Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 36
Senhora Mellark...


Notas iniciais do capítulo

Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim!

Então... Quero agradecer a ~Kayla Azevedo pela recomendação LINDA que ela me deu!❤️
Serio eu fiquei muito feliz mesmo. Obrigada por recomendar sua linda!❤️

Mas também quero agradecer à todos que comentam, favoritam e acompanham! Amo todos vocês de ❤️

Antes que eu me esqueça, alguns leitores mandaram comentários e mensagens perguntando sobre os capítulos e eu quero informar que eu posto um capítulo por semana, esse ano está sendo muito corrido para mim, então, eu sei que isso é horrível, mas é o único jeito, infelizmente. O que não significa que, se em uma semana, porventura eu tiver algum capítulo pronto, eu não possa postá-lo. Ok?

Boa leitura!❤️



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Encaro a sopa dentro da panela enquanto as palavras de Haymitch soam em minha cabeça “Você ama ele”. Não, Haymitch está blefando, eu gosto muito do Peeta, isso é certo e eu não nego, mas, amá-lo? Não, eu ainda não o amo, afinal amor não...

Para dizer a verdade, eu não sei o que é o amor. Mas com certeza não é isso o que eu sinto, afinal, saberíamos quando estamos amando, certo? Não, eu não sei. Mas não é amor... Não pode ser, tem tão pouco tempo. Não posso ter me apaixonado tanto em tão pouco tempo. Aliás, existe um tempo para nos apaixonarmos? Argh! Tantas perguntas!

Saio de meus devaneios quando ouço passos na escola e a tosse de Peeta.

— O que faz fora da cama, mocinho? – Digo me aproximando dele.

— Acordei e você não estava lá. – Ele disse sorrindo um pouco.

— Você ainda está bem ruinzinho hein? – Digo passando a mão em seus cabelos loiros e sedosos.

— Sim, eu estou. – Ele diz. — Por isso, você devia ficar deitada lá comigo, me fazendo carinho e cuidando de mim.

— Ok, Sr. Coitadinho, mas era exatamente isso o que eu estava fazendo. – Digo sorrindo.

— Não senti nenhum carinho. – Ele passa seus braços por minha cintura.

— Eu estava fazendo algo leve pra você comer. – Digo.

— Hum, então minha esposinha está mesmo cuidando de mim. – Ele diz beijando minha bochecha. — Haymitch falou a verdade quando disse que você passou a noite acordada olhando minha febre então.

— Quando Haymitch te disse isso? – Perguntei.

— Uns minutos atrás. – Ele falou sorrindo.

— Como ele entrou aqui sem eu ver? – Pergunto incrédula.

— Ele tem seus meios. – Peeta respondeu. — E você devia estar distraída.

— É, provavelmente. – Digo saindo de seus braços. — Quer comer na cama ou na mesa?

— Depende de você. – Ele disse me abraçando por trás, e eu ri do duplo sentido em sua frase.

— Você está muito levado para alguém que está doente. – Digo e sinto ele beijar meu pescoço, causando um leve arrepio em meu corpo.

— Estou resfriado, Katniss, não morto. – Ele falou me virando de frente para ele.

— Ainda acho você meio, desabilitado. – Murmurei, ele sorriu e me pegou pela cintura fazendo com que eu sentasse na bancada e ele ficasse entre minhas pernas.

Ele sorriu, um de seus mil sorrisos que sempre me deixa boba, e logo depois me beijou, calma e lentamente. Deixei que minhas mãos andassem por sua barriga, peitoral e pescoço, até chegarem em sua nuca, onde eu puxei os fios loiros que estavam ali e aprofundei o beijo. Peeta tinha uma de suas mãos na minha nuca, enquanto a outra estava apertando possessivamente minha cintura.

— Achei que o garoto estava “muito” doente. – Ouço a voz de Haymitch e me separo de Peeta.

— Sempre inconveniente. – Peeta murmurou.

— Sempre garoto. – Haymitch respondeu com um sorriso ironico. — Mas você devia ser mais agadecido. Afinal, eu vim até aqui, ver se você ainda está vivo, se tratando de quem está cuidando do seu bem-estar.

— Deve saber então que ele está muito bem. Afina, EU estou cuidando dele. – Digo descendo da bancada, e Peeta me abraça por trás.

— Hum, como se eu confiasse muito nisso. – O loiro de olhos cinzas revirou os olhos para mim. Haymitch idiota, faz só para me provocar.

— Vê se não me enche, Haymitch! – Digo cruzando os braços.

