Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 22
Uma visão aterrorizante


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
Olá, Arnaldos. Bom, só tenho uma coisa a dizer. PERDÃO. Me desculpem por estar postando com menos frequência, juro que tenho uma boa justificativa: chegamos ao ponto da história em que eu não tenho nada mais pronto e já escrito. E acabo demorando para escrever porque não quero postar qualquer coisa, quero sempre dar o melhor a vocês.
Outra coisa, já temos 18 Arnaldos Oficiais! Então, caro(a) leitor(a), se está lendo essa fic, se puder e se estiver gostando, porfavor... Clique em acompanhar, favoritar, recomende... Enfim Então é isso!
Aproveitem o capítulo...



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A carta de Dumbledore transformou-se em cinzas. Harry olhou para Rony e Gina, os dois não sabiam o que falar. A ruiva apontou para algum lugar atrás de Harry, o garoto virou-se e viu Fawkes, a Fênix de Dumbledore, voando em direção a eles. 

A ave pousou perto dos três, mirou-os por um tempo, parecia avalia-los. Suas penas estavam mais macias do que Harry jamais vira; deve ter renascido há pouco tempo. Fawkes deu um pio melodioso e então bateu as asas, dando voltas sobre os três, que não demoraram em acompanha-la.

— Vamos simplesmente segui-la? – disse Harry.

— Alguma ideia melhor? – disse Rony, rabugento. Nem Harry nem Gina sugeriram algo, simplesmente seguiram o amigo.

Horas se passaram e os três ainda andavam. Harry às vezes brincava de quebrar galhos que caíam no meio de seu caminho ao meio. Uma vez ou outra conversava algo com Gina, ambos riam e até cantavam alguma música conhecida. O Sol já não estava mais no centro do céu, inclinava-se. E quando Harry conferiu em seu relógio, já eram quase dezesseis horas da tarde.

— Que horas começamos a caminhar? – perguntou Gina, depois de ter passado um tempo concentrada nas folhas quase congeladas e espalhadas pela terra.

— Acho que oito ou nove... – respondeu Harry, olhando brevemente para a ruiva, que murmurou um cansado “nossa”.

Algumas nuvens taparam o Sol. Muitas nuvens taparam o Sol. Harry olhou para cima e o céu estava totalmente cinza. Aos poucos, gotinhas d’água começaram a cair sobre seu rosto.

— Está chovendo – Harry informou Rony, mas o garoto não lhe deu atenção tampouco. – Não acha que deveríamos parar e dormir aqui?

— Não – Rony virou-se, irritado. – Não temos tempo, Harry...

— E nem energia para continuar andando, Rony – retrucou ele.

— Está vendo? – Rony mostrou seu antebraço para Harry e Gina. – A linha que nos mostra o caminho até Hermione está se desfazendo... Ao invés de parar, temos que caminhar mais rápido. Parem de conversar e tratem de andar, não estamos brincando de pique-esconde, estamos indo até Voldemort...

— E acha que eu não estou com medo? – Harry começou a ficar impaciente. – Acha que não quero salvar a Hermione...?

— A garota que você ama está aqui – Rony gritou de uma vez, um olhar homicida em seus olhos. – Salva, do seu lado. Bem ou mal você está com quem você gosta, Hermione está perdida em qualquer lugar do mundo. Se vocês quiserem parar, fiquem à vontade, mas eu vou continuar andando até que essa Fênix pare de voar.

Ninguém falou mais nada. Rony voltou a andar. Harry olhou para Gina e a garota deu de ombros, e então ambos apertaram o passo para acompanhar o desesperado amigo. Todos tentavam ser o mais silenciosos possível, não precisavam de companhia alguma. A presença de animais que Harry não conseguia ver já bastava. Às vezes um passarinho apressado piava ou voava de uma árvore para outra.

A floresta acabou, e a Fênix entrou num vale. Harry, Rony e Gina estavam entre dois morros. Naquela área de planaltos, a vegetação era rasteira e nada rica. A maioria das plantas parecia estar morrendo de frio, se isso era possível. O céu estava mais limpo, a maioria das nuvens foi embora. Mas no lugar da chuva veio a neve. Não era uma nevasca, mas deixava tudo mais frio e complicado. Ao fim do vale, os dois morros chegavam muito perto de se juntar e formar uma fenda, onde o Sol parecia apoiar-se enquanto não desaparecia de vez. Fawkes voava bem rápido, e os três iam ficando para trás, até que algo veio à mente de Harry e ele disse:

— E se voássemos? – Rony e Gina pararam de andar, se viraram e encaram Harry por um tempo, até que Gina disse:

— Não conseguimos, e teríamos que usar magia, não?

— Mas podemos, Dumbledore deu permissão...

— Mas, Harry... – Gina murmurou, um tanto descrente na ideia de Harry. – Não tem nenhum feitiço que faça isso...

— Que tal Wingardium Leviosa? – sugeriu Rony.

— Seria muito lento, precisamos de algo mais rápido...

