Harry Potter e o último vestígio de amor escrita por escritoraativa


Capítulo 6
Quinto


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey povo!
Mais um capítulo aí pra vcs.
Espero sinceramente que gostem!
Boa Leitura!



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“Sempre tenho a estranha sensação, embora tudo tenha mudado e eu esteja muito bem agora, de que este dia ainda continua o mesmo, como um relógio enguiçado preso no mesmo momento, aquele.” 
CLARICE LISPECTOR

Era nesse pé que as coisas estavam um ano atrás.

Eu adoraria dizer que tudo melhorou logo nas semanas que se seguiram á temporada de Gina na Europa, mas não foi assim.

Pelo contrário, nossa vida continuou como antes: seguimos cumprindo nossas rotinas em separado, e os dias se sucediam sem nada digno de nota. Gina não estava exatamente brava comigo, mas tampouco parecia feliz e, por mais que eu tentasse, não sabia o que fazer para contornar essa situação.

Um muro de indiferença parecia ter se erguido entre nós sem que eu percebesse.

No final de outono, três meses depois de esquecer nossos 20 anos de casados, eu estava tão preocupado com nossa relação que sabia que tinha de falar com meu sogro.

O pai de Gina, Arthur Weasley e, se vocês o conhecessem, porque fui visitá-lo. Ele e a mulher, Molly, moravam na Toca agora alterada com pouquíssimas modificações, mais relacionada com o espaço que aumentou assim como a família.

Não fiquei surpreso ao ver que ele não estava na sala de estar quando entrei que estava vazia, já que certamente a Sra Weasley estaria no fundo do campo colhendo e cuidando de seu recém jardim, ideia que acatou da filha.

Na maioria das vezes em que ia visitá-lo, encontrava-o sentado em sua sala que era mais um sótão onde tinha objetos do mundo dos trouxas, um de seus interesses.

Bati na porta que foi prontamente aberta com um aceno de varinha.

Foi fácil reconhecê-lo: os tufos de cabelos brancos que antigamente eram ruivos, a postura ereta, cardigã azul-claro que Molly tinha tricotado com o seu nome e sobrenome que costumava preparar pra todos e não tinha perdido esse costume com o passar do tempo.

— Olá, Arthur – falei. Sabia que poderia chamá-lo de “pai”, mas nunca me sentira á vontade com isso e Arthur nunca parecera ligar.

Ao ouvir minha voz, ele virou a cabeça.

— Oi, Harry – disse ele. – Obrigado por ter vindo.

Coloquei a mão em seu ombro.

— Como estão as coisas?

— Estão bem – respondeu ele.

Passou-se alguns minutos em completo silêncio na sala.

— Vim aqui fazer uma pergunta – falei.

— Pois não? – Enquanto falava, Arthur olhava-me com a atenção parecendo saber o que seria e esperava pacientemente.

— É sobre Gina – continuei.

— Gina – repetiu ele com um murmúrio. – Como ela está?

— Bem. – Balancei a cabeça e me remexi no lugar, pouco á vontade.

— E os meninos?

— Bem, também. Tiago e Alvo juntamente com o seu time levaram o troféu na Copa Mundial, como você deve ter visto no Profeta Diário. Gina cobriu com exclusividade os treinos, as partidas e entrevistas com todos eles. Lílian está indo muito bem em seu último ano em Hogwarts.

— Que sorte a sua, Harry – disse ele – Espero que saiba como é privilegiado por seus filhos terem se tornado adultos assim tão maravilhosos.

— Eu sei – respondi.

Nós nos calamos. De perto, sentado na cadeira perto dele, as rugas do rosto de Arthur formavam vincos, e pude ver as veias pulsando por baixo da pele cada vez mais fina de suas mãos.

— Esqueci nosso aniversário de casamento – falei.

— Ah, é?

— Vinte anos – acrescentei.

— Hmm.

— Estou preocupado com a gente – reconheci por fim.

Ele olhou-me de relance. No início, pensei que fosse perguntar por que eu estava preocupado, mas em vez disso ele estreitou os olhos para tentar ler minha expressão. Quando falou, sua voz saiu baixa e grave.

— Sabe o que eu mais lembro dos bons tempos? – perguntou ele.

Eu sabia que  ele estava se referindo á época em que não envelhecera como agora, mas sua mente estava do mesmo jeito intacta de quando era mais novo.

— Não – falei.

— De me apaixonar – disse ele – É disso que mais me lembro. Todos os dias de Molly, é como se estivéssemos começando tudo outra vez.

Ele sorriu.

— Sempre quando trago flores depois do trabalho eu faço aquilo por mim. Sempre que sentamos no sofá relembrando os acontecimentos que passamos para está aqui, é como se a estivesse cortejando, porque ás vezes, só ás vezes, ela se apaixona por mim de novo, como tinha se apaixonado tanto tempo antes. E essa é sensação mais maravilhosa do mundo! Quantas pessoas têm essa oportunidade? De que alguém que amam se paixone por elas várias vezes?

Arthur não parecia esperar uma resposta e não dei nenhuma.

Passamos a hora seguinte conversando sobre os netos e sobre a saúde dele. Não tornamos a falar de Gina nem de Molly.

Depois que fui embora despedindo-se dessa vez da matriarca Weasley que ofereceu-me levar para casa o bolo com calda de caramelo e nozes para casa. Porém, fiquei pensando no encontro com o meu sogro. Apesar das preocupações que era normal todos temos pela aparência aparentemente frágil dele, a mente parecia mais afiada do que nunca: percebi que ele não apenas já sabia que eu iria vê-lo, como também adivinhara o motivo da minha visita.

E como sempre, tinha dado a solução para o meu problema sem eu sequer ter de perguntar diretamente.

Foi então que eu soube o que tinha de fazer.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Gostaram dessa conversa entre o sr Weasley e o Harry??
Eu adorei escrever o Arthur e um pouco da história dele com a Molly, personagens que adoro e que acho que todos gostam.

Bjs bjs



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