Royal Lovers - Interativa escrita por Biiah Arc


Capítulo 2
❝ I Never Had A Choice ❞


Notas iniciais do capítulo

Oi oi!
Eu sei, eu demorei, mas não foi porque eu não tinha escrito o capítulo. Algumas de vocês já devem saber que eu tinha ele todo escrito já, mas a mão, e a parte de digitar me deixa com muita preguiça, estou a duas semanas tentando terminar de digitar esse capítulo, mas hoje, EU VENCI!
Peço desculpas antecipadamente porque a parte do Ian foi a menor, e levando em consideração que ele foi o primeiro Príncipe a ter suas fichas completas, provavelmente terão mais garotas loucas para ler a parte dele do que do charles - que acabou saindo maior-. Mas a verdade é que eu acabei me empolgando e o capítulo verdadeiro, na integra, saiu muito grande e eu precisei dividir, e ele seria o único príncipe com dois POV. Por isso eu dividi o capítulo em dois e escrevi mais um pouco para complementar. Ou seja o capítulo dois já está pronto! Agora, aproveitem!



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Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos. - Leonardo da Vinci

Quant Je Suis Mis Au Retour

 

Ian

Caia uma leve garoa sobre a cidade de Pyrus, fazendo um belo conjunto ao céu acinzentado e a leve brisa que marcava o fim do outono. Três homens seguravam guarda-chuvas negros esperando pacientemente enquanto um jatinho Dassault Falcon 7X taxiar pela pista ao sul do aeroporto internacional King Prios I. Quando o jato parou, sua porta foi aberta e um homem alto e ruivo saiu a frente, como se abrisse caminho. Logo atrás, um jovem surgiu sendo amparado por um homem alto, de terno preto, que segurava um guarda-chuva para ele. O jovem agradeceu, segurou o guarda-chuva, e desceu a escada do pequeno avião com um pouco de pressa, sendo seguido pelo homem alto de terno que corria atrás dele. No chão, estavam o ruivo e um homem mais velho, de pele escura, vestindo uma capa de chuva burberry e segurando um guarda-chuva. Com a aproximação do príncipe, todos pareciam tomar suas posições e arrumarem suas posturas, o que faziam Ian rir sempre que ele percebia.

— Bem vindo de volta, Alteza! - O homem de pele escuro se aproximou de Ian, dando as boas vindas.

— É bom estar de volta, Gibbs. - Cumprimentou o homem.

— Como o senhor foi de viagem, alteza? - Os dois permaneceram no local um pouco a frente da escada, embaixo da chuva, conversando.

— Gibbs, vá logo direto ao assunto, você não precisa ficar dando voltas comigo.

— Sim, Alteza! - respondeu, recebendo uma careta. — Acredito que o senhor tenha recebido a notícia, não é mesmo?

— Sobre meu irrefreável futuro? Com certeza. - Sorriu desgostoso, começando a fazer seu trajeto em destino a um dos veículos parados ali, um sedan preto com vidros escuros e bandeiras da Genóvia em sua frente.

— Sua majestade, seu pai, me pediu que montasse uma agenda urgente de preparativos, alteza.

— E você já fez isso, eu acredito. - Respondeu um pouco mais alto para se fazer ouvir por sobre o barulho da chuva que estava apertando e dos passos deles e dos seguranças logo atrás.

— Sim, alteza!

— Eu sinto muito informá-lo, amigo, mas eu não farei nada hoje, a não ser comer e dormir. - Ian disse enquanto se dirigia a porta aberta do sedan preto.

— Mas, alteza—

— Nada, Gibbs. - Encarou-o divertidamente, virando-se para o mais velho por um momento, segurando com uma mão a porta do automóvel. — E você sabe que não deve me chamar de alteza, não pense que eu esqueci. - Sorriu e entrou no carro, partindo.



