Herdeiros dos Black - Warlocks (INTERATIVA) escrita por Sirius Black


Capítulo 17
Voltando e aprontando


Notas iniciais do capítulo

Então meu povo como foi o natal? Bom? Mais o menos? Normal? Ruim? Tanto faz né. O que importa é que estamos aqui firme e forte com mais um capítulo prontinho para vocês.



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No dia seguinte quando chegamos na Inglaterra minha mãe comprara mais uma quantidade absurda de livros para mim. Eu já tinha os livros do quarto ano que ela comprara junto com os do terceiro e ainda tinha os que ela vinha mandando. Ela comprara vários livros a mais de diferentes temas mágicos - alguns em japonês, russo, e muitos outros idiomas que graças a Merlin eu tinha aprendido nos últimos dias com algumas memorias doadas. Claro que só aceitei aquilo tudo depois que ela concordara (contra a vontade) a fazer umas modificações na minha maleta – já que existia uma lei estupida que impedia que eu fizesse magia fora de Hogwarts! Ela tivera que fazer eu prometer que aquilo não atrapalharia meus estudos. Eu fiquei um pouco mal porque as modificações exigiam muita energia, mas ela ainda tinha mais energia do que eu e pode fazer tudo de uma vez. Em troca eu garanti que seria apenas uma forma de relaxar com meus amigos – o que fora uma mentira peque... media.

Quando passamos por uma loja que tinha uma Firebolt na vitrine não pude deixar de babar por ela, mas ainda não era hora. Nós tínhamos dinheiro mais do que o suficiente, mas eu tinha receio de que Tonks fica-se magoada se eu troca-se a vassoura que ela me dera de presente tão rápido.

Paramos em alguns lugares para comprar ingredientes e equipamentos para diferentes tipos de magia. Eu ainda não tinha tentado, mas alquimia parecia algo incrível e como eu sabia que Izzy também se interessava pelo tema comprei um forno alquímico chinês (muito caro). Minha mãe por sorte financiara meus gastos e aumentara minha mesada já que eu vinha obtendo ótimos resultados em Hogwarts. Ah se minha mãe soubesse no que eu planejava investir minha mesada... ela tentaria esganar meu lindo pescoço. Por ultimo busquei a maquete e bonequinhos que tinha encomendado com urgência.

Quando entrei no trem encontrei meus amigos que pareciam um pouco desanimados por já terem que voltar para Hogwarts. Eu e os garotos tínhamos esperanças de entrar com sucesso em outro bordel, mas faltara oportunidades para sermos jogados para fora novamente. Eu acho que as tentativas eram mais divertidas do que não saber o que fazer se desse certo.

Conversamos muito e rimos das transformações de Ric que em fim começava a aprender a dominar seu dom. Eu por outro lado usei o meu poder para fazer o cabelo das garotas erguer as fazendo gritar assustadas. Izzy se revoltara querendo agredir meu corpinho por despentear ela depois que o susto passou – ela é muito vaidosa o que gera oportunidade pra provocar ela.

Matt entretanto parecera bem desanimado por ter perdido as duas festas que ocorram em minha casa. Como forma de tentar aliviar sua depressão prometi o ajudar com algumas poções novas. Ele fizera onze anos antes do inicio do ano letivo, mas como não éramos tão próximos na época não levei muito a serio. Agora eu queria ajudar ele a desenvolver seus talentos da mesma forma que faria com os outros.

Quando contei para os demais a oportunidade que seria oferecida para os alunos de Hogwarts muitos deles ficaram extasiados, mas alguns não pareceram tão animados. Eu sabia que atualmente já tínhamos que trabalhar em muitas coisas procurando informações sobre as áreas secretas de Hogwarts, os treinos e os estudos. Aumentar a quantidade de trabalhos sem as aulas dos professores parecia algo terrível para alguns. Aprender conteúdos por conta própria e ainda fazer diversos trabalhos que só seriam vistos no próximo ano também não era muito animador. Somando o fato de que ainda teriam os trabalhos desse ano e provas era um pesadelo para muitos. Aquilo poderia levar um deles a reprovar o que era uma grande vergonha para o histórico de um bruxo quando se forma-se – seria quase impossível entrar em algum ministério e menos ainda em uma das seletivas faculdades de magia.

