Um Anjo Em Minha Vida - Concluída escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Hey, pessoal!!!
Olha eu aqui atualizando rapidinho.
Boa leitura!!!
P.O.V Da Jade
— Tudo bem? - Perguntei a Tori que chegou às 22h:17min.
— Sim. - Respondeu sem olhar em meus olhos.
— Eu já estava preocupada, liguei para você e o seu celular estava desligado. - Percebi que ela estava estranha.
Não olhava para mim, torcia os dedos, parecia nervosa.
— Meu celular descarregou. - Murmurou passando por mim.
— Fala a verdade, aconteceu alguma coisa? - A segui.
— Não. - Negou, não senti que ela estava sendo sincera.
— Ficou esse tempo todo vagando por aí? - Perguntei, desconfiada.
Tori parou de andar e se virou para mim.
— Por quê quer saber? Acho que não te devo satisfação. Sou adulta, independente e sei me cuidar. - Ela foi um pouco rude, era a primeira vez que falava daquela forma comigo. - Agora vou dormir. Boa noite! - Me deu as costas, me deixando ali confusa e chateada.
Ela estava me escondendo algo e eu odiava quando me escondiam as coisas.
[...]
No dia seguinte...
— A senhora Milles vai me pagar para aparar o jardim e dar banho no cachorro. - O moreno disse quando terminou de tomar o café.
— Dar banho no cachorro? - Indaguei e ele assentiu. - Consegue fazer essa tarefa? - Perguntei.
— Consigo. - Respondeu com firmeza.
— Tudo bem. - Recolhi toda a louça suja e coloquei no lava-louça. - Você não tem que ir trabalhar, Tori? - Perguntei a ela que preparava uma vitamina.
— Vou daqui à pouco. - Respondeu.
— Certo. - Assenti. - Já vou. Não quero chegar atrasada. - Falei.
Me despedi dela com um beijo no rosto e dei um selinho no Beck.
— Vê se não apronta, hein? - Baguncei seu cabelo.
— Vou me comportar. - Abriu um sorriso angelical.
[...]
— Bom dia, meninas! - Falei entrando no estúdio.
— Bom dia, Srta. West! - Minhas alunas já estavam em fila.
— Hoje temos uma nova coreografia. Vamos nos aquecer primeiro. Teremos duas semanas para ensaiar. Vocês estão animadas para esse campeonato anual? - Perguntei seguindo para a barra de aquecimento.
Algumas assentiram, outras não.
— Tia, estão batendo na porta. - Hannah, a mais baixinha da turma avisou. Ouvi as batidas.
Ajeitei meu coque e fui abrir a porta. Keyla Anderson, uma das donas da Academia de dança estava acompanhada de uma garotinha.
— Bom dia, Jadelyn. - A mulher beirando os 40 adentrou o estúdio conduzindo a garotinha que parecia tímida para dentro.
— Bom dia, Sra. Anderson. - A cumprimentei.
— Essa é a sua nova aluna. - Apontou para a menina que tinha pele clara, olhos e cabelos castanhos escuros.
— Oi. Como é seu nome? - Perguntei.
— Camille. - Respondeu em voz baixa.
— Prazer, Camille, seja bem-vinda. Espero que goste daqui. Quantos anos você tem? - Perguntei.
— 6. - Respondeu ainda tímida.
— Meninas digam 'Oi' para a Camille. - Me virei para minha turma.
— Oi, Camille. - Quase todas sorriram e acenaram.
Camille abriu um pequeno sorriso. Ela estava com uma mochila rosa nas costas. Usava faixa e sapatilhas rosa-bebê. Já estava usando trajes de mini bailarina.
— Quer se despedir do seu pai, querida? - Perguntou a Sra. Anderson.
— Quero. - Assentiu a pequena.
[...]
— Tia, a Milla me beliscou. - Denise apontou para a garotinha loira de olhos verdes.
Milla era uma verdadeira pestinha, sempre implicava com as coleguinhas.
— Você não tem jeito mesmo, não é? - A repreendi com um olhar.
A criaturinha sapeca mostrou língua e fez cara feia.
— Ela te chama de bruxa malvada, tia. - Lucy, a mais chorona disse fungando.
— Garotinhas malcriadas não ganham doces. - Falei olhando para Milla. - Ela não vai ganhar ursinhos de gelatina. - Ajudei a menorzinha a tirar as sapatilhas que a estava incomodando.
— Eu nem gosto de ursinhos de gelatina. - A loirinha disse fazendo pouco caso.
— Gosta sim. - Sabrine, uma de suas poucas amigas a delatou.
— A aula já acabou? - Camille me cutucou.
— Dãan, claro que sim. De que Planeta você veio? Parece perdida no mundo da lua. A aula da bruxa já acabou. Meu pai já deve estar chegando. - Milla era a típica pirralha patricinha.
— Não seja grosseira, garota. Terei uma boa conversa com o seu pai. Não admito que fale assim com a Camille e nem com nenhuma de suas colegas. - Avisei, séria.
Ela resmungou e revirou os olhos. Bufei. Aquela pestinha estava ficando insuportável.
