Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist
Seis anos haviam se passado desde que Harry levara Alvo à plataforma 9 e ¾ pela primeira vez; desde então, o garotinho obediente tinha mudado bastante; não era apenas o jeito “moderninho” de usar as roupas, com a camisa solta, o cabelo mias comprido caindo nos olhos. Alvo, que dois anos atrás era um garoto sorridente, divertido, que gostava de conversar com a família e ajudar os colegas, agora se comportava de uma maneira que os pais não reconheciam.
Durante as férias ele e Lilian mal se falaram e Alvo passou a maior parte dos dias ocupado com algum segredo entre ele e Hugo. Mal conversava com as pessoas da casa, não obedecia aos pais e até respondia com rebeldia; no lugar do sorriso doce, tinha um sorriso cínico e debochado.
— Ele se comporta como se fosse o líder de uma gangue! — Harry falou, olhando de maneira reprovadora o encontro do filho com os colegas.
— Harry, não fale assim.
— Desculpe, Giny, mas eu estou muito preocupado com o Alvo.
— Eu também, mas talvez a Hermione tenha razão, ele está passando pela adolescência...
— Hum, de qualquer forma, eu vou conversar com ele assim que chegarmos à Hogwarts.
— Pai? Tá na hora! — Lilian voltou para abraçar a mãe antes de embarcar.
— Claro — mais uma vez, Harry se despediu de Giny; Alvo também voltou para se despedir de novo da mãe.
— Alvo, se cuida, filho.
— Ok, pode deixar. Tchau, mãe.
A viagem no trem foi tranquila, os estudantes se reencontravam, se abraçavam, colocavam as conversas em dia, enquanto esperavam o tempo passar. Alvo só conseguiu encontrar-se com Hugo direito quando já estavam na escola, antes da cerimônia de seleção dos novos alunos. Alvo já estava sentado, usando as roupas da Grifinória e conversando com Penélope quando Hugo chegou:
— Hey, Al, precisamos conversar.
— Hugo, estava mesmo querendo falar com você, sabe; nós já temos trabalho, acho que esse ano vai ser quente.
— É mesmo sobre isso que eu quero falar, é que...
— É que o que, Hugo? — Alvo se levantou da mesa e puxou Hugo para conversar mais afastado.
— Aqueles caras da sonserina, me escreveram durante as férias — Alvo agitou as mãos impaciente, também tinha recebido cartas dos ditos cujos. — e eles já vieram falar comigo no trem.
— Eles fizeram alguma coisa?
— Não, mas eles me ameaçaram e ameaçaram você também.
— Eles nos ameaçaram? Ham, eles vão ver — Alvo encarou os colegas sonserinos de longe.
— Alvo, eles são da Sonserina, e...
— Quem é que tem medo dos sonserinos?
— A gente tem que parar, Al.
— O que? Eu já disse, esse ano vai ser quente.
— Eu não sei, eles podem dedurar a gente. O seu pai está desconfiado de alguma coisa?
— Está, mas ele não duvida de mim, está bem?
— A minha mãe também está, Al, ela ameaçou me fazer tomar veritasserum se descobrir alguma coisa errada — Alvo deu uma risada divertida.
— Huguinho, sua mãe não vai te obrigar a tomar veritasserum! Deixa de ser medroso.
— Hey, vocês dois! — Rubinho apareceu e bateu nos ombros dos amigos; tinha praticamente o dobro da altura de Alvo e Hugo. — agitando os planos?
— Hey, Rubinho! Então, você vai se juntar à gente esse ano?
— Não, Al, obrigado, mas...
— Já sei, já sei. Vamos sentar; Hugo, depois a gente resolve aquele lance. E vê se não abre o bico, ok?
Quando voltaram à mesa, Rubinho se esticou um pouco para olhar a mesa de Sonserina, e lá estava ela, os cabelos castanhos compridos presos no alto da cabeça, os olhos verdes brilhando, o sorriso no rosto, mais lindo do que nunca. Rubinho queria ir até lá falar com ela, mas na mesma hora, a diretora Bones começou a falar; todos ficaram quietos escutando e depois teve início a cerimônia de seleção dos novos alunos.
Alvo sentou no fundo da sala na aula de Defesa Contra as Artes da Trevas; três garotos de Sonserina praticamente cercaram a sua cadeira.
— Perderam alguma coisa, amigos? — perguntou sem quase levantar os olhos.
— Você recebeu minha carta? — perguntou o garoto que estava no meio e era o maior.
— Parece que você não recebeu a minha.
— Nós queremos nossa grana de volta.
— Sem chance! — Alvo disse, fechando o livro e encarando o colega.
— Você nos enganou!