O pior que eu não poderia resolver completamente as coisas mesmo se eu aprendesse a compartilhar meu conhecimento com eles. Ter as informações e conseguir compreendê-las eram coisas completamente diferentes. Se a pessoa não tivesse capacidade intelectual suficiente seria o mesmo que ouvir algo em um idioma que não conhecia. Eu sei que poderia parecer fácil já que eu conseguia dominar tudo aquilo, mas em primeiro lugar nunca tive problemas com os estudos, muito pelo contrario. Meus testes de QI foram mais do que satisfatórios. Além disso Void ensinara como organizar tudo aquilo e processar o conteúdo vendo do inicio ao fim. Outro ponto importante que deveria ser lembrado é que magia não é apenas teoria. Não importa quantos feitiços, magias, poções ou até mesmo plantas tenham sido memorizados, se não souber usar na pratica, não importa. É preciso saber fazer os feitiços com perfeição, dominando a forma como sua própria energia é usada para que tudo saia perfeito. O mesmo ocorre trabalhando com poções e todo o resto. Apenas a teoria não era o suficiente para mostrar conhecimento no mundo bruxo.

Quando finalmente chegamos a Hogwarts eu não sabia o que pensar sobre ela direito. Em Hogwarts eu enfrentava momentos difíceis o tempo inteiro, mas também tinha algumas coisas boas. Infelizmente olhar para ela também fizera com que eu lembra-se a separação que existia na Inglaterra e em alguns países dos não-humanos dos bruxos. Aquilo era tão estupido e revoltante. Era parecido com o mesmo preconceito que existia em relação aos nascidos-trouxas e até mesmo comigo e meus irmãos. Mais de uma vez eu ouvi comentários desagradáveis sussurrados pelos corredores de que não merecíamos estar em Hogwarts. Eu temia que as coisas fossem mais complicadas para mim e meus irmãos agora depois daquela matéria.

Estando devidamente hospedados novamente descemos para o jantar. Vi Hermione olhando para mim duas vezes antes de abaixar a cabeça parecendo muito triste. Estranhei um pouco que ela estivesse afastada dos dois palermas. Eu... eu não era alguém de engolir meu orgulho e me rebaixar, mas teria que resolver aquela situação de alguma forma. Quando o jantar terminara e eu vi os demais alunos começando a voltar para suas salas comunais levantei e segui os alunos da grifinória ignorando alguns deles e seus comentários críticos – se acham os donos da verdade.

   – Hei Potter – chamei fazendo ele se virar com o Ferrugem ao lado procurando a varinha – relaxa não vim fazer nada com vocês. Na verdade eu gostaria de falar com vocês a sós. Os três – disse vendo Hermione parada a alguns passos deles os fazendo olharem para trás a vendo.

   – Não tenho nada pra falar com você, Black – dissera Harry entre dentes provavelmente ainda irritado pela humilhação que sofrera.

   – Prefere que os outros achem que vocês estão com medo até de falarem comigo? – perguntei sorrindo de canto olhando para os lado vendo alguns alunos observando o ocorrido com interesse.

   – Certo. Vamos logo – disse Harry entre dentes tomando a dianteira

Fomos para um corredor deserto onde os três se posicionaram olhando para mim parecendo prontos para um duelo bruxo.

   – Relaxem. Como disse só quero conversar – disse sorrindo de canto vendo o Ferrugem com a mão no bolso.

   – Diga logo o que você quer – dissera Harry estreitando os olhos enquanto me olhava.

   – Olha... naquele dia... bom... aquele não fora um bom momento pra você vir procurar confusão comigo. Eu tinha acabado de descobrir que os moradores de Hogsmeade tinham colocado fogo na casa dos meus pais, que minha mãe fora atacada por comensais da morte que queriam fazer mais do que matar – disse o fazendo mudar seu olhar parecendo ver que eu estava falando a verdade – Sei que o professor Dumbledore nos salvou, mas eu ainda estava com muita raiva. Quando você viera até mim eu extravasei minha raiva em vocês. Normalmente eu não gosto de torturar os mais fracos...

   – Fracos? – perguntara Harry voltando a ficar irritado.

   – Bom. Eu já tive aulas de karate, tenho um físico melhor e domino mais magias. Então vocês podem não ser fracos, mas nesses sentidos eu ainda sou mais forte, mas isso vem ao caso? O que eu queria dizer era... bom... eu queria me desculpar. Não devia ter descontado toda minha raiva acumulada em você – disse coçando a cabeça antes de olhar para o Ferrugem – eu não estou pedindo desculpas pra você Ferrugem. Era um duelo de bruxos um contra um e você quis se meter. Talvez eu tenha sido um pouco cruel usando aquela...

   – Magia das trevas – dissera o Ferrugem parecendo pronto para se defender ou correr. É difícil dizer se ele está só receoso ou com medo.

