Filha de Apolo escrita por Ivy Hale


Capítulo 9
Morte à Barbie!


Notas iniciais do capítulo

geia imítheous (isso é olá semideuses em grego, segundo o nosso querido google tradutor) Aqui estou com mais um capítulo. Leiam o capitulo que espero vocês lá embaixo!



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Acordei sentindo algo gélido nas mãos, levantei-me e vi que lá estavam, a bússola de Hermes na mão direita e o medalhão de meu pai na outra. Anthony estava sentado ao meu lado, mas Poppy não estava por perto. Guardei os presentes na minha bolsa antes que ele visse, depois eu explicaria, quando Poppy estivesse junto.

Eu expulsei a grama das minhas roupas, fiz uma trança lateral e então perguntei...

— Onde está Poppy?!

— Calma, ela só foi ver se achava alguém pra pedir informação.

— Você deixou ela ir sozinha? - perguntei.

— Ela insistiu, sabe como ela é - disse. Se sei, Poppy não aceita discussão, principalmente quando está irritada.

— Há quanto tempo ela saiu? - fiquei preocupada.

— Não muito.

— Se ela demorar mais que dez minutos vou procura-la.

— Iremos - disse Anthony concordando.

Alguns minutos mais tarde Poppy estava de volta com um sorriso no rosto e duas sacolas em mãos.

— Então? - perguntei. - Achou alguma coisa?

— Sim, achei alguém que vai nos dar uma carona.

— Tem certeza que não é um um monstro disfarçado? Porque com a sorte que a gente tem... - disse Thony desconfiado.

— Claro que tenho, porque ele é alguém que eu conheço. Claire, é o tio Blake - disse ela dirigindo-se a mim.

— Aquele seu tio que te deu uma besta no natal? O que ele ta fazendo aqui?

— Ele não é meu tio de verdade, é o sátiro que me trouxe pro acampamento da primeira vez durante a guerra contra Gaia, e a besta me foi muito útil! Ele estava aqui por perto e veio nos ajudar, ele estará nos esperando em meia hora à algumas quadras daqui. Eu também encontrei uma lanchonete aberta - disse ela me jogando as sacolas. Uma continha um saquinho de frutas secas e um bolo de laranja com chocolate e na outra sanduíches de presunto. - Feliz aniversário! Não tinham muitas opções, foi o melhor que eu consegui.

— Obrigado.

Sentamos e comemos o bolo, não tínhamos uma faca de mesa e não podíamos corta-lo com nossas armas (porque tipo, o bolo ia ficar com gosto de poeira de monstro) então tivemos que comer com as mãos mesmo, também não havia tempo pra bons modos. Poppy tirou alguns morangos da sacola e começou a comer desesperadamente como se fosse a melhor coisa do mundo, melhor que ambrosia.

Ri um pouco do jeito como ela comia, Poppy adora morangos como a um deus.

Tirei os presentes da bolsa e contei a eles dos meus sonhos, eles escutaram atentos e quando acabei eles disseram.

— Tem certeza que ela disse que o carro estava indo pra forja? - Poppy perguntou.

— Tenho - eu disse.

— Isso não é bom Claire, eles vão tipo transformar o carro em outra coisa, só pode ser isso! - disse Poppy.

— Se é isso então temos que acha-lo antes que consigam - respondi.

— OK, eles querem derreter, desmontar, sei lá, o carro pra transformar em outra coisa, vão sequestrar um ciclope pra fazer isso e a deusa Éris ainda vem atrás da gente?! - disse Anthony meio surtando, mas ele sabe que a vida não é fácil pra um semideus.

— Talvez eles não precisem sequestrar um ciclope, podem achar um do mau que faça por que quer e aí a gente não precisa salvar ele também - disse Anthony esperançoso.

— Não é bem assim, os ciclopes "do mal" não são tão bons em construir coisas, é mais provável que obriguem um dos ciclopes das forjas dos deuses. E tem mais uma coisa, Blake disse que se fracassarmos o mundo vai ficar tipo a era do gelo.