Aos poucos os pais foram chegando para buscá-las. Sobraram apenas Camille e Lucy. Lucy começou a chorar com a demora da mãe. Camille era comportada e quietinha.
— Por quê a minha mãe não chega, tia? - A pequena de olhos claros já estava com o rostinho vermelho.
— Olha, eu não sei... Agora para de chorar. Quer um chocolate? - Revirei minha bolsa procurando algum doce.
— Só quero a minha mãe. - Lucy chorou mais alto, me deixando nervosa.
Assim que a mãe dela chegou, a pequena levantou do banco e correu para o colo da loira que não era nem um pouco simpática. Segundo Lucy, ela não trabalhava. A mulher sempre estava com roupas chamativas e sempre usava batom vermelho. Ela não parecia uma dona de casa e sim uma... Bem, não era da minha conta.
— A senhora demorou como sempre. - Lhe entreguei a mochila da filha.
— Estava ocupada. Cuidar da casa não é uma tarefa fácil. - Disse olhando para as unhas compridas e bem feitas.
Com certeza, não eram unhas de uma dona de casa. O esmalte vermelho brilhava.
— Sei como é... - Forcei um sorriso.
— Você estava chorando? - Olhou para a filha que estava soluçando.
— Lucy estava com saudades. - Falei.
— É manha dela. Puxou ao pai. Dois molengas. Não suporto choro. Limpa esse nariz catarrento. Larga a minha blusa! - Brigou com a garotinha.
— Sra. German, não seja tão ignorante. Você tem uma boa filha. Lucy é uma das minhas melhores alunas. Ela só tem 6 anos. Não pode tratá-la desse jeito! - Falei me revoltando com aquilo.
— Quêm pensa que é para me repreender na frente da minha filha? Sou a mãe, trato a Lucy como ela merece. Você não tem nada a ver com isso. Cuide da sua vida! - Disse raivosa antes de agarrar o braço da filha e sair puxando a criança.
— Não tenho medo da senhora. Se eu souber que bateu na Lucy, vou te denunciar. - Falei bem alto.
Quando me dei conta, a pequena Camille estava agarrada à minha perna direita. Ela estava assustada. Não era para menos.
— Tudo bem. Tudo bem... - Acariciei seu cabelo.
— PAI! - Ela gritou me largando e correu para os braços do homem que havia acabado de chegar.
Pisquei surpresa, eu o conhecia. O moreno a pegou no colo e depositou beijos no rosto dela.
Se aproximou com a filha no colo, ela estava feliz e tocava no cabelo dele.
— Que bela surpresa. - Sorriu para mim. - Como vai, Jay? - Me cumprimentou todo gentil.
Meu coração estava disparado.
— Oi, Robert. - Olhei para sua mão esquerda. Nenhuma aliança.
— Tudo bem? - Será que eu estava com cara de boba? Assenti rapidamente.
— Aqui está a mochila dela. - Lhe entreguei a mochilinha rosa.
— Obrigado. - Por quê ele não tirava o sorriso do rosto?
— Sua filha é linda. - Falei a ele que fechou o sorriso.
— Sim, ela é... - Assentiu e sorriu fraco.
Continuamos nos encarando. Desviei o olhar e fitei o rosto de Camille. Ela tinha a cor dos olhos e cabelo iguais ao dele. Tinha a boca pequena e as bochechas coradas. O formato do rosto dela era familiar. A pele clara igual a dele.
— Pai, convida ela para almoçar em casa. Gostei muito da tia, Jade! - A pequena sorriu para mim.
— Que bom saber disso, princesa. - Beijou o rosto dela. - Aceita o convite de almoço, Jay? - Olhou para mim um pouco mais sério.
— A mãe dela não vai se incomodar? - Perguntei.
Ele não tinha aliança de casado, mas com certeza tinha uma companheira.
— Não. Sou pai solteiro. - Afirmou.
— Minha mãe foi embora quando eu ainda era bebê. - A pequena disse triste.
Robert Shapiro olhou para baixo.
— Sinto muito. - Murmurei.
— Não sinta. - Ele ergueu o olhar. - Aceita almoçar com a gente? - Seus olhos castanhos focaram nos meus.
— Acho que não tem problema. Estou faminta. E também estou aceitando porque foi ideia dela. - Sorri para a Camille.
— Claro. - Assentiu. - Vamos? - Chamou.
— Vou trocar de roupa. - Falei.
— Pai, ela não é bonita? Tem olhos de boneca. - Ouvi a pequena falar quando lhe dei as costas.
— Sim. Muito bonita. Parece uma boneca de porcelana. - Concordou.
Era assim que ele me chamava. Boneca de porcelana.
Pensei no bebê que perdi. Camille poderia ser nossa filha.
A mãe havia a abandonado. Que tipo de mãe abandona a filha quando a mesma era apenas um bebê?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam da pequena Camille?
Até que a West é uma boa professora, né?
O Robbie já é pai, quem diria, não? Jade ficou surpresa hahaha
Algum palpite sobre a mãe da Camille???
O que acharam do comportamento da Tori? Por quê será que ela não contou nada para a Jade sobre ter visto e falado com o Jonas???
Bjs e até o próximo.