   – Nah. Aquilo fora um simples azaração que não dura nem cinco minutos. Se for ver como ela não causa nenhum dano físico ela pode ser considerada até mais fraca que outras azarações. A única coisa boa é que ela é ótima para duelos fazendo o oponente se distrair vendo seu medo – disse dando de ombros.

   – Black... eu também estava errado. Hermione me dera uma bela bronca e fizera eu ver o meu erro. Eu não devia ter te procurado. Mesmo se você soubesse algo de seu pai. Querer que um filho traísse os pais era algo demais – disse Harry parecendo desconfortável também – Além disso você já me ajudara duas vezes.

   – É eu acho que você tá me devendo mesmo. Aceito galeões ou moeda trouxa se preferir. Por favor, não tente me fazer aceitar cheque. Essa escola tem voador demais pro meu gosto – disse sorrindo fazendo Hermione que estava quieta rir – Bom era só isso.

Sai de lá sentindo que um peso tinha sido tirado dos meus ombros. Eu estava pouco me importando com aqueles dois. Eu achava ele uma dupla de fracos, sem talento, preguiçosos e um pouco idiotas, mas tinha alguém legal que se importava com eles. Eu sei que estava sendo manipulador fazendo os movimentos certos para que as coisas acontecessem como eu queria, mas o que era de se esperar de um sonserino, certo?

   – Tony espera – dissera a voz de Hermione vindo de trás de mim depois que eu já estava a alguns corredores de distancia do local que conversei com ele. Me virei bem no momento em que ela me abraçara ficando na ponta dos pés e mirando um beijo na minha bochecha, mas atingira meus lábios a fazendo arregalar os olhos. Antes dela conseguir se afastar eu estava abraçando ela ainda um pouco surpreso. Quando ela se afastara ela estava muito, muito corada, mas suas mãos ainda estavam em meus ombros. Ela abaixara a cabeça desviando seus olhar do meu – e-eu n-não quis... e-eu só q-queria dizer que... e-eu... Eu te vejo amanhã!!! – disse saindo correndo cobrindo o rosto com as mãos.

   – Tá ficando complicado – disse pra mim mesmo dando um sorriso bagunçando os cabeços com minha mão direita voltando a andar.

   – “E beijou mais uma, assanhado...”— dissera Void em minha mente passando a rir maldosamente da minha expressão.

Pela manhã na primeira aula a noticia sobre a os testes avanço para aqueles que quisessem tentar saltar um ano nos estudos. Apenas para aqueles que tivessem boas notas e desejassem poderiam realizar tanto os trabalhos quanto as provas. Para serem aprovados os alunos teriam que demonstrar terem conhecimentos acima da media do que seria visto no ano seguinte ao qual estavam. Seria permitido que os alunos fizessem grupos de estudos nos horários livres para estudarem podendo usar as salas desocupadas ou os pátios e o exterior do castelo desde que não entrassem na floresta.

A noticia sobre os testes avanço pegara muitos alunos de surpresa os fazendo sonharem com a possibilidade. Infelizmente muitos não teriam o que era preciso para poderem realizar os testes. Muitos alunos já tinham dificuldade em lidarem com as aulas, trabalhos e provas que vinham fazendo. Seria muita insensatez pagar mais conteúdo ainda para se afundarem. Meus amigos toparam realizar os testes acadêmicos desde que eu os ajuda-se. Eu tinha que começar a dominar minhas habilidades de copia e compartilhamento – principalmente de informações.

A única coisa irritante era que os professores não estavam mais deixando que eu saísse mais cedo das aulas tanto quanto antes. Sempre tinha algum exercício extra para que eu fizesse. Mesmo eu não encontrando tanta dificuldade ainda era algo chato. Talvez eu quisesse alguns desafios maiores.

Sai para o pátio do castelo encontrando Hermione sentada lendo um livro. Eu não entendia porque ela estava sozinha naquele frio, mas nem por isso eu deixaria de ir provocar ela. Me abaixei atrás dela cutucando na parte sensível acima da cintura enquanto falava seu nome em seu ouvido. A garota dera um pulo fazendo seu livro voar alto. Por sorte eu ergui minha mão na direção do livro fazendo ele voar para mim em perfeitas condições. Hermione se virara furiosa pegando o livro da minha mão e começando a bater com ele em mim.

   – Calma! Calma! Amigo, amigo... – disse ainda com um braço erguido para me defender até que aquele ataque cruel cessasse a fazendo parar aos poucos arfando.

   – Que ódio de você, garoto! – dissera Hermione se sentando novamente abraçando o livro, cruzando as pernas e virando a cara.

   – “Huuiii ela te odeia”— dissera Void em minha mente, mas o ignorei.