— Está tudo bem garoto? – Ele pergunta ao Peeta, me ignorando totalmente, o que só me faz revirar os olhos e bufar.

— Sim, estou melhor Hay. Obrigado. – Meu namorido diz, beijando minha cabeça em seguida e eu olho com desdem para o loiro em minha frente.

— Acho que eu estou cuidando bem dele. Ainda bem né? – Digo.

— É, ainda bem. – Ele me encara. — Afinal, você tem concorrentes. E eu não estou falando de mim mesmo. – Ele pega uma maçã sobre a mesa, mordendo-a e piscando um olho para mim. Entendi bem o que ele quis dizer. Delly.

— Entendi. – Falo apenas e ele sai fechando a porta da sala atras de si. — Vai comer no quarto?

— Não, aqui mesmo. – Peeta responde se servindo da sopa e se sentando na mesa.

Fico encostada na bancada olhando um ponto fixo em Peeta. O que eu sinto por ele? Carinho? Sim. Paixão? Talvez. Amor? Eu não sei… Na verdade eu sei. Eu não amo ele, ao menos eu acho que não. ARGH! Por que tão confusa, meu Deus?

— Hey, Katniss? – Vejo Peeta estalando seus dedos na minha frente. — Sei que sou lindo, mas ficar me encarando assim me deixa sem graça. – Ele disse sorrindo e se aproximando de mim.

— Convencido. – Apontei o dedo em seu peito e comecei a brincar com os botões de sua camisa.

— Vamos subir? – Ele perguntou.

Apenas assenti, e nós subimos para o segundo andar. Antes de entrar no quarto, eu dei uma passada no quarto de Rye, apenas para me certificar se ele estava mesmo tirando seu soninho da tarde, sorri ao ver que ele continuava dormindo chupando o dedinho.

 Sai do quarto dele e entrei no meu. Peeta estava encostado na cabeceira da cama olhando algumas folhas em suas mãos. Aposto minha vida que são desenhos.

— O que você acha deles? – Ele perguntou me passando alguns desenhos, a maioria sobre paisagens, mas um em especial se destacava dos outros. Não tinha paisagem alguma, apenas uma mulher, sentada em uma cadeira. Ela estava gravida, e ajoelhado ao seu lado estava um lindo garotinho de cabelos pretos e olhos azuis. Eu não precisei me esforçar muito para saber que aquela mulher era eu, e o garotinho era Rye. E também não precisei raciocinar muito, para perceber que isso não é algo sobre a gravidez de Rye. Peeta desenhou que eu estava gravida de novo.

— Oh, já tem um tempo que eu fiz esse desenho. – Ele pega a folha da minha mão. — Foi antes do acidente.

— Estávamos pensando em ter outro bebê? – Pergunto olhando para ele, que me encarou por breves segundos antes de desviar o olhar.

— Sinceramente? – Ele pergunta e eu assinto. — Estávamos tentando a alguns dias, antes de tudo acontecer. Mas não tínhamos conseguido nada ainda, graças a Deus. – Ele responde.

— É, se não eu teria o perdido no acidente. – Digo.

— Não quero nem pensar nisso. – Peeta fala.

— Você ainda pensa sobre isso? – Pergunto. E não sei bem o motivo. Acho que eu apenas fiquei curiosa sobre isso. Apenas.

— Eu não sei mais. – Ele responde colocando as folhas sobre o criado-mudo. — Antes isso era algo que decidimos e os dois queriam isso. Mas, tudo aconteceu e você mudou muito. Não é totalmente a Katniss de 4 anos atras, mas também não é a Katniss de antes. – Ele fala. — Prefiro não pensar sobre isso agora. Quer dizer, se mais tarde, você pensar sobre isso...

— Eu não sei… — O interrompo. — Ter filhos nunca esteve nos meus planos, eu fiquei muito surpresa quando soube de Rye.

— Você sabe que ele não foi planejado, certo? – Ele fala enquanto me encara.

— Não, nunca pensei nisso e nem perguntei nada para ninguém. – Respondo.

— Estávamos a alguns meses juntos. E acabou acontecendo, mas quando você descobriu que estava gravida, nós nem estávamos juntos. – Ele fala. — Eu havia tido uma crise e tinha me separado de você.

— Por falar nisso, como anda o tratamento e as crises? – Pergunto, e não é só para mudar de assunto. Apesar de admitir que falar sobre isso me deixa um pouco desconfortável. Eu realmente quero saber sobre esses flashes.

