I Can Feel escrita por Cihh


Capítulo 43
Capítulo 43 - Senhor Otimismo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Primeiro, como sempre, vou agradecer a todos que comentaram: Fernando Brasil, BellaZuuh, Carina Darlly, Delf, Pandinha, Clarawr e catchtheraimbow. Obrigada por comentarem e por me deixarem mais feliz ♥
Agora eu queria pedir desculpas por não ter postado mais cedo. Eu havia dito que ia postar antes da viagem, mas eu acabei perdendo o capítulo e não deu tempo de reescrever até quarta. Aí eu reescrevi ele agora e coloquei mais coisas, por isso ele ficou grandinho. É isso aí, fiz ele grande e espero que vocês aproveitem.
Boa leitura e beijinhos.



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Eu não posso olhar, isto está me matando

E tomando o controle

Ciúme, Transformando santos em oceanos

    (Mr. Brightside – Original: The Killers)          

 

POV Thomas

—Então nós vamos nos ver hoje à noite, né? –Miranda pergunta, se referindo ao jantar dos caras importantes, incluindo meu pai e o pai dela.

—Acho que sim. –Eu falo, sem prestar muita atenção na garota. Pego meu celular e encaro a tela novamente. Isa me mandou aquela mensagem dizendo que não, eu não era idiota por continuar tentando contatá-la, mas foi só isso. Eu perguntei uma caralha de coisas, mas não tive nenhuma resposta de novo. Mesmo assim, eu já me sentia melhor apenas por saber que Isa estava lendo as mensagens que eu mandava.

—Eu queria ser que nem você. Tipo, eu moro nesse hotel, e é extremamente chato. –Miranda diz e eu olho para ela, indo para frente e para trás em um balanço de madeira. A garota parece ter simpatizado comigo daquela vez que nos encontramos no elevador e foi me chamar para dar uma volta quando eu estava voltando da piscina. Aceitei porque não queria ser mal educado, mas ela não parece ser uma má companhia. Tirando o fato de todo mundo olhar estranho para ela por causa de suas roupas (dessa vez ela estava com um vestido predominantemente preto com poucos detalhes brancos, além de um grande chapéu também preto na cabeça e luvas brancas enfeitadas com pequenas pérolas que iam até seus cotovelos). –É muito ruim porque eu quase não tenho amigos. Todo mundo vem aqui, fica alguns dias e depois vai embora.

—É isso o que as pessoas fazem em hotéis. Elas chegam e vão embora. –Eu falo, olhando para cima.

—Eu sei. Você vai ficar até quando aqui?

—Semana que vem.

—Legal! Nós podemos ser amigos, então?

Abaixo o olhar para a garota animada e dou de ombros. –Acho que sim.

Ela sorri. –Ótimo.

—Quantos anos você tem?

—16.

—Por que você se veste assim?

Ela olha para suas vestes esquisitíssimas e depois para mim, como se não tivesse entendido a pergunta. –Como assim?

—Tipo, parece que você está fazendo cosplay vinte e quatro horas por dia.

—Como assim? –Ela repete, parecendo mais confusa. Ela sabe o que é cosplay?

—Esquece.

—Ei, sabe qual é o maior benefício em ser meu amigo? Poder comer de graça no restaurante do hotel. Vamos lá. Eu quero uma taça de sorvete bem gelada. –Ela diz, pulando para fora do balanço e evitando pisar nas poças de lama com seus sapatos pretos brilhantes. Apoio as mãos atrás da cabeça e vou atrás.

Depois de acomodados no restaurante quase vazio àquela hora da tarde, Miranda pediu uma taça com três bolas de sorvete de chocolate e confeitos em cima. Eu pedi um chá gelado, de limão, que era o que Isa mais gostava. Enquanto esperávamos, Miranda foi fazendo diversas perguntas sobre como era a minha vida, minha escola e meu trabalho.

—Puxa... Eu queria ir à escola. Deve ser legal. Estudar com todos os seus amigos e usar uniformes bonitinhos.

—Uniformes são uma merda e a escola também. E como assim? Você não vai à escola?

—Não. Tenho aulas particulares aqui no hotel. –Ela dá de ombros e arruma o chapéu na cabeça.

