Garota Especial escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
Danman encontra o exército




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P.O.V. Doutora Linda Danman.

Nós encontramos o caminho para o acampamento deles, mas não era um acampamento, era uma mansão enorme.

Haviam várias delas, todos os pacientes que haviam fugido das clínicas psiquiátricas e outras mais. Outras que eu não conhecia.

Haviam homens também. E para a minha total surpresa Loren estava grávida.

—Olá Doutora. Como vai?

—Loren. Eu sinto muito por não ter acreditado em você, mas você tem que entender que...

—Que você é cética. Que se não tem uma prova de que existe, então simplesmente não existe.

—Eu queria te ajudar, te curar.

—Você queria me concertar, como se eu estivesse quebrada pra começar. Peguem eles! 

Em questão de segundos estávamos todos presos em camisas de força.

—Vamos tratá-los com a mesma cortesia com que eles nos trataram. Joguem eles nas masmorras e os deixem apodrecer.

Eles nos atiraram em celas frias que eram cópias exatas dos quartos em que os mantínhamos nos hospitais psiquiátricos.

Então, ela entrou vestindo um jaleco e carregando uma prancheta e me perguntou:

—Como estamos hoje Linda?

Ela se sentou na poltrona e cruzou as pernas.

—Porque está fazendo isso?

—Eu quero te ajudar Linda. Quero te curar. Você está doente, tudo isso é uma forma da sua mente tentar superar um trauma terrível, híbridos não existem, você não pode ter conhecido uma bruxa ou uma garota que foi mordida por um demônio e sobreviveu.

—Eu acredito em você Loren. Você não é louca.

—Mas, precisei te atacar e demonstrar o meu poder pra você acreditar em mim. Você não entende? Você só nos encontrou porque nós permitimos. Porque nós queríamos que nos encontrassem. Você é nada, você é cinzas. Nem você nem seus exércitos podem contra nós, somos os poderosos, somos imortais.

—Por favor, se pudéssemos trabalhar juntas...

—Trabalhar juntas? Não, sempre vai haver gentinha que nem você querendo explorar a gente. Mas, eu digo: Não! Magia é magia, ciência é ciência. Vocês não tem nada que se meter.

Ela segurou o meu rosto com raiva.

—Se não tivesse se metido onde não devia, não estaria aqui agora. Ninguém mexe com a magia e fica por isso mesmo. Você mexeu com algo que não devia ter mexido, o seu povo morreu aos milhares na idade média por terem atentado contra as servas da natureza e ainda assim, vocês não aprendem.

—Então, as bruxas realmente causaram a praga.

—Não exatamente. A praga foi a maneira da natureza proteger as bruxas, quanto mais bruxas vocês matavam mais a praga se espalhava, mais forte ela ficava.

—Está me dizendo que as bruxas são as mocinhas?

—Sim. Entretanto, duas bruxas muito especiais traíram a natureza em nome do amor e a natureza revidou. Tome-me como exemplo, eu sou uma cópia humana da minha ancestral imortal Amara. Oh Amara!

A moça que entrou era exatamente igual á Loren.

—Você deve ser a tal médica. Muito prazer, eu sou Amara Celestia Emmeran Petrova tenho dois mil anos sou imortal, indestrutível. Sou um dos rostos que geraram milhares de duplicatas.

Mais delas entraram.

—Eu sou Katerina Petrova, mas eu prefiro Katherine Pierce. Sou uma vampira duplicata de quatrocentos anos. Sou nascida numa linhagem muito especial de bruxos que se denominam viajantes, Silas, Amara e Qetsiyah eram os três mais poderosos membros desse povo, mas como agora Silas e Amara são imortais a parte bruxa deles foi suprimida. E o mesmo vale pra mim.

Outra entrou.

—Meu nome é Elena Jenna Gilbert, eu sou a única duplicata Petrova completamente humana que resta. Eu não tenho magia, mas eu sou um ser sobrenatural, eu sou uma duplicata Petrova desde dia em que eu nasci e isso me torna sobrenatural.

—Você nasceu sobrenatural?

—Sim. Sabia que eu morri? Eu morri e voltei. A morte não é o fim para nós, não é permanente.

Um rapaz entrou:

—Amara?

—Sim, meu amor?

—É você mesmo?

—Sim, meu querido. Eu vou ficar aqui por um bom tempo, vou te azucrinar pela eternidade. 

—Ás vezes, eu tenho medo de acordar e descobrir que nada disso é real.

—Não se preocupe. Renesmee sugou cada gota de poder que Qetsyiah tinha e eu quebrei o pescoço dela. Ela passou direto Silas, não vai voltar.

—Você acha que está preparada para saber a verdade sobre o mundo Doutora Danman? Pois muito que bem.

Ela me soltou da camisa de força e me levou até o centro do acampamento. Onde havia um homem que estava falando sozinho.