Daniel

Dona Carolina era uma pessoa metódica, além de muito responsável. Com o passar dos anos aprendeu a ser mais organizada e perfeccionista do que quando era jovem, nos seus tempos de mocidade. Durante a guerra que antecedeu o domínio brasileiro sobre o continente sul-americano, ela ofereceu seus serviços servindo de enfermeira para a cruz vermelha do sul. Seu pai, o Imperador Dom Francisco III, cedeu uma das casas de verão da família imperial, o Palácio Fiocruz, para se tornar um hospital militar, seguindo muito outros palácios que ao final das muitas guerras foram revertidos em hospitais ou centros de utilidade pública. Desde muito nova, a Imperatriz aprendeu a organizar seu tempo e disposição para melhor realizar seu trabalho. Sua vontade agora era trazer Daniel para este mesmo modelo, sabendo que poderia ajudá-lo mais para frente. Ao bem da verdade, Daniel era um pouco desorganizado em sua “bagunça arrumada”, e a vida imperial não permitiria muitos momentos de desordem vindas do Imperador.

— … E aqui está o portfólio dele, como vossa majestade me pediu.

— Sim, sim! - Carolina pegou seu óculos de grau, que permanecia aberto sobre a mesa, colocando-o. — De fato, um belíssimo trabalho. - Analisava cada foto com um olhar criterioso, buscando cada detalhe. — Acho que encontramos nosso homem, não?

— Creio que sim, Majestade. - Seu fiel escudeiro, e Lord Chamberlain, Jonas, sorriu para Carolina.

— Isto me lembra… - Ela largou as fotos por um instante em sua mesa abrindo uma gaveta à sua esquerda e retirando duas cartas lacradas e endereçadas, com a letra cursiva arredondada da Imperatriz. — Aqui está a carta de condolências para o esposo de Alessandro Mariano. Por favor, poderia pedir que coloquem o selo oficial com urgência?

— Certamente, Majestade. - Versini segurou a carta em papel amarelado que era entregue para ele.

— Está aqui, por favor, faça com que chegue até a Duquesa de Catarina antes de sexta-feira, sim?  - A mulher sorriu fechando a gaveta. — É para o aniversário de 80 anos da Duquesa Juliana.

— Se necessário, eu mesmo entregarei, Majestade. - Ele guardou as duas cartas em sua pasta de couro verde escuro.

—Obrigada! - Uma batida rápida na porta alarmou os dois. — Sim? - Ela perguntou observando cabelos e olhos castanhos muito bem conhecidos aparecendo por uma pequena abertura da porta dupla. — Daniel, querido, bem à tempo.

— Boa Tarde, vovó, Sir Jonas. Eu atrapalho? - Perguntou apenas com a cabeça para dentro da sala.

— Não, entre! Eu e Lorde Versini já terminamos por hoje, não é mesmo? - Ela sorriu para o homem sentado à sua frente.

— Todos os assuntos da lista foram vencidos, Majestade, com destreza. - Versini concordou fechando a pasta em mãos.

— Perfeito, Sir Jonas, pode começar as contratações esta semana. - Comentou a Imperatriz enquanto o lorde levantava e abotoava o paletó. — E por favor, entre em contato com a senhorita Thalia, sim?

— Como desejar, Majestade. - Versini já perto da porta curvou o corpo para a Imperatriz e depois para Daniel, antes de sair do gabinete.

Daniel caminhou até a cadeira livre em frente a mesa, sentando-se. Observou a avó sorrindo minimamente antes de abrir uma gaveta à direita da mesa ornamentada, retirando uma pasta de couro parecida com a de versini, mas está continha não só o brasão da casa imperial como o monograma da Imperatriz. — Então, vovó, mandou me chamar?

— Sim querido, - tirou o óculos que ainda permanecia em seu rosto. — precisamos conversar.

Investigando no rosto da avó, Daniel não encontrou nada que indicasse algum problema sério ou algum indício de contratempo.— Algo de errado?