—Você é tipo uma prisioneira.

—É, mas, sei lá. Já me acostumei com isso.

Pego meu celular mais uma vez, apesar de já saber que não há nenhuma mensagem de Isa. Miranda se estica para tentar ver a tela do aparelho.

—O que você tanto vê nesse celular? Desde que a gente se encontrou você não para de checá-lo.

—Mensagens.

—De quem? –Ela pergunta inocentemente. Miranda não tem absolutamente nenhuma vergonha na hora de fazer suas perguntas. É muito curiosa.

—Minha ex. –Falo hesitante. Posso classificar Isa como ex? Ela de fato é. Mas posso chamá-la de ex-futura-namorada.

—Você já namorou? Que legal. –Ela diz me olhando com curiosidade. Na moral, ela é muito estranha.

—Já.

—Como ela é?

—A garota?

—É. Você ainda gosta dela né?

—Por que?

—Porque você está esperando por uma mensagem dela, então ainda deve gostar dela.

Estreito os olhos para Miranda, que sorri docemente.

—Como ela é? –Repete a pergunta. Suspirando, pego minha carteira no bolso de trás da calça jeans e tiro uma foto de nós dois juntos, da época em que namorávamos e entrego nas mãos enluvadas da garota. –Que bonita. –Ela diz, passando o dedo pela foto.

—É. Ela é linda.

—Você quer voltar a namorar com ela? –Ela me pergunta e devolve a foto.

—Quero. Estou esperando ela voltar de viagem.

—Onde ela está?

—Nos Estados Unidos.

Os olhos dela brilham por um segundo. -Sério? Uou. Que inveja. Eu nunca saí de Belo Horizonte.

—Nunca?

—Nunquinha. Papai raramente me deixa sair do hotel, então eu fico muito animada quando aparecem esses jantares e reuniões, porque eu posso sair daqui um pouquinho.

Cada vez que ela abre a boca, fico com mais pena da garota. Ela não tem permissão do pai para sair do hotel? Não tem amigos e nunca namorou? Não é de se estranhar que tenha um gosto tão estranho para roupas. De fato deve ter enlouquecido. O garçom aparece com a taça de sorvete e meu chá gelado. Miranda sorri radiante e para e observa o sorvete por um instante.

—Ei, me dê o seu celular. Quero tirar uma foto. Acho que esse sorvete está bem fotogênico. –Ela estende a mão para mim e eu entrego o celular resmungando. Ela tira algumas fotos com animação. –Tive uma ideia. Por que não tiramos uma foto juntos?

—Pra que?

—Para celebrar nossa amizade. –Ela fala como se fosse óbvio e come uma colherada do sorvete. –E para você também não se esquecer de mim, como quase todos os meus amigos que vieram para cá.

Como eu posso dizer não para isso? Eu só conheci Miranda hoje, mas aposto que vou demorar um bocado para esquecê-la. É uma garota peculiar. –Tá, tira sua foto então.

Faço cara de paisagem para a câmera, mas ao ver Miranda sorrir genuinamente por estar 'celebrando uma amizade', não consigo evitar um pequeno sorriso também.

—Ficou ótima! –Ela fica mexendo no meu celular. –Posso postar?

—Poste no seu.

—Eu não tenho celular.

Ah cara. Fico imaginando como deve ser a vida dessa garota. Um inferno, provavelmente. Apesar disso, ela não parece ser triste. Quando a conheci no elevador ela parecia carrancuda e 'superior', mas agora é só uma menina sorridente. Uma prisioneira sorridente.

—Faça o que quiser.

*****

POV Isa

Encaro a foto postada por Thomas quinze minutos atrás, tentando pensar em alguma desculpa para isso. Thomas sentado com uma garota loira e bonita, uma taça de sorvete enfeitada no meio dos dois e um restaurante chique como plano de fundo.

—Ele está namorando? –Eu pergunto ao telefone.

—Eu não sei! Estou morrendo de curiosidade também. –Evey diz.

—Acho que não... Será? –Nath fala.

—Para mim ele ainda não tinha te superado. –Evey fala.