   – Odeia nada – disse sentando ao lado dela sorrindo – Então por que os outros dois não estão com você.

   – Não te interessa – dissera com rispidez ainda sem olhar pra mim.

   – A qual é? Fala pra mim... Hermione – disse sussurrando seu nome em seu ouvido fazendo ela ficar mais ereta que o normal antes de se afastar um pouco olhando pra mim um pouco corada.

   – Eles... estão com raiva de mim. Primeiro o Rony ficara irritado por eu ter dado uma bronca neles sobre a briga e claro que o Harry iria concordar com ele. Depois teve outra... coisa. O Harry recebeu uma Firebolt de alguém, mas não tinha remetente e... bom... eu achei melhor falar pra professora McGonagall afinal poderia ser do... – dizia Hermione procurando as palavras.

   – Poderia ser do meu progenitor? Não sei como me sinto em relação a isso. Eu não tenho cem por cento de certeza sobre a inocência dele, mas também não gosto da ideia dele enviando algo tão bom para outra pessoa em vez de mim – disse fechando os olhos e cruzando os braços por fim dando de ombros – Bom eu poderia comprar uma se quisesse. Sobre ela poder ser uma armadilha... não é uma ideia tão ruim. Usar algo que o Potter gosta pra fazer ele cair em uma armadilha seria algo inteligente. Eu provavelmente não gastaria tanto. Acho que se eu usa-se algo mais simples como uma foto dos pais dele contendo uma magia das trevas também funcionaria e seria mais econômico.

   – Sabe... o Rony tá um pouco certo... as vezes você da um pouco de medo – dissera Hermione olhando para mim com os olhos arregalados depois de ouvir minhas ideias.

   – Pro Ferrugem... acho que qualquer coisa brilhante surtiria efeito... ou comida. Eu já vi aquele moleque comendo como um troll – disse sorrindo a fazendo rir. Na verdade eu acho que se joga-se uns galeões falsos enfeitiçados aos pés do Weasley ele os pegaria sem pensar duas vezes, mas eu não diria isso pra ela – Então os dois ficaram irritados porque obviamente a diretora da casa de vocês tivera uma atitude racional e aprendera um objeto que podia colocar a vida de um de seus alunos em perigo? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

   – Isso! Eu também pensei que podia ser perigoso! Mas eles não conseguem ver assim. Só sabem pensar que aquela era uma Firebolt e... – dizia até ver meu olhar – Você não reagiria como eles, não é?

   – Bom eu entenderia e não ficaria com raiva ou pararia de falar com você... mas... uma Firebolt é uma Firebolt – disse encolhendo os ombros vendo ela bufas.

   – “Concordo. Uma Firebolt é uma Firebolt”— dissera o intrometido na minha mente. Ele vem se tornando presente demais pro meu gosto.

   – Meninos – dissera virando a cara novamente.

   – Bom deixando isso de lado. Por que você não vai fazer os testes avanço pra pular um ano? – perguntei de forma severa atraindo o olhar dela antes dela baixar a cabeça parecendo culpada.

   – Eu... bom... eu já tenho muita coisa pra estudar. Não conseguiria dar conta de tudo isso – justificara apressadamente.

   – Desculpa pobre. Você poderia simplesmente abandonar duas matérias e se dedicar. Não me diga... não me diga que você não vai fazer o teste por causa daqueles dois, não é? – perguntei com uma pitada de irritação.

   – A-Apesar de tudo eles são meus amigos... a maioria dos alunos da grifinória não vai fazer. Eu queria conseguir me formar junto com todos os amigos que iniciaram Hogwarts comigo. Você entende? – perguntara de cabeça baixa.

   – O que eu entendo é que você está prejudicando seu futuro por dois... dois caras que deveriam andar pelas próprias pernas e se esforçarem. Você não pretende ficar socorrendo eles a vida toda no futuro, não é? – perguntei a pegando pelo queixo fazendo ela olhar para mim.

   – M-Mas... é o que os amigos fazem não é?

   – “Ela confunde parasitas com amigos?”— perguntara Void em tom de deboche como sempre.

   – “Cala a boca, infeliz!”... Os amigos também deixam os outros conquistarem as coisas por conta própria e amadurecerem! – disse de forma severa virando a cara e inclinando meu corpo pra frente apoiando meus cotovelos em meus joelhos depois de responder de forma rude o intrometido na minha mente.

   – Não fica assim comigo... por favor? – pedira colocando a mão direita em meu ombro esquerdo.

   – Tsc... tá. Por que esta estudando esse livro sobre direito bruxo? – perguntei olhando de canto para o livro nas mãos dela.

