Adorável complexo escrita por Amora


Capítulo 6
Esperança...


Notas iniciais do capítulo

LEIAM O COMEÇO COMO SE ESTIVESSEM CANTANDO ESSE CARA SOU EU!

Eu voltei, feliz da vida porque eu já passei.
Agora eu tô de ferias morgando no sofá, torcendo pra não mudar de escola e quase terminando essa fic, que só vai ter mais uns três capítulos. Já vou agradecendo por quem leu e teve paciência e agora vou deixar vocês em paz.
Beijos, espero que gostem!



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Esperança...

 

É uma palavra bela, um sentimento belo, algo que todo mundo tem e sonha.

Mas é claro que você também teria, não é?!

Você também é humana e deseja ter sua luz do fim do túnel. Mas toda humanidade é teimosa e insiste em não ver coisas óbvias, sua redenção esta tão perto que chega a ser uma piada.

 

Chuck, o filho do treinador Hedge, seu afilhado. Ele sim é sua esperança, salvação e redenção, não há como contestar que as risadas de Chuck lhe fazem bem, que seus abraços lhe trazem conforto e que seus gritos de euforia lhe entorpecem o coração.

 

Ele foi sua segunda chance e talvez a única de ter paz no coração, você o protegeu e ainda protege como queria ter feito com Silena. Ele é por fim sua ultima esperança, uma doce criança que vai libertar seu coração.

 

 

 

***

 

O fim do dia estava muito próximo e lá estava eu na praia novamente, dessa vez não era para apreciar o canto do mar e a suavidade da areia. Estava lá à espera de Clarisse, eu ainda tinha a esperança dela vir divagar sobre o seu passado e futuro como antes, mas há semanas que ela não vinha, há semanas não era a mesma. E isso me deixava frustrado, o mundo continuava a girar, as pessoas continuavam a viver e ninguém percebia que Clarisse tinha se apagado completamente.

Ela não implicava com nenhum semideus, não me xingava, não gritava, não lutava e não dava mais suas risadas de escárnio.

Clarisse passará a ser uma espécie de fantasma no limbo, é como se tivesse esquecido o que é viver e agora seu mundo era completamente robótico, sem emoções alguma. E isso me matava pouco a pouco.

— Ela não vem! – A voz de Quíron suou como um trovão se Zeus, ensurdecedor e potente. – Você sabe disso!

— Esta falando de quem? – virei-me e encontrei o mesmo em sua forma de centauro, o mesmo deu alguns passos para ficar ao meu lado e respondeu minha pergunta, mesmo sabendo que eu já tinha á resposta.

— É muito covarde de sua parte fingir que não possui sentimentos por Clarisse! – o seu modo direto e verdadeiro foi uma facada dilacerando meu coração. – Mas é nobre de sua parte se preocupar com ela, mesmo sabendo que provavelmente nunca terá uma chance!

— Não tenho sentimentos por Clarisse!

— Mas mesmo assim à espera todos os dias até o fim do pôr do sol, mesmo assim foi o único que aparentemente se lembrou dela na queima da mortalha de Chris, foi o único que percebeu que á mesma vinha todos os dias na praia. E tenho certeza que é o único que sabe como fazer para que a La Rue volte a viver! Pelo menos um pouco.

Quíron me encarou longamente, se virou para ir embora e disse antes mesmo de sumir de minha vista.

— Pessoas como Clarisse tendem a achar que são fortes para o que der e vier, elas lutam pelo o que acreditam e protegem o que deve ser protegido. Mas se esquecem de si mesmo e das pessoas ao seu redor, por fim quando perdem aquilo que consideram importante eles caem por completo. Mas elas ainda podem ser reerguer, basta terem alguém para mostra-las que suas vidas não acabaram e sim começaram! Boa sorte Percy, vai precisar.

 

Esperança...

 

Foi á única coisa que Pandora conseguirá fechar na caixa.

Ela libertou todos os demônios, todos os medos e crueldade que existem na terra!

 

Mas não sou Pandora!

 

E a esperança será a primeira e única coisa que libertarei de você.

