—Eiii – ele ri e eu rio também

—Chatos – sorrio rindo e vou até o banheiro, trancando a porta

Fico lá um bom tempo, ora me olhando no espelho, ora pensando em nada e tudo ao mesmo tempo. Draco era, além de meu primo, meu melhor amigo acho que desde... desde sempre. Eu podia contar com ele pra qualquer coisa.  Harry, Rony e Hermione também são meus melhores amigos também. E outra coisa, Rony havia me contado que Fred estava “gostando” de mim. Quero tirar isso de letra, vou falar com ele.

—Amberly? Tá tudo bem aí? – escuto Blásio perguntar e volto a realidade, saindo do banheiro.

—Claro, claro – forço um sorris convincente.

—Sua mãe tava te procurando – diz Draco

—Bom, então acho que já vou indo, até Hogwarts – sorrio para os três e saio corredor afora

Assim que encontro minha mãe, aparatamos pra casa direto. Ela como sempre, some. Vou direto pra cozinha, como alguma coisa e subo pro quarto, indo tomar banho. Coloco meu pijama e acabo por pegar no sono no mesmo instante.

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Acordei na manhã seguinte, às 5 da manhã com uma coruja que reconheci ser Pitichinho (a coruja de Rony) batendo na minha janela.

Dei um petisco para a coruja e comecei a ler a carta.

Querida Am (só ele me chamava assim),

Só te mandei essa carta a essa hora pois queria que você viesse para cá, para irmos para a estação de King Cross juntos.

Mione e Harry já estão aqui. E, pelas barbas de Merlim, não fale a Fred que te contei “aquilo”.

                                                                                        Com amor, Rony

Mau terminei de ler a carta e já peguei um pedaço de pergaminho e uma pena para responder.

Majestoso Ronald,

Eu mando nisso de falar ou não pro Fred que você me disse. Ninguém mandou me contar.

Tô chegando!

Sua melhor amiga, gata, linda, sexy, top, gostosa, Amberly

Era curta, mas objetiva. Enviei a carta para a’Toca e me troquei. Deixei um bilhete para a minha mãe, avisando que tinha saído.

Peguei meu malão, fui para a porta, a trancando e aparatei para a minha segunda casa: a’Toca.

Harry, Rony e Hermione estavam sentados no jardim, lendo a carta que eu tinha acabado de enviar. Mione levantou os olhos da carta, me viu e veio correndo me abraçar. Depois fui, abracei Rony e sentei ao lado deles.

—E eu? Não ganho abraço? – pergunta Harry

—Nah! – brinquei o abraçando também

Vi  Fred saindo da casa. Quando ele me viu, seus olhos brilharam. Corri para o abraçar e sussurrei em seu ouvido:

—Um passarinho ruivo me contou que você sente algo a mais que amizade por mim.

Ele olhou feio para Rony e eu gargalhei. Voltei pra lá e me sentei ao lado de Mione.

—Você contou pra ele, não é? – Rony murmura evitando o olhar de Fred

—Claro! – rio – vocês realmente acharam que eu ia ficar quieta?

—Não, não achamos não – ri Mione

—Garotos! – gritou a Sra. Weasley – Oh! Amberly! Que bom que você está aqui! Vam0s, todos vocês devem aparatar para a estação de King Cross agora!

Pegamos nossos malões e desaparatamos.

Atravessamos a parede para a estação bem a tempo e entramos no trem. Felizmente, achamos uma cabine vazia. Entramos e sentei-me ao lado de Harry. Rony e Mione na nossa frente.

Tirei um caderno e um lápis da minha bolsa e falei para Harry com um sorriso fofinho:

—Posso te desenhar?

—Hum... tudo bem, pode sim

Enquanto desenhava seu rosto, podia escutar a gritaria lá fora e vi, de relance, Draco passar pela nossa cabine, um tanto mal humorado.

—Será que dá pra levantar a franja... tem que ser você escrito, sabe? – pergunto com uma risadinha

Assim que ele levantou os cabelos da testa, eu toquei a cicatriz, relutante. Vários flashs vieram na minha mente (e na de Harry também). Voldemort matando pessoas inocentes, depois os pais de Harry. De repente, os flashs param e dão espaço para uma cena sólida: Eu, de costas, e meu pai, com a simples frase da parte dele: “Filha”...

—Com licença? – pergunta uma voz masculina na porta da cabine, e assustando e me fazendo tirar a mão de lá. Desvio o olhar de Harry assim que posso, encarando o chão – Posso sentar com vocês? Sou novo aqui.

—Pode, pode sim – responde Mione, meio indiferente.

—Prazer, eu sou Fernando, Fernando Snape.