   – Estou ajudando o Hagrid com o caso do Bicuço – disse Hermione abrindo o livro novamente. Eu nem tinha pensado nisso a muito tempo, quase me sinto culpado.

   – Entendo. Vem comigo. Vamos para biblioteca eu sei uns livros melhores que esse que podem ajudar – disse ficando de pé e oferecendo minha mão para ajudar ela a se levantar.

   – Você vai me ajudar com o caso do Bicuço? – perguntara com os olhos brilhando para mim fazendo eu desviar o olhar coçando a cabeça.

   – Apenas vamos logo – resmunguei ignorando a risadinha dela.

   – “Ela quer salvar o Bicuço... sou o único que vê maldade nesse nome?”— perguntara Void rindo.

   – “CALA BOCA!”— gritei mentalmente com essa praga de mente suja.

Coloquei mais aquele problema em minhas costas. Eu vinha tendo que estudar, fazer mais trabalhos, ajudar meus amigos, treinar e ajudar a Hermione com o caso do Bicuço. Por sorte eu tinha encontrado um jeito de relaxar que ainda estava mantendo em segredo de todos.

Mesmo estando cansado com a rotina dos últimos dias eu estava de pé em frente a uma mesa da sala precisa em um canto, enquanto meus amigos estavam sentados em sofá e pufes no centro da sala lendo seus livros. Fiz um bonequinho sair de dentro da minha maleta interespacial – como minha mãe patenteara. Coloquei ele deitado sobre a mesa e apontei minha varinha para ele sussurrando um feitiço fazendo ele crescer até ficar do meu tamanho. Ele era uma copia minha feita de plástico usando calça social preta, camisa branca colete preto fechado e gravata borboleta. A face dele era artificial demais e suas roupas tinham costuras enormes. Passei a usar um pouco de transfiguração para faze-lo ter uma aparência melhor, mas ainda parecia ser feito de plástico. Abri sua camisa revelando seu tórax de plástico e o abri mostrando que seu interior era oco. Deixei algumas gotas de meu sangue caírem em um pires depois de fazer um corte em meu dedão esquerdo e com um pincel desenhei um circulo magico no interior do peito do boneco usando meu sangue. Quando terminei apontei minha varinha para ele fazendo o circulo magico brilhar liberando uma fraca fumaça luminosa. Fechei a tampa no peito do boneco enquanto seu interior se enchia de energia. Esperei um pouco e em seguida ele piscara se sentando.

   – Eu sou B1. Posso servi-lo essa noite, senhor? Gostaria que eu lhe trouxesse uma bebida? – perguntara o boneco se sentando assustando os demais passando a falar olhando em minha direção.

   – “Biba nº1?”— perguntara Void sendo ignorado.

   - “Calado, praga!”— disse para o mala inconveniente.

   – O que é isso Tony? – perguntara Izzy se aproximando correndo ao lado de Matt passando a olharem para o boneco com os olhos brilhando.

   – Uma ideia que eu venho tendo – disse com simplicidade – coloquei uma IT (inteligência temporária) nesse boneco e o fiz crescer para atuar como um mordomo ou um garçom.

   – Eu quero um! Ele faz a lição de casa também? – perguntara Ric se colocando ao meu lado passando seu braço pelos meus ombros.

   – Negado – dissera B1.

   – Qual é? – perguntara Ric sendo ignorado por B1 que passara a conversar com Izzy e Matt – Hei!

   – Sem moral até com um boneco – dissera Dougg balançando a cabeça com descrença.

   – Pra que esse treco vai servir, então? – perguntara Ric cruzando os braços emburrado.

   – Bom eu tenho planos para ele... assim que eu conseguir fazer ele parar de parecer um robô – disse vendo B1 que tentara se levantar da mesa caindo de cara no chão sem conseguir se levantar.

   – Planos? Por que será que isso parece algo que pode nos colocar em problemas? – Perguntara Dougg de forma severa.

   – Por que provavelmente vai – dissera Tom passando a mão por seu rosto.

   – Ah, se vocês não querem se divertir tudo bem, mas garanto que serão os únicos – disse sorrindo maldosamente.

   – Não sei o que é, mas pode contar comigo – dissera Lilith.

   – O que precisa? – perguntara Calliz.

   – Bom vamos ter que fazer umas vendas e fazer umas divulgações sem os professores saberem. Topam? – perguntei mostrando uma moeda com a imagem de um peão pra elas.

   – “As vezes você me enche de orgulho Toninho”— dissera Void rindo.

   – “Enfia esse seu orgulho no...”— esse cara é muito chato!