—É. Tipo, tudo bem se ele tiver me esquecido e partido para outra. Eu achei que isso ia até acontecer mais cedo. Mas ele me mandou várias mensagens uma hora atrás para dizer um monte coisa românticas. –Eu reclamo.

—Ele está tentando te enganar? E quem é essa garota? Ele não marcou ela na foto. –Nath diz.

—Não sei. Eu nunca tinha visto. Mas ela é bonita. –Evey fala e eu reviro os olhos.

—Ai gente... –Eu falo.

—Desculpe! Não quis dizer isso, tipo, isso. Foi só um comentário. Você é bem mais bonita que ela.

—Será que Thomas não iria contar para alguém se ele estivesse namorando? –Nath fala.

—Acho que sim. E ele iria parar de mandar mensagens dizendo o quanto sente a minha falta.

—E teria parado de te ligar também. Mano, eu quero muito saber das novidades. Aqui só tem neve. O. Dia. Todo.

—Você tá em uma estação de esqui. Esperava o que? –Nath diz.

—Queria pegar um bronzeado. –Evey diz e dá uma risadinha. –Estou com saudade de Alex.

—Relaxa. Você vai ver ele em menos de uma semana. E eu que só vou ver Thomas daqui a um mês?

—Você acabou de admitir que ainda gosta dele. –Nath fala.

—Não admiti não.

—Admitiu sim! Viu? Você devia escutar mais a gente. Aposto que está morrendo de ciúme dessa garota. –Evey fala e eu franzo a testa. Franzo a testa porque é verdade.

—Pelo amor de Deus...

—Pare de dar desculpas para nós. Se você gosta dele, fala.

—Mesmo se eu gostar dele, que diferença faz? Parece que ele já está com outra garota agora.

—Ah, pare com isso. Você acha que ele não vai voltar correndo se você disser que ainda gosta dele? Thomas estava completamente perdido quando você foi embora. –Nath fala.

—Nossa, verdade. Parecia um cachorro sem dono. –Evey concorda.

—Ah! Marcos vai se encontrar com Thomas daqui a pouco, em um jantar de negócios. Eu posso pedir informações confidenciais. –Nath fala.

—Você tá louca? Vai falar o que para Marcos? Que eu quero saber se ele está beijando outra boca? –Eu pergunto, alarmada.

—Não, doida. Sei lá o que eu vou falar pra ele. Que eu mesma quero saber que porcaria de foto é essa que ele postou.

—Por que você mesma não puxa assunto, Isa? Você não disse que respondeu à mensagem dele hoje? –Evey fala.

—Mas eu vou falar o que? Vai ficar muito na cara.

—Que você está com ciúmes? –Nath pergunta e eu bufo.

—Parem com isso.

—Olha, só admita pra você mesma que ainda ama Thomas e não adianta o quão longe você vá, vai continuar amando. –Evey fala.

—Boa. –Nath apoia.

—Sério, gente, vocês estão me tirando do sério. Vou desligar antes que eu fique irritada.

—Ui! Tudo bem, querida, mas não minta para você mesm... –Desligo o celular no meio da fala de Nath.

Deito-me na cama de casal do quarto de Luke e abraço um travesseiro jogado na cama. Se Thomas estiver namorando outra garota, eu deveria ficar feliz. Porque ele conseguiu seguir em frente e conseguiu me esquecer, bem do jeito que eu achei que ele faria. Mas não consigo. Eu não consegui fazer isso e no fundo não quero que ele o faça também. Então o que mais eu posso fazer?

*****

POV Thomas

—Não, porra. Vou repetir: não estou namorando. Nem pegando. Nem ficando. Nem saindo. Nem nada! –Eu falo para Alex.

—Cara, você não tem noção do tamanho do meu susto quando eu vi a foto que você postou. Você nem me contou nada!

—Não contei nada porque não tem o que contar! Alex, pelo amor de Deus, entenda: eu não estou com ninguém. Não quero ninguém.

—Só Isa?

—É, você já sabe. Mas ela respondeu minha mensagem hoje, sabia?

—Finalmente.

—Fique feliz por mim.