— Bom, os médicos tem esperanças de que um dia eu fique totalmente curado, apesar de não ter muito o que fazer nesse caso. E, sobre as crises, você pode não acreditar, mas ter você perto de mim, me ajuda a manter a sanidade, então. – Ele me encarou e sorriu. — É só não se afastar.

— Eu não vou a lugar algum mesmo. – Sorri e me deitei, apoiando minha cabeça em seu peito.

— Eu espero que não, estou contando com isso.

*-*

Acordo-me com o despertador tocando. “Droga”, penso alcançando o criado mudo.

— Eu desligo. – Ouço a voz de Peeta, abro os olhos e vejo que ele se levantou, vestindo apenas uma cueca box, agarrei sua mão assim que ele desligou o despertador e ia passar por mim.

— Aonde pensa que vai? – Perguntei.

— Me arrumar. – Ele respondeu tranquilamente. — Hoje é segunda.

— Aham, e ontem foi Domingo, o dia que eu passei o tempo todo olhando sua febre, por que parecia que você estava em chamas. E isso nem foi um paradoxo. – Reviro os olhos me levantando da cama. — Deita.

— Preciso ir para a padaria, Katniss. – Ele murmura. — Não posso deixar tudo lá sozinho.

— Não vai ficar sozinho. – Digo olhando em seus maravilhosos olhos azuis. “Homão da porra”. Sorri.

— Então…? – Ele joga no ar.

— Tive uma ideia. – Sorrio olhando para ele.

*-*

— Docinho, essa coisa de babá, combina muito mais com você do que comigo. – Haymitch resmunga enquanto eu desço as escadas.

— Pelo amor de Deus, Haymitch! – Falo começando a ficar nervosa. — É apenas por hoje. E tem outra, Effie vai te ajudar com tudo aqui, ela mesma me disse.

— Docinho, ela só vai fazer eu ficar ainda mais louco. Talvez eu até dê remédio errado ao Peeta!

— Deixa de drama, pelo amor de Jesus Cristo! – Me virei para ele. — Eu preciso ir para a padaria.

— Tudo bem… – Ele sussurra. — Mas tá me devendo essa.

— Sonha que eu estou.

 

 

Saio de casa e entro no carro. Eu devo estar ficando louca, já que eu nunca dirigi um carro antes. Não que eu me lembre é claro. Mas já passei por isso antes, já fiz coisas na ultima hora que eu nem imaginava que sabia fazer – e eu não estou falando das coisas que eu e Peeta fazemos durante o sexo –. Ligo o carro, eu já estou um pouco atrasada, só espero não sofrer um acidente no meio do caminho. Logo tiro esses pensamentos da minha cabeça e dou partida.

Minutos depois eu chego na padaria. Estou viva. E isso é a unica coisa que importa. Vou deixar para falar da dezena de pessoas que eu quase atropelei mais tarde com Peeta. Saio do carro e vejo que todos os funcionários já estão do lado de fora, esperando Peeta, obviamente. Incluindo a Vacally. Reviro os olhos.

— Bom dia! – Cumprimento todos.

— Bom dia patroa. – Ramon e outros funcionários respondem.

— Onde está o Peeta, Katniss? – A vadia de marca pior, vulgo, Delly, pergunta.

— Senhora Mellark, por favor. – Respondo abrindo as portas da padaria e entrando. — Peeta não vira hoje, isso é meio obvio. – Respondo encarando Delly.

— Por que não? – Ela pergunta.

— Assuntos pessoais. – Digo dando um sorriso. — É tudo o que você precisa saber. Ao serviço agora.

Ela me olha por um momento, mas logo dá as costas entrando para a cozinha da padaria.

— Ramon? – Chamo.

— Senhora Mellark. – Ele responde.

— Pode me chamar de Katniss. – Sorrio. — Aquilo foi apenas para colocar “certas” pessoas em seu devido lugar.

— Compreendo Katniss. – Ele sorri. 

— Eu vou ficar na sala de Peeta, ele me falou sobre algumas encomendas que chegariam hoje. Pode me chamar quando elas chegarem? – Pergunto.