— Oh, não! Eu apenas quero conversar com você, meu filho, deixá-lo a par de algumas coisas.

— Tudo bem! - Daniel arrumou sua postura na cadeira procurando uma posição mais confortável.

— Vamos lá! - Carolina abriu a pasta juntando as duas mãos, como se estivesse animada. — Aqui está um breve texto sobre a seleção para o jornal na tevê imperial, eu gostaria da sua opinião.

Encarando a folha ainda nas mãos da avó, Daniel suspirou profundamente. — Eu preciso ter uma opinião sobre isso, ela não me parece muito necessária, dado o andar da carruagem. - Segurou a folha sulfite passando os olhos por sobre as linhas impressas.

— Daniel, você entende o quanto isso é importante? - A Imperatriz uniu suas mãos cruzando os dedos em frente ao corpo, observando cuidadosamente o neto. — Não estamos falando sobre uma festividade qualquer, esse é um evento histórico e muito importante para o país.

Um pouco irritado, Daniel respondeu encarando a mesa a sua frente. — Também se trata da minha vida.

— O que está acontecendo, querido, você nunca foi assim? - Carolina fechou a pasta, em um sinal como se estivesse tirando tudo da sua frente e prestando uma maior atenção no neto.

Desconfortável com o tema, o garoto segurou com mais força o papel a sua frente. — Eu não sei, vovó, está tudo acontecendo muito rápido.

— Isso é culpa minha, talvez eu tenha apressado um pouco as coisas. - Suspirou —Talvez Isso não seja tão urgente.

—Não, eu… É claro que é urgente, mas, não poderia ter esperado um pouco mais. - olhou para a avó com uma expressão cansada. — Um mês, pelo menos?

Compreendendo melhor do que se tratava, Carolina buscou forças no seu interior para não lacrimejar em frente ao neto. Faziam pouco mais de três meses desde a morte de seu filho, o então Príncipe Imperial Caetano, e de sua nora Amelia, os pais de Daniel.

— Eu sinto muito, Daniel! - buscou conforto esfregando uma mão na outra. — Você está passando por muita pressão agora, ninguém esperava que sua irmã fosse abdicar ao trono. - Como um tique nervoso, a Imperatriz buscou em seu pescoço o colar de pérolas que usava todos os dias. — São muitas responsabilidades, que não esperava, caindo sobre você, mas isso faz parte do papel de herdeiro.

— Eu sei. - molhou os lábios com a língua, tentando concentrar-se nas palavras e seus sentidos semânticos ao invés da conotação emocional.

— As coisas vão ficar mais agitadas agora, Dani, você terá trabalho em dobro. - Abaixou um pouco a cabeça para procurar os olhos do neto, vidrados no mogno brilhante da mesa entre eles. — Compreende isso?

— Sim!

— Eu sei que não era isso o que você queria, mas eu estou fazendo o exequível para tornar isso o menos intolerável possível. - Ele pode ouvir a voz trêmula da avó.

— Vovó! - levantou o olhar preocupado encontrando a idosa com os olhos brilhando com lágrimas que ela não permitiria que descessem.

— Serão tempos difíceis, Daniel, os piores. - engoliu as lágrimas, —Você deve estar pensando que tudo tem se acumulado sobre você, mas não sabe que muito ainda está por vir. Ser o herdeiro requer esforço e comprometimento, além de muito sacrifício. Ninguém disse que seria uma tarefa fácil.

— Eu compreendo. - Daniel encarou a mesa da avó pela primeira vez, percebendo a quantidade de papéis ordenados em pilhas distintas no canto esquerdo, perto ao telefone preto.

— As coisas irão mudar, muito além do que você espera. Precisa estar preparado para tudo o que irão exigir de você. Não pode deixar nenhuma brecha para que critiquem seu caráter ou trabalho.

— Eu prometo me esforçar mais.