— Não sabemos... – outra ideia iluminou a cabeça de Harry. – Percy não nos emprestou aquele livro de feitiços avançados?

Gina pareceu entender o que o garoto queria dizer, Harry pediu para que Fawkes esperasse um pouco, e então tirou sua mochila das costas e a abriu. Tinha tanta coisa na mochila de Harry, comida, água, cobertores e roupas... mas conseguiu achar o livro.

Harry foleou o livro com pressa, e então achou o que queria, um feitiço que fazia bruxos voarem. Segurou sua varinha e apontou para Gina, então disse:

— Fuge hominem.

A garota começou a levitar, instável, mas mantinha-se no ar com uma expressão impressionada ou nervosa. Rony não hesitou, repetiu a mesma coisa com Harry e ele com Rony. Os três voaram até Fawkes, que simplesmente olhou para trás e então pousou.

— O quê? – disse Rony, agora bravo, descendo até a ave. – Fawkes, temos que voltar.

Harry sabia que seria inútil tentar falar com Fawkes. A ave era sábia, mas com certeza não responderia Rony. A Fênix sobrevoou em rasante uma pilha de folhas secas e então deitou-se em cima desta. Harry olhou para Rony e o amigo estava a ponto de segurar Fawkes pelo pescoço e esganá-la.

— Se ela está falando que devemos parar, devemos parar – Harry murmurou para Rony, como se estivesse tentando falar com um enorme dragão adormecido.

— Hermione está morrendo e ...

— E se Dumbledore acha que devemos parar, nós vamos parar – interrompeu-o Harry, agora mais impaciente para as teimosias do amigo.

O ruivo pisou no chão com força, gritou “Gina, arma essa casa logo” e então foi para a direção oposta de onde Fawkes estava. O menino deu alguns berros e chutou algumas folhas. Depois Harry e Gina o viram levantando a manga e observando seu braço.

Os Sol tinha começado a se por. Desde que pousaram, Harry e Rony passaram a maior parte do tempo na cabana, lendo e procurando alguma coisa. Passadas quase duas horas, Rony deitou-se por um tempo e Harry resolveu ir respirar um pouco de ar fresco. A uns cinquenta metros de distância, uma cabeleira ruiva esvoaçava pelo ar. Harry foi até ela.

Gina estava sentada na grama, as pernas cruzadas. Harry sentou-se ao lado da garota e ficou mirando-a por um tempo. O Sol já estava se pondo, seu intenso brilho amarelo-alaranjando iluminava o rosto de Gina e deixava-a mais jovem e linda. A leve brisa mantinha o cabelo ruivo-flamejante voando por trás dos ombros da garota, que, de olhos fechados, parecia absorver cada partícula de oxigênio que se encontrava com sua pele. Ela estava tão calma, devia pesar menos que uma pena.

— Vai ficar me encarando ou vai falar alguma coisa? – ela murmurou, com um leve sorriso.

Harry nem sabia que Gina percebera a presença do garoto, e, por um momento, sentiu que, se fosse possível, ele estaria sorrindo por dentro.

— Tenho a namorada mais linda de todas... – ele murmurou, realmente não era bom com palavras, muito menos com as românticas.

— Como se eu tivesse um namorado feio – ela abriu os olhos e fitou-o por um tempo, e então completou: – Isso quer dizer que também te acho bonito – ela sorriu e Harry achou que Gina podia ler sua mente. - Como está o Rony?

— Mal, quase matou Fawkes porque tivemos que parar...

— Pelo menos ele não está escondendo que gosta da Hermione... – Gina olhou séria para a cabana, e viu um o irmão andando em círculos e olhando para seu próprio braço.

— Finalmente... – completou Harry. – Alguma ideia de para onde Fawkes está nos levando?

— Mínima – respondeu ela, tamborilando sua coxa. – Com fome?

— Não – mentiu ele, não queria fazê-la cozinhar algo, de longe podia ver o quanto estava cansada.

— É claro que está – ela disse enquanto se levantava. – Vamos, temos salada de frutas na geladeira... – ela estendeu a mão para Harry, que respondeu rindo:

— Eu disse que não estou com fome – a menina girou os olhos e respondeu sorridente:

— Você fica mordendo o lábio inferior quando está com fome...

Harry ficou sem fala, sorria abobado para Gina, e então concluiu: ela podia ler sua mente.

— Nem eu sabia disso...

— Você é burro, não sabe de nada – ela disse irônica.

— Eu não sou burro – defendeu-se Harry, não podendo deixar de rir da garota.

— Não – ela disse sarcástica, girando os olhos. –, só é desprovido de inteligência...

— Ah – Harry riu impressionado. – E você é eufêmica demais...

— Palavras difíceis, Sr. Potter – ela fez uma reverência como se estivesse na presença da rainha.

— Dificílimas, Srta. Weasley... – respondeu ele, no mesmo tom de cordialidade...

— Ha – ela riu, enlaçando seus braços no pescoço do garoto.

