Portas da Alma escrita por Cris Herondale Cipriano, Manuca Ximenes


Capítulo 49
Capitulo 50


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!



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Nova York - Instituto.

— Não está aqui! Ele não está aqui! - Gritou Clary descontrolada. 

— Clary acalme-se, isso é bom, significa que ele não está morto. - Respondeu Jem com sua habitual calma. 

Clary semicerrou os olhos enquanto o olhava, o caçador podia até ter razão, mas no momento estava muito preocupada com o loiro para admitir tal fato. Ela olhou mais uma vez para o cenário e viu Tessa ao lado de Magnus, a morena que havia chegado a pouco tempo junto com Jem, Kieran e Mark olhava devastada para os corpos sem vida das fadas. 

— Mas onde ele foi parar? 

— Se bem conheço Jace, ele deve estar atrás de alguma adrenalina por ai, logo ele aparece. - Retrucou Magnus se aproximando. 

— Jace não é assim, ele pode estar ferido! - Rosnou Clary. 

— Jace não é assim? Clary nós sabemos que Jace não tem estado em seu juízo perfeito ultimamente. 

Clary engoliu em seco ao ouvir o que o bruxo disse, olhou ao redor e viu Isabelle se encolher, Alec soltar um suspiro de pesar, Tessa, Kieran e Mark o olharem confusos e Jem lançar um olhar curioso em sua direção. 

— O que está realmente acontecendo? - Perguntou o ex-irmão do silêncio. 

— Jace anda confuso ultimamente, apenas isso. - Disse Clary na defensiva. 

— Olha Jace já é bem grandinho e sabe se cuidar sozinho, no momento temos que dar um jeito nessa sujeira toda e a pior parte, entrar em contato com a Clave. - Disse Magnus resignado. 

Alec olhava para a saída do instituto preocupado, Jace não estava bem, ele podia sentir, seu parabatai estava confuso e também ferido, foi tirado de seus pensamentos pela forte luz vinda de um novo portal, olhou com atenção e viu Maryse e Robert saindo dele, sendo seguidos por mais doze caçadores. 

— O que em nome do Anjo aconteceu aqui? - Perguntou Robert pasmo. 

— Bem . . . - Isabelle não sabia o que dizer, sabia que ouviria um sermão tremendo de seu pai pelo que fizera, porém não tinha outra opção, era isso ou o instituto seria invadido. 

— Aconteceu que sua filha salvou o instituto. - Disse Magnus olhando friamente para o patriarca dos Lightwood, ainda sentia uma tremenda vontade de acabar com Robert, ele não conseguia esquecer as palavras horríveis que o mais velho dissera para Alec e o quanto isso devastou o caçador. 

Robert o ignorou e começou a dar ordens para os caçadores, Magnus afastou-se para um canto e começou a abrir um novo portal, deu uma rápida olhada e viu que Alec estava conversando com James e Tessa, soltou um suspiro de alívio, seu garoto ficaria bem, por um momento ficou com medo de que Alec tentasse achar Jace por conta própria, por isso teve que intervir, ele realmente acreditava que Jace sabia se virar sozinho, mas admitia que estava preocupado com o loiro, Jace não estava bem, ele sentia uma escuridão envolver o rapaz e isso o preocupava. 

No entanto o bruxo precisava de um tempo sozinho, precisava voltar para a segurança de seu antigo lar e procurar algo que pudesse conter seu pai e não podia fazer isso com Alec por lá, o caçador era muito perspicaz e logo perceberia que tipo de risco tinha o feitiço que ele e Malcoln procuravam. Com uma ultima olhada para ver se Alec estava bem o bruxo entrou no portal sentindo todo o peso do mundo nas costas. 

                           * * * 

Ruas de Nova York.

Jace seguia apressado atrás dos dois guerreiros fadas, o caçador estava exausto e ferido, arfando ele pulou em cima de um dos prédios e continuou seguindo-os pelo alto, quando saltou para o próximo prédio sentiu uma dor incômoda nas costelas, podia jurar que pelo menos duas delas estavam quebradas. Com a explosão o loiro foi arremessado longe e ficado muito ferido, porém quando percebeu que três fadas haviam escapado começou a segui-las, quando percebeu que o loiro a seguiam um dos guerreiros ficou para atras para dar cobertura aos outros dois, Jace rapidamente conseguiu derrota-lo com um golpe certeiro no pescoço e sem perder tempo seguiu rumo aos outros. 