As garotas cuidaram de espalhar o boato e os rapazes ajudaram fazendo o mesmo em suas casas. Aos poucos vários alunos de diferentes casas estavam nos procurando escondidos dos professores e monitores. Eles não gostaram nada de terem que assinar um papel com uma punição e menos ainda de pagar cinco galeões por uma simples moeda, mas tiveram que aceitar e seguir as instruções. Os professores e monitores ficaram com uma pulga atrás da orelha nos dias que se seguiram enquanto vários embrulhos chegavam para os alunos, mas não podiam interferir abertamente nos pertences dos alunos sem uma razão.

Enquanto isso eu vinha tendo mais trabalho do que desejava para garantir que tudo ocorresse perfeitamente. Era algo completamente diferente e que exigiria feitiços poderosos conseguindo burlar algumas magias da escola. Bom eu deveria agradecer a um ministro da magia que gostava de dar punições interessantes para seus filhos quando o faziam passar vergonha ou apenas não estudavam. Também teria que agradecer a outros gênios que encontrei nas duas festas de final de ano que sem saber garantiram que eu aprendesse coisas que não devia.

Outro ponto que eu vinha trabalhando era em pegar as memorias dos professores que tinham certas defesas mentais. Para isso eu posso ter feito Raijuu em sua forma de rata acender alguns incensos pela sala usando sua eletricidade. Os incensos ajudavam a atrapalhar o raciocínio enfraquecendo as defesas mentais dos outros. O incenso não tinha cheiro nem fazia fumaça o que o tornava ótimo para meu plano. O único problema era que se eu não ficasse mastigando uma maça com um gosto de foça eu também seria afetado ficando com um olhar perdido de peixe morto.

Infelizmente descobri que as defesas mentais do professor Snape eram incríveis. Nunca vi alguém assim em Hogwarts. Mesmo com elas enfraquecendo um pouco não era o suficiente para eu conseguir absorver suas memorias. Por outro lado o professor Lupin não parecia ser da mesma forma.

   – Agora... agora vamos encerrar nossa aula... – dizia o professor Lupin piscando varias vezes e respirando fundando tentando manter seu raciocínio. Mal sabia ele que respirar fundo apenas fazia ele ser uma vitima maior dos meus incensos inebriantes.

   – O senhor está bem professor? – perguntei me colocando ao lado dele que assentira olhando para baixo. Ele tivera um pequeno acesso de tosse fazendo eu dar palmadinhas em suas costas.

   – Obrigado... Black – dissera o professor com um olhar meio perdido enquanto eu discretamente ao seu lado absorvia suas memorias. Arregalei os olhos dando dois passos para longe quando terminei. Ele olhara para os alunos que pareciam estar vendo elefantes cor de rosa voando pelo teto da sala sorrindo bobamente – Estão dispensados! Saiam todos. Exceto você... Black. Quero que me acompanhe.

   – “Se ferroouu!” — cantarolara Void parecendo se divertir com minha desgraça. Ele anda mais maluco do que o normal. Tá parecendo o Pirraça.

Fomos para seu escritório onde ele fizera um feitiço para selar a sala. Ele se sentara em sua cadeira e respirará fundo varias vezes. Aos poucos seus olhos foram voltando a ter foco e ele parecia conseguir respirar com facilidade. Ele olhara para mim com seriedade.

   – Como funciona esse seu poder de absorver a memoria dos outros? – perguntara sinalizando para que eu me senta-se em uma cadeira livre.

   – O professor Dumbledore contou pro senhor então – afirmei vendo ele concordar – Nada legal da parte dele.

   –Ter suas memorias absorvidas também não parece ser muito bom. Fora só pra mim e pro severo por certos motivos que agora você deve saber – dissera o professor Lupin colocando chá em duas xicaras.

   – Bom... não nego que pareça um pouco errado, mas também não acho que seja algo ruim – disse dando de ombros – mesmo se outras pessoas conseguissem fazer o mesmo não quer dizer que seria útil para eles.

   – Interessante. Fale mais sobre isso – dissera o professor tomando um gole de seu chá.

   – Se a pessoa não conseguir processar e compreender as informações seria o mesmo que um bruxo perito em poções ter... vejamos ter um livro sobre engenharia ou física. É preciso ter a capacidade intelectual necessária para processar as informações desde o básico compreendendo elas e aprendê-las perfeitamente... – disse bebendo um pouco do chá até parar colocando a xicara novamente no pires e pegando a dele fazendo o mesmo. Peguei minha varinha fazendo o liquido sumir dando das xicaras quanto do bula. Peguei minha carteira fazendo ela virar uma maleta fazendo um bule sair dela e servindo nós dois – desculpa a indelicadeza, mas era horrível. Pode até ser um chá chinês medicinal, mas o gosto ainda é horrível. Esse é melhor e tem a mesma finalidade.