— Sério? - disse Anthony.

— Quero dizer que vai congelar, Dã!

— Eu sei o que quer dizer! Só que era do gelo? Não tinha um exemplo melhor não?

— Parem de brigar! Agora temos que continuar, vamos! Blake já deve estar nos esperando - eu disse.

Seguimos Poppy por três quarteirões até que encontramos o tio Blake encostado na lataria de um carro preto comendo uma lata vazia de coca-cola diet.

— Hey, eu lembro de você - disse ele dirigindo-se a mim. - Claire não é?

— É - disse meio sem jeito.

— Eu não sabia que era semideusa.

— Nem eu sabia.

— E você - disse Blake pra Anthony. - Quem é?

— Sou Anthony, filho de Ares - respondeu Anthony.

— Filho de Ares? Tem certeza?

— Infelizmente - disse Anthony pro Blake, Tony sabe que não parece muito com os filhos de Ares, mas não gosta de lembrar disso.

— O papo tá bom, mas a gente tem que ir né? - disse mudando de assunto.

— Claro, vamos indo! - disse Anthony agradecendo por eu ter tirado a atenção dele.

Blake entrou no carro, no banco do motorista, Poppy ficou no banco da frente enquanto eu e Anthony ficamos juntos no banco de trás.

— Sinto de segurança crianças!

— Sério? - disse Poppy.

— Claro, por acaso vocês não querem que as pessoa saibam um dia que vocês saíram numa missão pra salvar o mundo, lutaram com monstros e no fim morreram de uma coisa tão banal como um acidente de carro, querem?

— faz sentido - disse concordando.

Quando Blake começou a dirigir entendemos porque ele mandou por o cinto com aquela história de acidente, ele dirigia como um louco! O carro não era dos melhores, mas estava indo bem rápido e Blake não perdia a oportunidade de ultrapassar mesmo que pra isso precisasse entrar na contra mão. À cada cinco minutos ele fazia uma manobra perigosa e a gente achava que ia acabar morrendo ali mesmo.

Seguimos em direção à Portland não tão inquietos quanto antes, a não ser, é claro, quando éramos empurrados pra frente e pra trás pela direção perigosa de Blake, pensei várias vezes que ia vomitar. tínhamos comido o suficiente pra se segurar até a tarde, mas não tinha certeza se a comida continuaria no nosso estômago por muito tempo.

Eu e Thony conversamos durante as manobras de Blake.

— Não deve ser nada bom estar num carro sendo dirigido por um louco no dia do seu aniversário... aii... aliás eu esqueci de dizer... ahn... feliz aniversário! - ele também estava um pouco enjoado.

— Ahn... Obrigado, não tem problema, eu nunca liguei muito pra comemoraçõõões... - Fomos jogados pra frente. Santo sinto de segurança!

— Dá pra ir mais devagar?! - disse Anthony pra Blake - Talvez, quando acabarmos essa missão maluca devêssemos comemorar, de verdade - disse voltando sua atenção pra mim. Agora Blake estava maneirando um pouco, e deu pra conversar direito.

— Não precisa, eu realmente não me importo - respondi.

— Mas eu me importo, prometo que a gente vai comemorar seu aniversário com uma festa, talvez um piquenique - disse ele sem jeito. - Só eu e você... se você quiser, é claro...

Quando ele disse isso eu pensei "Ele tá claramente flertando comigo" e senti algo no estômago além do enjôo, mas tentei agir o mais normal possível mesmo gostando daquilo.

— É, se você insiste por mim tudo bem - ele me fitou com um brilho no olhar. Ouvi uns risinhos vindos do banco da frente, Poppy estava se divertindo em ouvir nossa conversa.

Continuamos na estrada por algumas horas. Pela janela do carro via a lua no céu, lua cheia, ou seja tia Ártemis trabalhando. E sim, eu também achava muito estranho essas histórias gregas que agora eram verdade, ainda tentava me acostumar.

Quando chegamos a Portland, Blake se despediu e foi embora, disse que não podia seguir com a gente, mas estávamos gratos pelo tanto que ele já tinha ajudado mesmo que tenha provocado a volta do meu café da manhã.

