Portas da Alma escrita por Cris Herondale Cipriano, Manuca Ximenes


Capítulo 45
Capitulo 46


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!!



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Idris - Gard, sala do Inquisidor.

Jace andava de um lado para o outro, o loiro estava preocupado com Alec, o rapaz estava muito abatido quando Magnus o tirou da sala de interrogatório. Ele não sabia o que poderia estar se passando na mente do moreno agora, ele ouvira o que Helen dissera sobre ele passar três anos sendo torturado e seu maior medo era que o garoto surtasse outra vez. Porém o que estava deixando-o mais aflito no momento era saber o que Alec deveria estar pensando dele, afinal o garoto o vira matar uma pessoa a sangue frio! 

O loiro sabia que provavelmente quando sua cabeça esfriasse e ele pudesse raciocinar com clareza, se arrependeria por ter matado Helen, a garota era apenas mais uma vitima nisso tudo, porém no momento o ódio o consumia e não estava a fim de deixar esse sentimento se extinguir, pelo menos não até conseguir seu intento de se vingar de Asmodeus. Não podia se dar ao luxo de deixar seu sentimentalismo e coração mole lhe atrapalhar agora, precisava focar em achar uma forma de mata o príncipe dos infernos. 

— Jace, pelo Anjo se acalme, se você não tivesse feito isso eu com certeza a mataria! 

Jace olhou surpreso para Robert, ele havia notado que enquanto Helen falava o Inquisidor parecia prestes a perder o decoro e ataca-la na frente de todo mundo, porém não estava se importando com isso no momento, Robert fizera muito mal à Alec e no estado em que se encontrava sua mente no momento, ele não sabia se seria capaz de manter uma conversa com Robert sem tentar algo contra o mais velho. 

— Como se você se importasse. 

Robert olhou para o garoto e pela primeira vez não teve argumentos contra Jace, além do  rapaz estar certo em ter magoa dele por tudo o que ele já fizera, algo em Jace também estava diferente, não dava para ver aquele rastro de bondade e humanidade que havia no garoto, seu estado mental não era dos melhores e o mais velho temia que Jace acabasse se tornando mais um Sebastian, o ódio parecia consumi-lo. 

— Eu me importo com ele, pelo Anjo ele é meu filho! 

— Você tem um estranho jeito de demonstrar que se importa, sério estou muito impressionado! - Disse sarcástico. 

Robert fechou os olhos por um momento, ele sabia que ninguém acreditaria se ele dissesse que se importava com seu filho, ele havia feito coisas terríveis contra Alec, mas foi tudo pensando no bem do garoto, em momento algum desejou a morte de seu filho, tudo o que dissera fora da boca para fora. Em sua cabeça Alec está doente, gostar de homens não era normal ou natural e o pior era se envolver com aquele maldito feiticeiro, ele achava que o fato de ter sido duro com Alec fora para faze-lo abrir os olhos e cair na real, porém quase enlouquecera quando Alec fora sequestrado, simplesmente ficara desesperado apesar de tudo ele era seu filho, seu sangue! 

— Escute Jace, eu nunca desejei mal algum para Alec, apenas queria que ele abrisse os olhos e se afastasse daquele maldito feiticeiro, tudo o que fiz foi para o bem dele! 

— Você é doente e eu espero sinceramente que quando você abrir os olhos para os filhos maravilhosos que você tem, não seja tarde demais. E outra coisa, não pense que se você tramar alguma coisa contra Alec, ou fizer algo que machuque a Izzy nesse momento difícil que ela está passando, eu não respondo por mim, estou cansado de ver você maltratando seus filhos! 

Dizendo isso Jace saiu batendo a porta e deixando um Robert pasmo para atrás, ele precisava espairecer, precisava esfriar a cabeça ou surtaria e não seria um surto legal, seria desastroso. 

                                    * * * 

Idris- Casa dos Lightwood.

Magnus havia afastado Alec de Jace, o bruxo não soube ao certo o porquê do seu amado estar desse jeito. Se era por conta do que havia acontecido com Helen, ou sobre o que a caçadora tinha falado.

O bruxo observou Alec adentrar o seu antigo quarto com familiaridade, retirar as suas botas e encarar o teto.

—Três anos? –Pergunta, para si mesmo.

—Em alguns reinos o tempo e diferente, é relativo. Eu nunca quis pensar a respeito, mas o que Helen disse faz sentido. –Responde, agachando-se à frente de Alec.

—Você pensou sobre isso? –Pergunta confuso.

—Nos primeiros dias, quando eu encontrei você, quando você se mostrou destruído. –Responde suspirando. –E agora que eu sei o porque disso tudo, eu só... Eu só me sinto culpado ainda mais. –Confessa, olhando-o nos olhos.

—Não pode se sentir culpado por me amar, Magnus. –Garante negando com a cabeça. –Não pode se sentir culpado por ser filho de quem é. –Acusa suspirando.

—Mas eu me sinto. Desde pequeno eu tenho... Eu trago destruição, a minha mãe se matou, eu matei o meu padrasto por acidente. Talvez... Talvez eu devesse tê-lo deixado me afogar. –Murmura, desviando o olhar.

