gina.

— Sim? – sussurrou minha mulher.

Lílian respirou fundo.

— Estamos pensando em nos casar no sábado que vem.

A boca de Ginny formou um pequeno O. Lílian continuou falando, obviamente ansiosa para dizer tudo antes de podermos interrompê-la.

— Sei que é o aniversário de casamentos de você...e é claro que, se não concordarem, tudo bem... mas nós dois achamos que seria um jeito maravilhoso de homenageá-los. Por tudo o que fizeram um pelo outro, por tudo o que fizeram por mim e meus irmãos. E essa parece ser a melhor forma. Queremos uma coisa simples: um juiz de paz bruxo, um jantar com a família de ambos. Não queremos presentes nem nada luxuoso. O que vocês acham?

Assim que vi a expressão no rosto de Ginny, eu soube qual seria a sua resposta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?? Gostaram?? E agora com o casamento da Lílian marcado pro msm dia do aniversário de casamento dos pais?? Comentem pf! Vejo que tem muitas visualizações, então pf leitores fantasmas tratam de aparecer e comentar pf.

Bjs, bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter e o último vestígio de amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.