Pensamos então onde poderíamos encontrar as caçadoras.

— Quíron disse que elas estavam na cola de um monstro, se acharmos o monstro achamos ela - concluiu Poppy.

— Não dá pra achar elas sem achar o monstro? Porque eu prefiro evitar os monstros, não procurar por eles - disse Anthony.

— Eu também - disse concordando.

— É, mas eu acho que não, não dá - disse Poppy.

— Então como achamos o monstro? - perguntou Anthony com cara de quem não gostou da ideia.

— Vamos dar uma volta, se tem um monstro por aqui com certeza ele vai achar a gente antes que o contrario aconteça - falei, sabendo que estava certa.

Portland Não era maior que Boston, mas sim, também era grande. Demos uma volta prestando atenção ao redor. Paramos um pouco na praça da cidade, nela haviam várias estátuas que eu logo imaginei serem autômatos de Hefesto.

Estávamos sentados num banco que era na verdade um tronco de árvore apenas cortado de lado pra servir de banco, achei mais legal que aqueles banquinhos de ferro comuns. Então, estávamos sentados lá pensando em qual seria o monstro quando ouvi um grunhido bem alto e percebi uma forma enorme e dourada vindo em nossa direção.

Na medida que a coisa chegava mais perto eu tinha cada vez uma visão mais detalhada. Ele era do tamanho de uma picape, com garras prateadas e pelos dourados cintilantes, ele já estava perto demais quando concluí que era o Leão da Nemeia.

Nós nos preparamos pra luta, Poppy gritou:

— Isso não é bom, não é bom mesmo!

Veja, O Leão da Nemeia tem um pelo metálico impermeável e nossas armas não seriam muito úteis contra ele.

— Corram, se separem, pensem num plano, eu vou distraí-lo por enquanto! - disse Poppy. Ela jogou algo na direção do leão que rugiu alto e mudou seu curso, agora correndo na direção dela.

Poppy tentava atingir o leão enquanto se esquivava das garras enormes. Disse pra mim mesmo "Pensa! Pensa! Como foi que eles mataram esse leão no livro? Pensa! Ah! É isso!".

— Poppy! Você tem que atingi-lo na boca! - gritei pra ela enquanto corria em seu socorro, Anthony também corria em direção ao leão.

— Como vamos atingi-lo na boca? Ele não para quieto e não podemos chegar muito perto! - disse Anthony.

O leão devia lembrar da última vez que foi morto pois não abria a boca de jeito nenhum. Agora eu estava quase chegando lá quando ele deu um pulo por cima de Poppy e caiu bem em cima de mim. Eu estava caída no chão com um leão de sei lá quantos quilos me segurando com a pata, ele rugiu, tão alto que quase fiquei surda, abrindo aquela boca cheia de dentes afiados, antes que pudesse pensar em enfiar minha adaga nela ouvi uma voz dizer...

— Nos encontramos de novo!

E uma chuva de flechas prateadas como a lua encheram aquela boca enorme e o leão começou a se desfazer em cinzas. A primeira coisa que senti foi um grande alívio quando toda a força de sua pata me empurrando pro chão cessou. Tudo que sobrou dele foi um casaco reluzente de pele de tamanho médio.

Anthony correu pra mim e me ajudou a levantar.

— Você está bem? - perguntou aflito.

— É... acho que sim.

Mas tudo que eu queria era olhar na direção de onde vieram as flechas e ver se tinha m vindo de quem eu pensava.

Assim o fiz, e lá estavam um punhado de garotas com arcos em mãos, calças camufladas e à frente, como a líder, uma garota de cabelos negros com uma camisa engraçada da Barbie sendo esfaqueada onde havia escrito "morte à Barbie" e eu logo soube, era Thalia Grace, filha de Zeus.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram desse capítulo? Deixem comentários por favor gente, eu tô no escuro aqui, nem sei se vocês estão gostando da fic. Apareçam leitores fantasmas! Bjs!



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