—Não diz isso. –Manda duramente. –Eu seria infeliz pelo resto da minha vida, se você não estivesse aqui. –Garante seguro. –Prometa-me que se a minha mente não for... –Cala-se, quando os lábios de Magnus tomam os seus.

—Não vou lhe deixar. Não posso te perder. –Garante, seguro.

—Não iria pedir para me deixar. –Sussurra, alisando o rosto de Magnus. –Eu iria pedir para me levar com você, que não me tirasse a nossa história, que continuasse comigo. –Pede, encostando a sua testa na de Magnus, fazendo-o suspirar.

—Eu vou fazer isso. –Garante, sussurrando.

—Fica comigo. –Pede, alisando a nuca do bruxo.

O coração do bruxo estava disparado, ele sabia que a qualquer momento Robert chegaria e exigiria que ele se afastasse de Alec, mas ele não poderia se afastar dele nesse momento, não quando aqueles olhos azuis estavam lhe chamando de uma forma tão hipnótica que não tinha como dizer ou negar qualquer coisa que ele pedisse.

—O seu pai, ele... –Interrompe-se, ao sentir os lábios de Alexander em seu pescoço. –Ele vai acabar vindo até aqui e... Não sei se as coisas vão acabar bem. –Diz, tentando se manter consciente do que estava fazendo.

—Magnus Bane. –Chama, sussurrando no ouvido do bruxo, fazendo-o fechar os olhos com força.

—Você não está ajudando. –Garante, sentindo-o adentrar a sua camisa com as suas mãos, alisar as suas costas, deixando um rastro de calafrios e excitação por onde passava.

—Não quero ajuda. Eu quero você. –Afirma direto, tirando-lhe a camisa e retirando a sua também.

Alec aproxima o seu rosto do feiticeiro, roçando o seu nariz em todo o maxilar do homem, enquanto abria o seu cinto com rapidez e familiaridade. Magnus não queria confessar, mas ele gostava desse Alec, do Alec mais solto, do que poderia ser provocado em quatro paredes, sem ficar morrendo de vergonha, ou se mostrar relutante.

—Vamos sair daqui... Eu não... Quero ser interrompido... Pelo... Seu pai. –Diz, com os olhos fechados, sentindo todo o seu corpo enlouquecer com os toques de Alec, com os seus avanços.

Os lábios de Alec maltratavam o pescoço de Magnus, causando sensações arrebatadoras, fazendo-o se esquecer de tudo de ruim que poderia acontecer caso eles fossem flagrados ali.

—Abre um portal. –Manda, afastando-se de Magnus, deixando-o tonto.

—Não vai dar certo... Se eu tentar fazer algo assim, vamos acabar em Jacarta. –Revela, atacando os lábios do menor, atirando-o na cama.

                                   * * * 

Reino das Fadas - Corte Seelie. 

— Mandou me chamar Majestade? - Perguntou Mark Brackthorn ao entrar na sala e fazer uma reverencia a rainha que se encontrava sentada em um amontoado de almofadas. 

— Sim, eu pedi ao Rei Unseelie que lhe dispensasse, pois queria falar com você. 

Mark observou a bela ruiva tentando desvendar o que ela realmente queria com ele, afinal não era segredo que a Rainha da Corte Seelie sempre tinha algo por de atras de cada ato. 

— E em que posso ajuda-la Majestade? 

— Eu estive pensando Mark, como aquela maldita feiticeira conseguia as informações mais importantes sobre os nossos passos? Claro que alguém as forneciam, mas quem teria acesso a tais informações? Alguém que fosse íntimo o suficiente para ficar sempre a espreita, alguém que no fundo tem esperanças de voltar a sua antiga vida talvez? 

— N-não entendo o-onde quer chegar M-Majestade. - Disse Mark se odiando por gaguejar. 

A rainha deu a ele um sorriso cruel e estalou os dedos logo quatro guardas armados apareceram e dois deles seguraram Mark pelos braços, o menino se debateu mas era inútil não conseguia se desvencilhar. 

— Garotinho tolo, devia saber que é impossível esconder algo de mim, principalmente em meu próprio reino, achou mesmo que eu não descobriria que você estava passando informações para Catarina Loss? Agora tudo o que preciso saber é se aquele bastardo filho do Unseelie também estava envolvido,afinal pelo que sei vocês tem algum tipo de caso. 

Mark arregalou os olhos quando ouviu a rainha mencionar o nome de Kieran, precisava arrumar um jeito de escapar e tirar seu namorado de lá, pois a vida dele corria perigo, não podia simplesmente deixar que aquela louca o machucasse. 

— Não tem nada a declarar bebê? Não importa, tirem-no daqui, levem-no para o calabouço, logo eu irei pessoalmente tirar informações dele. No momento preciso achar aquele maldito Kieran. 

