Meu Querido Cupido escrita por Bonnie Only


Capítulo 28
Quebrando outras regras


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Como eu disse, tinha uma surpresa para vocês, e está nas notas finais do capítulo.

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/715663/chapter/28

Contar até três não estava funcionando. Os cupidos superiores eram muito mais espertos do que aparentavam. Eram apenas dois deles, e fiquei imaginando o que aconteceria comigo se tivessem mais ali. Provavelmente teriam me descoberto.

Me encolhi um pouco mais e torci para que não olhassem debaixo da mesa.

Um deles continuou na cozinha, e o outro saiu para vasculhar a casa. O superior que ficou na cozinha iniciou uma conversa com o Colin. Ficaram longos minutos conversando. 

Minhas mãos estavam frias. Eu vou morrer. Vai ser hoje! 

Não me lembro ao certo quanto tempo depois o outro cupido superior voltou. Ele estava acompanhado do David e do Bruce. As conversas ficaram próximas até eles voltarem à cozinha.

— Dá para acreditar? O que esses idiotas têm na cabeça? — O superior falava para os cupidos. — Eles morrem, nós damos uma nova chance de viverem, e o que é que eles fazem? Se apaixonam justamente pela garota que escolheram. É uma piada. — Ele riu sem parar, o outro superior acompanhou a risada dele.

Os cupidos ficaram quietos.

— O que foi? Não vão rir também? — O superior parou de rir e perguntou.

O clima continuou tenso. Eu já podia imaginar as expressões dos outros cupidos.

— Já acabaram? — David perguntou. — Parece que não tem nada aqui. 

— Vocês têm a casa dos outros cupidos para procurarem. — Colin completou.

— Ah, é? Pensando bem, eu quero ficar aqui mais um pouco. — O superior respondeu, cheio de sarcasmo.

Silêncio. 

— Legal. — Colin levantou da cadeira. — Antes de sairmos por aí para fazermos nosso trabalho, que tal eu mostrar minha nova coleção de filmes? — Colin convidou os superiores para saírem da cozinha.

Eles ignoraram o Colin.

— E você, David? O que fez depois que sua escolhida se foi? — Um dos superiores tocou no assunto. Ele tinha a voz rouca e mais grave do que a do outro.

— Os caras me ofereceram uma nova escolhida. Eu ainda estou tentando me adaptar. — David respondeu. 

— Você deu mancada, hein. Teve sorte de não ir junto com ela.

— Esse David é um idiota. — Franklin entrou na onda dos superiores. Notei que ele estava tentando disfarçar, e acho que estava dando certo.

— Vamos trocar de assunto. — Colin interrompeu. — Que tal uma garrafa de cerveja? Todo mundo para a sala. 

Os superiores aceitaram, e Colin os guiou até a sala, enquanto Bruce e Louis os seguiam. Franklin hesitou, mas foi. David ficou para trás, na cozinha comigo.

Quando notei que todos se afastaram, respirei um pouco melhor. David com passos apressados veio até mim e se abaixou.

— Cassie, venha. — Ele me deu uma mão, rapidamente eu saí dali. — Vamos para o quarto. Não diga nada, nem faça barulho. 

Assenti, e muito rápido subimos a escada e entrei em seu quarto. Meu coração estava disparado e eu estava em modo automático. Tem dois superiores na casa!  

Segui os comandos do David e entrei em um pequeno armário de seu quarto que continha pouquíssimas das minhas roupas que eu guardava ali. Quando entrei, ele me olhou profundamente.

— Não saia daqui. — Eu podia sentir a firmeza em seu tom de voz, e também a preocupação. David estava tão tenso quanto eu. Mas seus olhos e a sua presença ali me transmitiram segurança. Então assenti mais uma vez, e ele fechou a porta do armário cuidadosamente, e o local ficou todo escuro.

BRUCE

Os dois superiores estão enchendo a cara. Já estão aqui na casa há horas. Todos estamos tentando parecer confiantes, conversando e respondendo suas perguntas. Os caras com certeza têm autonomia sobre nós. Parecemos marionetes quando estamos perto dos superiores.