   – Huum... realmente – disse o professor depois de tomar um gole – então você conseguira absorver minhas memorias também?

   – Ham... sinto muito. Vi algumas coisas eu não devia, mas não pretendo falar nada. Na verdade não faz diferença pra mim – disse dando de ombros bebendo meu chá.

   – Não faz diferença? Tem certeza que vira... o quão perigoso eu sou? – perguntara parecendo triste.

   – Não pra mim. Provavelmente conseguiria te matar se fosse preciso – disse dando de ombros novamente.

   – Não fale de matar os outros com tanta facilidade. As pessoas podem pensar coisas erradas – dissera o professor de forma ríspida.

   – “Sou perito em pensar cosa errada”— dissera Void rindo em seguida.

   – Eu sei, mas tem algumas pessoas que merecem morrer. Se o senhor visse as memorias de algumas pessoas com quem eu me encontrei também pensaria o mesmo. Não vou dizer que mataria todos os comensais, mas alguns deles não teriam muita sorte se tivessem que duelar comigo e subestimassem seu oponente – disse ficando com os olhos negros fazendo o professor assentir. Ele já tinha visto coisas o suficiente para não se assustar facilmente.

   – Não se deixe dominar por esse tipo de pensamento. Seus pais não iriam querer que você seguisse esse caminho – dissera o professor Lupin olhando para mim ignorando a cor dos meus olhos.

   – Não sei se vou ter muitas escolhas. Eu... eu até tento não seguir um caminho errado, mas não é muito fácil. O senhor melhor que ninguém sabe como é difícil lutar contra o destino – disse abaixando a cabeça – mas pode ficar calmo. Não sou alguém que desiste fácil.

   – Aposto que não. Eu venho observando você. Você se parece fisicamente com seu pai, mas o jeito de se comportar se parece muito com a sua mãe. Ela também era muito aplicada nos estudos e tinha um gênio forte... forte demais as vezes – dissera Lupin fazendo uma careta.

   – Ham... sobre minha mãe. Bom... eu sei que o senhor não teve culpa, foi coisa do meu pai e os outros três, mas ela punira o senhor junto pregando vocês quatro no salão principal fazendo as roupas de vocês virarem vestidos. Bom... eu queria pedir desculpa pelo que ela fez – disse coçando a cabeça enquanto ele ria.

   – Eu tive culpa sim. Não impedi aqueles três de mexerem com ela – disse Lupin rindo – sabe sua mãe sempre se comportara muito bem, mas o seu pai gostava de provocar ela e geralmente nós quatro éramos punidos por isso. Apesar disso ela e a Lílian foram boas amigas para mim. Nunca me julgaram pelo que eu sou ou se afastaram.

   – Sobre isso... eu não gosto do jeito que as coisas são feitas nesse pais – disse com um pouco de raiva e muita amargura fazendo ele olhar para mim com interesse – eu detesto todo esse preconceito e discriminação que existem aqui. O senhor deve ter ficada sabendo dos alunos que apareceram presos do lado de fora da torre de astronomia, não é? Eles estavam tentando acuar um de meus irmãos repetindo as besteiras que os pais disseram pra eles. Coisas como “Esses warlocks deveriam ser mortos” ou “Hogwarts não é lugar para warlocks. Eles não merecem receber a mesma educação que os bruxos”. Eu ouvi isso e bom... posso ter ficado um pouco irritado.

   – Infelizmente vocês terão que aprender a viver com isso. A sociedade bruxa é repleta de preconceitos. Em meu ultimo ano aqui os pais de um aluno da sonserina descobriram que ele gostava de outro garoto o que fora um escândalo. No mês seguinte encontraram o garoto afogado em um lago perto da casa que vivia com os pais. Ninguém conseguira ligar a família ao ocorrido mesmo muitos suspeitando do irmão dele. O namorado dele se suicidara na mesma semana. Infelizmente nossa sociedade é assim. Vocês terão que ser forte e permanecer unidos para suportar esse tipo de coisa, mas não será difícil – dissera Lupin com pesar.

   – E ainda consideram os trouxas como seres inferiores. São mais parecidos do que admitem. Eu fiquei sabendo que muitos... mestiços, meio-humanos sabe? Muitos deles não tem direito a estudarem ou trabalharem honestamente. Tem leis contra eles e muito mais. Eu... eu não consigo aceitar isso. Em paris eu não vi tantos problemas como aqui. Até mesmo os bruxos de lá que souberam que eu era um warlocks não foram tão loucos como os daqui. Eu até mesmo conheci alguns mestiços – disse lembrando da dupla de gêmeos.

