I Can Feel escrita por Cihh


Capítulo 47
Capítulo 47 - Papai Noel Está Vindo Para a Cidade


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Primeiro, obrirgada pelas reviews, seus lindos. Então, eu queria falar um negócio sério com vocês agora. Bem, o meu planejamento original era de finalizar a fic com 50 capítulos, e como vocês podem perceber, já estamos chegando perto do fim. Mas eu sou simplesmente apaixonada por escrever, e mais do que isso, apaixonada por esses personagens dessa história aqui. Por isso eu queria dar uma continuidade, mas achei que uma segunda temporada seria meio mé, porque depois de ler esse capítulo vocês vão ver que nem tem muita coisa para explorar da história de Isa e Thomas. Então, eu pensei em fazer uma história de Max e Miranda, já que são personagens que eu simplesmente amo e gostaria de dar um enfoque a mais (seria algo como um spin-off). Eu já tinha falado para alguns leitores que comentaram falando que gostaram do casal, mas eu queria saber se vocês leriam a história deles se eu decidisse escrever. Falei muito, enfim, boa leitura!



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Melhor você olhar pra fora

Melhor você não chorar

Melhor você não embirrar

Eu estou te dizendo, porque

Papai Noel está vindo para cidade!

    (Santa Claus Is Coming To Town - Cover) 

 

POV Isa 

Quando acordo, a chuva se transformou em uma neve que mais parece gelo caindo. Não chega a ser uma daquelas neves que todo mundo espera ver no hemisfério Norte durante o Natal, e sim gelo esbranquiçado. O que é bom, já que parou de chover. Thomas ainda está dormindo ao meu lado, com um dos braços ao redor da minha cintura e a cabeça na curva do meu pescoço. Eu fiquei muito surpresa quando ele apareceu aqui ontem à noite. E depois, quando ele começou a falar, fiquei muito feliz. Thomas ainda gostava de mim e havia viajado do Brasil até aqui só para me dizer isso. Ao contrário de mim, que viajei do Brasil até aqui para me impedir de dizer para Thomas o quanto ele significava para mim. Queria fugir pra não correr o risco de me apaixonar por Thomas novamente. Infelizmente, foi algo que eu não pude evitar. 

Puxo o cobertor grosso até o pescoço de Thomas para ele não sentir frio, já que ele resolveu dormir sem camisa. Então me levanto com cuidado do sofá para não acordá-lo, apesar de parecer que nada no mundo seria capaz de acordá-lo agora. Devia estar muito cansado por causa da viagem. Eu havia dito para ele dormir no sofá porque eu achava que ainda era muito cedo para dormirmos juntos de novo, afinal, é como se tivéssemos começado a namorar de novo. Mas não conseguimos. Eu me sinto protegida e bem perto de Thomas, como se meu lugar fosse com ele. Estava saindo da sala e indo para o quarto quando não resisti e voltei para dar um beijo na bochecha do garoto. Eu raramente havia visto Thomas dormindo, já que ele sempre estava acordado (por causa da ingestão de café) ou acordava antes de mim, mas ele fica bonitinho enquanto dorme. 

Vou até o quarto para lavar o rosto e escovar os dentes e depois vou direto para a cozinha. Faço café para Thomas (só essa vez, porque eu estou feliz) e esquento um chá de pêssego para mim, separo os ingredientes para fazer panquecas e esquento alguns cookies de chocolate. Deixo tudo na mesa da cozinha e procuro meu celular no quarto de Luke.

'E aí? Tudo certinho?', Max perguntou enquanto eu estava fora. 

'Se você está se referindo a Thomas, saiba que eu estou muito brava com você. Como que você sabia disso e não me contou? Que tipo de amigo você é?' –Mando para ele. Enquanto espero pela resposta, misturo todos os ingredientes e coloco a panela no fogo.

'O tipo que quer que você seja feliz de qualquer jeito. Mandei Thomas para aí mesmo e tenho certeza que fiz a coisa certa. Espero que você me convide para ser o padrinho do seu casamento'

'Você vai ter que vestir um terno. Você sabia né?'  

'Que merda'

Abro um sorriso e tiro as panquecas do fogo, colocando-as empilhadas em um prato. Pego manteiga e geleia de frutas vermelhas, deixando tudo na mesa de jantar. Sinto Thomas passar os braços ao redor da minha cintura e me abraçar por trás. 