— Para mim já deu. Acho que está na hora de irmos, não é? — Sebastian, um dos superiores, falou. Ele era um dos superiores que mais tinham influência entre todos os cupidos. Era extremamente forte, alto e bruto. O mais respeitado.

O outro superior, que eu não conhecia, se levantou do sofá, se preparando para ir. Parece que nos livramos dessa.

Os dois estavam se preparando para ir.

— Mas antes... — Deram uma pausa e nos olharam, cerrando os olhos e escondendo um sorriso.

Sebastian olhava para o Franklin. Caminhou até ele e o encarou. Não estávamos entendendo, mas respondendo nossa pergunta, ele agarrou o pescoço do Franklin.

— Acha que somos idiotas? — Riu, enquanto sufocava o Franklin. Me aproximei, mas com um único movimento do poder que continha em suas mãos, o superior me empurrou para longe. — Quem é a garota que estava debaixo da mesa? — Ele fez um sinal para o outro superior caminhar até a cozinha.

Eles sabiam o tempo todo.

— Tentaram mesmo nos enganar? 

— Solte ele. Sabe com quem você deve resolver isso. — David falou, alto o bastante para irritar seu superior. Ele logo soltou o pescoço do Franklin e se dirigiu ao David.

— Então era você? Não matou a sua escolhida? Ela ainda está viva? E vocês mantêm uma relação? — Riu.

David o encarou de cabeça erguida e franziu a testa.

— Não toque nela. — David ordenou.

— Ela não está mais na cozinha. — O outro superior anunciou.

Sebastian então se dirigiu até a escada. Todos seguimos eles, exceto por Franklin, que estava desestabilizado, tentando recuperar o fôlego. 

Os superiores foram rapidamente até o quarto do David, como se soubessem que Cassie estaria lá. Enquanto isso, eu pensava no que fazer. Aquilo tudo era culpa minha. Era a mim que eles estavam procurando.

Quando entraram no quarto, já sabíamos o que pretendiam fazer. Era nossa hora de agir.

David, sem pensar, foi para cima do Sebastian. A briga começou com um soco, e logo depois se intensificou. Eles estavam usando suas forças extremas. Um superior facilmente venceria, então precisávamos agir juntos.

Eles não tocariam na Cassie.

Colin se juntou a nós, e iniciou uma luta corporal com o outro superior. Louis parecia perdido o tempo todo, e mal sabia usar suas habilidades, mas imitou o Colin e o ajudou, enquanto me juntei ao David.

Os superiores possuíam mais força e habilidades que nós cupidos comuns não tínhamos. Sebastian jogou David contra a parede, e só se podia ouvir o som de objetos quebrando. Cassie estava ouvindo tudo, mas precisava permanecer escondida.

— Querem brigar? Acham mesmo que conseguem? — Sebastian respirou fundo, ofegante, após me afastar. Ele e seu outro amigo ficaram próximos e encaravam eu, Louis e David.

Droga, cadê o Franklin?

Nossos olhos estavam completamente escuros. Quando algo nos desafiava, era esse o nosso estado. Viramos criaturas completamente diferente do que costumamos ser. Ganhamos mais força, mais agilidade e vontade de matar.

A luta intensificou. David era quem estava mais fora de si, preparado para arriscar tudo. Estávamos decididos a matar nossos superiores. Quebraríamos mais uma regra. Colin estava acabando com o outro superior, enquanto Louis ajudava.

Apesar de usar nossa força, Sebastian conseguiu nos pegar. Segurou a mim e ao David, e nos levantou. Me senti fraco, mas sabia que não morreria daquela forma. Era preciso muito mais do que aquilo para tirar a vida de um cupido.

— São todos ingratos. — Sebastian sussurrou. — Estão indo contra seus semelhantes por causa de uma garota humana? — Nos colocou contra a parede. David sangrava, e eu me encontrava no mesmo estado. — Vão todos morrer.

Stacy não saía da minha cabeça, principalmente quando meu superior anunciou a minha morte. Quem seria seu novo cupido? Quem protegeria ela? Quem impediria que ela passasse todas as madrugadas nas esquinas, desejando acabar com a própria vida?