   – Seu pai certa vez sugerirá que eu me mudasse pra outro país que tivesse um tratamento melhor para aqueles como eu, mas... eu nasci e cresci nesse pais. – dissera o professor com simplicidade.

  – Mas professor... pra alguém como o senhor aqui não é o melhor lugar para se viver. E o mercado de trabalho não aceita alguém como o senhor. O senhor sempre vai receber menos do que outras pessoas que fazem a mesma coisa e nunca vai conseguir um emprego bom – disse com irritação.

   – Infelizmente o conselho dos bruxos é contra tornar as coisas mais justas. Eles estão abaixo apenas do ministro e ele mesmo não pode correr o risco de perder o apoio deles – dissera Lupin. Eu sabia perfeitamente que o conselho dos bruxos era formado pelos bruxos mais importantes do pais. Mais da metade deles era vindo de famílias de sangue puro e resto de nascidos trouxas e mestiços de bruxos com nascidos trouxas ou trouxas. Mesmo assim os puros-sangues tinham os demais sobre seu controle. Acreditava-se que existiam ameaças e vigias para garantir que tudo saísse como eles desejavam.

   – Isso é revoltante. Todos deviam ser tratados com igualdade. Deveriam poder amar quem quiserem e poder defender suas origens com orgulho aceitando o que são. Eu não conseguiria viver de uma forma diferente – disse revoltado.

   – Eu entendo o que você quer dizer, mas muitos não pensam assim. Seu pai certa vez disse que conhecera uma centauro muito bonita. O único problema era que ele não se entendia com uma das metades dela – dissera o professor começando a rir – até hoje o coice que ele levara é algo que me faz rir. Ham-ham... mas acredito que você não esteja de olho em nenhuma não-humana ou mestiça, certo?

   – Huum... não, mas não nego que teve uma ninfa que chamara minha atenção na Ruelle Front – disse pensativo. Era um pouco confuso falar sobre aquele assunto. As vezes os mestiços também eram chamados de meio-humanos dependendo de quem... ou melhor do que era filho – apesar que não veria problema se me apaixonasse por uma. Eu não tenho esse tipo de preconceito. Bom... se fosse uma gigante eu provavelmente ficaria intimidado.

   – Você é melhor do que esperava. Eu tive um pouco de receio que viver na sonserina te afetasse... – dizia Lupin até eu o interromper.

   – Eu até gosto da sonserina. Nós não temos vergonha de aceitar o que temos de bom e o que os outros consideram errado. Na verdade eu acho uma ótima casa. Tem problemas como todas as outras, mas tem seus momentos bons também – disse com simplicidade terminando meu chá.

   – Fico feliz por ver que você está se saindo bem lá. Agora sobre o que você usara na sala de aula pra conseguir roubar minhas memorias... – dissera o professor esperando que eu fala-se algo a respeito.

   – Não entendi professor. Não lembro de ter feito nada – disse de forma inocente o fazendo arquear uma sobrancelha.

   – Olha Anthony você deveria saber o momento de assumir seus erros – dissera o professor com seriedade.

   – Eu? O que leva o professor a ter certeza de que eu fiz algo? Eu estava assistindo a aula como os demais. Não deixei minha carteira nenhum minuto – disse com seriedade.

   – Então como explica ter conseguido minhas memorias? – perguntara Lupin.

   – Eu posso ter conseguido pelo professor não ter uma saúde muito boa. Na verdade eu descobri umas poções que podem ajudar a fortalecer o senhor e... manter seu problema com pelos sobre controle – disse o fazendo começar a rir por algum motivos – eu disse algo engraçado?

   – Não... é que um amigo costumava dizer que eu tinha um problema peludo – dissera Lupin depois de se recuperar – Pode ir Anthony, mas espero que o que acredito que aconteceu na aula não se repita.

   – Eu não sei do que o senhor está falando – disse me levando dando um sorriso maroto antes de sair – mas se soubesse iria tranquilizar o senhor... ou não.

   – Em certos pontos até se parece com o pai...


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Notas finais do capítulo

Hoje não tenho muito o que falar como encerramento desse capítulo. No momento não tenho uma data pro próximo capítulo. Tenho que curtir um pouco esse período do ano, mas eu dispenso esse calor absurdo. Agora estarei esperando pelos comentários de vocês e esperando que todos muitos participem. Ah sim antes que eu esqueça. Quais seriam os presentes que vocês teriam dado de natal pros personagens (maneirem ou seja sem exageros).



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