Harry Potter e o último vestígio de amor escrita por escritoraativa


Capítulo 12
DÉCimo Primeiro


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááá people!
Mais um capítulo novinho saindo do forno!
Espero que gostem!
E boa leitura...



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Pela manhã, providenciei os smokings e comecei a enviar os convites para familiares e amigos, vizinho da lista de convidados.

“É claro que nós vamos” respondeu no pergaminho um casal. “Não perderíamos por nada”, disse outro.

Gina e Lílian tinham ido procurar flores para os arranjos e pretendiam passar na Toca, lugar escolhido para cerimônia mais para o final da tarde. Como faltavam muitas horas parei no mercado e comprei 2 pacotes de pão de forma.

Fui até a Toca e encontrei Arthur sentado á beira do lago.

— Olá Arthur – falei.

— Olá Harry – Ele continuou olhando para a água cristalina – Obrigado por ter vindo.

— Tudo bem?

— Poderia estar melhor. Mas também poderia estar pior.

Sentei-me ao seu lado no banco. O cisne do lago não teve medo de mim e continuou nadando na parte rasa ali perto.

— Falou com ela sobre fazer o casamento aqui? Perguntou ele.

Assenti. Fora essa a ideia sobre a qual eu havia comentado com Arthur na véspera.

— Acho que ela ficou surpresa por não ter pensado nisso antes.

— Ela está com a cabeça cheia.

— É, está, sim. Ela e Lílian saíram logo depois do café.

— Ela não conseguiu parar quieta?

— É, mais ou menos isso. Praticamente arrastou Lílian pela porta. Não falei com elas desde então.

— Molly ficou igualzinha na época do casamento de vocês dois.

— Imagino que ela já esteja procurando o vestido.

Olhei para ele, surpreso.

— Acho que essa foi a melhor parte para Molly – prosseguiu ele – Ela e Gina passaram dois dias na França atrás do vestido perfeito. Gina experimentou uns cem e, quando Molly voltou para casa, descreveu cada um deles para mim. Renda não sei onde, com ou sem mangas, seda, cintura marcada... Ela deve ter passado horas falando, mas era tão linda animada e emocionada que eu mal escutava o que dizia.

Coloquei minhas mãos no colo.

— Não acho que Gina e Lílian vão ter tempo para algo assim.

— Não, imagino que não – Ele se virou para mim – Mas, não importa o que ela vista, você sabe que ficará linda.

Concordei.

— Oi, pai – disse Lílian.

— Oi, querida. Como foi tudo hoje? – Perguntei.

— Divertido. Mamãe estava em pânico, mas finalmente conseguimos resolver tudo. O buquê está encomendado. Os arranjos de flores para os pulsos das mulheres e as lapelas dos homens também.

Mais tarde, Gina e eu fomos passear pelo jardim de nossa casa. Lílian tinha se afastado para atualizar John que chegaria á qualquer momento por viagem pó de Flú.

Gina parecia bastante pensativa, olhava as flores e plantações que cultivava com gosto e dedicação. Quando perguntei o que estava havendo, ela balançou a cabeça, desanimada.

— É a Lílian – confessou ela com um suspiro – Ás vezes ela ajuda nos preparativos, mas no minuto seguinte muda de ideia. E parece que não consegue tomar nenhuma decisão sozinha. Nem mesmo em relação às flores. Não sabia que cor queria para o arranjo, não sabia que tipo de flor. Mas na mesma hora em que eu digo que gosto de alguma coisa ela diz que também, gosta. Isso está me deixando maluca! Eu sei que essa história toda foi invenção minha, mas mesmo assim quem vai se casar é ela.

— Lílian sempre foi assim – falei – Lembra quando ela era pequena? Você me dizia a mesma coisa quando vocês duas saíam para comprar roupas.

— Eu sei – disse Ginny, mas seu tom de voz indicava que alguma outra coisa a estava incomodando.

— O que foi? – Perguntei.

— É que eu queria que tivéssemos mais tempo, só isso – Deu um suspiro – Sei que já conseguimos adiantar algumas coisas, mas eu poderia organizar também tipo de recepção. Por mais bonita que seja a cerimônia, o que vai acontecer depois? Lílian nunca mais vai ter a oportunidade de viver um momento desses.

Minha mulher, uma romântica incurável.

— Nesse caso, por que não fazemos uma recepção?

— Como assim?

— Por que não fazemos aqui mesmo? Basta abrirmos a casa.

Ela me olhou como se eu tivesse perdido a razão.

— Para quê? Nós não temos bufê, não temos mesas nem vamos ter música. Tudo isso leva tempo para ser organizado por mais que tenhamos um bônus como a magia á nosso favor.

— Foi a mesma coisa que você disse sobre o fotógrafo.

— Então vamos fazer diferente – insisti – Acho que já está na hora de usamos esse bônus então, carta na manga.

— Não dá tempo – Disse ela.

Surpreendendo a mim mesmo, estendi a mão para segurar a dela.

— Confie em mim.

Talvez tenha sido o meu tom sério, ou então a intensidade do meu olhar, mas, enquanto continuávamos em pé lado a lado, ela ergueu os olhos e pareceu me avaliar. Então, bem, devargar apertou a minha mão como para demonstrar que confiava em mim.