Foi naquele momento que encontrei forças, e foi naquele momento que não reconheci David. Seus olhos brilharam como chamas, e aquilo foi o suficiente para o superior nos soltar e contorcer de dor.

Olhei para o Colin, e ele havia derrubado o outro superior, enquanto Louis o segurava.

Enquanto eu estava no chão, respirando com dificuldade, David fez o mesmo que ele havia feito com nós dois. O segurou pelo pescoço, e o levantou. Admito que foi impressionante. 

— Para o porão. — David olhou para cada um de nós e ordenou. 

Os superiores estavam ofegantes, mas não reagiram. Levamos os dois para o nosso porão.

➴ ➵ ➶

Cassie

Não consigo descrever a forma como chorei. Eu ouvi tudo. Os gritos de dor, cada soco, cada impacto. Foi uma briga. Uma briga entre os cupidos e seus superiores. E por um milagre, eu não gritei, tapei a minha própria boca e torci para acabar.

Durou um longo tempo, e quando finalmente cessou, eu esperava os superiores abrindo a porta do armário, me tirando bruscamente, prontos para tirar a minha vida.

Quando o barulho acabou, fiquei mais um longo tempo dentro do armário, contemplando o silêncio e esperando a minha morte. Mas nada acontecia. Deduzi tantas coisas. 

Mas para meu alívio, depois de quase uma hora trancada esperando por alguma resposta, meu cupido abriu a porta do armário, e nunca me senti tão feliz em vê-lo.

Com meus olhos molhados, e tremendo, pulei nos braços do David. Ele retribuiu o abraço, e tinha uma péssima expressão no rosto. Uma mistura de alívio e dor.

— O-o que aconteceu? — Olhei para os lados após ele me soltar. O quarto estava destruído. Objetos quebrados e muita coisa no chão. Foi uma luta e tanto. — Cadê eles, David? — Fiquei um pouco mais próxima dele.

— Cassie, você precisa se acalmar.

— Vai me entregar? — Quase chorei outra vez, mas eu precisava parecer forte. Se David decidiu que me entregar para os superiores é a melhor opção, eu terei que aceitar.

— Vamos descer. — Colocou um braço em volta das minhas costas enquanto me guiava até a escada. Tentei parar de chorar e soluçar.

Quando chegamos à sala, os cupidos estavam todos pensativos, e senti a falta do Franklin.

— Cadê o Franklin? — Pergunto, preocupada.

— Sente-se. — David pediu.

Me sentei e olhei para cada um deles. Não pareciam bem. Estavam machucados.

— Eles sabiam sobre mim?

David concordou.

— Cassie, eles são espertos, e descobriram você. Não tínhamos outra opção, então... Nós lutamos. — Bruce respondeu. 

— E vocês venceram? 

Todos assentiram para mim. Eu quis chorar. Todos se arriscaram por mim, inclusive Louis, que é um novato e estava com medo. Mas fizeram isso por mim.

— Franklin está bem?

— Ele desapareceu depois que o superior o ameaçou. Nem mesmo nos ajudou com a briga. — Colin respondeu.

— O que vocês fizeram com eles? — Perguntei, e os cupidos não quiseram responder.

— Nós demos um jeito, Cassie. 

Era com certeza algo que eu não precisava ver. Com toda certeza, eles acabaram com os cupidos superiores e deram um jeito nos corpos.

  ➴ ➵ ➶

Franklin chegou pela manhã. Não quis falar com ninguém, e parecia tão acabado quanto os outros. Ele apenas se trancou em seu quarto e ficou em silêncio. 

Tentei me recompor. A noite passada eu não conseguiria esquecer, mesmo que quisesse. Ainda sentia medo. 

De tarde, os cupidos se reuniram para saber o que fariam comigo. Matar dois superiores era um crime gravíssimo, e todos os cupidos começariam a procurar por eles. 

Se descobrirem que os rapazes mataram os dois, eles estarão condenados. Muito mais do que já estão.

— A Cassie não pode continuar morando aqui. Mais superiores vão vir para cá, vai virar uma confusão. Eu não quero matar mais ninguém, apesar de ter gostado da experiência. — Colin falou.

