Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist


Capítulo 70
Capítulo 70




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Seis anos haviam se passado desde que Harry levara Alvo à plataforma 9 e ¾ pela primeira vez; desde então, o garotinho obediente tinha mudado bastante; não era apenas o jeito “moderninho” de usar as roupas, com a camisa solta, o cabelo mias comprido caindo nos olhos. Alvo, que dois anos atrás era um garoto sorridente, divertido, que gostava de conversar com a família e ajudar os colegas, agora se comportava de uma maneira que os pais não reconheciam.

Durante as férias ele e Lilian mal se falaram e Alvo passou a maior parte dos dias ocupado com algum segredo entre ele e Hugo. Mal conversava com as pessoas da casa, não obedecia aos pais e até respondia com rebeldia; no lugar do sorriso doce, tinha um sorriso cínico e debochado.

— Ele se comporta como se fosse o líder de uma gangue! — Harry falou, olhando de maneira reprovadora o encontro do filho com os colegas.

— Harry, não fale assim.

— Desculpe, Giny, mas eu estou muito preocupado com o Alvo.

— Eu também, mas talvez a Hermione tenha razão, ele está passando pela adolescência...

— Hum, de qualquer forma, eu vou conversar com ele assim que chegarmos à Hogwarts.

— Pai? Tá na hora! — Lilian voltou para abraçar a mãe antes de embarcar.

— Claro — mais uma vez, Harry se despediu de Giny; Alvo também voltou para se despedir de novo da mãe.

— Alvo, se cuida, filho.

— Ok, pode deixar. Tchau, mãe.

A viagem no trem foi tranquila, os estudantes se reencontravam, se abraçavam, colocavam as conversas em dia, enquanto esperavam o tempo passar. Alvo só conseguiu encontrar-se com Hugo direito quando já estavam na escola, antes da cerimônia de seleção dos novos alunos. Alvo já estava sentado, usando as roupas da Grifinória e conversando com Penélope quando Hugo chegou:

— Hey, Al, precisamos conversar.

— Hugo, estava mesmo querendo falar com você, sabe; nós já temos trabalho, acho que esse ano vai ser quente.

— É mesmo sobre isso que eu quero falar, é que...

— É que o que, Hugo? — Alvo se levantou da mesa e puxou Hugo para conversar mais afastado.

— Aqueles caras da sonserina, me escreveram durante as férias — Alvo agitou as mãos impaciente, também tinha recebido cartas dos ditos cujos. — e eles já vieram falar comigo no trem.

— Eles fizeram alguma coisa?

— Não, mas eles me ameaçaram e ameaçaram você também.

— Eles nos ameaçaram? Ham, eles vão ver — Alvo encarou os colegas sonserinos de longe.

— Alvo, eles são da Sonserina, e...

— Quem é que tem medo dos sonserinos?

— A gente tem que parar, Al.

— O que? Eu já disse, esse ano vai ser quente.

— Eu não sei, eles podem dedurar a gente. O seu pai está desconfiado de alguma coisa?

— Está, mas ele não duvida de mim, está bem?

— A minha mãe também está, Al, ela ameaçou me fazer tomar veritasserum se descobrir alguma coisa errada — Alvo deu uma risada divertida.

— Huguinho, sua mãe não vai te obrigar a tomar veritasserum! Deixa de ser medroso.

— Hey, vocês dois! — Rubinho apareceu e bateu nos ombros dos amigos; tinha praticamente o dobro da altura de Alvo e Hugo. — agitando os planos?

— Hey, Rubinho! Então, você vai se juntar à gente esse ano?

— Não, Al, obrigado, mas...

— Já sei, já sei. Vamos sentar; Hugo, depois a gente resolve aquele lance. E vê se não abre o bico, ok?

Quando voltaram à mesa, Rubinho se esticou um pouco para olhar a mesa de Sonserina, e lá estava ela, os cabelos castanhos compridos presos no alto da cabeça, os olhos verdes brilhando, o sorriso no rosto, mais lindo do que nunca. Rubinho queria ir até lá falar com ela, mas na mesma hora, a diretora Bones começou a falar; todos ficaram quietos escutando e depois teve início a cerimônia de seleção dos novos alunos.



Alvo sentou no fundo da sala na aula de Defesa Contra as Artes da Trevas; três garotos de Sonserina praticamente cercaram a sua cadeira.

— Perderam alguma coisa, amigos? — perguntou sem quase levantar os olhos.

— Você recebeu minha carta? — perguntou o garoto que estava no meio e era o maior.

— Parece que você não recebeu a minha.

— Nós queremos nossa grana de volta.

— Sem chance! — Alvo disse, fechando o livro e encarando o colega.

— Você nos enganou!

