Garota Especial escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Memórias


Notas iniciais do capítulo

Secret- The Pierces.
Dollhouse-Melanie Martinez



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P.O.V. Rebekah.

Eu vi o diário dela embaixo do travesseiro e peguei. Comecei a ler.

Querido diário, hoje é dia vinte e cinco de maio de 2006.

Não aguento mais nem um dia nesse inferno, eu sei o que eu vi, eu sei o que eu fiz, eu não sei como eu fiz, mas fiz.

Eu não sou louca e vou provar. Afinal, eu sou uma atacante. Atacante! Tá até escrito no meu boletim médico. E já que aquela psicóloga tonta não acredita na minha história terei que provar minha força.

Ouvi passos se aproximando e guardei o diário de volta.

—Eu sei que você estava lendo. Quer saber o que veio depois?

—O que?

—Leu meu diário. Sei disso. Quer saber o que veio depois?

—Quero.

Flashback On.

P.O.V. Loren.

Hoje essa médica cética vai ver só. Todos aqueles que se acham mais espertos do que eu, melhores que eu vão ver do que eu sou capaz.

—Bom dia Loren. Como estamos hoje?

—Eu vou ficar melhor quando acabarmos.

—Claro que vai.

—Pode pegar um copo de água pra mim por favor?

—Claro.

Ela tentou dar na minha mão.

—Põe encima da mesa.

—Loren...

—Põe encima da mesa.

—Tá bem.

Eu dei um sorriso sacana pra ela. E comecei a manipular a água dentro do copo. Fiz ela subir e moldei-a do jeito que eu queria e assisti de camarote aquela médica idiota ficar com cara de bosta.

—Ainda acha que eu sou maluca? Eu acho que não. Todo esse seu clamor de inteligente e seu maldito complexo de superioridade foram pro buraco agora. Eu sou melhor, mais forte, mais rápida. E foram demônios que mataram a minha família. Entendeu?

—Meu Deus! Você é o que?

—Eu sou tudo o que você não é. Nunca mais tente me convencer de que o que eu vi não era real, nunca mais me diga que foi uma forma do meu cérebro encontrar uma fuga da realidade. Porque aquelas coisas sem alma mataram minha família e tentaram me levar.

—Eu atravessei a parede como um fantasma e fui embora. Eu os deixei inconscientes todos os médicos e enfermeiros que diziam que eu era doida e eu gostei. Médicos metidos á besta.

—Você fugiu de um hospital psiquiátrico?!

—Foi.

P.O.V. Doutora Carter.

Ainda estou em choque.

—Doutora Carter cadê a paciente?

—Ela... não era louca. As câmeras! As câmeras de segurança interna. Chame todos os médicos e peça para a segurança mandar pra mim as fitas do quarto da paciente Loren Hansett.

Sendo a médica chefe eu convoquei uma reunião. Depois de ter assistido ás fitas sozinha.

—Senhoras e senhores, se preparem porque todas as suas crenças vão ser jogadas fora nesse dia. A paciente Loren Hansett de alguma forma ultrapassa os limites do possível.

Eu apertei o Play. O desenvolvimento dos poderes de Loren só começou após algumas semanas, na terceira semana ela começou a desenvolver e a praticar em segredo. A única que sabia era sua vizinha de quarto Maggie Evans que estava lá porque acreditava que podia ver um fantasma.

Era interessante ouvir o diálogo entre as duas.

—Eu não sou maluca. Ela está aqui e eu sou igual a ela.

—Eu sei. Eu posso vê-la também.

—Prove.

—Como?

—Qual é o nome dela?

—Josette Dupress.

—É. É esse mesmo.

—Para serem tão parecidas vocês tem obrigatoriamente que ser parentes. Sabia?

—Não. Como você sabe?

—Porque nós duas somos iguais. Você e eu, somos versões mortais de nossas ancestrais. Nós somos muitas.

—Como você consegue ver a Josette?

—Eu não sei. Eu nunca fui lá muito normal, eu faço coisas que os outros não fazem. 

—Que tipo de coisa?

—Olha.

Ela fechou os olhos e as coisas no quarto começaram a levitar e ela também.

—Demais.

Então tudo voltou ao seu lugar.

—Eles se acham mais espertos que nós, mais importantes deixem que pensem, deixem que nos chamem de loucas. Em breve minha querida amiga teremos a nossa vingança sob esses Doutores metidos á besta, sobreviva Maggie e voltarei pra te buscar, existem mais de nós presos em lugares como esse. Maggie você tem algum poder?