— Sim, senhora. – Ele responde, sorrio agradecida entrando na sala de Peeta. Só então me dou conta de que nunca vim aqui, ao menos, não que eu me lembre. Mas tudo é tão familiar! Como os quadros na parede, as fotografias em cima de sua mesa, tudo tão organizado e limpo. Tudo tão a cara do Peeta. Sorri me sentando em sua cadeira. Olho para uma foto nossa, ela com certeza foi tirada no dia do nosso casamento, já que eu estou vestida de branco e Peeta está com um terno. Ambos estamos sorrindo e Peeta me abraça por trás. Eu queria tanto ter alguma lembrança sobre nosso casamento, tenho certeza que deve ter sido uma cerimonia linda, em um lugar lindo.

Algumas horas se passaram, eu já havia supervisado o trabalho dos funcionários como Peeta pediu, segundo ele, temos que fazer algumas entregas amanhã para um aniversario que vai acontecer e não podemos nos atrasar. Já estava na hora do almoço, então eu falei com Ramon que estava indo almoçar e entrei no carro rumo a minha casa.

Assim que cheguei fui direto para a cozinha onde eu ouvia as vozes de Effie e Johanna discutindo sobre algo, assim que cheguei no batente da porta, vi Peeta, Gale e Haymitch sentados na mesa, e Hunter, Rye e Lily andando pela cozinha toda atrás de algo que eu descobri ser Buttercup mais tarde.

— O que está havendo aqui? – Pergunto chamando a atenção de todos para mim.

— Amor, como foi na padaria? – Peeta se aproxima de mim.

— Foi bem, conversamos depois. – Digo para ele. — O que está acontecendo aqui?

— Nada, apenas um almoço de confraternização. – Haymitch da de ombros.

— E sobre cuidar do Peeta? – Digo cruzando os braços.

— Ele já bem grandinho né? – Johanna falou.

— Não importa. – Digo. — Ele está doente e não pode cuidar de Rye sozinho.

— Por isso mesmo estamos todos aqui. – Effie falou sorrindo largamente.

— A união faz a força. – Gale falou sorrindo.

— Ok. – Digo apenas, pego Rye no chão e dou um beijo em sua bochecha.

— Vamos comer. – Effie fala.

Ajudo elas a colocar a mesa e logo estamos comendo e falando sobre coisas aleatórias.

— Foi um bom almoço. – Effie disse pegando Lily no colo para ir embora.

— Obrigada por vir e cuidar disso por mim Effie. – Digo abraçando ela.

— Que nada, querida. Quando precisar, já sabe. – Ela disse saindo.

— Eu e Gale vamos ficar aqui com o garoto. – Haymitch disse. — Vocês sabem, bebidas, jogos e conversa fiada. – Ele terminou sorrindo.

— Nada de dar bebidas para Peeta, ele está tomando remédios. – Digo.

— Nada com muito álcool docinho, já entendi. – Ele deu de ombros.

— Eu mereço. – Reviro os olhos e me aproximo de Peeta. — Não vá pela cabeça de Haymitch.

— Você fala como se eu fosse apenas um adolescente. – Ele envolve minha cintura com seus braços. — E não um homem responsável e pai de família.

— Claro que sim, Sr. Muito Responsável, se cuida. – Digo olhando em seus olhos. Ele apenas sorri e me beija, levo minhas mãos até sua nuca e agarro os fios loiros dali, o beijo é calmo, mas é curto, logo me separo dele, dando um selinho em seus lábios, agora bem mais rosados que o natural.

— Só uma pergunta… – Ele fala sem me soltar. — Como foi para a padaria de carro, se você não se lembra de quando aprendeu a dirigir?

— Ah querido, existem coisas sobre mim que você nunca poderá saber. – Murmuro dando um longo selinho em seus lábios e me desvencilhando dele. — Até mais tarde.

— Até. – Ele responde.

Saio de casa e entro no carro, desta vez, bem mais confiante que antes. Quando paro na porta da padaria, o numero de pessoas que correram o risco de serem atropeladas por mim havia reduzido bastante. Entro na padaria cumprimentando os clientes e vou direto para a cozinha. Delly está trabalhando ali com alguns outros funcionários.

— Como está o andamento da encomenda de amanhã? – Pergunto para um cara alto de olhos castanhos.

— Terminaremos antes do expediente acabar. – Ele responde.

— Ótimo. – Digo. — Qualquer coisa eu estou no escritório do meu marido.

Saio da cozinha, mas não sem antes ver Delly revirando os olhos, sorrio triunfante. Eu sei que isso acaba com ela, mas já deve estar na hora dela saber, que Peeta Mellark pertence a mim.


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Notas finais do capítulo

Oii de novo! Então, espero que tenham gostado! Não deixem de comentar a opinião de vocês e se estiverem gostando FAVORITEM!

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ❤️