—Bom dia. –Falo para ele, que estica a cabeça para ler as mensagens no meu celular. 

—Bom dia. Fala para Max avisar Miranda que nós fizemos as pazes. 

—Me explica esse negocio de Miranda. Eu sinceramente não entendi. –Falo me soltando dele e indo me sentar à mesa. Ele me acompanha. 

—Bem, eu conheci Miranda naquela viagem para Belo Horizonte, sabe? Aquela que todo mundo pensou que eu estava namorando. –Ele diz passando geleia na panqueca e colocando café puro em uma grande caneca. –Ela é filha do dono de alguns hotéis por aí, mas acontece que ele é bem superprotetor e não deixava ela sair do hotel quase nunca. Isso acabou se virando contra ele e posso dizer que depois que fui embora Miranda me seguiu. Ela queria ir na festa de Vanessa a qualquer custo e conhecer pessoas e lugares novos. Beleza. Fiquei meio contrariado, mas levei ela na festa e ela e Max simplesmente se apaixonaram. Ficaram juntos a festa inteira. Eles estão morando juntos agora, mas ela está tentando contatar o pai, já que ela está sem dinheiro e praticamente só com as roupas do corpo. Não sei como Max vai fazer para sustentar os dois, mas me parece que eles vão querer fica juntos mesmo agora.

Dou uma mordidinha no meu cookie de chocolate. –Que aventura.  

—Ela é meio doida das ideias, mas acho que você vai gostar dela. Ela já gosta de você, se quer saber. 

Sorrio. Eu estava um pouco receosa sobre a garota, já que todo mundo pensou que ela era a nova ficante de Thomas e tudo mais, mas se Max gosta dela, eu posso fazer um esforcinho. –Que bom. Eu comprei umas coisas para ela. Umas lembrancinhas e um livro de viagem. Será que ela vai gostar?  

—Pode apostar que sim. Ela quer ir para todo o tipo de lugar agora que está “livre”. Isto é, se estiver com Max. Eles são nojentos. Você vai ver. 

—Max parece gostar muito dela. 

—Ele gosta. Mas acho que nem se beijaram ainda. 

Contenho uma risada. Max não é “pegador” como Thomas e Luke, mas ele não é nenhum santo. Ele tem atitude, como das primeiras vezes que nos vimos. Deve estar sendo uma experiência e tanto. –Max deve estar ficando louco. 

—É bom. Assim eles combinam um pouco, já que são completos opostos. –Thomas afaga minha mão distraidamente enquanto termina o café. –O que mais você comprou?  

—Ah, várias coisas. Hoje e amanhã não vai dar para a gente sair muito por causa do Natal, as lojas vão estar fechadas e o clima está péssimo, então eu posso te mostrar todos os presentes. 

—Ok. Ah, eu tenho que voltar para o hotel para pegar minhas coisas. –Ele diz.  

—Vamos agora então. 

—Agora?  

—É. –Eu me levando da cadeira e puxo Thomas comigo. –Coloque uma camiseta. Por que você dormiu sem roupa?  

Ele abre um sorriso. –Eu sempre durmo sem roupa. 

—Mas está frio. 

—Não tem problema. –Ele abre aquele sorriso e me puxa para um abraço. –Você me esquenta. 

 

***** 

 

POV Thomas  

Isa colocou uma blusa verde musgo com forro felpudo, uma calça preta justa, botas também pretas com detalhes dourados e uma touca na cabeça.

—Você está muito linda com essa roupa. –Falo para ela enquanto dobro os cobertores que usamos no sofá. 

—De novo você tá falando isso. –Ela diz jogando para mim meu casaco. 

—É porque é verdade. –Visto o casaco e deixo os cobertores todos empilhados sobre o sofá  

—Ai, vamos logo. –Ela fala pegando minha mão e me guiando para fora do apartamento. Isa ainda está usando o anel de prata no dedo anelar e um colar no pescoço abriga o outro.  Estou feliz. Muito feliz.  

—Como estava a viagem antes de eu chegar? –Eu pergunto enquanto estamos no elevador. 

—Um saco. Eu já vim várias vezes para os Estados Unidos, então não tem muita coisa para eu fazer. E Luke e Felipe tem que passar muito tempo estudando, então é um tédio na maior parte do tempo. 