— Não esqueça que você não está sozinho, embora seja uma profissão eremítica, você não estará desamparado.

— O que quer dizer? - encarou dona Carolina com curiosidade.

A senhora pegou algumas folhas sulfite de uma pilha menor quase no fim da mesa. — Estou preparando a melhor equipe para acompanhá-lo e auxiliá-lo durante esses próximos meses, - entregou a lista ao neto. — mas você vai ter que confiar em mim e participar do trabalho, fazendo a sua parte. - Apontou com os olhos para o texto sobre a seleção, esquecido na mão esquerda dele.

 

Charles

Aquela parecia uma versão mais escura e assustadora de como realmente aconteceram os fatos. Charles praticamente não via nenhum palmo a sua frente, embora tivesse consciência de que tinha uma mão estendida tateando o vento em busca de qualquer objeto que ele devesse desviar. Ouvia seus passos em um volume muito mais elevado do que o comum, o corredor estava vazio, escuro e silencioso, além da sua respiração e dos seus passos. Caminhava com a sensação de pernas pesadas, estava cansado, mas não sabia exatamente o motivo. Quando viu uma luz amarelada vindo da única porta aberta no corredor, ele logo percebeu do que se tratava.

...

“— O que você está dizendo?

— Eu estou dizendo que vou abdicar ao trono.

— Não!

— Sim!

Charles enxergava tudo pela fresta aberta da porta do gabinete particular do pai. Lá dentro, com vozes exaltadas e palavras rápidas estavam Edward e seu irmão mais velho, Christopher, discutindo o assunto que mudaria a vida de Christopher, e também a de Charles.

— Christopher, de onde você tirou essa ideia absurda?

— Ela não é absurda, Pai, eu vou abdicar.

— E quem vai assumir no seu lugar? Quem vai ser o Rei quando eu faltar? Quando eu me for, quem vai fazer o país seguir em frente?

— Eu não sou seu único filho, você sabe muito bem. Você tem o Charles para isso.

— Não diga besteira! - Edward bradou como se o filho tivesse dito a maior sandice do mundo. — Seu irmão é uma criança, Charles não pode ser Rei.

— Se eu posso ser Rei, Charles também pode. Ele tem 10 vezes mais vocação para isso do que eu. - Christopher comentou como se aquela fosse uma verdade irrefutável.

— Charles não tem capacidade para isso, você sabe, ele nunca foi preparado para esse papel.

— O senhor tem tempo suficiente para prepará-lo, pode ensiná-lo tudo o que me ensinou.

— Charles não nasceu para ser Rei, você sim Christopher.

— Isso é uma estupidez! O senhor sabe que o Charles pode ser um ótimo Rei.

— Isso não vem ao caso, Charles não está pronto para ser Rei, ele não tem preparo político algum para isso.

— Então prepare-o! Eu sinto muito, meu pai, mas você vai ter que lidar com isso. Essa é a realidade agora. - Christopher apontou para qualquer lugar ao vento, com sua mãe esquerda ainda segurando o encosto da cadeira a sua frente.

O silêncio preencheu o cômodo bem vindo, tomando espaço entre pai e filho. Charles observava cada detalhe da situação, podia ver os cabelos do irmão cobrindo-lhe precariamente o rosto, enquanto ele mantinha a cabeça virada para o chão, encarando um ponto fixo entre seus sapatos. O pai, contemplativo, encarava a lareira acesa, crepitando ocasionalmente. O mais novo tinha medo que qualquer respirada mais profunda pudesse fazê-los perceber que ele estava ali.

Após o que pareceram longos segundos, Edward retornou o assunto, sem encarar o filho — Ao menos acho que mereço uma explicação. O povo vai exigir uma explicação. - Salientou o povo como forma de mostrar ao filho que mesmo que ele abdicasse ao trono, ele ainda teria que dar satisfações.

