Gostosuras e travessuras escrita por Rayh Bennett


Capítulo 1
Gostosuras e travessuras


Notas iniciais do capítulo

Os personagens pertencem a L. J. Smith, mas a fanfiction é minha.
Postada também no meu perfil do Wattpad.

Feliz Halloween.



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Halloween. Maldito dia em que pessoas desocupadas tiravam para brincar com o sobrenatural. Se ao menos imaginassem que o bicho papão e Freddy Krueger não chegam nem perto da realidade assustadora, que ronda o mundo...

Encostou-se no tronco da árvore, ocultando-se nas sombras, enquanto observava as pequenas pestinhas baterem de porta em porta gritando "gostosuras ou travessuras". Revirou os olhos ao observar a pequena Bennett cair no chão ao ser empurrada por uma loira magricela, que parecia querer todas as atenções para si. Maldita hora em que prometera à Emily, que protegeria as posteriores gerações Bennett, e agora, encontrava-se ali, vigiando a pequena, inocente  e bondosa Bonnie. A vigiava desde que ela nascera. Era um trabalho chato, principalmente, porque ele poderia muito bem estar em outro lugar, com uma saborosa presa a tira colo.

Seus olhos continuaram seguindo o trio ternura formado pela: baixinha Bonnie vestida de fada, a magricela Caroline, fantasiada de Chapeuzinho Vermelho e a sorridente Elena de Branca de Neve. Crianças... Tão... Chatas e sorridentes. Deveriam estar em casa dormindo e poupando seu precioso tempo.

"Leninha... Você ganhou docinho de leite?" Com sua super audição escutou a voz delicada e inconfundível de Bonnie.

"Ganhei um, Bon. Você quer?"

"Quero sim."

"Eu também quero!" Revirou os olhos ao detectar o tom malcriado e invejoso da loira, que com apenas sete anos já era pior que ele nessa mesma idade.

"Mas só tem um, Caroline e Bonnie pediu primeiro..." Pelo tom de voz, Elena estava nervosa e indecisa.

"Podemos dividir..."

"Não! Eu não gosto de dividir e vocês sempre me excluem!" Damon balançou a cabeça ao pensar no quanto as crianças, como Caroline, eram tão chantagistas e antipáticas. Às vezes tinha vontade de arrancar a língua ferina daquela pirralha insolente.

Não precusava ser um vidente para saber o desfecho daquele drama infantil. Já sabia o que aconteceria a seguir. Já o havia visto inúmeras vezes.

"Tudo bem. Você pode ficar com o doce..." Bonnie bobinha e altruísta como sempre. "Só não chora."

"Mas Bonnie..." Elena tentou repreendê-las, mas desistiu ao ver Bonnie entregar o doce a uma loira sorridente.

Cinco segundos depois as três pestinhas estavam sorrindo e correndo em direção a outra casa...

{...}

Bonnie estava eufórica - apesar de não saber o significado disso - e sorridente quando entrou em seu quarto.

Naquela noite havia ganhado muitos doces de diferentes tipos, menos os seus preferido. O que havia acontecido com as fábricas de doces do mundo? Será que as vaquinhas não tinham mais leite para produzir seus deliciosos docinhos preferidos?

Não teve mais tempo de se questionar, apenas arregalou os enormes olhos verdes ao ver uma cestinha cheia de doces em sua cama. Correu em direção da mesma e deixou sua bolsinha de abóbora no chão. Seu rostinho se iluminou ao reconhecer seus tão amados docinhos de leite.

Será que tinha sido sua vovó quem tinha os colocado ali? Remexeu a cesta e encontrou uma dentadura de plástico igual aos dentes dos vampiros do desenho. Sorriu, achando graça, Leninha iria gostar muito quando visse. Ela que gostava daquelas coisas sobrenaturais. Já Caroline ficaria chateada e talvez pedisse.

Oh! Talvez fosse melhor não mostrar para a amiga loira. Gostava dela, mas não quanto ela usava o choro para conseguir o que queria ou chamar a atenção para si.

Mexeu mais na cesta e achou um papel. Seus olhinhos brilharam ao ler a frase:

Doces de leite para a fada-bruxinha mais boazinha do mundo.

"Que letra bonita!" Pegou um dos doces e abriu a embalagem, mordeu o doce e suspirou ao senti-lo derreter em sua boca. "Como é gostoso! Obrigada, Moço dos olhos do céu."

Falou, sabendo que seu amigo secreto, que tinha conhecido há... bom... desde sempre, porque ela não sabia de onde o conhecia, mas ele era seu amiguinho e tinha os olhos da cor do céu ensolarado mais lindos do mundo.

Escutou o barulho na janela e sorriu ao ver um corvo a olhando.

"Amigo Corvo, diga ao Moço dos olhos do céu, que eu amei o presente." O pássaro pareceu balançar a cabeça. "Diga também que estou com saudades e que o amo muito, do tanto que amo docinho de leite. Não... amo mais."

O Corvo fez um barulho antes de voar para longe, deixando a doce garotinha com suas guloseimas favoritas, naquela noite fria de Halloween.

Damon poderia odiar aquela tradição idiota, porém, mesmo que não admitisse, aquela era a única data que se permitia ter um pouco de contato com a alma pura da única criança, com a qual se preocupava desde que Stefan era apenas seu pequeno e indefeso irmão.

Chovia. Mesmo assim, continuou naquela árvore e em forma de corvo até que sua protegida estivesse segura no mundo dos sonhos. Era bom que Bonnie aproveitasse aquela inocência e os momentos de paz enquanto podia, porque a sina das Bennett costumava ser cruel.

Porém não importava, Bonnie era forte e toda aquela pureza de alma seria o suficiente para não transformá-la nunca em um dos monstros de Halloween.

Cuidaria para que doces e travessuras permanecessem sempre na memória daquela bruxinha magricela e de enormes olhos verdes.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Damon cuidando da Bonnie criança.

Espero que tenham gostado.



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