—Eu tava pensando aqui... Não seria melhor se você realmente tentasse sair com outra garota agora? Tipo, seguir em frente sabe?

—Alex, você não está entendendo. Se Evey terminar com você agora, você vai simplesmente deixar para lá e seguir em frente?

—Não.

—Então!

—Mas é diferente.

—É a mesma coisa.

—Não é.

—Ah, cale a boca. Eu estou progredindo na causa e isso é o mais importante.

—Tudo bem, Vou tentar ficar feliz por você. Mas e essa garota da foto. Quem é?

—Uma garota aqui do hotel. É meio maluquinha, mas é gente boa.

—Hum... Ela é bem bonita.

—Vou falar para Evey.

—Você quer me matar?

Dou uma risada. –Cara, fica frio. Mesmo se eu quisesse ficar com alguma garota, o que eu não quero, eu não iria escolher essa. Ela não pode sair de casa e não tem celular nem nada. Seria impossível.

—Ah. Entendi. Puta... O namorado da minha mãe tá me chamando. Sério, eu tenho vontade de quebrar esse cara toda vez que eu o vejo. Porraaaa, JÁ VOU. Preciso desligar.

—Tá bom. Não se meta em encrencas.

—Muito engraçado.

—Falou.

Desligo o celular no momento em que ouço alguém bater na porta do quarto. Penso que é meu pai ou Marissa ou até mesmo Miranda, mas encontro Marcos usando uma camisa social e uma bermuda azul plantado na frente da porta. Ele sorri.

—E aí?

—Nossa, cara, tu nem me avisou que tava vindo. –Eu falo sorrindo e o cumprimento.

—Eu vim para o jantar. –Eu abro passagem para ele entrar no quarto e fecho a porta atrás dele. –Dei um jeito de descobrir qual era o seu quarto pra dar uma passada aqui antes de me arrumar.

—Legal, legal. Aí eu não vou ficar completamente perdido no jantar de hoje. –Jogo-me na cama e Marcos senta-se em uma poltrona preta no quarto.

—Vai ser tranquilo. Ah, eu tava falando com Nath agora a pouco e tem um negócio que ela queria perguntar.

—Manda.

—Eu não entendi muito bem, era alguma coisa a ver com você estar namorando uma piranha e alguma coisa com Isa e sei lá.

—Oi?

—Quer saber? Eu não vou saber explicar nada. Pega meu celular e liga pra ela. –Ele tira o celular do bolso da bermuda e joga o aparelho para mim, que o pego no ar. Procuro o número de Nath me perguntando se a conversa que eu vou ter agora será idêntica à que eu tive com Alex agora. Sinceramente, eu não devia ter deixado Miranda postar essa foto.

—Alô?

—E aí Nath? Marcos disse que você queria falar comigo.

—Ai Thomas! Você! Você tá namorando?

—Puta merda... Não. Não estou namorando, gente. Pode falar pra todo mundo que eu não estou namorando.

—Tem certeza?

—Tenho, porra.

—Porque tipo, ninguém tava entendendo nada. Você tinha mandado um monte de mensagens pra Isa dizendo o quanto a amava e do nada posta uma foto com outra garota aleatória.

—Ela é só uma amiga. Ei, você falou com Isa?

—Falei. Ela está brava.

—Brava comigo?

—É, tipo, sabe? Ela achou que você ainda gostava dela e pá, e agora...

—Eu ainda gosto dela, tio!

—Fala isso pra ela então. –Ela não pode estar falando sério.

—Na moral Nathalia, você sabe que eu falei isso um milhão de vezes e não adiantou nada.

—É, mas agora tem outra garota no meio.

—E daí?

—Você não entende as garotas, Thomas. Só segue meu conselho: tenta falar com ela agora.

—Como se fosse tão fácil. Eu estou tentando falar com ela há semanas.

—Só liga pra ela, Thomas!

—Tá bom, garota maluca. Eu hein. Vou tentar ligar agora.

—Beijo. Aproveita bem a viagem aí, mas não tanto.

Reviro os olhos quando ela desliga e jogo o celular de volta para Marcos, que me observa com cara de tédio.

—Eu não estou entendendo nada. –Ele diz.

