Casa dos Espiões, Rio de Janeiro. 22:47.

    Wade acabava de entrar em seu quarto dando um longo bocejo. O ruivo fechou a porta e passou os olhos de modo ligeiro pelo espaço, vendo todas as suas coisas no mais correto lugar. Um pequeno sorriso amarelo preencheu sua expressão de cansaço e, em seguida, ele se dirigiu à sua cama, desviando do caminho por um breve momento para abrir a janela e deixar um pouco de ar refrescar o quarto.

     Seu dia tinha sido longo e desgastante, repleto de missões nada fáceis da WOOHP. Sorte a dele em ter dois grandes companheiros de trabalho – e também grandes amigos, Blake e Cristian, que apesar de darem-no bastante dor de cabeça às vezes, também ajudavam muito na captura dos bandidos.

— É, foi um longo dia... — disse, esfregando os olhos e se deitando.

     Virado para a parede, Wade já estava quase a pegar no sono quando repentinamente uma mão agarrou sua boca. Ele não pôde gritar por ajuda, no entanto recobrou rapidamente os sentidos e lutou para se soltar de quem o apanhara.

     De repente, sentiu uma estranha picada próxima a seu pescoço. Ele sabia perfeitamente que se tratava de algum tipo de agulha, provavelmente lhe ejetando um sonífero. Seus olhos pesaram de imediato, suas mãos perderam a força. Wade viu-se demasiadamente tonto e prestes a desmaiar.

— Descanse em paz, espiãozinho... Amanhã será um dia ainda mais longo! — disse seu raptor em um tom malicioso, com uma voz um tanto rouca.

     Foi a última coisa que Wade presenciou, e então apagou.