—Tenho.

—Fora ver os mortos?

—Tenho.

—Então pratique. Pratique todos os dias.

—Eu vou.

P.O.V. Rebekah.

Eu não acredito nisso.

—E o que planeja fazer?

—Motim. To cansada de me esconder. E você?

—To. Pior que to.

—Façam-me o favor, me levem pra esse seu irmão maluco. Eu tenho uma proposta pra ele.

—Quer voltar para Nova Orleans?!

—Dessa vez vamos do meu jeito.

—O seu jeito?

—Deixa eu segurar sua mão?

—Porque?

—Eu tenho que ver. Deixa eu segurar sua mão.

Rebekah estendeu a mão e Loren pegou. E de repente soltou.

—Pronto. Agora que é hora de ir pra casa.

Ela começou a dançar e a cantar, uma música bem sinistra. E tava na cara que era pra nós.

—Ela é doida.

—Eu posso te ouvir.

O jeito dela dançar, cantar, dela nos olhar realmente me assustava.

—Deem as mãos.

—O que houve com as malas?

—Voltaram pra casa e o carro também. Deem as mãos.

Nós demos as mãos e ela pegou na mão do Elijah.

—Pequeno Niklaus, ai vamos nós.

De repente estávamos em casa, na sala de estar.

—Klaaus! Oh Klaus! Eu sei que você tá ai, eu to te ouvindo.

—Oh gritaria! Você tem muita coragem de aparecer aqui Katerina.

—Eu não sou a Katherine e nem a Elena. Meu nome é Loren Hansett e você vai me ajudar.

—Se eu fosse você eu ajudava Niklaus.

—Verdade Nik ela é poderosa e completamente pirada. Ela fugiu do hospício.

—É clínica psiquiátrica! Se quiser o meu sangue vai me ajudar a montar um exército e a salvar a minha amiga.

—Você não pode ser uma nova duplicata.

—Disseram isso quando encontraram a prima da minha mãe, disseram isso quando a minha mãe nasceu e agora tá dizendo isso pra mim. Amor, as Petrova sempre sobrevivem. Além do mais, se me ajudar posso tentar convencer a bruxa que te amaldiçoou a retirar o feitiço. E note que eu disse tentar.

—Sabe quem fez isso comigo?

—Sei. Vamos brincar?

Ela voltou a cantar e a cada parte da música ela tirava um de nós para dançar.

—Tá. Eu te ajudo a resgatar a sua amiga.

—Ótimo. Se tentar me matar eu vou te matar. Vou te desintegrar a nível microcelular.

Ela arregaçou as mangas e sentou numa poltrona estendendo os braços.

—Se eu morrer você vai sentir a minha morte e não terá mais sangue de duplicata. Não se esqueça.

Ele começou a tirar e ela falou:

—Chega. Eu to começando a passar mal.

—Só mais um...

—Tira essas agulhas de mim!

Os artefatos históricos da casa voaram encima de Nik.

—Tira agora.

P.O.V. Elijah.

Eu me levantei e retirei delicadamente as agulhas, fazendo curativos nos machucados.

—Eu quero a minha mãe. Quero ir pra casa. Eu não gosto desse lugar, me faz sentir raiva e me deixa triste, tipo deprimida.

—Vamos lá pra cima, tem um quarto de hóspedes.

Tive que carregá-la e ouvi ela falando no meu ouvido, mas ela estava falando consigo mesma:

—Agora me deito para dormir, se eu morrer antes de acordar peço para o Senhor minha alma guardar. Amém.

Dito isso ela se entregou á inconsciência. E começou a levitar.

—Boa noite Loren. Bons sonhos.

Tive que segurá-la pela mão e quando toquei a mão dela ela começou a reagir, a falar, a gritar e se debater.

—Loren. Loren. Loren!

—Me deixa em paz! Não chega perto de mim! Sua mãe pediu meu sangue, mas não disse nada sob o feitiço que o transformaria num monstro!

—Loren? 

Ela começou a correr no ar como se corresse por sua vida. Ela soltou um grito de pavor e então, caiu.

—Loren!

Era como se ela estivesse tendo um interminável pesadelo. Daí eu me lembrei do que houve quando ela tocou a mão de Rebekah e soltei sua mão. Seu sono voltou a ser tranquilo, seu ritmo cardíaco voltou a ficar calmo.

Peguei-a pelo pulso e a puxei até a cama.


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