—Nem eu, cara. Será que ela acha que eu tenho uma chance com Isa agora? Eu vou ligar para ela.

—É, faça isso. –Ele cruza os braços e fecha os olhos, se preparando para dormir. Deve estar cansado pela viagem.

Pego meu próprio celular e disco o número decorado de Isa. Ela atende no terceiro toque.

—Alô? –Luke diz alto do outro lado, enquanto mastiga alguma coisa.

—Por que todo mundo atende esse celular, menos Isa?

—Ela está no banho e deixou o celular no meu quarto.

—Você está dizendo isso para me irritar?

—Estou dizendo a verdade.

—Eu ligo depois para falar com ela.

—Espera aí. Vocês terminaram né? Por que continua ligando para ela?

—Ela terminou comigo. Não foi consensual.

—Que otário.

—Se liga. Você fez a mesma coisa.

—Eu que terminei com ela. Ai! –Ele grita e Isa fala no fundo:

—Não atende meu celular!

—Por que você não bateu em Felipe quando ele atendeu seu celular?

—Porque ele não é você. Agora dá isso aqui e sai do meu quarto.

—Ei, esse é o MEU quarto. Para de jogar isso em mim. Tá molhada essa toalha aqui.

—Não ligo. Sai, Luke, sai.

—Merda. –Ele resmunga e ouço passos e uma porta se fechando.

—Alô?

—Oi Isa.

—Hum... Thomas? O que foi?

—Queria... Falar com você.

—Então fala. Seu jantar não é daqui a pouco?

—Meia hora. –Eu falo, ficando confuso. Ela quer mesmo falar comigo?

—Está animado?

—Um pouco ansioso. Acho que vai ser importante pra eu me decidir sobre qual carreira seguir.

—É. Sua namorada vai? –Ela não diz isso acidamente, apenas com curiosidade. E eu não sei se isso é bom ou não. Ela está só falando comigo porque acha que eu segui em frente?

—Que namorada?

—Falaram que você estava namorando.

—A garota da foto? Você viu?

—Ela vai?

—Vai, mas ela não é minha namorada. É uma garota aqui do hotel.

—Tem certeza? Ela é bonita.

—Você viu então? Tenho certeza que não estamos juntos. Ela é maluca.

—Hum... Entendi. –Na verdade ela não parece convencida.

—É sério. Onde você vai passar o Natal?

—Aqui, provavelmente. –Tento não ficar muito decepcionado. O Natal está chegando e eu tinha esperança que Isa fosse voltar para o Brasil para passar o Natal aqui. Mas não.

—Que pena. Queria te ver. –Nesse momento, alguém bate na porta e eu peço para Marcos atender. Miranda olha estranho para Marcos, que nem ela fez da primeira vez que me viu e depois olha para mim. Faço sinal para ela esperar. –Isa, posso fazer mais uma pergunta? Você pode ser totalmente honesta comigo?

Ela hesita antes de responder e vejo Marcos lutando para fazer Miranda manter o tom de voz baixo. –Posso tentar.

—Eu ainda tenho chance com você?

—Quem sabe? –Ela diz baixinho antes de desligar. Quem sabe? Isso parece bom. Bom o suficiente.

—Com quem você estava falando? –Miranda pergunta e corre até mim. Marcos coça a cabeça e vem andando até nós.

—Isa.

—Sua ex?

—É.

Ela ergue os braços, comemorando. –Eba! Tomara que vocês voltem. Eu quero conhecê-la e fazer novos amigos.

—Acho que ela não gosta de você. –Eu falo.

—Por que? –Ela diz decepcionada.

—Ela achou que você era minha nova namorada.

Miranda olha para mim com cara de interrogação e faz uma careta em seguida. –Eca!  


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Notas finais do capítulo

Então, gente, vocês devem ter percebido que faz tempo que não tem uma narração do ponto de vista de Alex ou de outro personagem, e isso vai continuar assim. Acho que vocês até gostavam, mas agora, para o desenvolvimento e encerramento da história eu vou mais focar em Thomas mesmo. Espero que vocês não se importem. E também espero que vocês gostem de Miranda, pois eu, particularmente, gosto muito dela hauhah. Beijos.



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