—Ele não está falando sozinho. Ele não é louco, ele só está falando com os seres sobrenaturais mortos que andam por ai. Doutora, por favor conheça Niklaus Mikaelson, o primeiro híbrido de vampiro e lobisomem do mundo e desde a semana passada a âncora para o outro lado. Ele é o único capaz de interagir fisicamente com o nosso mundo físico e com o purgatório sobrenatural. Feitiços muito antigos e poderosos são ligados a algo ainda mais poderoso, a lua, um cometa, uma duplicata. O outro lado foi feito a dois mil anos e ainda existe o que significa que a louca da Qetsiyah ligou o feitiço a algo que pudesse existir  tanto quanto ele, ela usou uma âncora mística. Ela usou Amara.

—Mas... esse Niklaus é a âncora.

—Isso foi obra da Renesmee. A mãe biológica da Loren, ela queria que o Klaus pagasse por tudo o que fez a família dela e cá entre nós não foi pouca coisa não. Ela precisava salvar Amara e ao mesmo tempo salvar o outro lado, então ela precisava de algo que pudesse durar para sempre e o Klaus era a escolha óbvia. Ele tem mil anos, é imortal, indestrutível. Perfeito pro trabalho.

—Como isso é possível?

—Mágica. O Klaus consegue ver as pessoas do outro lado e ele pode tocá-las, Bonnie e Klaus fizeram contato físico. É como se o Klaus tivesse um pé de cada lado. Ele existe em dois lugares simultaneamente aqui no nosso mundo físico e do outro lado. Ele não é louco, completamente louco ele só está falando com os fantasmas dos seres sobrenaturais mortos que estão do outro lado. Renesmee fez do Klaus uma cabine de pedágio viva entre o nosso lado e o outro lado e isso não é pra qualquer um não Doutora. 

—Como assim?

—Ela precisou de uma quantidade massiva de energia pra fazer esse feitiço. E só ela conhece o feitiço.

—E de onde ela tirou tanta energia?

—Duplicatas. Elas são poderosas, místicas e surgem naturalmente. Ela usou o sangue das duplicatas incluindo o dela mesma. E pra fechar com chave de ouro ela fez o feitiço remotamente.

—Remotamente?

—Como o Klaus não podia estar lá, ela usou o colar dele. Um talismã que o representava. E quando ele se deu conta do que estava acontecendo, já tinha acontecido.

P.O.V. Klaus.

Estava de pé olhando a paisagem quando aparece a Genevieve.

—Genevieve? De onde você saiu?

—Não é óbvio? Eu to morta. Você é a âncora agora e quando eu passar por você você vai sentir a minha morte, você vai sentir cada morte.

—Eu sei como funciona Genevieve.

—Então, sinta minha dor bastardo!

P.O.V. Doutora Danman.

Aquele homem começou a gritar como se estivesse sentindo uma dor terrível.

—Meu Deus! O que há com ele?

—Alguém está passando. Ele tem que sentir a morte de cada ser sobrenatural que passa através dele.

—Como você sabe?

—Eu passei por isso.

—Bem vinda ao mundo real Doutora. Minha família!

Aquelas pessoas pareciam feitas de porcelana. E no meio delas estava outra das duplicatas. Aquela que imaginei ser Renesmee, a mãe de Loren.

Eles se abraçaram, se cumprimentaram e logo estavam sentados em volta de uma fogueira. Assando mashmallows e cantando como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Os bruxos e bruxas faziam surgir formas nas chamas, dragões, flores e todo o tipo de coisa. Era uma coisa impressionante, eles moldavam as chamas á sua vontade. Não era uma impressão, uma coisinha á toa, dava pra ver nitidamente as formas no fogo.

Aquilo que pra mim era extraordinário, para eles era apenas uma brincadeira, algo comum. E quando eu pensei que não podia ser mais extraordinário a bruxa Renesmee falou palavras numa língua desconhecida e três enormes dragões vieram voando e pousaram ao seu lado.

Eles foram até ela pedindo carinho e ela deu.

—Meus filhos. Parece que foi ontem que saíram dos ovos.

Cada vez mais pessoas e criaturas mágicas chegavam ao acampamento.

—Que língua é aquela que ela falou?

—Eu tenho cara de bruxa? Vai perguntar pra ela.

Tomei coragem e fui. Antes que eu pudesse se quer perguntar ela respondeu:

—É valiriano. É a língua mais antiga já inventada, ela era falada pelos bruxos de Asheron, a antiga linhagem de Asheron com as jovens de sangue puro e azul. Como o meu e o de Loren e o todas as Petrovas. A linhagem de Asheron tem o sangue dos dragões. Somos dragões em forma humana. E um dragão é o fogo em carne e osso. Nada sobrevive a fogo de dragão e o fogo não pode ferir um dragão.

Ela se enfiou dentro da enorme fogueira e ficou lá dentro sorrindo pra mim. Quando ela saiu, as roupas tinham pegado fogo, mas ela estava ilesa.


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