Portas da Alma escrita por Cris Herondale Cipriano, Manuca Ximenes


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Boa Leituraaaaaaaaa



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Phoenix- Apartamento de Magnus.

A sensação de ter os dedos de Magnus entrelaçados aos seus, deixava a pele do rapaz formigando.

O encontro havia sido maravilhoso, tudo o que Alec secretamente desejava num primeiro encontro, óbvio que houve insegurança da parte do rapaz, mas ele estava empenhado em fazer tudo certo, em causar uma boa impressão e parece que os seus esforços deram resultado.

Mas tudo o que Alec conseguia pensar era no que Mary tinha lhe dito, ele ficará ansioso o encontro todo, tentando encontrar um momento certo para tentar uma aproximação maior com Magnus, mas não tinha conseguido um momento certo ainda e a noite estava acabando e nada significativo tinha acontecido.

—Então, nós nos vemos amanhã? –Pergunta Magnus, parando em frente à casa dele.

—É. –Responde, sem jeito, quando Magnus solta a sua mão e abre o seu apartamento. –Boa noite. –Deseja, sussurrando.

—Boa noite, Alexander. –Deseja, fechando a sua porta. Alec virou-se em direção a sua porta e quando estava pegando a sua chave, ele vira a cabeça em direção à porta de Magnus, caminhando em sua direção e buzinando. –Esqueceu alguma coisa? –Pergunta, ao abrir a porta.

Alec não deu tempo para Magnus falar mais nada, no segundo seguinte já estava com a sua boca grudada na dele.

Beijar Magnus era, incrivelmente, familiar, Alec sentia como se já tivesse feito isso mais de mil vezes, mesmo nunca tendo  feito. Por um momento Magnus ficou tenso, mas no segundo seguinte, ele estava se deixando levar com uma facilidade tamanha, como se também o reconhecesse, como se eles estivessem em total sintonia.

O que era verdade.

Os lábios de Magnus se moldavam, perfeitamente, aos de Alec, e Alec agia como se soubesse a resposta de Magnus.

O beijo estava ficando mais intenso e quando Alec deu por si, estava em cima de Magnus, enquanto os dois estavam deitados nos sofá, um com as mãos dentro da camisa do outro e gemidos eram ecoados pela sala do apartamento.

Magnus separou os seus lábios de Alec e afastou-se um pouco, deixando Alec confuso.

—O quê? –Pergunta, ofegante.

—Eu acho melhor você ir embora. –Responde, empurrando Alec para longe.

—Fiz algo de errado? –Pergunta, confuso, fazendo Magnus rir e negar com a cabeça.

—Longe disso e sabe disso. Sabe que se continuar aqui... Tudo vai pegar fogo novamente e eu não quero ouvir desculpas amanhã de manhã. –Responde, coçando a garganta.

Alec se analisou, ele estava com a sua camisa amassada, o seu cinto estava aberto, a sua respiração estava ofegante, o coração acelerado e tudo o que ele queria era que as coisas pegassem fogo novamente e se dependesse do rapaz, elas iriam pegar.

—Não vai haver desculpas. –Garante, negando com a cabeça.

—Entendo. –Sussurra, levantando-se, mas Alec joga-o novamente no sofá, sentando-se no seu colo e olhando em seus olhos.

—Eu não disse que eu ia embora. –Afirma, aproximando o seu rosto do de Magnus. –Só se você quiser que eu vá embora... Ai, eu vou e... –Cala-se, quando sente Magnus alisar as suas coxas.

—Alexander, eu não quero que você vá embora, mas entenda, as coisas estão indo... –Magnus interrompe-se, quando Alec retira a sua camisa. –Ok, isso já está demais para mim. É muita tentação para o meu autocontrole. –Resmunga, puxando Alec para mais um beijo, um beijo desesperado, um beijo que cheio de segundas, terceiras e provavelmente quartas intensões e Alec se deixou levar pelas provocações, pelos beijos, pelos toques, sem se importar com o que poderia vir a seguir.

Idris - Mansão Herondale.

— Jace, fui chamada ao escritório do Inquisidor. Alias acabei de vir de lá. - Disse Aline olhando fixo para Jace. 

Eles estavam sentados nas confortáveis poltronas da biblioteca Herondale. Aline parecia tensa, enquanto Helen olhava para o garoto fixamente. 

— Você foi chamada por Robert? Mas o que ele queria? 

— É exatamente isso que queria falar com você, Jace, o Inquisidor quer que eu encontre Alec, quer que eu te siga para chegar até ele. 

— Como?! - Rugiu Jace. 

— Ele acha que você sabe onde Alec está, quer que eu o siga para encontra-lo. 

Jace a encarou sério e desconfiado. 

— E suponho que ele tenha pedido sigilo, o que nos leva a pergunta, por que está aqui? Por que está me contando isso? 

— Porque Jace, eu os conheço desde criança, se você está acobertando Alec deve ter um motivo muito forte, eu gosto de vocês, Izzy, Alec e você conviveram comigo, não posso trai-los assim. Além disso, Robert está fora de si. - Disse a garota sem pestanejar.