Jace percebeu que chegaram ao Central Park, os guerreiros adentraram na mata e Jace pode perceber que um portal já estava aberto por lá, sem pensar duas vezes arremessou sua adaga na perna do primeiro guerreiro e correu em disparada na direção do segundo, este foi mais rápido e pulou para dentro do portal fazendo o caçador frear a carreira no limite do portal que já se fechava a sua frente. 

Irritado o loiro socou o chão arfando, seus ferimentos doíam, estava exausto e frustrado, tudo o que queria era algo para descontar sua raiva, foi tirado de seus pensamentos por um gemido de dor, olhou para  o lado e arregalou levemente os olhos, havia se esquecido do guerreiro fada que havia ficado, levantou-se com um pouco de dificuldade e foi até o guerreiro que estava caído no chão. 

— Acho que somos só nós dois agora, o que acha de me dar algumas informações? - Perguntou com um sorriso sádico enquanto a fada arregalava os olhos com pavor. 

— Não tenho informação importantes, sou só um guerreiro de baixo posto. - Respondeu num fio de voz.

— Ou, isso é uma pena. - Disse Jace com falso pesar.

O guerreiro fada viu com certo fascínio e pavor ao mesmo tempo Jace pegar sua adaga que estava caída ao seu lado, algo nos olhos do caçador o alertou que este não iria ter clemencia. 

— P-porf-favor, e-eu não tenho informações, s-sou apenas um simples guerreiro. 

Jace não deu ouvidos, pegou um frasco azulado que Magnus havia lhe dado a um tempo atras e molhou a adaga com ele, o liquido azul brilhante causou mais pavor ainda no homem fada. 

— Sabe, uma vez Magnus me deu esse frasco, ele disse para mim usar sabiamente já que seu conteúdo é muito nocivo para o povo das fadas, isso causa muita dor e agonia, então o que será que irá causar se combinado com uma adaga? - Pergunta com um brilho assustador no olhar. 

O grito do homem fada podia ser ouvido por todo o parque que a está hora estava deserto, um grito inumano e cheio de dor e agonia, Jace olhava fascinado para o corte que fizera no peito do guerreiro, o sangue escorria solto pelo tórax dele e a dor parecia o estar consumindo. 

— P-por f-favor v-você sabe que não p-posso mentir, eu não tenho informações. - Disse o guerreiro com a voz fraca e tossindo sangue. 

— É verdade, eu sei que você não pode mentir. - Disse Jace sorrindo.

— E-então p-por que? - Perguntou com os olhos arregalados.

— Porque estou frustrado e queria algo para me divertir, vocês foram os culpados por meu parabatai passar alguns dos piores meses de sua vida, eu quero vingança, fácil assim. - Disse Jace ainda sorrindo e fazendo o guerreiro gritar apavorado, ele sabia que não tinha como escapar, aquele loiro parecia louco e não o deixaria viver mais um minuto. 

Com mais um sorriso medonho Jace ergueu a adaga e a fincou no coração do guerreiro, aos poucos os gritos foram sessando e a luz deixando seu olhar, Jace olhou com certo fascínio o corpo sem vida a sua frente, se sentia relaxado como a muito tempo não sentia. 

Sentiu uma ligeira tontura e logo tratou de desenhar uma iratze em seu braço, bufou irritado, estava cansado e não queria voltar ao instituto, sabia que as perguntas começariam, as recriminações também, não estava com humor para isso, além disso ao passar pelas ruas pode perceber que a guerra já começara, os integrantes do submundo estavam se matando por toda parte, o difícil era saber quem estava de que lado, então seguiu rumo ao único lugar onde sabia que não o julgariam, que lhe aceitariam mesmo ele tendo errado. 

                       * * * 

Brooklin- Apartamento de Magnus.