— Acho que ela precisa ficar na casa de alguém que os cupidos superiores não conheçam. Alguém que eles não precisem visitar. No momento, ela precisa ficar longe da gente. Estamos encrencados. - disse Bruce.

Olhei para David. Me lembrei do que ele me disse na noite do meu último encontro... Que as coisas não estavam indo como ele planejava.

E ficarmos separados, era com certeza algo que ele não planejava. 

— Posso ficar na casa da minha mãe. — Sugeri — Ou do meu chefe, Dolph.

— Não pode ser alguém que você conhece. Eles saberiam como te encontrar.

— Posso falar com a Hayley. Talvez ela aceite hospedar a Cassandra. — David falou. — E você Franklin, tem alguma sugestão?

Franklin estava calado, e nos dava respostas frias. Alguma coisa estranha entre eles estava acontecendo.

— O que quer que eu diga? Quer mesmo que eu participe disso? — Franklin foi rude. — É sério que vocês estão fazendo isso? Prolongando essa ideia idiota? — Franklin estava sentado de pernas cruzadas, folgado e impaciente. — Eu nem deveria estar aqui! Deveria estar ajudando a minha escolhida! Mas estou fazendo parte dessa reunião idiota.

— O que você queria que fizéssemos? Que entregássemos a Cassandra para que eles a matassem? Você faz ideia do que está falando? — David se mostrou indignado com a resposta do Franklin.

— Se vocês fizessem isso, talvez seriam poupados. Todos aqui sabemos que manter essa garota aqui é idiotice. Ela vai ser pega. A quem estamos enganando? Foi você quem começou isso, David! Foi você quem trouxe ela para cá. — Franklin se levantou. — E você é outro imbecil. — Ele se dirigiu ao Bruce. — Trouxe a coitada daquela garota para cá, transou com ela e agora está ignorando ela. Vocês não passam de uns canalhas. Não sabem ser cupidos.

Bruce foi rapidamente para cima do Franklin e lhe deu um soco, que o fez virar com o impacto. 

— Não mencione a Stacy!

Franklin retomou a sua postura com um corte na boca, e riu. Seus dentes estavam vermelhos, cheios com sangue.

— Eu avisei, desde o começo. Avisei que isso aconteceria. — Franklin se retirou.

Eu não soube o que fazer. Os cupidos estavam brigando e quase perdendo suas vidas, e tudo por minha culpa. Se eu desaparecesse, eles teriam menos problemas. 

Me retirei dali, e corri para o quarto do David. Ele me seguiu.

— Saia daqui! — Gritei.

— Ele está alterado, não é nada com você. — David tentou justificar a atitude do Franklin.

— Não é só o Franklin! É tudo! Viver fugindo, esperando por  um cara que nunca aparece! Isso está me deixando perdida. Eu cansei de ter medo desses brutamontes com asas! — Gritei, e não consegui segurar o choro.

David ficou em silêncio.

— Mas o que mais me incomoda, é ser o problema de vocês. Franklin quase morreu por minha causa. Vocês mataram dois superiores!

— Cassie, você não é um problema. — David afirmou.

— Eu sou uma escolhida que vive com o seu cupido. Eu sou um problema. Nós somos um problema, David. Assim como o Bruce e a Stacy!

— Eu não estou entendendo...

— Não finja que não está! Você sabe disso tanto quanto eu sei. Todas as vezes que ficamos sozinhos, perto um do outro. Não diga que você não sente aquilo...

— O quê?

— Aquela sensação. — Falei, já parando de chorar.

— Quero que me diga.

— Existe algo entre nós. Eu não sei explicar. Desde quando você ia me visitar na lanchonete, eu sentia. E quando você me disse que nunca poderíamos ter algo, eu tentei aceitar. — Confessei. E sabia que não deveria estar dizendo isso. Mas não me importei. Estava fora de mim. — Tentei ficar longe. E tento todos os dias dizer para mim mesma não te olhar de outro jeito! Mas é impossível. — Meus olhos marejaram outra vez. — Você é muito mais que um cupido para mim, David. Eu sei que mal te conheço e sei que você não é um humano, e nem tem um sobrenome. — Ri. — Mas não consigo sentir pelos outros o que eu sinto quando olho para você.