— Brianna será a Rainha da Escócia, a primeira a subir ao trono em mais de 500 anos. - Christopher engoliu uma boa quantidade de saliva antes mesmo de iniciar sua resposta. Sabia que não era a que Edward buscava ouvir, era a última coisa que ele realmente queria ouvir. Percebendo a careta no rosto do pai, ele emendou. — O senhor não vê como isso é importante?

— Isso é importante para ela? - Perguntou retórico. — E o que é importante para você? Como ela pode lhe pedir isso?

— Ela não me pediu nada, eu decidi sozinho. - Apertou o maxilar irritado pelo pai pensar que ele não poderia ter tomado aquela decisão por si mesmo.

— Você vai ser o próximo rei da Inglaterra e dos Reinos da Commonwealth (Comunidade de Nações), não pode abrir mão disso assim.

— Não, pai! Essa é a sua vida, não a minha.

— Você foi destinado a isso, é o seu dever.

— Pois eu abdico esse dever.

Irritado o rei caminhou para longe do filho, bufando e soltando murmúrios furiosos. Charles podia jurar que viu fumaça saindo até pelas orelhas do pai, que mesmo com a pouca luz, ele pode notar o quão vermelhas estavam.

— Eu soube desde o começo que isso não daria certo. - massageou o começo do nariz entre os olhos.

— Obrigada por não ter fé alguma em mim. - a voz do filho mais velho parecia carregada com sarcasmo e irritabilidade, e soava mal aos ouvidos do Rei, tão mal que chegava a doer.

— Não diga isso, não é verdade.

— É verdade sim, o senhor nunca acreditou em mim ou nesse relacionamento. Nunca acreditou no que eu sinto pela Brianna.

— Você acha que eu não acredito em você? - O Rei elevou a voz mais irritado. — Você é meu filho, meu herdeiro, quero que seja meu sucessor, quero que seja Rei. Como eu poderia confiar uma tarefa dessas a alguém em quem eu não acredito?

— Não tente mudar o rumo da conversa. - Christopher parecia desconfortável.

Os dois permaneceram afastados, remoendo as palavras um do outros. Era certo que cada um ali via a posição de seu oponente como a epítome do egoísmo, mas mesmo assim, quase se afogando em amargura e frustração, tanto pai, quanto filho, permaneceram em silêncio. Talvez tentando acalmar os ânimos. Esta era uma tática que a Rainha havia implementado desde muito cedo em sua família. Quando os dois lados estão muito furiosos, o melhor é permanecer em silêncio, deixando que a tormenta se torne mais calma, e nunca, de maneira alguma, abandonar uma conversa com os dois lados em maus termos.

— Me desculpe se eu nunca achei que o seu namorico com a Brianna fosse levar a algum lugar, mas você precisa encarar que as estatísticas nunca estiveram ao seu lado.

— O que você quer dizer?

— Meu filho, em todos os anos que você se relacionou com outras mulheres, nunca, nenhum relacionamento seu durou mais de cinco meses. - O Rei se voltou para o bar na parede oposta a porta onde Charles estava. — Você nunca teve comprometimento romântico.

— Eu estou com a Brianna a quatro anos. - Levantou o fato passando a mão displicentemente pelo cabelo.

— Em segredo. Não fosse sua mãe ter descoberto, nós nunca teríamos ficado sabendo.

— Isso é ridículo. - Christopher bufou mostrando o quanto era parecido com o pai.

— Meu filho, seja razoável. - Edward o encarou por cima do ombro finalizando um drink.

— Não, eu não tenho mais 21 anos, pai. Eu posso fazer as minhas escolhas.

— Não quando elas afetam um país inteiro - O mais velho bateu com o copo na mesa de drinks a sua frente. —, as coisas não funcionam assim.

— Eu não me importo com como elas funcionam, é a minha vida, é a mulher que eu amo.

— Você não vai só se casar com uma mulher escocesa, você vai se casar com a Escócia inteira. - Edward levantou uma questão que apavorava Christopher. Ela era a Escócia inteira, e ele era apenas um inglês.