—Por que você não voltou?  

—Eu não queria... 

—Me ver? –Aperto a mão dela, inseguro. 

—É. Ainda não queria te ver porque achei que eu conseguiria te esquecer. Era só o que eu queria. Mas eu não consegui. 

—Ainda bem. -Eu falo quando o elevador chega no térreo.  

Assim que abro o portão do saguão, consigo sentir o frio cortante em meus ossos. Isa também sente, pois trata de fechar todas as blusas que está usando. 

—Que frio! -Ela exclama. -Ei, já que você está aqui temos que passar no supermercado. Você come muito mais que eu e precisamos de comida para a ceia. 

—Vamos então.  

Nós passamos no hotel, onde eu cancelei a reserva e pegamos as malas. Depois fomos para um mercado perto do apartamento de Luke. 

—Bolo gelado! -Isa diz abrindo uma das geladeiras gigantes. -Tem aqueles biscoitos que você gosta por ali. 

—Esses aqui? -Eu pergunto e jogo uns pacotes aleatórios no carrinho. Ela coloca mais algumas coisas lá dentro e pega minha mão. 

—O que mais falta? Tem um peru em casa. E macarrão com queijo de sobra. 

—Então já está ótimo. -Falo empurrando o carrinho e desenhando círculos com o polegar nas costas da mão de Isa. -Vamos pagar e ir embora logo.  

Isa puxa minha mala de rodinha com as duas mãos. -Certo. Vamos.  

—Quando você volta para o Brasil? -Pergunto enquanto coloco as compras no caixa. 

—Estava planejando voltar no fim de janeiro, mas não sei mais. 

Faço um bico. -Mas a gente vai ficar quase um mês sem se ver. Nem vamos conseguir aproveitar as férias juntos. 

—Ah, a gente aproveita esses dias que você for ficar aqui. -Ela diz me abraçando. –E você não vai trabalhar naquele escritório do amigo do seu pai quando voltar para o Brasil?

—Bem, sim, mas isso não significa que eu não terei tempo para você se você decidir adiantar sua volta.

Ela pisca para mim e passa o cartão na máquina. –Vou pensar no seu caso.

 

Nós comemos a ceia de Natal no sofá, vendo a neve cair pela janela da sala do apartamento. Lá pelas duas da tarde, quando estávamos voltando do supermercado, a neve de verdade começou a cair. Branca, fofinha e gelada. Chegamos no apartamento congelando, mas felizes. Isa tratou de ligar o aquecedor, colocou todas as compras na despensa e passamos a tarde do dia 24 de Dezembro deitados na cama sem fazer nada. Na verdade, ficar a tarde sem fazer nada com Isa durante um dia foi melhor do que o meu primeiro mês inteiro de férias. Lá pelo anoitecer, tomamos banho, e Isa apareceu vestindo um short cinza, uma blusa de moletom, descalça e com o cabelo preso em uma trança. E ela estava linda. Eu embalei os presentes e assinei os cartões de Natal enquanto Isa terminava de esquentar a comida. Depois simplesmente sentamos no sofá, abraçados.

—Não está ficando frio? -Eu pergunto ao vê-la se cobrir com o cobertor. -Quer aumentar o aquecedor? 

—Não... -Ela diz colocando o prato sujo de macarrão com queijo na mesa da sala. -Venha aqui.  

Deito-me no sofá com ela e deposito um beijo em sua testa. -Você está feliz?  

Ela respira fundo e bagunça meu cabelo. -Ainda estou me acostumando. A verdade é que eu ainda sinto a dor por tudo o que a gente passou antes. Mas estar com você me completa de alguma forma. Você me faz feliz. -Ela sussurra.  

—Eu te amo. -Falo baixinho. Eu ainda não tinha falado isso para Isa assim. Não pessoalmente. Confesso que falar essas palavras é estranho. Mas mesmo assim parece certo. 

Ela fecha os olhos e sorri verdadeiramente. -Eu também te amo, Thomas. 

E foi simplesmente o melhor Natal da minha vida. 


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Notas finais do capítulo

E aí galera? Gostaram do capítulo? Não se esqueçam de comentar e dar suas opiniões a respeito do tópico tratado acima, ok? Estou aceitando outras sugestões também, e nomes para shipps. Hahaha, beijinhos.



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