Ele me olhava atentamente, e quando lhe disse a última palavra, David veio até mim, e me beijou.

Meu cupido me beijou.

Um beijo desesperado. Aquele era o beijo que estávamos evitando o tempo todo. Torcendo para que não acontecesse. Era como um alívio. 

Meu peito queimava. Sentir os lábios do meu cupido era muito mais do que eu imaginava. Uma mistura de prazer e perigo. Enquanto nos beijávamos, eu dizia a mim mesma para parar, mas continuava. Eram lábios macios e uma sensação diferente de qualquer uma que já provei em toda minha vida. Sua língua envolveu a minha, e seus movimentos eram deliciosos. 

Eu sabia que aquilo era errado. Mas era com certeza o erro mais certo que eu havia cometido.

Agora eu entendia Hayley, e o que ela sentiu quando beijou o David. Não a culpo por sentir o que ela sente por ele. Com certeza, uma experiência sobrenatural.

Aquilo não podia acabar. Sentir o meu David, tão de perto. Medo, incerteza e desejo. Não deveríamos estar fazendo isso. Não depois do que aconteceu na última noite. 

O beijo parou tão rápido quanto começou.

— Desculpe, Cassie. — David sussurrou. Nossos rostos ainda bem próximos. Seus olhos estavam fechados, e quando se abriram, ainda exalavam desejo. — Eu prometi. — Ele deu uma pausa. — Prometi que não faria nada que te machucasse.

Dobrei minhas sobrancelhas e quase lhe implorei um outro beijo.

— Precisamos ficar longe. — David se afastou um pouco mais. — Vou garantir que você fique bem. Eu vou cuidar de tudo. — Colocou sua mão em minha bochecha. Fechei meus olhos com o toque. 

Ele desapareceu do quarto pouco tempo depois. E tive certeza que aquele beijo foi uma despedida. Havia algo separando nós dois. Um romance entre um cupido e sua escolhida é totalmente errado, e tudo se voltará contra nós dois, até que estejamos verdadeiramente longe um do outro. 

No fundo, David sabe que a minha morte vai chegar. Eu sei disso. Ele está enganando a ele mesmo. 

O que me preocupa, de verdade, é que ele e os outros cupidos acabem perdendo suas vidas por culpa minha. São as criaturas mais incríveis que já conheci. Eles ainda têm uma chance de um dia voltarem a ser humanos. E eu não quero estragar isso.

Então, após aquele beijo, prometi a mim mesma que ficaria longe deles, e abriria mão do meu escolhido.

➴ ➵ ➶

A esse ponto, a noticia do desaparecimento de dois cupidos superiores já se espalhou entre toda a sociedade de cupidos. Eu preciso urgentemente sair da casa dos rapazes e encontrar outro lugar para ficar. David conseguiu convencer Hayley a ir a um restaurante comigo. Ela não pareceu querer aceitar no inicio, mas como foi ele quem pediu, ela logo cedeu. 

Durante a noite, David me deixou de frente com um pequeno restaurante na beira de uma estrada vazia. Ali eu correria pouco risco.

Mal nos olhamos durante o caminho todo. Ele prometeu que não faria parte da conversa, e que deixaria eu e Hayley a sós. Tínhamos muito o que debater. David quer que eu convença Hayley a me deixar ficar na casa dela por um tempo.

Desci do carro, vi David partir e caminhei até o restaurante.

Era um lugar pequeno e aconchegante. Poucas mesas e uma velhinha atendendo os clientes.

Procurei Hayley com um olhar, e logo a avistei. Seu cabelo loiro amarelado, sentada ao lado de um rapaz.

Me surpreendi quando vi que era ele.

Dean Trent. Sentado ao lado da Hayley, sorrindo. Quando seu olhar esbarrou em mim, seu sorriso aumentou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fiz um trailer para vocês de "Meu Querido Cupido".

Acessem:

https://www.youtube.com/watch?v=BDhvY9UUPtE

Me digam o que acharam ♥

Logo tem mais.
Beijos ♥