Exorcizarei seus demônios e prenderei seus medos.

 

Farei você sorrir novamente, assim como sorria quando era apenas uma garotinha e não via maldade no mundo.

Farei com que sua esperança de braços gorduchos abraçarem-te para nunca mais soltar-te.

 

O desejo de um dia melhor vai se realizar, seque suas lagrimas e volte a sorrir.

Pois a esperança vem aí!

 

***

 

As espadas ricocheteavam nos bonecos de palha, flechas eram atiradas no alvo e o suor predominava no local. A arena era um dos lugares mais barulhentos do acampamento, mas também era o que possuía mais vivacidade, era o lugar onde os campistas mostravam toda força e garra que possuíam e onde treinávamos os novos semideuses.

Nico e eu estávamos treinando alguns filhos de Hermes quando Jason chega e começa a falar baixo para que os curiosos filhos de Hermes não escutem:

— Eles chegaram!

— Tem certeza? – Nico perguntou enquanto a minha única reação era controlar a maldita ansiedade que apossava do meu corpo.

— Vi Piper com eles na casa grande, parece que o Sr. D os convidou para tomar suco de uva! – olhei para os semideuses que estava treinando, indeciso entre ficar e terminar o treinamento ou ir para a casa grande.

— Vá Percy, Jason e eu terminamos por aqui! - olhei para Nico com um sorriso agradecido e rumei para a casa grande.

Meus passos eram longos e apressados, mas ao chegar na casa grande e escutar as risadas que vinham de lá pode diminuir um pouco as passadas que estava dando. Pulei os quatro degraus que a casa possuía e bati na porta, a mesma foi aberta por Piper que logo me cedeu espaço para entrar.

 

Logo encontrei o Sr. D com o treinador Hedge e seu filho Chuck, os três  estavam tomando suco de caixinha sabor uva, com toda certeza é uma das cenas mais engraçadas que Dionísio já me proporcionou.

— Veja Hedgar quem veio nós ver, se não é o filho de Poseidon o Perceus.

— É Hedge! – nem tentei corrigir o Sr. D, era algo inútil.

— Só vim buscar o Chuck, vamos garotão! – o mesmo desceu com dificuldade da cadeira e ficou do meu lado segurando minha mão.

— Tchau Perceus e Chack. – o garoto olhou emburrado para o Sr.D mas apenas se despediu e fui comigo para fora da casa grande.

 

***

 

— Para onde vamos tio Percy?

— Vamos ver sua madrinha. Não esta com saudades dela? – falei enquanto encarava Chuck que de vez em quando acenava para alguns campistas que conhecia.

— Claro que estou com saudades da dinda, parece que faz uma eternidade que não a vejo!

Fomos para o chalé de Ares e bati na porta que logo foi aberta por Clarisse, a mesma se encontrava com uma calça moletom vermelha grande e uma blusa do acampamento desgastada, seu rosto encontrava com marcas de cobertas e seus olhos estavam semicerrados demonstrando sonolência.

— Oi dinda! – o grito de Chuck a fez esbugalhar os olhos e olhar para baixo e logo se agachar e pegar o menino pelos braços, a mesma deixava escapar sorrisos de felicidade ao acariciar os cabelos castanhos do garoto.

— E aí, vai nos deixar entrar? – Clarisse apenas me deu espaço para entrar e em seguida entrou com o afilhado no colo, fechando a porta com um chute.

 

Esperança...

 

Aparece no momento mais desesperador de nossas vidas.

Acalentando nossos corações feridos e acalmando nossas almas desesperadas!

 

Começa assim, com um sorriso tímido seguido de um abraço.

E por último, o fim das lagrimas que insistem em cair!

 

Os problemas não vão embora, na verdade continuam no mesmo lugar.

Mas a esperança trás um sentimento de segunda chance nos faz acreditar que algo melhor esta por vir.

 

É o que você sente ao ver os olhos redondos cheios de alegria.

É o que você enxerga quando os braços redondos lhe abraçam pelo pescoço!

 

A simples e bela esperança!

É tudo que você deseja!

 


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?



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