Há alguns meses, Harry sentiria um frio na barriga ou talvez uma dormência nas pernas, mas agora ele já sabia o que podia ou não falar ou fazer com Gina. Era um tanto atrapalhado ou introvertido quando se tratava de pessoas totalmente desconhecidas, mas Gina não era desconhecida, muito pelo contrário; Harry teve a sorte de se apaixonar por sua melhor amiga. E agora não se sentia estranho ou nervoso com Gina, estava confortável, segurava na cintura dela e era normal.

De repente, o olhar de Gina ficou sério, a garota abaixou a cabeça e ficou olhando o chão.

— Que foi? – ele levantou o queixo dela com sua mão.

— A Mione, Harry... Estou amando esse momento, bem aqui e bem agora, mas não consigo deixar de pensar que estamos perdendo tempo...

— Ei, escuta – Harry certificou-se de que seus olhos encaravam os de Gina e mantinham um contato visual tenso. – Estamos dando nosso melhor, vamos achar a Mione, vamos conseguir... Dumbledore está praticamente nos guiando... Estamos em boas mãos, Gina... É aquela frase: tudo vai ficar bem no final, e se não está bem...

— Não é o final... – ela completou, um lindo sorriso dominando seu rosto, Harry podia ver que o olhar de Gina agora reluzia esperança.

— Exato – ele sussurrou, e então beijou-a.

Harry sentia os quentes raios de Sol aquecendo sua pele, enquanto a gelada e cortante brisa lhe dava calafrios. Mas junto com Gina ele estava bem. Estava em paz. Nos segundos em que ele fechava os olhos e seus lábios tocavam os de Gina, ele estava em paz. A menina enlaçou seus dedos nos emaranhados cabelos de Harry, cabelos que já estavam sem corte. Os dois juntaram suas testas e abriram os olhos... Harry fitou o imenso e infinito céu azul que eram os olhos de Gina.

Os olhos tornaram-se vermelhos.

Harry sentiu penetra-los e entrar na cabeça de Gina.

Um raio azul.

Um grito.

Sons de correntes.

Outro grito.

Cabelos loiros.

Um grito longínquo e desesperado gritou o nome Rosalie.

Uma risada.

Harry voltou à realidade. Votou a ver Gina. Se separou da garota e agora estava ofegante.

— Que foi, Harry? – ele não respondeu, continuou virado para o pôr-do-sol. Levou suas mãos à sua cabeça, que agora latejava como se estivesse sendo queimada.

— Está me preocupando, o que foi? O que aconteceu?

— Rosalie... – Harry murmurou, quase não tinha forças para inspirar. – Ela está em perigo... Estamos indo pra lá, é para onde Fawkes está nos levando.

 

 

 

O Sol permaneceu brilhante no céu ao longo do dia inteiro, agora se inclinava um pouco e algumas nuvens tapavam seu brilho temporariamente. O céu de repente tornou-se cinzento e parecia que uma tempestade ia vindo.

Uma garota desacordada estava sobre a úmida e gelada grama. No horizonte, três borrões vinham correndo. Uma das corredoras era morena e baixa, a mais magra das três. A outra também era morena, com cabelos mais curtos e ondulados. A que vinha na frente era loira e tinha nos olhos o desespero refletido.

— É ela? – uma das morenas perguntou.

A loira agachou-se e analisou uma morena desmaiada. Segurou seu braço e conferiu o pulso da garota; ainda batia. A garota desmaiada estava pálida, alguns arranhões em seu rosto e braços.

— Sim – respondeu a loira. – Avise meu pai, agora – ela quase gritou a última frase, assustando as duas amigas.

As três carregaram a morena até uma casa que não estava muito longe. Era uma construção no estilo francês. Um único andar. As janelas e portas iam do topo até o chão, parecendo trazer mais claridade ao interior da casa. O campo ao redor era muito bem cuidado, com uma aparência de novo.

As portas da sala de estar se abriram e quatro garotas entraram. Uma mulher loira e magra tomava chá com um homem moreno que usava óculos retangulares, bebericando seu chá, ele lia uma enorme folha de jornal.

— Pai – a loira disse.

— Sim, Rose? – ele moveu os olhos até a filha.

— É ela.

O homem mirou a filha por um tempo, impressionado. Parecia não estar esperando tal notícia. Demorou seu olhar na menina desmaiada e então pareceu procurar consolo nos olhos da esposa.


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Notas finais do capítulo

Tenho três pedidos, genteeee:

Primeira coisa: Quem mais aqui está ansioso para Animais Fantásticos?Estou na contagem regressiva aqui... Então lhes dou uma tarefa: comentem o que vocês mais estão ansiosos para ver no filme, que eu falo o que eu também quero ver. Sempre respondo!

Segunda coisa: não deixe de comentar o que você achou do capítulo, claro kkkk.

Terceira coisa: Me digam se vocês preferem capítulo curtos (com até 2500 palavras) ou longos (com até 4000 palavras). Só para eu ter noção do que vocês preferem, Arnaldos!

Bom, espero que tenham gostado! Um beijo com cheiro de unicórinio e até a próxima!!!



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