Magnus havia se esgueirado para o seu apartamento, encontrando Presidente Miau dormindo. Magnus ficou muito feliz por saber que o seu feitiço estava funcionando adequadamente. Ele havia enfeitiçado o prato de Presidente Miau para que ele nunca ficasse vazio, enquanto ele estivesse fora, já que não tinha mais ninguém para tomar conta do felino.

Malcolm estava a sua espera dentro do seu escritório, com vários livros em cima da mesa, com uma expressão mais do que concentrada.

—Encontrou alguma coisa? –Pergunta, aproximando-se dele.

—Sim. Eu sei como prender o seu pai. –Responde, mostrando a foto de uma matriosca. –Vai precisar de muita energia. –Garante, olhando-o nos olhos. –Poucos feiticeiros concordariam em realizar esse feitiço e precisamos de no mínimo sete. Sete muito poderosos. –Revela, suspirando.

—E se fizermos com menos que isso? –Pergunta, preocupado.

—Consumiria toda a energia do que tentasse, até mesmo a vital. –Responde, negando com a cabeça. –Ninguém sobreviveria a isso. –Garante, suspirando.

—Não vai participar, não é? –Pergunta, suspirando.

—Se houver sete, sim. Não tenho escolha. Tenho? –Pergunta, olhando-o nos olhos.

—Temos três até agora. –Responde, engolindo em seco.

—Quem é a terceira? –Pergunta, direto.

Magnus sabe que Malcolm tinha conhecimento da morte de Catarina, ele mesmo sentiu quando a magia dela foi eliminada do mundo, mas não quis acreditar, na verdade, estava tão absorvido com os problemas que estavam a sua volta que não conseguiu prestar atenção nos sinais, sinais óbvios, tão óbvios que Magnus se sentiu uma criança por um momento.

—Tessa, tenho certeza que ela não irá recusar se eu pedir a ela que participe. –Garante, sincero. –Vou entrar em contato com outros feiticeiros, novatos geralmente aceitam rapidamente qualquer tipo de chamado. –Comenta, suspirando.

—Sete se for do seu nível, Magnus. –Afirma, olhando-o nos olhos.

Malcolm sempre se considerou um excelente feiticeiro e era, mas não era tão ou mais poderoso do que Magnus, pelo menos aos olhos do feiticeiro.

—Quantos com novatos? –Pergunta, direto.

—Catorze no mínimo. –Responde, suspirando.

—Vamos trabalhar com catorze, então. –Afirma, afastando-se de Malcolm, ao sentir que alguém entrou no seu apartamento.

Ele seguiu em direção à sala e encontrou Alec, com os cabelos desgrenhado e ofegante.

—O que pensa que está fazendo? –Pergunta, irritado.

—Oi? –Pergunta, confuso.

—Como é que você sai de perto de mim sem me avisar? –Pergunta, puxando-o para os seus braços, fazendo-o suspirar.

—Eu não quis lhe atrapalhar. –Responde, suspirando.

—Nunca mais faça isso. –Manda, nervoso.

O coração de Alec estava disparado, Magnus podia sentir. A sua pele estava fria e ele estava suando, ele deve ter corrido uma maratona para chegar até o apartamento de Magnus.

O feiticeiro entendia a preocupação do namorado, sentia-se mais amado ainda por saber que ele estava tão preocupado com a segurança dele quanto Magnus estava com a de Alec.

—Tudo bem. –Sussurra, beijando a bochecha de Alec.

—O que veio fazer aqui? –Pergunta, confuso.

—Eu precisava vir recepcionar o Malcolm. Estamos trabalhando. –Responde, suspirando.

—Encontraram alguma coisa? –Pergunta, olhando-o nos olhos.

Magnus poderia falar que sim, poderia deixar as cartas na mesa, mas o feitiço era perigoso e se fosse preciso ele o faria sozinho, se isso dependesse da vida de Alexander, ele não pensaria duas vezes em se sacrificar pelo amado.

—Ainda não. –Responde, alisando o rosto do rapaz, que suspira.

—Eu sei que vai conseguir. Você sempre consegue. –Garante, alisando o rosto de Magnus, que concorda com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!
Bjsss até o próximo!!!



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