Mark fora levado pelos corredores escuros e frios, o garoto aproveitou o momento de distração dos guardas que conversavam entre si e deu uma cotovelada no estomago do guarda a sua direita, com o ato o guarda acabou soltando sua mão e rapidamente o ex-caçador deu um soco no rosto do que ainda lhe segurava, quando se viu solto Mark roubou uma das espadas dos guardas e com esta derrubou os outros dois guarda que sobraram, nem esperou que os outros guardas levantassem e saiu correndo, precisava sair dali com urgência, precisava encontrar Kieran, eles precisavam fugir dali, de qualquer jeito. Ele procuraria asilo com sua irmã Helen, ela com certeza os ajudaria. 

                                    * * * 

 Idris - Casa de Luke e Jocelyn. 

— Luke! Finalmente você está de volta! - Exclamou Jocelyn. 

 A ruiva estava radiante em ver o marido, fazia dois dias que Luke havia saído com sua antiga matilha para tentar achar alguma pista e ela ficara preocupada, Luke não dera sinal de vida e ela não pode ir até ele, pois Clary estava muito mal com a morte de Simon e a ruiva mais velha não confiava em deixar sua filha sozinha, ela sabia que Clary sempre tinha reações extremas e para ela fazer alguma loucura enquanto estivesse sozinha era fácil. 

— Estou bem Jocelyn, mas e você e Clary como estão? 

— Eu estou levando, mas Clary está mal, muito mal, não sei mais o que faço Luke! 

Luke se aproximou e abraçou a esposa, a apertou em seus braços e ficou pensando em como dar a triste noticia ao qual viera trazer. 

— Jocelyn tenho algo para lhe contar e não é algo bom. - Disse sério. 

— Por favor Luke diga logo está me assustando. 

— Minha matilha não encontrou nenhuma pista sobre as fadas, mas encontramos algo pior. Nós encontramos o corpo de Simon. 

A ruiva arregalou os olhos e deixou as lagrimas banharem seu rosto, agora sim as coisas estavam realmente ruins, sem o corpo de Simon ainda tinham esperanças de que o garoto pudesse estar vivo em algum canto, mas agora todas as esperanças se foram e ela não sabia o que dizer ou pensar, amava Simon como a um filho e também tinha medo do que aconteceria com Clary a partir de agora. 

— Como vamos dizer isso a Clary, Luke? - Perguntou a mulher chorando enquanto sentia os braços do marido a apertarem de forma protetora. 

                                        * * * 

Idris- Casa dos Lightwood.

Alec podia observar o rosto de Magnus, os dois estavam deitados, um em frente ao outro, um alisando o rosto do outro, com apenas uma coberta cobrindo os seus corpos. O coração de ambos ainda estava acelerado, assim como as suas respirações.

Ele não seria tolo o bastante para acreditar que eles saíssem ilesos da guerra, havia a possibilidade de um deles morrer e Alec sentiu o seu coração apertar.

O rapaz solta um suspiro, tentando afastar o pensamento, aproximando o seu corpo do de Magnus, apertando a cintura do outro, enquanto roçava o seu nariz na curva do seu pescoço.

—Estamos brincando com a sorte. –Comenta Magnus, sussurrando.

—Estamos num quarto, a portas fechadas. Está agindo como se nós dois fossemos fazer amor no meio da rua. –Acusa, mordiscando o nódulo da orelha de Magnus, que ri e aperta a cintura do outro.

—Para o seu pai é inaceitável do mesmo jeito. –Acusa rouco. –E se você não se lembra, estamos embaixo do teto dele. –Lembra, olhando-o nos olhos.

—Eu não me esqueci disso. –Garante, deitando a sua cabeça ao lado da de Magnus, sentindo a sua respiração contra a sua pele. –Eu só não vou mais deixar ninguém mandar na minha vida ou tentar me moldar do jeito que querem. –Afirma suspirando. –Eu decidi que não vou mais me importar com o que ele vai pensar. –Confessa murmurando. –Eu só quero ficar com aqueles que eu amo... O tempo é curto demais para me preocupar com essas coisas. –Sussurra encostando a sua testa na dele.

—Eu infelizmente, tenho que concordar com você. –Sussurra, fechando os olhos.

                            * * * 

Idris - Gard, sala do Inquisidor.

Robert tinha o rosto escondido entre as mãos, ele estava sentado em sua escrivaninha, a conversa com Jace havia simplesmente roubado todas as suas energias, estava esgotado com tanta coisa acontecendo  ao mesmo tempo. Era muita coisa para assimilar, quando toda essa historia acabasse o Lightwood mais velho pensava em entregar o cargo de Inquisidor, não conseguia mais seguir com isso, por causa desse maldito cargo perdera toda a sua família. 

Um barulho de algo explodindo lhe fez com que levantasse a cabeça assustado, olhou para a janela e viu que esta fora completamente destruída, aproximou-se cautelosamente e viu um pedaço de papel amassado entre os destroços, quando o leu arregalou os olhos, não conseguia acreditar no que seus olhos liam. 

" Agora é guerra, chega de ser boazinha, exterminarei todos os caçadores existentes como os insetos que são. "  - Rainha da Corte Seelie. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!!
Bjss até o próximo!!!



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