— Eu sei. - Ele respondeu condescendente.

— Ela será mais importante do que você.

— Eu sei.

— A Escócia virá antes de você. - Salientou a Escócia, deixando clara a posição dela perante a inferioridade que ele passaria a assumir.

— Eu sei.

— Ela vai poder mandar em você.

— Com se ela já não fizesse isso. - Chris sussurrou com um sorriso tímido no rosto.

— Eu falo sério!

— Eu sei, Pai, tenho conhecimento de tudo isso, mas nada do que o senhor possa me dizer vai mudar o que eu sinto por ela.

— Você tem total certeza disso, Christopher?

— Eu tenho! - Respondeu após perceber que a pergunta não se tratava sobre seu sentimento pela jovem, mas sim sobre sua decisão.

— É uma escolha única, não tem volta. No momento que você abrir mão do trono, nunca mais vai poder entrar na linha de sucessão novamente. Você perderá todos os seus direitos sobre a coroa. - Ele encarou o filho no fundo dos olhos azuis que dividiam, com pesar. Ao não receber nada mais do que um aceno de cabeça como resposta, o Rei continuou. — Se você realmente ama a moça…

— Eu a amo!

— Muito bem!”

Quando acordou, Charlie não abriu os olhos, ou se mexeu abruptamente, levantando da cama. Ele permaneceu parado, tentando acalmar sua respiração e reagrupar aquelas informações em sua mente. Aquele não era o primeiro sonho lúcido que tinha, e não seria o último. Mas sonhos com aquele dia estavam se tornando cada vez mais comuns à medida que o grande dia chegava mais perto. Ele não compreendia o sentimento de Christopher por Brianna, mas o invejava. Christopher abrirá mão do seu futuro pela sua felicidade. Há quem diga que não se pode ter os dois, mas de alguma maneira, seu irmão conseguiu ir atrás de um e acabou ganhando o outro. Charles desejava com todas as suas forças que ele pudesse pelo menos encontrar alguém com quem ele pudesse  simpatizar. Não queria passar o resto da sua vida dividindo uma casa com alguém que ele nem ao menos tolerasse. Ele não era uma pessoa religiosa, mas nos dois últimos meses se viu muito na capela de São Edmund pedindo forças e um pouco de iluminação.

Buscando o controle do ar condicionado na mesinha de cabeceira, ainda de olhos fechados, Charles ligou o aparelho, respirou fundo, e tentou voltar a dormir.


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Notas finais do capítulo

TERCEIRA VEZ QUE ESCREVO ESSA NOTA FINAL --'

Assim, algumas partes do tumblr não estão prontas, ok girls? Por isso eu não disponibilizei ainda, e é por este motivo que se vocês clicarem nas selecionadas, a página vai ser direcionada para o limbo e dar erro, mas eu já estou finalizando tudo bem direitinho, acho que vocês vão gostar.

Vou responder os comentários de vocês assim que eu conseguir um tempinho dessa preparação toda pras as festas. Prometo!

Capítulo das selecionadas mesmo só no ano que vem, infelizmente, mas calma que vai ter pelo menos uns dois capítulos antes das selecionadas, talvez saia um deles esse ano ainda. TALVEZ!

Até lá, abusem bem dos comentários, pois eles valem pontos, lembram? E podem me chamar por MP ou até no Tumblr que tá valendo.

xoxo

p.s.: caso os links não funcionem...
http://cosas.pe/wp-content/uploads/2016/03/tumblr_nplxqtCXqc1qiohfro1_500.gif Charles

http://cdn.atl.clicrbs.com.br/wp-content/uploads/sites/29/2015/06/tumblr_n48gc2nDMT1r9fp64o1_500.gif Ian

https://media.giphy.com/media/WRKWYgewScRUs/source.gif Daniel



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