Filha de Apolo escrita por Ivy Hale


Capítulo 12
Os dons de Poppy


Notas iniciais do capítulo

Está de volta a melhor fanfic de Percy Jackson que você respeita! kkkkk... Esse cap é dedicado a todos vcs que estão acompanhando e favoritando a fic: Luh Di Angelo, Princess Purebred, Nerd Qualquer, Diva Cullen, Star, Tai Helmbrecht, Lucy Lua, AMO todos vcs gente!
E pra quem está acompanhando a fic em modo anônimo, mudem para PÚBLICO, please, assim eu poderei mencionar vcs aqui também...
Agora, vamos à leitura?
Ps: Para quem não leu Percy Jackson: A névoa, é uma força sobrenatural que destorce a visão mortal pra que eles não vejam monstros, deuses, Titãs, várias outras criaturas míticas e ocorrências sobrenaturais, substituindo-os com as coisas que a mente mortal pode compreender.



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Saímos rapidamente do hotel, não queríamos esperar mais uma visita vinda dos esgotos, imaginei se os próximos seriam as tartarugas ninjas. Enquanto caminhávamos contamos à Poppy sobre o drakon, ela quase matou Anthony por não ter contado isso logo, mas disse que concordava, que não podíamos ignorar Ares.

A rua estava quase deserta àquela hora, apenas alguns carros passavam de vez em quando, mas felizmente a estação de trem funcionava vinte e quatro horas e não era muito longe. Fomos a pé até a estação que não ficava a mais que alguns quarteirões, a única coisa que incomodou foi o frio, os casacos que as caçadoras nos deram foram nossa salvação.

Quando chegamos à estação pegamos um trem pro leste, em direção à floresta, eram duas da madrugada e chegaríamos lá em apenas algumas horas. Sentamos juntos no fundo do trem, Anthony sentou à janela e Poppy no lado do corredor, ou seja, eu fiquei espremida entre os dois. Anthony, que não estava menos preocupado que antes pois agora sabia que estava indo em direção a um monstro quase indestrutível que teria que matar, por fim esqueceu sua insônia e adormeceu deixando eu e uma Poppy inquieta sozinhas. Poppy parecia ter tomado um litro de café ou energético, se remexia no banco o tempo todo, quase não conseguia ficar parada, ela disse que quando acordava no meio da noite não conseguia dormir novamente de jeito nenhum, então ficamos conversando.

— Vocês já se beijaram? - perguntou ela.

— Quê? - perguntei, eu tinha entendido perfeitamente a pergunta, mas estava pensando num jeito de mudar de assunto.

— Você e o Anthony - disse ela. - Qual é, vocês ficaram sozinhos muitas vezes desde que saímos do acampamento. Somos amigas não somos? Pode ir me contando, tudinho.

— Não Poppy, não nos beijamos - respondi, mas não queria falar disso.

— Sério? - perguntou ela cética.

— É sério - eu respondi.

Depois um silêncio desconfortável quebrado apenas pelo barulho de Poppy se revirando no assento se seguiu por longos minutos. Poppy estava estranha.

— Você sonhou com sua mãe de novo? - falei por fim - Você acordou tão... Com tanta raiva. Quase tive pena daquele basilisco.

— Ah... É - disse ela - Eu sonhei várias vezes com Hécate desde que saímos do acampamento...

— Porque não disse antes? - perguntei lembrando do ataque que ela teve quando falei sobre o que Anthony não tinha nos contado.

— Não era nada que dissesse respeito à vocês - disse ela brava.

— Desculpe por perguntar. - falei, um pouco chateada.

— Não, desculpa, é que... A questão é que ela fica tentando me convencer que eu devia me juntar à eles, meus outros irmãos. Que sua senhora não vai perdoar ninguém que esteja contra ela. Aliás, você já sabe quem é não é, quem é essazinha que quer acabar com a gente.

— Tenho meu palpite, mas se eu estiver certa estamos perdidas.

— Acho que sei de quem está falando - finalizou ela. Então Poppy cansou de se revirar na cadeira e foi procurar o vagão restaurante.

Fiquei olhando as paisagens passando pela janela, pareciam varias telas que logo eram substituídas por outras, todas iluminadas apenas pelo luar. Logo pequenas bolinhas brancas começaram a embaçar o vidro, começou a nevar forte. Não podendo mais observar a paisagem eu comecei a revirar minha mochila, nela haviam ainda um pouco de ambrosia, o dinheiro pras passagens de avião, alguns dracmas, minha adaga e metade do pacote de frutas secas que Poppy havia me dado no dia anterior, comecei a mordiscar as frutinhas enquanto olhava admirada pra minha adaga, não havia percebido ainda mas na lâmina havia escrito algo em grego, ήλιος φως (Í̱lios fo̱s), de alguma forma sabia que aquilo significava luz do sol.