— Qual é? Vocês perderam, não foi minha culpa.
— Olha aqui eu acho melhor você devolver o nosso dinheiro...
— Ou então o que?
— Acho que eu vou quebrar a sua cara, Potter!
— Eu acho que você não vai quere fazer isso, Flint! —Harry tinha acabado de entrar na sala e olhava com curiosidade o grupo em volta do filho.
— Pessoal sentem-se nos seus lugares, por favor.
— E aí, alguém vai encarar? — Alvo provocou com um sorriso cínico, e os três sonserinos voltaram aos seus lugares.
— Bem vindos ao último ano, podemos começar com uma revisão do que vimos no passado — depois da costumeira reclamação que a turma fazia sempre que Harry passava alguma atividade, ele pôde dar continuidade normal a aula. Quando os alunos estavam saindo, pediu que Alvo esperasse um pouco.
— Quero falar com você, Al — Alvo ficou esperando escorado na mesa; Flint olhou desconfiado para Al, que respondeu com outro sorriso debochado. — Está acontecendo alguma coisa Al? — Harry perguntou quando ficou sozinho com o filho.
— Não, que tipo de coisa pai?
— Algum problema com o Mike Flint e aqueles garotos de Sonserina?
— Ah, não. Não tem problema nenhum pai, eles só estavam conversando mesmo.
— Al, se estivesse acontecendo algo com você, você me contaria, não é? Qualquer coisa?
— Claro que sim, pai.
— Bom, pode ir Alvo.
— Com licença, professor — Alvo sorriu e saiu; Harry tranquilizou a si mesmo, deveria confiar no filho, Alvo só estava agindo como qualquer garoto da idade dele, não estava fazendo nada de errado.
Alvo saiu da sala direto para encontra Penélope e Hugo.
— Ei, o Hugo me contou sobre os caras de Sonserina, eles estavam falando com você, e ai aconteceu alguma coisa? Seu pai está desconfiado de você?
— Ei, Penélope, cala a boca! Está tudo sobre controle.
— Então a gente pode continuar com o plano?
— Claro, as aulas voltaram, precisamos comemorar.
— Ótimo tem uma turma de Corvinal interessada...você já falou com aquele pessoal trouxa?
— Não, mais eu vou cuidar disso, amanhã vai estar tudo certo.
— Vai ser ótimo não vai? Ei, Hugo qual é? — Penélope sentou no colo de Hugo e pegou o rosto dele entre as mãos. — Por que você não parece animado?
— É por que eu não estou mesmo animado. Penélope, eu acho que a gente deveria parar.
— Acontece que o Hugo está morrendo de medo que a mãe mande ele para a Durmstrang!
— Ninguém vai descobrir nosso lance: se o Harry não está nem desconfiado, Hugo, imagina sua mãe que nem te escreve mais? — Hugo concordou tristemente com Penélope, afinal, já fazia algum tempo que Hermione andava distante dele, trabalhando mais que o normal.
— Acho que os meus pais estão com problemas no casamento por isso eles não estão se importando comigo.
— É por isso que a gente tem que fazer isso, Hugo, a gente tem fazer isso por nós mesmos — disse Alvo.
— E eu vou fazer mais alguma coisa por você — Penélope beijou a orelha de Hugo e depois a boca.
— Argh! Eu estou ficando enjoado!
— Qual é Alvo, a sua garota trouxa não faz isso?
— Ali está alguém que precisa disso, Bones! — Alvo apontou para Rubinho, que ia passando, andando rápido e falando sozinho, acenou rapidamente para os três e continuou andando.
— Onde será que ele vai com tanta pressa?
— Rastejar pela Lily, claro!
— Falando sério, Al, a Lilian é sua irmã, mas cá para nós, ela é uma vaca!
— Ela diz a mesma coisa de você, Bones. Mas se tem uma coisa em que eu não me meto é em rivalidade feminina, aliás, mulheres brigando é bem sexy.
— Mas eu acho que ele gosta da Lilian de verdade, quer dizer... vocês acham que o Rubinho já ficou com alguém, quer dizer com uma garota?
— Não — Hugo respondeu.
— Com certeza não! — Alvo concordou e os dois caíram na risada.
— Que grandes amigos vocês são!
— Qual é, é só a verdade, quer dizer ele é exageradamente grande vai contra qualquer lógica.
— Se ele ficar com alguém normal pode causar um estrago!
— Morte!
— Parem, vocês dois! Ele é nosso amigo, pô! — Penélope reclamou, mas ela mesma não conseguiu conter o riso.
— Tem razão! eu vou cuidar dos negócios, vocês dois falam com o pessoal da Corvinal, e sejam cautelosos.
— Pode deixar chefe!
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