— Obrigada – disse ela, e, com sua mão segurando a minha, tive uma estranha sensação de já ter vivido aquele instante, como se tivéssemos voltado no tempo para o início do nosso relacionamento.

Por um breve instante, pude ver Gina novamente em pé debaixo da árvore em frente ao lago negro sentada ao meu lado encostando sua cabeça em meu ombro.

Agora, no presente, tudo era novidade, como tinha sido tanto tempo antes. Pouco depois, quando a vi ir embora com Lílian, de repente tive certeza de que o casamento de nossa filha era a maior bênção que havia nos acontecido em muitos anos.

Quando Gina entrou pela porta de casa mais tarde nesse dia, o jantar já estava quase pronto.

Acendi o forno – o prato era frango empanado, batatas assadas recheadas com Cream Cheese, cebolinha com molho rosê – limpei as mãos enquanto saía da cozinha para recebê-la.

— Oi – falei.

— Oi. Como foram os convites? – Perguntou ela, pondo a bolsa sobre a mesa de canto – Eu me esqueci de perguntar mais cedo.

— Até agora, tudo bem – respondi – Todo mundo na lista confirmou presença. Pelo menos as pessoas que responderam.

— Todo mundo? Isso é... maravilhoso. Em geral todos estão de férias nesta época.

— Assim como nós...

Ela deu uma risada descontraída e fiquei feliz em constatar que seu humor parecia ter melhorado.

— Ah, claro, nós só estamos á toa, relaxando, não é? – disse ela com um gesto da mão.

— Não está tão ruim assim.

Quando sentiu o cheiro que vinha da cozinha, seu rosto adquiriu uma expressão intrigada.

— Você está preparando o jantar outra vez?

— Não achei que você fosse estar com disposição para cozinhar hoje.

Ela sorriu.

— Quanta gentileza – Seu olhar encontrou o meu e ela preceu me encarar por um pouco mais de tempo que o habitual – Você se importa se eu tomar uma ducha antes de comermos? Estou suada. Passamos o dia inteiro de um lado para outro.

— Claro que não, fique á vontade – Respondi com um aceno.

Alguns minutos depois, ouvi a água correr pelos canos. Preparei os legumes, requentei o pão da véspera e estava pondo a mesa quando Gina entrou na cozinha.

Assim como ela, eu havia tomado uma ducha depois de chegar da Toca. Em seguida vestira uma calça nova, já que a maior parte das antigas não me servia mais.

— Essa é a calça que eu comprei para você? – Perguntou Gina, parando junto á porta.

— É. Que tal?

Ela me olhou com uma expressão avaliadora.

— Ficou boa – disse ela – Deste ângulo dá para ver que você emagreceu bastante.

— Que bom – falei – Seria horrível pensar que passei o último ano sofrendo á troco de nada.

— Você não sofre. Começou a caminhar e treinar, apenas, mas não sofreu.

— Experimente acordar  antes de o sol nascer, principalmente com chuva.

— Ah, coitadinho! – provocou ela – Como a sua vida deve ser difícil...

— Você não faz ideia.

Ginny riu. Antes de descer, ela também tinha vestido uma calça confortável parecendo aquelas sociais, mas dava pra ver que era de malha.

Seus cabelos já secos, certamente por um feitiço, pois sua blusa exibia algumas poucas gotas de água. Mesmo quando não se esforçava para isso, ela era uma das mulheres mais sensuais que eu já vira.

— Ouça só isto – disse ela – Lílian disse que John está adorando nossos planos. Ele parece mais animado do que ela.

— Lílian está animada. Mas também nervosa, pensando em como tudo vai ser.

— Não está, não. Lílian nunca fica nervosa com nada. Ela é igual a você.

— Eu fico nervoso, sim – protestei.

— Não fica, não.

— É claro que fico.

— Diga uma vez em que ficou, então.

Pensei um pouco.

— Tá bom – falei – Fiquei nervoso incontaveís vezes, mas quando voltei para cursar meu último ano em Hogwarts.

Ela pensou um pouco antes de fazer que não com a cabeça.

— Você não estava nervoso com a escola. Você foi um aluno excelente, mesmo não sendo o melhor em poções ou se metendo em confusões durantes os anos escolares.

— Não era com os estudos ou disciplinas que eu estava nervoso, e sim com a possibilidade de perder você. Ainda mais depois de ter terminado tudo para proteger você e não ser um alvo fácil estando comigo. Quando retornou para concluir seu sexto ano e eu atrás das Horcruxes. Eu estava com medo, pois tinha certeza de que algum garoto que teria aúdacia iria aparecer para roubar você de mim. Eu teria ficado inconsolável com tudo acontecendo e ainda mais isso.

Ela me olhou com um ar curioso, tentando entender o que eu tinha acabado de dizer. Em vez de responder ao meu comentário, porém, levou as mãos aos quadris e inclinou a cabeça.

— Sabe de uma coisa? Eu acho que você está sendo pego de jeito por essa história toda.

— Como assim?

— Pelo casamento. Veja só: você fez o jantar duas noites seguidas, está me ajudando com todos os preparativos,  fica relembrando o passado, todo nostálgico... Acho que essa animação toda está contagiando você.

Ouvi um bip quando o timer do forno soou.

— Sabe de outra coisa? Acho que talvez você tenha razão – falei.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Parece que temos alguns avanços de Hinny aí hein??

Bjs, bjs

Até mais...



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