Não percebi quando, mas uma garotinha parou a minha frente, e ficou olhando pra mim com uma expressão confusa.

— Porque você tem uma faca? - disse ela, eu não soube o que responder - Posso ver? É de ouro?

Eu não poderia deixa-la pegar na adaga, acho que ela só tinha uns oito anos, e imaginei que se eu simplesmente dissesse pra ela voltar pro seu assento ela contaria à mãe e em alguns instantes um guarda viria tomar satisfações pensando que eu fosse uma marginal juvenil.

Então Poppy voltou com um saquinho de balas e chocolates nas mãos, ela viu a garotinha e percebeu a situação. Poppy chegou perto da menininha, olhou-a nos olhos e disse...

— Você não viu faca nenhuma, Aquilo é apenas uma caneta.

Vi uma confusão na expressão da menina que ainda olhava minha adaga, em seguida ela voltou ao normal.

— É uma caneta muito bonita - disse ela, olhei pra adaga e, por um momento vi que segurava uma caneta de metal comum com desenhos cor de bronze, mas logo era novamente minha adaga.

— Quer um doce? - perguntou Popppy, a garota assentiu. Ela pegou um chocolate, agradeceu e saiu andando pelo trem, acho que voltou pro seu assento.

— Você sabe manipular a névoa? - perguntei.

— Sou filha de Hécate, posso mais que isso.

— Você tem que me ensinar a fazer isso! - falei impressionada.

Quando estávamos quase chegando acordamos Anthony e fomos tomar café no vagão restaurante. Poppy pediu bolo, torradas e café (ela diz que é movida à cafeína), Anthony comeu ovos com bacon - fiquei olhando feio pra ele por estar comendo um pedaço de um pobre porquinho indefeso que foi morto à sangue frio - e eu pedi torradas, iogurte e suco de laranja. Acabamos bem na hora em que o trem parou, neve caía lá fora e o frio estava insuportável, caminhamos pela a estrada vazia que levava à entrada da floresta, Poppy parou antes de entrarmos de fato na floresta.

— Aqui está bom - disse ela. - Vou montar a barraca.

Ela se abaixou botando o quadradinho que as caçadoras nos deram dizendo ser uma barraca no chão, apertou o botão e saiu de perto. O quadradinho parecia estar se desdobrando, ficando cada vez maior até ser um retângulo de mais ou menos dois metros de altura depois se expandiu pros lados e tomou o formato de uma grande barraca de acampamento.

Entramos.

Assim como a barraca de Thalia, esta barraca também era maior por dentro que por fora (tecnologia dos senhores do tempo?), havia uma mesa, algumas cadeiras, um armário e uma cortina que imaginei levar à um quarto, mas o que mais me deixou feliz foi um montinho de lenha seca já pronto pra ser aceso que estava no meio do cômodo. Fui direto até a lenha, com um pouquinho de concentração fiz brotar uma pequena bola de fogo na palma da minha mão e joguei-a sobre os galhos que logo se transformaram numa linda e quente fogueira. Já estávamos tremendo de frio, então sentamos ao redor da fogueira apenas absorvendo em silêncio o calor que acordava nossos músculos dormentes.

Longas horas se passaram até que a neve parou de cair e Anthony anunciou ser a hora de seguir. Ele tirou de sua mochila uma linda lança de mais ou menos um metro e meio com a lâmina de ouro, cujo não tenho ideia de como coube lá dentro, embainhou sua espada e se despediu com um abraço apertado, tudo que eu queria era impedir essa loucura, mas ele me odiaria, diria que não acredito na sua capacidade ou algo do tipo, então contive-me a abraçar Poppy enquanto chorava e via Anthony avançar sozinho pela floresta escura.


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Notas finais do capítulo

Essa imagem é só pra vcs saberem como eu imagino a Claire, vou usar outros gifs da Anna Sophia Robb em outros caps.
Continuem favoritando, acompanhando e comentando (Não custa nada, não é?). O próximo capitulo será dedicado à primeira boa alma que recomendar a fanfic e será narrado pelo nosso querido ANTHONY. Até o próximo, Vocês são os melhores!



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