Três Espiões Demais escrita por O quarto espião demais
Notas iniciais do capítulo
Episódio 02, parte 3.
~ ~ ~ ~
Central da WOOHP, Rio de Janeiro. 08:42
Desabando desordenadamente sobre o pequeno sofá do escritório de Jeniffer, Cristian caiu todo torto e fora esmagado por Blake, que caiu sentado sobre suas costas. Wade já teve um rumo diferente, atingido bruscamente o chão na parte de trás do sofá.
— Ai... — grunhiu o ruivo, todo dolorido.
— Ah não, acho que meu celular caiu lá no Shopping... Jeniffer, tinha que chamar a gente justo agora?! — Reclamou o loiro, entrando em pânico.
— Creio que sim, rapazes. — disse ela, seriamente. Um enorme telão suspenso emergiu do teto. Nele, uma gravação se iniciou. — Vejam como agem de forma um tanto esquisita essas pessoas que foram capturadas pela câmera de vigilância da fachada de uma loja de celulares em São Paulo!
— Parecem robôs... — Wade observou.
— Exatamente. Quero que vão até a loja de onde eles saíram, a Celulares Demais, localizada ao centro de São Paulo, e investiguem o caso!
— Deixa com a gente. — Blake consentiu animadamente com o polegar, levantando-se junto a Wade, preparados para a hora dos dispositivos. Cristian, distraído, ainda buscava pelo telefone nas proximidades do sofá.
— Será que eu perdi meu super telefone?! O que eu vou jogar na cara do Derek agora quando ele vier com aquele tablet de quinta que ele comprou na Inglaterra?
— Talvez a Tina tenha encontrado e o guardado pra você... — Wade sugeriu, voltando a babar ao pensar na garota de seus sonhos. Blake bufou.
— Para essa missão, vocês contarão com os dispositivos... — Neste instante, enquanto a chefa dos agentes falava, garras metálicas saiam das paredes com os apetrechos. — O óculos sensor de ondas hipersônicas, o tênis à jato para locomoverem-se a altas velocidades e por último, mas não menos importante, a pequena adaga indiana de corte super afiado, a TXT5. Boa sorte, garotos!
Dito isso, Jeniffer pressionou um botão no painel de sua mesa e um buraco ao teto sugou os rapazes.
***
Céu do centro de São Paulo. 11:55.
Sobrevoando a maior cidade do país com seus tênis à jato, os rapazes seguiam Wade, que se encaminhava para a loja mencionada por sua chefa com ajuda do rastreador presente em seu comunicador. Dali do alto o ruivo pôde ver a pequena fachada do comércio – que visivelmente não era muito grande.
— Vamos pousar! — alertou.
Em pouco menos de um minuto, Wade e Cristian acabavam de pôr os pés em terra firme. O loiro olhou ao redor, então, sentindo falta do moreno.
— Cadê o Blake?
— COMO SE PARA ESSA COISA??? — ouviram o amigo gritar desesperadamente do alto e viram-no voando de um lado para o outro de forma desgovernada.
— É só encostar os tênis um ao outro! — Wade explicou.
Ao fazer isso, Blake teve sucesso em parar os apetrechos. Entretanto, deu-se por si que ainda estava a tantos metros de altura sobre o beco onde os colegas pousaram. Em pânico, ele gritou enquanto caia como uma jaca numa lixeira que amaciou bastante seu tombo.
— Você tá legal? — perguntou Wade, se aproximando e o ajudando a se recompor.
— Tirando estar todo fedido de ovo podre, tô. — assentiu.
— Ei, olhem aquilo! — Cristian chamou a atenção de ambos para uma multidão na rua externa ao beco. Se tratava de várias pessoas em estado paralitico que assistiam silenciosamente ao que passava em uma das televisões à venda, na fachada de uma loja local. — Aquele shampoo do comercial deve ser de última geração pra todos quererem vê-lo assim!
— Ou isso deve ter a ver com a forma estranha de como aquelas pessoas que a Jeniffer nos mostrou agiam... — Blake supôs.
— Bom, seja como for, vamos deixá-los pra depois. Concentrem-se na nossa missão! — Wade falou, usando seu comunicador para transformar seu uniforme avermelhado de espião em uma roupa casual. Blake e Cristian fizeram o mesmo, então eles deixaram o beco e foram para a frente da loja Celulares Demais.
— Cá estamos... — O moreno disse, vendo que a porta se encontrava fechada e um aviso os alertava de estar no horário de almoço dos funcionários. — Acho que vamos ter que voltar depois...
— Tenho uma ideia melhor! — Wade apontou para cima. — Vamos entrar pelo teto e fazer uma espionagem ao modo antigo!
— Tô dentro! — concordou o amigo, animado. — Mas... onde está o Cristian?
Ambos se viraram em caça ao loiro e o encontraram próximo da multidão de pessoas, anotando o nome do shampoo do comercial num bloquinho pessoal que sempre carregava consigo. Wade e Blake se entreolharam, revirando os olhos.
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