— O que quer dizer? - Clary que até então ouvia a conversa resolveu intervir. Apesar de Aline ser casada com Helen, a ruiva no fundo ainda sentia um pouquinho de ciúmes dela.

— Ele quer acusar Alec de deserção, sabe o que isso significa? - Perguntou Aline 

Jace arregalou os olhos e a olhou pasmo. 

— E-ele não faria isso com o próprio filho, isso é loucura! - Exclamou.

— O que significa isso? O que aconteceria com Alec se ele for acusado de deserção? - Perguntou Clary confusa.

— Clary, se Alec for acusado de deserção, a Clave irá procura-lo até o fim do mundo. Suas marcas serão tiradas, ele seria um mundano, isso se não o trancarem na cidade do silêncio ou pior, senão o amaldiçoarem! De um jeito ou de outro as coisas não ficariam boas para Alec e eu me preocupo o suficiente com ele para não querer isso. - Disse Aline. 

Jace olhou nos olhos da garota e tudo o que viu foi sinceridade e preocupação, Aline realmente os consideravam seus amigos, sentiu gratidão pela garota.

— Aline, quanto a Alec, eu vou tentar evitar que isso aconteça, mas . . . 

— Não! Não quero saber de nada, quanto menos eu souber mais seguro Alec fica, não sei o que realmente está acontecendo, mas também não quero saber, vou seguir você e vou perde-lo de vista, você é muito esperto para mim, o Inquisidor vai entender, não consigo segui-lo e chegar à Alec. Vou chamar Solence para vir comigo, ele é um ótimo amigo e de minha inteira confiança, assim como Helen, nós vamos segui-los, mas como eu disse você é esperto demais para se deixar seguir. - Disse Aline com firmeza.

— Obrigado. - Foi tudo o que Jace conseguiu dizer. 

O rapaz estava emocionado, não esperava ajuda assim, não esperava que fosse encontrar amigos assim em Idris, sentiu um peso lhe ser tirado das costas, há algumas semanas ele e Magnus estavam sozinhos e se afundando na pressão de toda aquela situação, agora tinham Clary do lado deles e provavelmente Aline e Helen. 

— Não tem o que agradecer, vocês são meus amigos. - Disse Aline levantando e estendendo a mão a Jace.

— Saiba que tanto Alec quanto eu faríamos o mesmo por você. - Disse Jace apertando a mão da garota.

Phoenix- Apartamento de Magnus.

Acordar e sentir o cheiro de café emanando pelo ambiente é tão familiar quanto à magia que corria em todo o ser de Magnus.

O bruxo abriu, preguiçosamente, os seus olhos, quando sentiu um movimento na cama e quando encontro o par de olhos azuis, observando-o, sentiu-se como se nada tivesse mudado.

Como se nada tivesse acontecido.

Era como se Alexander soubesse quem era e lembrasse de tudo o que tinha acontecido, do quão envolvidos eles estavam, de como eram felizes e comprometidos juntos.

—Bom dia. –Deseja, alisando-o com atenção.

—Bom dia. –Deseja, sonolento.

—Eu não resisti e invadi a sua cozinha. Desculpe. –Pede, envergonhado e Magnus se senta. –Café? –Pergunta, passando uma caneca para Magnus e o mesmo a aceita de bom grado.

—Não tem problema. –Responde, tomando um gole de café, observado a mão de Alec sem curativo.

Depois da noite que os dois tiveram, Alec acabou adormecendo quase que instantaneamente e Magnus não conseguia dormir, primeiro por se sentir completo em meses, segundo por estar cansado demais para dormir.

Definitivamente, Alexander estava insaciável na noite anterior, o que foi bom, porque Magnus sentiu como se o seu amor, mesmo sem memória, sentisse tanto a falta dele, quanto ele sentia de Alec.

Ao observar Alec dormindo, ele viu a ferida em sua mão, um arranhão, que seria normal, senão tivesse sido feito por um demônio e o estivesse intoxicando, Magnus o curara e torcia para que Alec estivesse vendo a ferida como um mundano e não como um caçador de sombras, mas isso só a convivência diria.

—O que vai fazer hoje? –Pergunta, tomando um gole de café.

—Pretendia assistir um bom filme, agarrado ao meu gato. –Responde, suspirando. –Por quê? Tem algo em mente? –Pergunta, alisando o braço de Alec, com o indicador, deixando-o corado, enquanto a sua pele alva se arrepiava. –Nem parece o rapaz que me seduziu ontem. –Comenta, fazendo um barulho com a língua.

—Na verdade, eu tenho sim. –Revela, pegando a caneca de Magnus e colocando-a ao lado da cama junto com a sua.

—Hum... Estou aberto a sugestões. –Afirma, sentindo Alec ficar em cima dele.

—Que tal... Em vez de ficar agarrado com o seu gato, você ficar agarrado comigo? –Pergunta, roçando o seu nariz no de Magnus, que abre um enorme sorriso.

—Posso escolher o filme? –Pergunta, alisando as costas de Alec, com a ponta dos seus dedos.

—Pode. –Responde, aproximando os seus lábios dos de Magnus.

—Você não deveria ter me dado tanta confiança. –Garante, virando-o e ficando por cima de Alec, no segundo que cola os seus lábios nos dele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!
Bjss até o próximo!!!



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