— Qual é? Vocês perderam, não foi minha culpa.

— Olha aqui eu acho melhor você devolver o nosso dinheiro...

— Ou então o que?

— Acho que eu vou quebrar a sua cara, Potter!

— Eu acho que você não vai quere fazer isso, Flint! —Harry tinha acabado de entrar na sala e olhava com curiosidade o grupo em volta do filho.

— Pessoal sentem-se nos seus lugares, por favor.

— E aí, alguém vai encarar? — Alvo provocou com um sorriso cínico, e os três sonserinos voltaram aos seus lugares.

— Bem vindos ao último ano, podemos começar com uma revisão do que vimos no passado — depois da costumeira reclamação que a turma fazia sempre que Harry passava alguma atividade, ele pôde dar continuidade normal a aula. Quando os alunos estavam saindo, pediu que Alvo esperasse um pouco.

— Quero falar com você, Al — Alvo ficou esperando escorado na mesa; Flint olhou desconfiado para Al, que respondeu com outro sorriso debochado. — Está acontecendo alguma coisa Al? — Harry perguntou quando ficou sozinho com o filho.

— Não, que tipo de coisa pai?

— Algum problema com o Mike Flint e aqueles garotos de Sonserina?

— Ah, não. Não tem problema nenhum pai, eles só estavam conversando mesmo.

— Al, se estivesse acontecendo algo com você, você me contaria, não é? Qualquer coisa?

— Claro que sim, pai.

— Bom, pode ir Alvo.

— Com licença, professor — Alvo sorriu e saiu; Harry tranquilizou a si mesmo, deveria confiar no filho, Alvo só estava agindo como qualquer garoto da idade dele, não estava fazendo nada de errado.

Alvo saiu da sala direto para encontra Penélope e Hugo.

— Ei, o Hugo me contou sobre os caras de Sonserina, eles estavam falando com você, e ai aconteceu alguma coisa? Seu pai está desconfiado de você?

— Ei, Penélope, cala a boca! Está tudo sobre controle.

— Então a gente pode continuar com o plano?

— Claro, as aulas voltaram, precisamos comemorar.

— Ótimo tem uma turma de Corvinal interessada...você já falou com aquele pessoal trouxa?

— Não, mais eu vou cuidar disso, amanhã vai estar tudo certo.

— Vai ser ótimo não vai? Ei, Hugo qual é? ­­— Penélope sentou no colo de Hugo e pegou o rosto dele entre as mãos. — Por que você não parece animado?

— É por que eu não estou mesmo animado. Penélope, eu acho que a gente deveria parar.

— Acontece que o Hugo está morrendo de medo que a mãe mande ele para a Durmstrang!

— Ninguém vai descobrir nosso lance: se o Harry não está nem desconfiado, Hugo, imagina sua mãe que nem te escreve mais? — Hugo concordou tristemente com Penélope, afinal, já fazia algum tempo que Hermione andava distante dele, trabalhando mais que o normal.

— Acho que os meus pais estão com problemas no casamento por isso eles não estão se importando comigo.

— É por isso que a gente tem que fazer isso, Hugo, a gente tem fazer isso por nós mesmos — disse Alvo.

— E eu vou fazer mais alguma coisa por você — Penélope beijou a orelha de Hugo e depois a boca.

— Argh! Eu estou ficando enjoado!

— Qual é Alvo, a sua garota trouxa não faz isso?

— Ali está alguém que precisa disso, Bones! — Alvo apontou para Rubinho, que ia passando, andando rápido e falando sozinho, acenou rapidamente para os três e continuou andando.

— Onde será que ele vai com tanta pressa?

— Rastejar pela Lily, claro!

— Falando sério, Al, a Lilian é sua irmã, mas cá para nós, ela é uma vaca!

— Ela diz a mesma coisa de você, Bones. Mas se tem uma coisa em que eu não me meto é em rivalidade feminina, aliás, mulheres brigando é bem sexy.

— Mas eu acho que ele gosta da Lilian de verdade, quer dizer... vocês acham que o Rubinho já ficou com alguém, quer dizer com uma garota?

— Não — Hugo respondeu.

— Com certeza não! — Alvo concordou e os dois caíram na risada.

— Que grandes amigos vocês são!

— Qual é, é só a verdade, quer dizer ele é exageradamente grande vai contra qualquer lógica.

— Se ele ficar com alguém normal pode causar um estrago!

— Morte!

— Parem, vocês dois! Ele é nosso amigo, pô! — Penélope reclamou, mas ela mesma não conseguiu conter o riso.

— Tem razão! eu vou cuidar dos negócios, vocês dois falam com o pessoal da Corvinal, e sejam cautelosos.

— Pode deixar chefe!


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